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Vanessa Marinho
Visão Geral
A participação popular, por meio dos conselhos de saúde, foi uma
grande conquista introduzida pela constituição de 88 e incorporada
pelo SUS.
A Lei 8.142/90 exige a representação nas três esferas (municipal,
estadual e federal).
Eles representam a sociedade civil organizada de forma paritária
com autoridades setoriais, prestadores profissionais e
institucionais, e trabalhadores do setor".
Os mesmos devem “atuar na formulação e proposição de estratégia
no controle da execução das políticas de saúde, inclusive em seus
aspectos econômicos e financeiros”.
Atua na formação de estratégias e no controle da execução da
política de saúde na instância correspondente, inclusive nos
aspectos econômicos e financeiros, cujas decisões são homologadas
pelo chefe do Poder Executivo legalmente constituído em cada
esfera do governo.
A complexidade dos assuntos financeiros discutidos e que as
pessoas não possuem conhecimento levaram à iniciativas de
capacitação dos conselheiros e de "profissionalização" dos
representantes.
Organizando as esferas gestoras, há a Federal (Ministério da
Saúde, Conselho nacional de Saúde e Comissão Intergestores
Tripartite), Estadual (Secretário de Estado da Saúde, Conselho
Estadual da Saúde e Comissão Intergestores Bipartite) e Municipal
(Secretário Municipal de Saúde e Conselho Municipal de Saúde).
CONSELHOS DE SAÚDE
Composição dos Conselhos
Vanessa Marinho
A constituição Federal assegura uma composição plural (garante
a participação de pessoas de qualquer natureza) e paritária
(assegura o número igual de representantes por categoria).
O conselho de saúde não é paritário quando sua formação
(representatividade) não obedece ao que está na lei.
Os Conselhos de Saúde têm 25% de representantes de entidades
governamentais, 25% de representantes de entidades não-
governamentais e 50% de usuários dos serviços do SUS. 
CONSELHOS DE SAÚDE
Naturezas dos Conselhos
Os Conselhos possuem natureza deliberativa, ou seja, tem
capacidade de decidir sobre formulação, controle, fiscalização,
supervisão e avaliação das políticas públicas, sendo incluído
assuntos referentes à definição e aplicação do orçamento, como
instituição máxima de decisão. Sendo assim, o Conselho
representa uma instância superior ao Estado, sempre
prevalecendo a vontade do Conselho. 
Além disso, possuem natureza consultiva, ou seja, o Estado, pra
tomar qualquer decisão quanto às políticas públicas, deve
consultar o Conselho correspondente ao setor.
Vanessa Marinho
Representatividade dos Conselheiros 
Cada conselheiro deve atuar como interlocutor de um segmento
específico e defender os interesses da sociedade.
Leis que definem o Controle Social no SUS
A Lei nº8.080/90, Lei Orgânica da Saúde, e a nº8.142/90
trouxeram definições importantes sobre a participação da
comunidade nas questões de saúde. 
O decreto nº7.508/2011 regulamentou a Lei orgânica para
dispor sobre o SUS, o planejamento e assistência da Saúde, e a
articulação interfederativa.
CONSELHOS DE SAÚDE
Conselhos de Saúde
Disposição:
Há um Conselho Nacional de Saúde, com sede em Brasília.
26 Conselhos Estaduais de Saúde.
Um conselho do Distrito Federal.
Mais de cinco mil Conselhos Municipais e 34 Conselhos
Distritais Sanitários Indígenas.
Um Conselho de Saúde é um órgão
colegiado (composto por diferentes grupos, sendo 50% de
usuários do SUS), permanente e deliberativo.
Vanessa Marinho
Pautas
A cada três meses, deverá constar nos itens da pauta de
reunião do Conselho o pronunciamento do gestor de saúde,,
para haver prestação de contas, em relação a temas
como:
andamento do plano de saúde
agenda da saúde pactuada
relatório de gestão
montante e forma de aplicação dos recursos
auditorias iniciadas e concluídas no período
produção e oferta de serviços na rede assistencial
própria, contratada ou conveniada
É papel dos Conselhos propor critérios de como o dinheiro
dos Fundos de Saúde será usado e acompanhar a
movimentação e destino dos recursos. Nesse viés, fica
sabendo como a Secretária de Saúde está gastando o
dinheiro, no seu município ou estado, e se as necessidades
estão sendo supridas.
CONSELHOS DE SAÚDE
Conselheiros
O mandato de cada conselheiro é definido pelo regimento interno de
cada conselho, sendo que ele pode perdê-lo caso falte as reuniões ou
não apresente boa conduta. Além disso, ele pode ser substituído e sua
atuação não é remunerada e sua dispensa ao trabalho não lhe causa
nenhum prejuízo durante a realização de atividades voltadas.
Vanessa Marinho
Foram instituídas em 1937, mas iniciaram na década seguinte.
Desde 1990, a Lei Orgânica garantiu que as conferências de
Saúde acontecessem de 4 em 4 anos, em que os
representantes se reúnem para analisar os avanços e os
problemas do SUS e propor ações e criação de políticas
públicas. 
Antecedem a Conferência Nacional de Saúde as municipais e
estaduais, denominadas como etapas prévias.
As propostas aprovadas na Conferência Nacional são
registradas em documento próprio e, a partir desse momento,
essas propostas têm valor de deliberações que devem ser
cumpridas pelo poder público.
Conferências de Saúde
CONSELHOS DE SAÚDE
O CNS é organizado em: Plenário (fórum de deliberação plena formada
pelos representantes de usuários, governo e prestadores da área e
profissionais de saúde), Presidência (definida por votação secreta,
entre conselheiros titulares, sendo o mandato de 3 anos), Mesa
Diretora (eleita pelo Plenário, composta por 8 conselheiros titulares,
conduz os processos administrativos e políticos), Comissões
(organismos de assessoria ao Plenário que resgatam e reiteram
princípios do SUS. Poderão compor os Conselheiros Nacionais e
representantes das áreas técnicas do Ministério da Saúde, outros
Ministérios, do Conass e do Conasems), Câmaras Técnicas (dão suporte
ao CNS), Grupos de Trabalho (subsídios de várias ordens) e a
Secretaria-Executiva (órgão vinculado ao Gabinete do Ministro da
Saúde e fornece condições necessárias para o cumprimento das
competências do CNS.
Conselho Nacional de Saúde
Vanessa Marinho
Entre 1941 e 2014 foram realizadas 14 conferências Nacionais
de Saúde.
Em 2015, foi realizada a 15ª Conferência Nacional de Saúde,
em Brasília.
O tema da 15ª, que aconteceu de 1 a 4 de dezembro de 2015,
foi "Saúde pública de qualidade para cuidar bem das pessoas:
direito do povo brasileiro".
 As etapas da Conferência foram coordenadas pelo
Ministério de Saúde e pelo CNS.
As discussões abordaram oito eixos temáticos:
 Direito à saúde, garantia de acesso e atenção de qualidade
Participação Social
Valorização do trabalho e da educação em saúde
Financiamento do SUS e relação público-privado
Gestão do SUS e modelos de Atenção à saúde
Informação, educação e política de comunicação do SUS
Ciência, tecnologia e inovação no SUS
Reformas democráticas e populares do Estado
1.
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4.
5.
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7.
8.
Principais Conferências de Saúde
CONSELHOS DE SAÚDE
Vanessa Marinho
É muito importante que os conselheiros de saúde visitem
hospitais, centros e postos de saúde para verificar a qualidade
dos serviços prestados: observar se há muitas filas, se há
equipamentos adequados etc. Ao visitar unidades de saúde, os
conselheiros podem ouvir usuários e trabalhadores de saúde,
elaborando relatório da situação encontrada. Esse relatório
deve ser apresentado em reunião do plenário do conselho de
saúde. É importante que o conselheiro se lembre de que, ao
visitar um hospital ou centro/posto de saúde, ele não pode, por
conta própria, exigir providências dos profissionais ali
existentes. Ele deve relatar a situação ao conselho de saúde
para que o conselho adote as medidas legais necessárias
É importante lembrar que o conselheiro, no exercício do seu
papel, precisa olhar para a realidade à sua volta e
compreender que, muitas vezes, existem fatores que
influenciam na saúde da população, e aparentemente, não têm
nada a ver com saúde. Por isso, mesmo que a área de atuação
do conselheiro seja a saúde, ele precisará olhar além da saúde
pura e simplesmente.
O conselheiro de saúdeprecisa compreender que, antes de
mais nada, ao exercer seu papel, ele está exercendo sua
cidadania. Ele pode e deve exigir que os seus direitos e os de
todos da sua comunidade sejam respeitados. Agindo assim, o
conselheiro luta para melhorar da qualidade de vida da
população.
Participação dos Usuários nos Conselhos
CONSELHOS DE SAÚDE
Vanessa Marinho
Há o reconhecimento dos trabalhadores da saúde de que o SUS
é uma conquista da sociedade brasileira, e que a construção
dessa política pública é resultado do movimento da Reforma
Sanitária brasileira.
Esse processo de mobilização e participação em torno do
direito universal à saúde teve espaço nas Conferências de
Saúde para o debate de ideias e propostas para o
reconhecimento da saúde como um direito universal e integral
A implementação do SUS, em termos de Estados e municípios,
está muito heterogênea, apesar da atenção primária ser
crescente. Há evolução do número de municípios com a
estratégia Saúde da Família, mas a cobertura ainda é baixa, ou
seja, a velocidade de implementação está aquém da
necessidade da população. Não se esquecendo de que a
cobertura da atenção primária deve atingir pelo menos 80% da
população. 
Nessa perspectiva, a questão da municipalização da saúde
requer um modelo de gestão do trabalho mais flexível e
racional, e esse é outro problema que precisa de solução no
SUS. É preciso destacar a importância do trabalho bem-
remunerado e que dê condições de vida digna ao trabalhador da
saúde.
Na implementação do SUS, as necessidades dos trabalhadores
não foram contempladas, as relações de trabalho foram
precarizadas, tornou-se comum a contratação verbal, o
apadrinhamento, a terceirização, a inexistência de plano de
carreira e de amparo legal.
Participação dos Trabalhadores
CONSELHOS DE SAÚDE
Vanessa Marinho
Para que o SUS dê certo, os trabalhadores não podem estar à
margem desse debate; é a partir dele que as ações de saúde se
desenvolvem.
A integralidade inscrita na Constituição e buscada pelos
sujeitos entrevistados resgata a visão do ser humano em sua
totalidade – promove ao mesmo tempo ações de promoção,
proteção e recuperação da saúde. Integralidade é a
confluência de vários saberes de uma equipe de saúde, no
espaço concreto e singular dos serviços de saúde, os quais
devem estar organizados e preparados de forma aberta para
receber as necessidades de saúde não previstas em rotinas e
protocolos. 
A recuperação da imagem da saúde pública passa também pela
construção de diretrizes que garantam a responsabilidade
sanitária dos entes federados, dos serviços e das equipes de
saúde. 
A gestão compartilhada da saúde requer um processo de
responsabilização entre os três níveis de governo e da própria
equipe, ou seja, quem é responsável por qual situação e qual o
papel de cada profissional e da equipe no cotidiano.
A implementação do SUS demonstra o compromisso com a
gestão compartilhada, priorizando a saúde local e regional.
Na busca de soluções para mais eficiência e resultados dos
serviços públicos de saúde tornam-se imperiosas inovações no
modelo de gestão. Nas grandes questões do subfinanciamento
e da precarização das relações de trabalho, não só o governo,
mas todos os movimentos sociais devem ser irredutíveis.
CONSELHOS DE SAÚDE
Participação dos Trabalhadores
Vanessa Marinho
A educação na saúde, nessa perspectiva apresentada, inserida
no processo de trabalho, torna-se instrumento que pode
contribuir para transformar a realidade brasileira e a própria
saúde, focalizando seu conteúdo nos princípios e no paradigma
sanitário norteadores do SUS, para, assim, desenvolver
competências, não apenas para identificar os determinantes do
processo saúde-doença, mas estabelecer sua articulação com
a prática profissional – a produção do cuidado, o diagnóstico, a
ação humanizada, a produção do cuidado em saúde.
Esse paradigma, promotor de autonomia, leva a desenvolver as
capacidades política, pedagógica, técnica e ética para as
práticas específicas na saúde, e o processo de trabalho torna-
se um processo educativo, favorecendo a aprendizagem e
potencializando a capacidade de realização dos sujeitos de
compreensão e análise do próprio trabalho a partir das
vivências experimentadas no cotidiano.
A importância não só dessa competência técnicocientífica, da
competência política, visando à integralização da competência
humana para o cuidar profissionalizado no SUS como condição
para a cidadania do trabalhador e do usuário.
Torna-se fundamental ampliar a formação dos trabalhadores
da saúde para a compreensão global do processo de trabalho,
para o desenvolvimento de modelos de atenção voltados para a
qualidade de vida.
A construção de competências pertence aos trabalhadores
como sujeitos desse processo, uma vez que compreende a
competência humana de saber humanizar o conhecimento para
que este possa servir aos fins éticos.
Participação dos Trabalhadores
CONSELHOS DE SAÚDE
Vanessa Marinho
O uso de abordagens simples, de baixo custo, associadas ao
desenvolvimento profissional permanente, que vai além do
treinamento, tem resultado em melhorias no quadro de saúde-
doença.
Essa situação demonstra o significado mais abrangente da
formação profissional permanente, e, se estiver associada ao
trabalho em equipe, resulta em benefícios, que incluem o
aumento do bem-estar dos trabalhadores de saúde e uma
melhor qualidade na prestação de cuidados.
O SUS traz a Humanização como Política transversal na Rede
SUS valorizando os diferentes sujeitos implicados no processo
de produção da saúde (usuários, trabalhadores e gestores,
fomento da autonomia e do protagonismo desses sujeitos e dos
coletivos, proposta de trabalho coletivo para tornar o
ambiente mais acolhedor).
A PNH então traz princípios de transversalidade,
indissociabilidade entre atenção e gestão (integralidade do
cuidados e integração dos processos de trabalho),
protagonismo, corresponsabilidade e autonomia.
O Sistema Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS) foi criado
em 2010 para atender às necessidades de capacitação e
educação permanente dos profissionais que atuam no Sistema
Único de Saúde (SUS). Coordenado pelo Ministério da Saúde, por
meio da atuação conjunta da Secretaria de Gestão do Trabalho
e da Educação na Saúde (SGTES/MS) e da Fundação Oswaldo
Cruz (Fiocruz), o Sistema UNA-SUS conta com uma rede
colaborativa formada atualmente por 35 instituições de ensino
superior que oferecem cursos a distância gratuitamente.
CONSELHOS DE SAÚDE
Participação dos Trabalhadores
http://portalms.saude.gov.br/sgtes
https://portal.fiocruz.br/

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