Buscar

PEDIATRIA - INTENSIVÃO

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 38 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 38 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 38 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

1 
 
 
PEDIATRIA 
ALIMENTAÇÃO NA INFÂNCIA 
• Definições e recomendações: 
• Tipos: 
• AM exclusivo = LM ou LH (banco de leite) e + nada (exceto eventuais medicações ou solução de 
reidratação oral) —> Deve ser mantido por 6 meses 
• AM predominante = LH + Outros líquidos 
• AM complementado = LH + Alimentos —> A partir dos 6 meses até 2 anos de idade (no mínimo) 
• Na ausência materna: ordenhar + armazenar = 12h geladeira e 15 dias freezer 
• Composição: 
 
LEITE HUMANO LEITE DE VACA 
Menos proteína (menor sobrecarga renal) Mais proteína 
Menos eletrólitos (menor sobrecarga renal) -> Ppte sódio Mais eletrólitos (desidratacao mais fácil) 
Menor % de caseína (maior digestibilidade) Maior % de caseína (digestão lenta) 
Alfa-lactoalbumina é a principal ptn Beta-lactoglobulina (+ alergênica) 
Mais lactose (fezes amolecidas e pH intestinal ácido = mais cálcio 
absorvido, menos bacterias patogênicas proliferam e dermatite perianal) 
 
Menos lactose 
Mais gordura: LCPUFA (AG polinsaturado de cadeia longa): ARA e DH 
já metabolizados (mielinização p/ SNC e retina) 
 
Menos gordura 
Mais colesterol (menor risco de DLP) Menos colesterol 
Ferro com maior biodisponibilidade e + lactoferrina (impede que 
bactérias de utilizar o ferro e aumenta sua absorção no tubo digestivo) 
 
Ferro com menor biodisponibilidade 
• Fatores protetores: 
• Imunoglobulina (IgA secretória*) 
• Lisozima (aumenta depois o 6 mês de lactação, é bactericida) 
• Lactoferrina (bacteriostático) 
• Fator bífido (aumenta flora saprófita) 
• Lactoperoxidase 
• Modificações no leite: 
• Durante a lactação: 
• Colostro: 3-5 dia após o nascimento / mais proteína e eletrólitos (= LV) / Rico em vitamina A 
(amarelo) 
• Leite de transição 
• Leite maduro: 10-14 após o nascimento / mais gordura e lactose (= LH) 
• Durante a mamada: 
• Leite anterior 
• Leite posterior: mais gordura (saciedade e peso) / sempre oferecer o ultimo peito e esvaziar antes de 
trocar 
• Durante o dia: 
• Noite: mais gordura ao anoitecer 
• Técnica de amamentação: 
• Posicionamento (4A): 
 
2 
 
 
• Bem apoiada (apoia) 
• Cabeça e tronco no mesmo eixo (alinha) 
• Corpo próximo ao da mãe (aproxima) 
• Rosta de frente para a mama (nariz na altura do mamilo) 
• Pega (3A): 
• Boca bem aberta (abre) 
• Lábio inferior evertido (abaixa) 
• Aréola mais visível acima da boca (acima) 
• Queixo toca a mama 
• Contraindicações: 
• Doenças maternas: 
• Absolutas = HIV / HTLV (fórmula infantil) 
• Relativas = CMV <30-32 semanas / Herpes ativa na mama (se em outros locais: cobrir as lesões e 
manter AL) / Chagas (ppte se lesão mamilar sangrante) 
• *Não contraindica: TB (exceto mastite TB) e Hepatite B 
• Doenças do lactente: 
• Galactosemia (CI lactose) 
• Fenilcetonúria (LH + fórmula isenta de fenilalamina) 
• Medicamentos: 
• Linezolida 
• Imunossupressores e citotóxicos 
• Ganciclovir 
• Amiodarona* 
• Radiofármacos 
• Profilaxias: 
• Anemia ferropriva (SBP): 
• AT e AIG >2.500g = Após 3 meses: FE 1mg/Kg/dia até 2 anos (exceto se >500ml/dia de FI) 
• PMT ou <2.500g = Após 30 dias: 
• No 1º ano: 
• <1.000g (extremo BP)= 4mg/kg/dia 
• <1.500g (muito BP) = 3mg/kg/dia 
• <2.500g (BP) = 2mg/kg/dia 
• Entre 1 e 2 anos = 1mg/kg/dia de FE 
• Vitamina D: 
• Iniciar após o nascimento: 
• 1º ano = 400UI/dia 
• Duração = 24 meses 
• Queixas comuns: 
• Leite fraco: 
• Reverter expectativas 
• Avaliação objetiva (peso e diurese adequados) 
• Manter AME e técnica correta 
• Fissuras mamilares: 
• Técnica correta / Manter AME 
• Analgésico / Posições diferentes para AM 
 
3 
 
 
• Ordenhar antes da mamada: desencadear o reflexo da ejeção 
• Começar pela mama menos afetada 
• Aplicação do leite? 
• Contraindicar exposição ao sol (somente para a prevenção) 
• Ingurgitamento: 
• AM em livre demanda 
• Ordenhar antes da mamada 
• Esvaziar as mamas 
• Compressas frias 
• Mastite: 
• Inflamação localizada em 1 ou mais quadrantes mamarios 
• Esvaziar a mama! 
• ATB (S. aureus) no caso de infecção associada (esvaziamento da mama sem melhora ou sintoma 
sistêmico) 
• Manter a amamentação (mesmo com a infecção) 
• Pode evoluir para abcesso = drenagem —> suspender amamentação na mama 
*Fórmula infantil na diluição 1:30 
*LV <4 meses = diluido 2/3 + oleo 
*LV >4meses = não diluido 
 
 
• Definições: 
DIARREIA E DESIDRATAÇÃO: 
• Evacuações amolecidas ou semi-líquidas 
• Frequência ≥3x/dia 
• Mudança de padrão 
• Aguda = até 14 dias —> principal causa é infecciosa e autolimitada 
• Persistente = ≥14 dias 
• Cronica = ≥30 dias 
• Diarreia aguda aquosa: 
• Rotavírus: 
• Principal causa de diarreia grave em <2 anos 
• Vômitos + diarréia (geralmente é a primeira manifestação) 
• Mecanismo: osmótico (achatamento da vilosidade intestinal com diminuição de dissacaridases, 
com intolerância a carboidrato e melhorando com o jejum, intestino delgado) / secretor 
(enterotoxina NSP4, fazendo secreção ativa de água e eletrólitos) 
• Estimulo trófico = alimento 
• Norovírus = principais associados à surto 
• E. coli enterotoxigênica: 
• Principal causa de diarreia bacteriana 
• Diarreia secretora 
• Não é influenciada pelo jejum 
• Diarreia do viajante (viajante do pais desenvolvido ao viajar para subdesenvolvido) 
• E. coli enteropatogênica = principal causa de diarreia persistente 
• Vibrião colérico = diarreia grave em indivíduo oriundo de local de epidemia 
• Parasitas = não são comuns (não precisa solicitar EPF) 
 
4 
 
 
• Giardíase 
• Disenteria: 
• Qualquer agente que causa disenteria pode causar diarreia aquosa 
• Shigella: 
• Principal causador 
• Diarreia invasiva / Intestino colonico / Erosão tecidual / Sangue e pus nas evacuações 
• Maior perda de agua e eletrólitos nas fezes 
• Sintomas neurológicos: cefaleia e convulsão 
• Síndrome hemolítico-urêmica (SHU) = IRA + trombocitopenia + anemia microangiopática 
(esquizócitos) 
• Campylobacter: 
• Sindrome de GB = Polineuropatia inflamatoria desmielinizante 
• Escherichia coli enteroinvasiva 
• Escherichia coli enterohemorrágica: 
• Citotoxina = Destrói a célula epitelial 
• Disenteria sem febre (porque é por citotoxina, sem mecanismo invasor) 
• Principal causa de SHU (O157:H7) 
• ATB aumenta o risco de SHU —> Por isso só se dá ATB pra shigella se grave comprometimento (≠ e. 
coli) 
• Salmonela: 
• Mais comum é diarreia aquosa 
• Geralmente não causa diarreia grave, exceto: hemoglobinopatias S, imunodeprimidos, <3 meses 
• Bacteremia ==> Grupo de risco + diarreia = coprocultura 
• Parasitas - Entamoeba historytica 
• Avaliação da desidratação: 
 
 
GRAVE (≥2) DESIDRATAÇÃO (≥2) SEM DESIDRATAÇÃO 
CONDIÇÃO Letárgica Irritada 
 
 
 
 
 
Não tem sinais 
suficientes para 
desidratação 
SEDE Incapaz Sedenta 
OLHOS Muito fundos Fundos 
S . PREGA Desaparece muito lentamente (>2s) Desaparece lentamente (<2s) 
PULSO Muito fraco / ausente Rápido / fraco 
LÁGRIMAS Ausentes Ausentes 
EC >5s (apertar mão fechada por 15s) 3-5s 
PESO* >9% 3-9% <3% 
PLANO C B A 
• Planos de tratamento: 
 
A B C 
 
Aumentar ingestão hídrica com 
soluções caseiras 
TRO —> SRO (Na 75mEq/l) 75ml/kg 
em 4h 
*Se vômitos = Ondansetrona (1 dose 
apenas) 
HV —> SF ou RL 100ml/Kg 
CDC = 20ml/kg SF ou RL em 20 
minutos quantas vezes forem 
necessárias 
 
5 
 
 
 
A B C 
 
Soro caseiro após evacuação: 
<1 ano: 50-100ml / >1 ano: 100-200ml 
 
Perda estimada: 30-90ml/kg 
Duração: 
<1 ano = 6 horas / >1 ano = 3 
horas 
 
Manter dieta habitual 
Forma de administração: pequenas 
alíquotas (não usar mamadeira) 
Primeiros 30ml/kg mais rápido: 
<1 ano = 1h / >1 ano = 30min 
 
Orientar sinais de gravidade 
Alimentação: SOMENTE aleitamento 
materno 
 
TRO assim que possível 
 
Zinco (10 dias): reduz risco de 
recorrência (ppte em <5 anos) 
Reavaliar frequente / Hidratada 
(mesmo que não tenha recebido todo 
líquido) = Alta com plano A (com SRO, 
não com soro caseiro) 
 
 
Reavaliação após 3-6 horas 
• Soluçõesglicossalinas orais: 
• Soro caseiro (pitada de sal + punhado de açúcar): 40-50mEq/l de sódio 
• SRO: padrão / osmolaridade reduzida de 245mOsm/l e 75 de sódio (se osm alta 311mOsm/l e 90 de 
sódio = aumento do bolo fecal) 
• Antibioticoterapia: 
• Shigelose: somente se grave comprometimento do estado geral = ceftriaxone / ciprofloxacina 
• Salmonela: somente se fator de risco = ceftriaxona 
• Cólera = azitromicina 
• Não fazer: 
• Antieméticos (ondansetrona é possível mas apenas 1 dose antes de começar o plano B) 
• Loperamida 
• AVALIAR probióticos (pode encurtar uma doença diarreia no inicio de um quadro viral) 
• Na diarreia persistente = Avaliar redução da lactose: 
• Primária: congênita / hipolactasia do tipo adulto (mais comum) 
• Secundária: lactose não digerida provocando diarreia e fermentação, resultando em acido orgânico e 
gases 
• Hiperemia perianal + Distensão abdominal + Flatulência excessiva = Reduzir a ingestão de leite 
 
DOENÇAS RESPIRATÓRIAS: 
INFECÇÃO RESPIRATÓRIA AGUDA: 
• Clínica: 
• Dificuldade para respirar / Dor de ouvido 
• Tosse / Dor de garganta 
• Aguda: < 7 dias 
• Sítio anatômico: 
• Buscar sinais-chave = Estridor e Taquipnéia 
• Estridor (ruídos ao inspirar): obstrução das vias de condução extrapleurais (ppte laringe) = Doença 
periglótica 
• Taquipnéia: doença das vias aéreas inferiores = Pneumonia 
• Até 2 meses: ≥ 60irpm 
• 2-12 meses: ≥ 50irpm 
• 1-5 anos: ≥ 40irpm 
• Sem taquipneia e estridor: infecção das vias aéreas superiores (IVAS) 
 
6 
 
 
INFECÇÃO DAS VIAS AÉREAS SUPERIORES: 
1 - Resfriado comum: 
• Infecção viral levando a inflamação da mucosa nasal, que pode acometer seios paranasais e 
nasofarínge 
• Duração ± 7 dias 
• Etiologia: Rinovírus (confere imunidade porém existem muitos sorotipos) em 50% dos casos (outros: 
Influenza = febre alta de início súbito) 
• Transmissão: contato direto 
• Quadro clínico: 
• Coriza* que torna-se mucopurulenta 
• Obstrução nasal* (presença de roncos) 
• Tosse predominantemente noturna 
• Febre (pode ser alta) 
• Pode ter hiperemia de orofaringe e MT 
• Tratamento: 
• Soro nasal 
• Aumento da ingestão de líquidos 
• Antipiréticos (Dipirona / Paracetamol / Ibuprofeno) 
• Mel (alivia a tosse noturna) em > 1 ano (CI em < 1 ano = botulismo) 
• NÃO USAR: AAS (Reye -> Influenza vírus e Varicela zoster) / Anti-tussígeno / Descongestionante / 
Mucolítico em < 6 anos 
• Complicações: OMA e Sinusite bacteriana aguda 
 
2 - Otite Média Aguda (OMA): 
• Mais comum 
• Recorrente: ≥3 episódios em 3 meses ou ≥4 em 1 ano (não: efusão com agudização) 
• Fisiopatologia: mucosa da tuba auditiva edemaciada, provocando acúmulo de secreção na orelha média 
e posterior contaminação bacteriana por refluxo das bactérias da nasofarínge 
• Fatores de risco: menores de 2 anos* (TA menor e horizontalizada) 
• Quanto mais nova a criança no primeiro episódio (especialmente antes dos 6 meses), maior a 
possibilidade de haver otite média recorrente 
• Agentes: S. pneumoniae / H. Influenzae não tipável / Moraxella catarrhalis (menos comum) 
• Quadro clínico: 
• Otalgia: queixa específica ou irritabilidade (principal sintoma) 
• Otorreia (secreção no conduto auditivo externo): desaparecimento da dor -> não é específica da OMA 
(pode aparecer na otite externa) 
• Diagnóstico: 
• Otoscopia: 
• Normal = MT transparente, brilhante, côncava e móvel (otoscopia pneumática) 
• Otite média = MT hiperemiada, opaca e abaulada* (alteração mais específica) 
• Tratamento: 
• Analgésicos e Antipiréticos 
• Antibióticos: 
• Indicação: 
• Criança < 6 meses 
• Otorreia 
 
7 
 
 
• Doença grave (otalgia moderada-grave / febre ≥39ºC / dor >48h) 
• Otite média bilateral em < 2 anos 
• Restante = é possível observar 
• Antibioticoterapia: 
• 1ª escolha = Amoxicilina 80-90mg/kg/dia (padrão é 40-50mg/kg/dia) 10 dias (ppte < 2 anos) 
• Algumas cepas do S. pneumoniae tem alteração da afinidade PBP (proteínas ligadoras de 
penicilina) = resistência intermediária, por isso se dobra a dose da penicilina 
• Metade dos H. influenzae e quase totalidade das M. catarrhalis produzem beta-lactamases 
• Quando dobrar a dose: < 2 anos / creche / ATB recente 
• Iniciar com associação com Clavulanato: ATB recente (melhor opção em vez de aumentar a dose) 
e se associação com Conjuntivite (Hemófilo = EYEmófilo —> ATB tópico não resolve). 
• Falha terapêutica: Amoxicilina + Clavulanato 
• ATENÇÃO: otite média com efusão ou serosa (presença de nível hidroaéreo na MT após término 
do tratamento) sem infecção aguda = não significa falha terapêutica, porém deve-se observar e 
caso persista > 3 meses ou seja bilateral, encaminhar ao otorrinolaringologista (prejuízo no 
desenvolvimento) para realizar colocação de tubo de ventilação 
• Complicação: 
• Mastoidite aguda: desenvolvimento de periostite (somente inflamação da mucosa não configura o 
quadro), região retroauricular com hiperemia, dor e edema (com desaparecimento do sulco 
retroauricular ou deslocamento do pavilhão), devem ser internadas e iniciar o tratamento em regime 
hospitalar = miringotomia e ATB parenteral. Agentes: pneumococo e haemophilus, também o 
pyogenes. 
 
3 - Sinusite bacteriana aguda: 
• Crianças < 5 anos de idade só tem os seios etmoidais e maxilares (nem todos estão formados) 
• Seio frontal começa a se formar a partir dos 5 anos e está todo aerado a partir da adolescência (logo, 
não adianta pedir RX em crianças, pois estará velado) 
• Etiologia: igual à da OMA 
• Quadro clínico: 
• Quadro arrastado: sintomas ≥10 dias e com tosse diurna = Coriza e obstrução + Tosse intensa + Não 
há cefaleia (não tem seio frontal) 
• Quadro grave: ≥ 3 dias de febre alta (≥39ºC) e secreção francamente purulenta 
• Quadro que piora 
• Diagnóstico é clínico!!! 
• Tratamento: 
• Amoxicilina 45mg/kg/dia 
• Associar clavulanato: < 2 anos / creche / ATB recente (30-90 dias) 
• Duração: individualizar e manter por mais 7 dias após melhora 
• Complicações: 
• Celulite orbitária: complicação da sinusite etmoidal / proptose, dor à movimentação ocular e edema na 
conjuntiva (quemose) / tratar com hospitalização, tomografia da órbita e ATB parenteral (amox+clav ou 
outros), em casos refratários proceder com drenagem do seio / diferenciar da celulite periorbitária: que 
é uma doença pré-septal com preservação do globo ocular e também pode ser complicação da sinusite 
etmoidal 
• Diagnóstico diferencial: 
• Rinite alérgica: prurido e espirros / palidez de mucosa / eosinofilia 
• Sífilis congênita: primeiros 3 meses de vida / obstrução intensa / secreção sanguinolenta 
 
8 
 
 
• Corpo estranho: rinorreia fétida / eventualmente sanguinolenta / unilateral 
 
4 - Faringite aguda: 
• Streptococcus B hemolítico do grupo A (S. pyogenes) 
• Viral é a mais frequente 
• Quadro clínico: 
• Mais comum: 5-15 anos 
• Entre 3-5 anos pode haver, mas não é comum, porém abaixo de 2 anos é muito improvável que seja 
bacteriana 
• Febre alta e dor de garganta desde o início 
• Exsudato amigdaliano (não é obrigatório, nem exclusivo) 
• Petéquias no palato (reforça a hipótese = mais específica) 
• Adenomegalia cervical 
• Hiperemia dos pilares amigdalianos 
• Pode vir acompanhada de dor abdominal e vômitos 
• Não tem coriza ou tosse 
• Diagnóstico diferencial: 
• Herpangina: úlceras na região posterior da cavidade oral / febre alta e odinofagia / Coxsackie A / mais 
comum em lactente 
• Adenovirose: coriza e obstrução nasal / associação com conjuntivite não-exsudativa (Febre Faringo- 
Conjuntival) 
• Mononucleose (EBV): linfadenopatia generalizada / esplenomegalia / linfocitose com atipia / exantema 
após amoxicilina 
• PFAPA (Síndrome de Marshall): entre 2-5 anos / episódios recorrentes e autolimitados / duração 
regular e intervalos regulares / Febre Periódica, estomatite Aftosa, Faringite, Adenite / geralmente 
melhora na adolescência / não melhora com ATB / responde à corticoterapia durante quadro agudo 
(não previne)/ na prova = quadrosrecorrentes sem melhora com antimicrobiano + aftas + cultura 
negativa 
• Diagnóstico complementar: 
• Teste rápido para detecção de antígeno estreptococo: alta especificidade, swab oral, se positivo / pode 
ter falso negativo 
• Cultura (padrão-ouro = alta sensibilidade): realizar se TR negativo e tratar conforme resultado (se 
negativo, só acompanhar) —> adulto pode encerrar no teste rápido negativo (ATB pode iniciar até 9 
dias após início do quadro infeccioso) 
• Tratamento: 
• Sensível à penicilina 
• Penicilina benzatina dose única ou penicilina V oral 10 dias 
• Amoxicilina 10 dias —> Objetivo do tratamento é a erradicação do strepto (na faringite aguda, pode ser 
realizada dose única diária de 50mg, se < 12 anos o ideal é 2x/dia) 
• Para prevenir complicações (exceto a GNPE), encurtar a duração da doença e reduzir a transmissão 
da bactéria 
• Tonsilectomia: ≥7 episódios no ano anterior / ≥5 episódios/ano dos dois anos anteriores / ≥3 episódios/ 
ano nos três anos anteriores 
• Complicação: 
• Abscesso peritonsilar ou periamigdaliano: mais comum, amigdalite, disfagia, sialorreia, trismo, desvio 
de úvula, mais em adolescentes ou adultos jovens, tratar com ATB (SGA + anaeróbios -> Clindamicina) 
e drenagem (aspiração por agulha* ou incisão e drenagem) 
 
9 
 
 
• Abscesso retrofaríngeo: resultado da infecção dos gânglios do espaço retrofaríngeo (estes 
desaparecem após os 5 anos) = adenite. Mais frequente em crianças entre 3-4 anos, do sexo 
masculino. Ao RX lateral em hiperextensão tem-se alargamento do espaço retrofaríngeo. Pode ser 
complicação de qualquer IVAS recente. Quadro clínico: IVAS recente, febre alta e dor de garganta, 
disfagia e sialorreia, dor à mobilização cervical (torcicolo), rigidez cervical, voz abafada, estridor 
(raramente). Diagnóstico: tomografia (≠ celulite). Tratamento: internar e ATB IV (SGA + anaeróbios + 
Aureus), se refratário ou evoluindo com obstrução de via aérea = drenagem em centro cirúrgico. 
Abscesso retrofaríngeo em adulto = trauma (perfuração por alimento) ou osteomielite vertebral. 
 
DOENÇA PERIGLÓTICA: 
1 - Epiglotite aguda: 
• Etiologia: H. Influenzae B (vacina)** / Pneumococo / SGA / S. aureus —> Adulto jovem 
• Quadro clínico: 
• Agudo e fulminante 
• Febre alta e toxemia 
• Dor de garganta, disfagia e sialorreia 
• Estridor = obstrução respiratória iminente (achado tardio) 
• Posição em tripé 
• Visualização da epiglote edemaciada e cor vermelho-cereja à oroscopia = não tentar visualizar 
orofaringe!!! 
• Hot potato voice 
• RX: Sinal do polegar 
• Conduta imediata = Garantir via aérea —> IOT ou traqueostomia 
• Tratamento: ATB 10 dias (ceftriaxone) 
• Bom prognóstico após estabelecer via aérea 
• Profilaxia pós-contato: rifampicina (20mg/kg/dia) por 4 dias = caso de epiglotite por Hib em domicio -> 
menor de 12 meses que ainda não finalizou esquema, menor de 4 anos com esquema incompleto ou 
imunodeprimido 
 
2 - Laringotraqueíte viral: 
• Crupe viral 
• Principal causa de obstrução respiratória alta aguda 
• Pico aos 2 anos, mais comum no sexo masculino e durante os meses de inverno 
• Etiologia: vírus parainfluenza (75%) 
• Quadro clínico: 
• Pródromos catarrais 
• Febre baixa 
• Tosse metálica (crupe) -> de cachorro 
• Estridor 
• Rouquidão (acomete cordas vocais porque é infraglótica) 
• Sintomas pioram a noite 
• RX: sinal da torre ou ponta do lápis (não é patognomônico) 
• Diagnóstico é clínico 
• Tratamento: 
 
10 
 
 
• Com estridor em repouso e/ou desconforto respiratório = NBZ com adrenalina + corticóide (dexa) VO 
ou IM dose única (manter em observação por pelo menos 2 horas e liberar caso fique sem estridor em 
repouso) 
• Sem estridor em repouso = corticóide (reduz a chance de evolução com obstrução mais grave) 
• Diagnóstico diferencial: 
• Laringite estridulosa (crupe espasmódico): despertar súbito SEM pródromos catarrais. Melhora 
espontânea, mas tendência à recidiva por 1 a 2 noites. 
• Complicação: 
• Traqueíte bacteriana: S. aureus, placas de pus aderidas na traqueia, começa a evoluir com febre alta e 
piora clínica, resposta parcial ou ausente à adrenalina. Faz obstrução pelo edema e secreção 
purulenta. Conduta é internação hospitalar, ATB parenteral e cuidados intensivos. 
 
PNEUMONIA: 
Classificação: 
• Bacteriana (típica) = quadro agudo e grave 
• Atípica = quadro insidioso 
• Viral (bronquiolite em < 2 anos) = sibilos 
*Em maiores de 5 anos geralmente é de etiologia viral 
 
1 - Pneumonia bacteriana: 
• Etiologia: 
• > 1 a 2 meses = S pneumoniae (mais comum) / S aureus (criança pequena, grave, com porta de 
entrada cutânea e complicações = derrame pleural e pneumatocele) 
• < 2 meses = S agalactiae (grupo B) / Gram-negativos entéricos (E coli) 
• Clínica: 
• Pródromos catarrais 
• Febre alta e intensificação da tosse 
• Taquipneia (não está presente desde o início do quadro) 
• Sinais clássicos semiológicos podem estar presente (ausculta pode estar normal) 
• Sinais de gravidade: 
• Tiragem subcostal 
• BAN 
• Gemência 
• Cianose 
• Diagnóstico complementar: 
• RX de tórax: 
• Não é sempre obrigatória 
• Solicitar se: hospitalização, comorbidade (junto com HMG e hemocultura) 
• Pneumococo = pneumonia lobar com aerobroncograma 
• Opacidade em aspecto de vela de barco = timo 
• Tratamento: 
• Hospitalização: 
• Indicação: 
• Idade < 2 meses 
• Comprometimento respiratório grave (Sat <92% e tiragem subcostal) 
• Comprometimento do estado geral (vomita tudo que ingere, incapaz de aceitar líquidos) 
 
11 
 
 
• Doença de base 
• Complicação radiológica 
• Falha da terapêutica ambulatorial 
• ATB hospitalar: 
• < 2 meses = Ampicilina + Aminoglicosídeo (genta) 
• > 2 meses = Penicilina cristalina ou Ampicilina 
• Pneumonia muito grave (hemitórax, O2) = Oxacilina + Ceftriaxona 
• Ambulatorial (> 2 meses): 
• Amoxicilina 50mg/kg/dia 7-10 dias 
• Sempre reavaliar em 48h 
• Falha terapêutica (48-72h) = Complicação (realizar RX): 
• Derrame pleural: 
• Transudato (sem características inflamatórias, LDH e ptn baixos, ICC) x Exsudato (inflamatório, 
parapneumônico) 
• Exsudato = Inflamatório x Empiema (pus, sem melhora com ATB = falha terapêutica) —> 
Toracocentese (Empiema se: purulento / ph < 7,2 / glicose < 40 / bactérias) 
• Empiema = Toracostomia em selo d’agua + Manter ATB 
• Exsudato inflamatório = Manter ATB se melhora progressiva (etiologia não muda) 
• Resistência bacteriana (Sem alteração no RX) = Alterar ATB (Oxacilina + Ceftriaxona) 
 
2 - Bronquiolite viral aguda: 
• Sintomas de resfriado associados a tosse e sibilância 
• Etiologia: VSR 
• Menores de 2 anos tem bronquíolo de tamanho reduzido, portanto qualquer inflamação bronquiolar 
provoca diminuição de calibre com maior repercussão clínica 
• Pico de internação é 3-6 meses 
• Clínica: 
• < 2 anos 
• Pródromos catarrais 
• Febre e tosse 
• Taquipneia 
• Sibilância 
• Diagnóstico deve ser clínico 
• Exames complementares: 
• HMG normal / linfocitose 
• Antígenos virais na nasofaringe 
• RX de tórax (não é obrigatório, mesmo na internação) —> sinais de hiperinsuflação (pode facilitar a 
palpação de fígado e baço) e atelectasia 
• Pode complicar com atelectasia 
• Ddx = Asma: 
• Sibilante transitório precoce (depois dos 2 anos para de sibilar) 
• Sibilante persistente (continua sibilando após os 2 anos, podendo ser asma brônquica): 
• Episódios recorrentes 
• HF+ 
• Rinite alérgica e eczema atópico / Alergia alimentar 
 
12 
 
 
• Eosinofilia (> 3%) 
• B2 agonista 
• Sibilante de início tardio (inicia após os 2 anos, podendo ser asma) 
• Tratamento: 
• Hospitalizar se: 
• Menores que 3 meses 
• PMT (< 32 semanas) 
• Gravidade 
• Oxigenioterapia se: SatO2 <90-92% 
• Nutrição (SNE) / Hidratação 
• NBZ com salina hipertônica somente em hospitalizados 
• B2 agonista (teste terapêutico) = não realizado mais 
• Não fazer corticoide e fisioterapia respiratória 
• Prevenção: palivizumabe (ac específico para o VSR) em:• PMT <29 semanas no 1o ano de vida 
• Cardiopatia congênita grave e doença pulmonar da PMT (broncodisplasia) nos primeiros 2 anos de 
vida 
• Pela SBP: também em PMT entre 29 e <32 semanas nos primeiros 6 meses de vida (não é gratuito) 
 
3 - Pneumonia atípica: 
• Mycoplasma pneumoniae: 
• Idade > 5 anos 
• Clínica: 
• Insidioso / Gradual 
• Tosse 
• Outros membros da família com a mesma doença 
• Manifestação extrapulmonar: cefaleia, odinofagia, rouquidão (SEM coriza) 
• Sem melhora com penicilina 
• Tosse + Taquipneia 
• Pneumonia afebril do lactente: 
• Etiologia = Clamídia trachomatis e Ureaplasma urealyticum 
• FR: Parto vaginal ou cesárea com bolsa rota prévia 
• Coloniza conjuntiva e nasofaringe 
• Clínica: 
• Conjuntivite - manifestação mais precoce (RN) 
• Pneumonia - 1 a 3 meses, insidioso, tosse intensa (manifestação mais prolongada) + taquipneia e 
afebril 
• Exames complementares: 
• HMG: eosinofilia (> 300) 
• Infiltrado intersticial 
• Tratamento = Macrolídeos (Eritromicina nas primeiras horas de vida = Estenose hipertrófica de piloro) 
• Ddx = Coqueluche: 
• Bordetella pertussis 
• Vacinação da gestante na 20ª semana com DTpa 
• Clínica: 
 
13 
 
 
• Fase catarral 
• Fase paroxística: acessos de tosse seguidos de guincho / sem taquipneia 
• Fase de convalescença 
• < 3 meses = tosse + apneia + cianose (confundir com a pneumonia afebril pelo quadro arrastado) 
• Diagnóstico complementar: leucocitose com linfocitose / RX com infiltrado peri-hilar (coração felpudo) 
• Tratamento interrompe a progressão das fases da doença = Azitromicina! 
 
CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO: 
• Perde até 10% do peso nos 1º dias e recupera até 10º dia de vida 
• Principal influência dos fatores ambientais 
• Fases de crescimento: 
• Lactente = Crescimento intenso mas desacelerado (no 1º ano de vida) / Fatores nutricionais 
• Pré-escolar e escolar = 7-8cm por ano e 5-7cm por ano / Potencial genético 
• Puberdade = Meninas: 8-9cm por ano / Meninos: 9-10cm por ano 
• Peso: 
• 1º trimestre = 700g/mês 
• 2º trimestre = 600g/mês 
• 3º trimestre = 500g/mês 
• 4º trimestre = 400g/mês 
• Duplica com 4-5 meses 
• Triplica com 1 ano 
• Estatura: 
• 1º semestre = 15cm 
• 2º semestre = 10cm 
• 1º ano = 25cm 
• 2º ano = 12 cm 
• Pré-escolar = 7-8cm/ano 
• Escolar = 5-7cm/ano 
• PC: 
• 1º trimestre = 2cm/mês 
• 2º trimestre = 1cm/mês 
• 2º semestre = 0,5cm/mês 
• 1º ano de vida = 12cm 
 
DISTÚRBIOS DO CRESCIMENTO: 
CLASSIFICAÇÃO NUTRICIONAL: 
• MS: 
• Compara dados do paciente com curvas de percentil e escore Z 
• Escore Z = Distância em DP da média 
• Percentil = Posição na distribuição ordenada de valores 
• +3DP = p99,9 / +2DP = p97 / +1DP = p85 / 0DP = p50 / -1DP = p15 / -2DP = p3 / -3DP = p0,1 
• Em cima da linha = é o escore Z menor (tem que ultrapassar a linha) 
• Parâmetros: 
 
14 
 
 
 
 
EZ 
PESO / IDADE 
(0-10) 
ESTATURA / IDADE 
(0-19) 
PESO / EST OU IMC / IDADE 
(0-5 anos) 
IMC / IDADE 
(0-19 anos) 
EZ > 3 
Peso elevado 
 
 
Estatura adequada 
Obesidade Obesidade Grave 
EZ > 2 Sobrepeso Obesidade 
EZ > 1 Peso adequado Risco de sobrepeso Sobrepeso 
EZ < -2 Baixo peso Baixa estatura Magreza (desnutrição moderada) 
EZ < -3 Muito baixo peso Muito baixa estatura Magreza acentuada (desnutrição grave) 
*Com edema ou CB <115cm = sempre desnutrição grave 
*IMC Z entre -2 e +1 = Eutrófico 
 
DESNUTRIÇÃO GRAVE: 
 
KWASHIORKOR MARASMO 
Deficiência proteica com ingestão energética normal Deficiência global de energia e proteínas 
Após 2 anos / Mais agudo / Mais grave Primeiro ano de vida (retirada do AM) 
Edema de extremidades e anasarca (Hipoalbuminemia / 
Maior permeabilidade vascular) 
 
Não há edema (apesar da hipoalbuminemia) 
 
Subcutâneo preservado 
Ausência de tecido adiposo 
Fáscies senil ou simiesca (bola bichat) 
Hipotrofia muscular e hipotonia 
Hepatomegalia (esteatose) Não há alterações de cabelo e pele 
Alterações na cor do cabelo e sinal da bandeira 
Áreas de pele hiperpigmentadas (flacky-paint) 
 
Apetite está preservado 
• Waterlow: E/i <0,95 P/E <0,9 
• Aguda = não altera crescimento / Crônica = altera crescimento 
Tratamento: 
• Estabilização (1-7 dias): 
• Prevenção e tratamento de: Hipotermia, Hipoglicemia, DHE, Infecção (4 I) 
• Cautela: 
• Reidratar pela via oral (preferencialmente) —> HEV só se choque 
• Não tratar hiponatremia (sódio corporal total normal) 
• ATB mesmo que assintomático 
• Alimentação para idade: 
• Não hiperalimentar = Síndrome de realimentação —> Hipofosfatemia grave 
• Micronutrientes: 
• Potássio, magnésio, zinco e vitaminas 
• Vitamina A (manifestação: cegueira noturna, xeroftalmia e manchas de Bitot) e ácido fólico 
• Não fazer ferro 
• Reabilitação / Recuperação (2-6 semanas): 
• Retorno do apetite 
• Dieta hipercalórica (200kcal/kg) e hiperproteica (4-6g/kg) 
• Meta: 10g/kg/dia = Catch-up 
 
15 
 
 
• Repor ferro 
• Acompanhamento: Pesagem regular 
• Síndrome de recuperação nutricional: hepatomegalia, lua cheia, eosinofilia, distensão, telangiectasias e 
hipergama 
• Internar somente se = Edema ou Sinais de instabilidade 
 
OBESIDADE: 
• Etiologia: 
• Primária: balanço energético positivo (exógena) 
• Secundário: doença (geralmente baixas) 
• Diagnóstico: IMC —> Classificação: 
• MS 
• CDC (> 2 anos): p85-p94 = sobrepeso / ≥p95 = obesidade 
• Comorbidades e Avaliações: 
• HAS (>=95) 
• Dislipidemia (CT / HDL / LDL / TG) 
• Esteatose hepática (TGP) 
• Resistência insulínica / DM (GJ) 
• Síndrome metabólica (10-16 anos): 
• Circunferência abdominal ≥ p90 e +2: 
• TG ≥ 150 
• HDL < 40 
• HAS (≥130x85) 
• GJ (≥100 ou DM2) 
• Tratamento: 
• Planejamento dietético: 
• Esclarecimento sobre o diagnóstico 
• Modificar comportamento (hábitos, refeições/dia) 
• Quantidade 
• Qualidade 
• Atividades físicas: 
• Atividade diária 
• Diminuição de atividades sedentárias 
• Tratamento medicamentoso não é tratamento inicial! 
 
BAIXA ESTATURA: 
• Variantes normais do crescimento: 
• Baixa estatura familiar (sempre foi baixo e será um adulto baixo) 
• Atraso constitucional do crescimento e da puberdade (maturador lento = cresce por + tempo e terá 
estatura normal) 
• Condições mórbidas: 
• Desnutrição (primária -> carência alimentar ou secundária -> doença crônica): mais comum 
• Doença endócrina: 
• Hipotireoidismo (+ comum) 
• Deficiência de GH 
 
16 
 
 
• Hipercortisolismo 
• Doença genética: 
• Displasias ósseas: acondroplasia (BE desproporcional) *Desproporcional = Patológica 
• Síndromes cromossomiais: 
• Trissomia do 21 
• Síndrome de Turner (45X): Baixa estatura / Disgenesia gonadal (atraso puberal -> muitas vezes só 
faz dx após 13a) / Linfedema do dorso de mãos e pés / Pescoço alado / Baixa implantação do 
cabelo / Cúbito valgo / Hipertelorismo mamário / + Risco de hipotireoidismo / Alt + comum é valva 
aórtica bicúspide / Coarctação da aorta 
• Avaliação: 
• Estatura atual: 
• OMS: <p3 ou <EZ -2 
• NCHS: <p5 
• Velocidade de crescimento: 
• Maior sensibilidade 
• Horizontalização 
• 5cm/ano 
• Se VC diminuída, não precisa esperar BE para investigar 
• Alvo-genético: 
• Menino = Pai + (Mãe +13) ÷ 2 
• < 1,63 
• Menina = (Pai -13) + Mãe ÷ 2 
• < 1,51 
• Idade óssea (mão e punho esquerdos) 
• Organizando o diagnóstico: 
• Defina se há baixa estatura = E/I <p3 
• Avalie a velocidade de crescimento: 
• Normal: variante normal do crescimento 
• Anormal: condições mórbidas 
• VC normal = VNC: 
• IO = IC > IE + Pais baixos = Baixa estatura genética (familiar) 
• IO atrasada (IE = IO < IC) + Pais normais = Retardo constitucional do crescimento 
• Sempre vai considerar atraso quando a diferença for > 2 anos 
• VC anormal: 
• Menina = Cariótipo (turner) 
• Alteração fenotípica —> Doença genética 
• IMC: 
• Bem nutrido ou obeso = Doença endócrina —> TSH 
• Emagrecido = Desnutrição 
 
 
 
PUBERDADE NORMAL: 
PUBERDADE E SEUS DISTÚRBIOS: 
• Idade: 8-13 anos (feminino) / 9-14anos (masculino) 
• Características: 
• Caracteres sexuais 
 
17 
 
 
• Função reprodutora 
• Aceleração do crescimento 
• Fisiologia: 
• Gonadarca: 
• Resultado da ativação do eixo Hipotálamo-hipofisário-gonadal: 
• GnRH -> Gonadotrofinas (LH e FSH) -> Testículos e ovários (testosterona e estrogênios) 
• Eixo adormecido nos primeiros anos de vida 
• No primeiro momento o hipotálamo tem inicio do seu pulso gerador (GnRH) 
• Adrenarca: 
• Resultado na ativação do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal: 
• Adrenal = Androgênios 
• Costuma anteceder a gonadarca 
• Eventos puberais: 
• Telarca: 
• Início do desenvolvimento da glândula mamária 
• Resultante da gonadarca 
• Pubarca: 
• Início da pilificação genital 
• Resultante da adrenarca (meninas) e gonadarca/adrenarca (meninos) 
• Menarca: 
• Início pode haver ciclos anovulatórios e irregulares 
• Ginecomastia: 
• Não é obrigatório, mas é bastante comum na população masculina 
• Presença de tecido glandular mamário no sexo masculino 
• Fisiológico (idoso, RN, puberdade / uni ou bilateral / involução em 2-3 anos) ou Patológico 
• Tratamento farmacológico: eficaz se iniciado no início, taxa de sucesso baixa 
• Tratamento cirúrgico por estética 
• Crescimento: 
• Fases do crescimento: 
1. Peripuberal: antecede o início da puberdade 
2. Estirão (até o pico) -> quanto mais tardio for o pico, mais tempo irá crescer (meninos maiores) 
3. Desaceleração (após o pico) 
• Características: 
• Centrípeto 
• Distal-proximal 
• Composição corporal: 
• Homem: aumento da massa magra 
• Mulher: aumento da massa gorda 
• Tanner: 
 
MENINAS 
MAMA PILIFICAÇÃO 
M1 = Pré-puberal P1 = Pré-puberal 
M2 = Broto mamário (subareolar) —> TELARCA (inicio: 8-13 anos) P2 = Grandes lábios —> PUBARCA 
 
18 
 
 
 
M3 = Aumento da mama e da aréola —> PICO CRESCIMENTO (8-9cm/ano) P3 = Sínfise púbica 
M4 = Duplo contorno (mama aumenta e aréola saliente) —> MENARCA 
(2-2,5 anos após a telarca) / Desaceleração do crescimento 
 
P4 = Grande quantidade 
M5 = Mama madura P5 = Raiz das coxas 
 
MENINOS 
GENITAL PILIFICAÇÃO 
G1 = Pré-puberal P1 = Pré-puberal 
G2 = Aumento testicular (Orquidômetro de Prader ≥ 4ml) —> GONADARCA 
(início: 9-14 anos) 
P2 = Base do pênis —> PUBARCA 
G3 = Aumento do pênis (comprimento) P3 = Sínfise pública 
G4 = Aumento do pênis (diâmetro) e contorno da glande se sobressai —> 
PICO DO CRESCIMENTO (9-10cm/ano) 
 
P4 = Grande quantidade 
G5 = Genitália adulta P5 = Raiz das coxas 
 
PUBERDADE PRECOCE: 
• Como caracterizar: 
• Aceleração do crescimento + Sinais puberais (os dois são obrigatórios): 
• Meninas < 8 anos 
• Meninos < 9 anos 
• Consequências: 
• Psicossociais 
• Perda de estatura na vida adulta (alta estatura na infância (IE > IC) e BE no adulto) 
• Etiologia: 
• Central ou Verdadeira: 
• GnRH dependente 
• Mais comum no sexo feminino (90% é puberdade central idiopática) -> Quando mais jovem, menor a 
probabilidade de ser idiopática 
• Nos meninos é mais comum ser por alterações no SNC (> 50%) = Hamartoma hipotalâmico (mais 
comum, malformação congênita, crise epiléptica gelástica = riso incontrolável), trauma ou neoplasias 
(exceto craniofaringioma, que não causa puberdade precoce e sim atraso puberal) 
• Sempre isossexual (caracteres sexuais próprios do sexo genotípico) 
• Periférica ou Pseudopuberdade: 
• GnRH independente 
• Isossexual ou heterossexual 
• Causas: 
• Tumores gonadais (granulosa) 
• Cisto ovariano 
• Tumores adrenais ou suprarrenal (SDHEA elevado) 
• Hiperplasia adrenal congênita (HAC): 
• Defeito na síntese do cortisol por deficiência da 21-hidroxilase 
• Forma clássica: 
• Perdedora de Sal: 
 
19 
 
 
• + comum e grave 
• Genitália atípica (sexo feminino se sem gônada palpável = virilização —> a HAC é a principal 
causa) 
• RN com vômitos e desidratação 
• Hiponatremia + Hipercalemia 
• Virilizante simples 
• Laboratório = Aumento da 17-OH-Progesterona 
• Avaliação: 
• Avaliar volume testicular: 
• Aumentados = Central 
• Pré-puberal = Periférica 
• Assimetria = Tumor testicular 
• Desproporção da virilização e do volume testicular durante a puberdade = Tumor de córtex de 
adrenal 
• RX de mão e punho para idade óssea = Primeiro exame (IO > IE > IC) 
• Normal = Somente acompanhar (telarca precoce) 
• LH e FSH basal e estímulo —> Elevados na puberdade central 
• RM região hipotálamo-hipofisária: puberdade central, ppte se for menino, menina é mais justificável se 
< 6 anos, alteração do exame neurológico, puberdade muito rápida 
• USG pélvico (meninas) / abdominal (adrenal = menina com sinal de virilização e menino com 
puberdade periférica) 
• Tratamento: 
• Causa base 
• Puberdade precoce central = análogo de GnRH (leuprorrelina) -> Dessensibiliza o receptor 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DO RN: 
NEONATOLOGIA: 
• Idade gestacional (IG): DUM / USG / Capurro (mínimo é 29 semanas) / Ballard (mais adequado para pré- 
termo) 
• Pós termo é ≥ 42 sem 
• Pré-termo é < 37 semanas 
• Pré-termo limítrofe é 34 a < 37 semanas 
• Peso de nascimento: 
• < 2,5kg = Baixo peso 
• < 1,5kg = Muito baixo peso 
• < 1kg = Extremo baixo peso 
• Peso x Idade gestacional: 
• Gráfico: 
• PIG: < p10 
• AIG: entre p10 e p90 
• GIG: > p90 
 
INFECÇÕES CONGÊNITAS: 
• Suspeitar: 
 
20 
 
 
• RN assintomático (final da gravidez = transmissão maior mas a gravidade é menor): Suspeita com 
doença ou sorologia materna 
• RN sintomático: Quadro antenatal / Quadro inespecífico ou específico / Sequelas 
• Inespecífico: visceral (hepatomegalia), ocular, neurológico (microcefalia = -2DP), cutâneo (icterícia e 
rash maculopapular), medular 
• Sequelas: surdez, cegueira e doença neurológica 
• Microcefalia: Meninas (37s) = 30,24 / Meninos (37s) = 30,54 
• Diagnóstico: 
• Identificar o agente (principalmente nas virais) 
• Sorológico: IgM no RN = infecção / IgG no RN = pode ser materna 
 
1 - Sífilis Congênita: 
• Clínica: 
• Sífilis precoce (< 2 anos): 
• Rinite (sanguinolenta) / Placas mucosas / Condiloma plano 
• Lesões cutâneas (mais comum: exantema vesico-bolhoso = Pênfigo palmo-plantar) = São lesões 
contagiosas (precaução de contato) 
• Lesões ósseas (≠ sífilis pós-natal): periostite (sinal do duplo contorno) / osteocondrite 
(Pseudoparalisia de Parrot) 
• Sífilis tardia (> 2 anos): 
• Sequelas: 
• Nariz em sela 
• Rágades (depressões e sulcos) 
• Fronte olímpica (abaulamento do osso frontal) 
• Tíbia em sabre (curva) 
• Alterações dentárias: dentes em Hutchinson e molar em amora 
• Como investigar: 
• Na suspeita: 
• Sempre: VDRL de sangue periférico: Valorizar se MAIOR que o materno em 2 diluições 
• Em alguns casos: 
• Hemograma = Anemia / Plaquetopenia / Leucopenia ou Leucocitose 
• Líquor = VDRL + em qlqr título / Células > 25 / Proteínas > 150 
• RX de ossos longos 
• Avaliação auditiva e visual 
• Avaliação hepática e eletrólitos 
• Tratamento: 
• Avaliar tratamento da gestante 
• Adequado: 
• Penicilina benzatina 
• Adequado para a fase (dose e intervalo = pode-se atrasar 14 dias as doses) 
• Iniciado até 30 dias antes do parto 
• Avaliado o risco de reinfecção (parceiro) 
• Queda de VDRL documentada 
• Mãe não tratada / inadequadamente tratada: 
• Realizar todos os exames e tratar todos os casos 
 
21 
 
 
• LCR alterado = Penicilina Cristalina IV 10 dias 
• LCR normal + Outra alteração = Penicilina Cristalina IV 10 dias / Penicilina Procaína IM* 10 dias 
• Assintomática + Todos exames normais (VDRL NR) = Penicilina Benzatina DU + Acompanhamento 
• Mãe adequadamente tratada: 
• VDRL no SP sempre!!! 
• Sintomático = Todos os exames + Tratar por 10 dias (Cristalina ou Procaína dependendo do LCR) 
• Assintomático: 
• VDRL > materno em 2 diluições: 
• Sim = Todos exames + Tratar por 10 dias (dependento do LCR) 
• Não = Exame físico: 
• Se normal = Acompanhamento 
• Alterado = Avaliar VDRL: Reagente —> Todos os exames e Tratar 10 dias / Não reagente —> 
Pesquisar outras infecções 
• Acompanhamento:• Consultas periódicas até 18 meses (mensal até 6 meses, após bimestral) 
• VDRL seriado 
• LCR a cada 6 meses até normalizar (se alteração prévia) 
• Avaliação auditiva e visual a cada 6 meses 
 
2 - Toxoplasmose: 
• Diagnóstico da gestante: 
• IgM reagente por muito tempo 
• 1º trimestre: 
• IgM + e IgG - que vira IgG+ 
• IgM + e IgG + —> Pedir avidez: se alta significa que infecção > 4 meses (prévio à gestação) 
• Investigação do feto: 
• Mãe infectada agudamente 
• USG 
• PCR do líquido amniótico 
• Tratamento na gestante: 
• No momento do diagnóstico = Espiramicina 
• Infecção fetal = Sulfadiazina + Pirimetamina + Ác folínico (Apenas após 1º tri) 
• Clínica = TRÍADE DE SABIN: Coriorretinite grave + Hidrocefalia + Calcificações cerebrais difusas* 
(TOdo) 
• Investigação do RN: 
• Sorologia IgM+ após 5º dia 
• Neuroimagem + LCR (eosinófilos e PCR+) 
• Fundoscopia 
• Tratamento no RN: 
• Tratar todos os RN infectados (mesmo que assintomáticos) 
• Sulfadiazina + Pirimetamina + Ác folínico por 1 ano 
• Corticoide se: Coriorretinite ativa ou Ptn no LCR > 1g/dL 
 
3 - Citomegalovirose: 
• Clínica: 
 
22 
 
 
• Microcefalia 
• Rash petequial / purpúrico 
• Calcificação periventricular* (circunda meu ventrículo) 
• Investigação: 
• Vírus urina / saliva (somente nas primeiras 3 semanas de vida = infecção congênita) 
• Tratamento: 
• Grave = Ganciclovir (6 semanas EV) / Valganciclovir (VO, se doença não grave, por 6 meses) 
• Sequela: surdez neurossensorial (principal causa) 
 
4 - Rubéola Congênita: 
• Primeiro trimestre o risco de infecção é maior, com maiores sequelas 
• Se contaminada no terceiro trimestre, não causa a Síndrome 
• A criança elimina o vírus por vários meses 
• Clínica: 
• Surdez 
• Catarata* (reflexo vermelho ausente) / Coriorretinite 
• Cardiopatia (sopro): PCA* / Estenose de artéria pulmonar (EAP) 
• Tardia: DM1 
• Tratamento: manejo das sequelas 
 
5 - Varicela congênita: 
• Síndrome somente se gestante contrair varicela < 20 semanas 
• Clínica: 
• Lesões cicatriciais que acompanham dermátomo 
• Hipoplasia dos membros 
• Doença neurológica 
• Tratamento: suporte 
 
DISTÚRBIOS RESPIRATÓRIOS: 
• Diferenciar: 
• História: 
• Idade gestacional 
• Forma de parto 
• Fatores específicos 
• Desconforto respiratório = Taquipneia / Tiragem / BAN / Gemidos / Cianose 
• Evolução do quadro 
• Clínica 
• Radiografia: padrão do infiltrado e expansibilidade pulmonar 
 
1 - Síndrome do Desconforto Respiratório: 
• Doença da membrana hialina 
• Etiopatogenia: 
• Diminuição da concentração de surfactante alveolar = Colapso dos alvéolos na expiração —> 
Microatelectasias por todo parênquima pulmonar 
• Fatores de risco: 
 
23 
 
 
• Prematuridade <34 semanas* (maturidade pulmonar após 34 semanas) 
• Asfixia 
• Sexo masculino 
• Diabetes* (insulina diminui a liberação de surfactante) 
• Fator de proteção: 
• RPMO 
• Estresse crônico (insuficiência placentária) 
• Clínica: 
• Início nas primeiras horas (melhora somente após 3º dia) = na sala do parto 
• Desconforto respiratório clássico 
• RX: 
• Reticulogranular difuso* ou Vidro moído (fosco) com formação de aerobroncograma 
• Volume pulmonar diminuído 
• Tratamento: 
• CPAP nasal (mantém a estabilidade alveolar) 
• Ventilação mecânica: 
• Acidose respiratória 
• Hipoxemia com CPAP 
• Apneia persistente 
• Surfactante exógeno se: VM (doença grave) / < 30 semanas 
• ATB (Ampi+Genta) 
• Prevenção: 
• Corticoide antenatal —> Betametasona / Dexametasona 
• Surfactante x CPAP (tão eficaz quanto) na sala de parto —> Em todo RN prematuro com desconforto 
respiratório na sala de parto 
• Complicação = displasia broncopulmonar 
 
2 - Pneumonia / Sepse Neonatal: 
• Sepse precoce: 
• Primeiras 48h / 72h / Semana 
• Via ascendente 
• Intraparto 
• Strepto B (S agalactiae = GBS) / Enterobactérias (E coli) 
• Sepse tardia: 
• Até 28 dias 
• Nosocomial / Comunitária 
• Estafilococos (S coagulase neg e S aureus) / Outros gram negativos 
• Fatores de risco: 
• Bolsa rota > 18 horas 
• Corioamnionite 
• Colonização materna por GBS 
• Prematuridade (sepse tardia) 
• Clínica: 
• Pode haver período assintomático (≠ DMH) 
• Desconforto respiratório 
 
24 
 
 
• Doença sistêmica: Hipotermia / Hipoatividade 
• RX: 
• Infiltrado reticulogranular difuso (= DMH) —> PNM pelo GBS 
• Exames adicionais: 
• HMG: Neutropenia (específica) / Relação I/T ≥ 0,2 (sensível) 
• PCR 
• Identificação do agente: Hemocultura / Cultura do LCR / Urinocultura (infecção tardia ou malformação 
urinária) 
• Tratamento: 
• Precoce: Ampicilina + Aminoglicosídeo 
• Tardia: de acordo com CCIH (cobrir estafilo e gram negativo) 
• Prevenção de sepse pelo GBS: 
• Conduta no RN assintomático: 
• Corioamnionite = Avaliação limitada (sem cultura de líquor) + ATB* (do contrário, cuidados de 
rotina) 
• Indicação de profilaxia intraparto: 
• Avaliar profilaxia: 
• Eficaz se —> Penicilina, Ampicilina ou Cefazolina IV 4h antes do nascimento = Observação por 
pelo menos 48h 
• Ausência / Ineficaz = Avaliar IG e Tempo de bolsa rota: 
• IG ≥ 37 semanas + BR < 18 horas = Observação por pelo menos 48h 
• IG < 37 semanas ou BR > 18 horas = Avaliação limitada + Observar por pelo menos 48h* 
 
4 - Taquipneia Transitória do Recém Nascido: 
• Síndrome do pulmão úmido 
• Etiopatogenia: 
• Retardo da absorção do líquido pulmonar 
• História: 
• Cesárea eletiva (sem TP) 
• A termo* / Pré-termo limítrofe 
• Rápida resolução (<3-5 dias) 
• RX: 
• Congestão hilar 
• Aumento da trama vascular 
• Líquido cisural 
• Derrame pleural 
• Cardiomegalia* por hipervolemia 
• Hiperinsuflação 
• Tratamento: 
• Oxigenioterapia <40% 
• Suporte 
• NÃO = Diurético 
• Prevenção: 
• Evitar cesarianas eletivas 
 
25 
 
 
5 - Síndrome de Aspiração Meconial: 
• Etiopatogenia: 
• Antes do nascimento = Eliminação e aspiração —> Mecônio na traqueia 
• Após o nascimento = Aspiração para VA inferior: 
• Obstrução expiratória 
• Pneumonite química 
• Infecção secundária 
• História: 
• LA meconial (sinais de impregnação meconial) 
• Sofrimento fetal (asfixia) 
• Termo e pós-termo 
• Clínica: 
• Início nas primeiras horas 
• Desconforto GRAVE 
• RX: 
• Infiltrado grosseiro 
• Pneumotórax = Hiperinsuflação 
• Volume pulmonar aumentado 
• Tratamento: 
• Suporte ventilatório 
• Surfactante 
• ATB 
• Complicação = Hipertensão Pulmonar Persistente: 
• Resistência vascular pulmonar permanece alta após o nascimento 
• Shunt direita-esquerda no forame oval e no canal arterial (maior) = Cianose e labilidade de oxigenação 
durante manipulação 
• Diferença saturação pré e pós ductal (shunt do canal arterial) >20mmHg ou >5% 
• Tratamento: NO inalatório 
 
ICTERÍCIA NEONATAL: 
• Icterícia fisiológica: 
• Fisiopatologia: 
• Produção exagerada: hematócrito mais alto e hemácia com meia vida curta 
• Captação e conjugação deficientes: baixa atividade da glicoroniltransferase 
• Aumento do ciclo entero-hepático: diminuição de bactérias e elevada atividade da betaglicuronidase 
(desconjugação) 
• Elevação da bilirrubina indireta < 12mg/dl em RN a termo (Icterícia somente se Bb > 5mg/dl) 
• Entre 2-3º dia de vida 
• Progressão cranio-caudal da icterícia no período neonatal (Kramer) 
• Quando pensar que não é fisiológica: 
• Início <24-36h 
• Velocidade >5mg/dl/dia 
• Nível elevado de bilirrubina >12-13 no AT / Zona de Kramer ≥3 (umbigo) 
• Alteração clínica 
• Icterícia persistente (>7-10 dias no AT) 
 
26 
 
 
• Colestase (BD) 
• Icterícia Precoce: 
• Principal causa = Anemia hemolítica: 
• Isoimune (+ comum): incompatibilidade ABO* e Rh 
• ABO: mãe O e RN A/B, Coombs direto + ou negativo / Não precisa de sensibilização 
• Rh: mãe Rh- com Coombs indireto positivo e RN Rh+ / RN com Coombs direto positivo 
• Esferocitose (CD-) 
• Deficiência de G6PD (CD-) 
• Investigação: 
• BT e frações (apenas BI elevada) 
• Hematócrito e reticulócitos 
• TS,Rh e Coombs direto (apenas nas isoimunes) 
• Hematoscopia: corpúsculo de Heinz (G6PD) e esferócitos (Esferocitose e Incompatibilidade ABO) 
• Cefalohematoma pode ser uma causa 
• Icterícia Persistente ou Tardia: 
• Sem colestase + BI elevada = Icterícia do Leite Materno: 
• AM exclusivo = Substância no leite 
• Quadro autolimitado = Pode-se suspender temporariamente AM 
• Não confundir com Icterícia do Aleitamento Materno (ou precoce do LM): 
• Dificuldade de amamentação = primeiros dias de vida 
• Perda ponderal / Aumento do ciclo entero-hepático (diminuição do transito intestinal) 
• Corrigir a técnica da amamentação 
• Com colestase = Atresia de vias biliares: 
• Principal causa de tx hepático em população pediátrica 
• Cirurgia de Kasai nas primeiras 8 semanas de vida para estabelecer drenagem biliar 
• Tratamento (BI): 
• Fototerapia (bilirrubina se torna hidrossolúvel): 
• Toda icterícia nas primeiras 24h 
• BT > 17ß 
• Exsanguíneotransfusão: 
• Incompatibilidade Rh 
 
REANIMAÇÃO NEONATAL: 
• Três perguntas: 
• RN a termo? 
• Respirando ou chorando? 
• Tônus adequado (flexão)? 
• Não é a termo mas respira e tem tônus: 
• < 34 semanas = aguardar 30-60 segundos para clampeamento do cordão 
• > 34 semanas = aguardar 1-3 minutos para clampleamento do cordão 
• Não respira ou não tem tônus adequado INDEPENDENTE de ser a termo: 
• Clampeamento imediato do cordão e sequencia de reanimação neonatal 
• Inicialmente (APAS): Aquecer (23-26 graus, se < 4 semanas envolver) / Posicionar / Aspirar se 
necessário (1º boca, depois narinas) / Secar = 30 segundos 
• Avaliar FC e respiração: 
 
27 
 
 
• FC < 100 (precórdio por 6 segundos) / Apneia / Respiração irregular = VPP (máscara) 30 segundos + 
Oxímetro (MSD, em menores de 34 semanas deve ser feito durante o APAS) + Monitorização cardíaca 
(3 eletrodos) 
• O2: 
• < 34 semanas = 30% 
• ≥ 34 semanas = 21% (ambiente) 
• Prolongamento >30 segundos = aumenta a chance de óbito em 16% 
• Hérnia diafragmática congênita: IOT antes de VPP (só pode ventilar pela canela traqueal) 
• The Golden minute é o primeiro minuto de vida (até o termino do VPP) 
• Após VPP por 30 segundos = Avaliar FC: 
• FC < 100 = Checar técnica / IOT 60% por 30 segundos 
• Após IOT = Avaliar FC: 
• FC < 60 = MCE 3:1 por 60 segundos 
• Após MCE = Avaliar FC: 
• FC < 60 = Checar técnica / Epinefrina (via traqueal 1x, veia umbilical) / SF 0,9% (sinal de choque) 
10ml/Kg 
• Mecônio: 
• RN a termo + Vigoroso = Colo materno 
• RN deprimido = APAS com aspiração de boca e narina / Se necessário: VPP —> Sem melhora após 
30 segundos de VPP = Aspiração traqueal (através do IOT) 
 
IMUNIZAÇÕES: 
 
CALENDÁRIO VACINAL (PNI): 
• Ao nascimento (BB): BCG + Hepatite B 
• 2 meses (4P): Pentavalente + Pólio (V1P) + Pneumo-10 + Rotavírus VORH (piriri) 
• 3 meses: Meningo-C 
• 4 meses (= 2 meses) 
• 5 meses (= 3 meses) 
• 6 meses (6 doenças): Penta + Polio (V1P) 
• 9 meses: Febre amarela 
• 12 meses (três melhores presentes): Tríplice viral + Meningo-C + Pneumo-10 
• 15 meses (a debutante vomita tequila): Hepatite A + DTP + VOP + Tetraviral 
• 4 anos (depois você vacina): DTP + VOP + Varicela 
• Adolescência: HPV + Meningo-C 
• 10/10 anos: reforço dT 
• Campanhas: 6 meses-6 anos = Influenza 
 
REGRAS BÁSICAS: 
• Podem ser simultâneas sem elevar o risco de evento adverso, exceto: FA+Tríplice viral / FA+Tetraviral 
(intervalo de 30 dias) em menores de 2 anos 
• Não há intervalo máximo entre doses da mesma vacina = Nunca reinicia esquema vacinal 
• Toda vacina tem um período de latência (Febre amarela = 10 dias) 
 
FALSAS CONTRAINDICAÇÕES: 
 
28 
 
 
• Doenças comuns benignas: resfriado / impetigo / diarreia não grave 
• Desnutrição 
• Alergia (CI somente se anafilaxia prévia ou anafilaxia ao ovo p/ febre amarela) 
• Hospitalização (CI se VOP e vacina oral do rotavírus) 
• História familiar de eventos adversos 
• Dose baixa de corticoide (CI se ≥2mg/kg/dia ou 20mg/dia por +14 dias de prednisona para vacina viva) 
 
AGENTES VIVOS (7 VACINAS): 
• Vacinas: 
• BCG 
• Rotavírus 
• Febre amarela 
• Varicela 
• VOP 
• Trípice viral (3) 
• Tetraviral (4) 
• Autorreplicativos 
• Podem causar doença 
• Contraindicação: 
• Imunodeprimidos (HIV com CD4 <200) 
• Gestantes —> Não engravidar durante 30 dias 
• Amamentação pode (exceto: Febre Amarela se AM <6 meses) 
 
1 - BCG: 
• Micobacterium bovis atenuado 
• Proteção das formas graves 
• Até < 5 anos 
• Via intradérmica na inserção inferior do deltoide direito 
• Mácula —> Pústula —> Úlcera (4 - 10 mm) —> Cicatriz 
• Pode haver adenomegalia axilar direita < 3 cm (se > 3 cm = acompanhar) 
• Não revacinar a criança sem cicatriz!!! —> Revalidar contactantes de hansenianos com mais de um ano 
com apenas uma cicatriz ou sem nenhuma cicatriz 
• Eventos adversos: Tratar com isoniazida até a melhora + Notificação 
• Úlcera > 1 cm (pode aguardar até 12 semanas antes de tratar com isoniazida) 
• Abscesso subcutâneo frio 
• Linfadenite supurada 
• CI / Adiamento: 
• < 2 kg 
• Doença de pele 
• Contato domiciliar com bacilífero —> Isonizida por 3 meses e proceder com prova tuberculínica, se < 
5mm = vacinar 
• HIV perinatal recebe a vacina 
 
2 - ROTAVÍRUS (VORH): 
• Prevenção da diarreia grave 
 
29 
 
 
• Primeira dose até 3 meses e 15 dias (faixa etária que antecede o pico de invaginação) 
• Segunda dose até 7 meses e 29 dias 
• CI: 
• Invaginação prévia 
• Malformação intestinal não corrigida 
• Via oral 
• Nunca reaplicar (mesmo se vômito) 
 
3 - VOP: 
• Bivalente (VOPb 1 e 3) 
• Reforços < 5 anos 
• Somente após a V1P 
• Eventos adversos: 
• Poliomielite vacinal (mais comum na primeira dose) 
• Interrompe a transmissão do vírus selvagem (ao contrário da V1P) 
• CI: 
• Contactantes de imunodeficientes 
• Hospitalizados 
• Revacinar apenas 1 vez se vômito 
 
4 - FEBRE AMARELA: 
• Toda população > 9 meses 
• Dose única 
• Todo território nacional 
• Eventos adversos: 
• Doença neurológica (encefalite) 
• Doença viscerotrópica 
• CI: 
• < 6 meses (encefalite) 
• Mulheres amamentando crianças < 6 meses —> Se vacinar, 10 dias sem amamentar 
• Anafilaxia a ovo (em ambiente hospitalar após recomendação médica) 
• Doenças do timo 
• Gestante (área endêmica caso o benefício supere o risco, pode vacinar) 
• Imunodeficientes (vacinar HIV+ se sem imunossupressão grave) 
 
5 - TRÍPLICE VIRAL: 
• Sarampo / Caxumba / Rubéola 
• Até 49 anos 
• Esquema: 
• Até 29 anos = 2 doses 
• 30-49 anos = 1 dose (SP = 59 anos) 
• Profissional de saúde = 2 doses independente da idade 
• CI: 
• Anafilaxia a ovo não contraindica 
 
30 
 
 
• Respeitar o intervalo com hemoderivados = Adiar se uso recente de IG, sangue ou derivados (impede 
a replicação do vírus vacinal) 
• Revacinar se IG, sangue ou derivados até 2-4 (14 dias) semanas após a vacinação 
• Não vacinar se encefalite, púrpura e meningite nas doses anteriores 
• Sarampo: 
• Dose zero = 6-11 meses: Não é válida para rotina 
 
6 - TETRAVIRAL: 
• Tríplice + Varicela 
• Até < 5 anos (logo, acima de cinco anos = tríplice e varicela se menor que sete anos) 
• Apenas após a tríplice (aumenta convulsão febril) 
• 15 meses 
• Adiar vacinação por 12 semanas se uso de hemoderivados 
 
7 - VARICELA: 
• Segunda dose (primeira é a tetraviral) 
• Duas doses reduz todas as formas de varicela 
• 4 anos até < 7 anos 
• Criança entre 5-7 anos que nunca foi vacinada = 2 dose varicela 
• Evitar AAS até 6 semanas 
• Repetir se hemoderivados 3 semanas após vacinação 
 
AGENTES NÃO VIVOS: 
• Vacinas: 
• Hepatite B 
• Penta 
• V1P 
• Pneumo-10 
• Meningo-C 
• Hepatite A 
• HPV 
• Influenza 
• Não causam doença 
• Podem conter adjuvantes (maior dor e reação inflamatória para suscitar maior resposta imunológica) = 
Via IM 
• Podem ser conjugadas: Pneumo-10 / Meningo-C / Hib —> sacarídeo + proteína (induz a memória 
imunológica em < 2 anos = resposta T-dependente) 
 
1 - HEPATITEB: 
• HBsAg 
• Toda população 
• Aplicação: primeiras 12h de vida 
• Até < 1 mês, após isso recebe na forma de penta até < 7 anos 
• Mãe HBsAg +: vacina + imunoglobulina até 7 dias preferencialmente até 12 horas 
• > 7 anos e não vacinado = 3 doses (0 - 1 - 6) 
 
31 
 
 
• Em imunodeprimidas e renais crônicos, fazer quatro doses com dose dobrada 
• Vacinado duas vezes com esquema de três doses = não respondedor 
• Sorologia pós-vacinal: 
• Profissional de saúde: Sorologia 1-2 meses após término do esquema —> Negativa = Repetir 3 doses 
(se sorologia após 6 meses da vacina, pode-se proceder apenas 1 dose e testar novamente) 
 
2 - PENTAVALENTE: 
• DTP + Hib + Hepatite B 
• Até < 7 anos 
• Eventos adversos: 
• Febre alta ou choro persistente / incontrolável (>3h) = mantem DTP 
• História de febre maior que 39,5 em dose anterior ou familiar de convulsão = antipiréticos na vacina e 
24-48h após 
• Episódio hipotônico-hiporresponsivo (pálida ou cianótica) e/ou convulsão até 72h = DTPa 
• Encefalopatia: DT 
• Se > 7 anos = dT (protege para difteria e tétano) = Reforço 10/10 anos e 3 doses nos não vacinados > 7 
anos 
• Gestantes > 20 semanas ou puérperas = dTpa 
• Profilaxia para tétano acidental: 
• Com esquema completo < 5 anos = NADA 
• Com esquema completo 5-10 anos + ferimento de alto risco = VACINA 
• Com esquema completo > 10 anos + ferimento limpo = VACINA 
• Com esquema completo > 10 anos + ferimento de alto risco = VACINA +/- IG (paciente de alto risco) 
• Com esquema incompleto + ferimento limpo = VACINA 
• Com esquema incompleto + ferimento de alto risco = VACINA + IG 
• Então em ferimento limpo, nunca faz IG 
 
3 - PNEUMOCÓCICA 10-VALENTE: 
• 10 sorotipos 
• Proteção para DPI (meningite pneumocócica e sepse pneumocócica) e OMA 
• Até < 5 anos 
• A partir de 2 meses 
• Pneumo-23 (polissacarídeos): comorbidades > 2 anos após pneumo-10 (CRIE) / Idosos 
institucionalizados com dose única e reforço após 5 anos 
• Pneumo-13 conjugada: >5 anos com HIV / neoplasia / transplante (CRIE) 
• Se > 1 ano não vacinado = Apenas 1 dose (excetuando comorbidades) 
 
4 - MENINGOCÓCICA C: 
• Até <5 anos 
• MS: adolescente 11-14 anos (dose única ou reforço) 
• SBP: recomenda reforço aos 5 anos 
• Clínicas particulares: MenACWY e MenB 
• Se > 1 ano não vacinado = Apenas 1 dose 
 
5 - V1P: 
Adolescente não vacinado: 
10-19 anos: 
• Hep B - 3 doses 
• Triplice viral - 2 doses 
• dT - 3 doses + reforços 10/10 anos 
• FA 
• Conforme idade: HPV e Meningo C 
 
32 
 
 
• Sempre nas doses iniciais 
• Até < 5 anos 
 
6 - HEPATITE A: 
• Até < 5 anos 
 
7 - INFLUENZA: 
• Vírus inativado / Trivalente (2A e B) 
• Crianças de 6 meses até 6 anos 
• Administração: 
• 6 meses - 9 anos = 2 doses na primovacinação (0 - 1) 
• ≥ 9 anos = 1 dose na primovacinação 
• Depois = Reforço anual 
• Anafilaxia a ovo: pode receber em ambiente adequado 
 
8 - HPV: 
• Quadrivalente (6 / 11 / 16 / 18) 
• A partir dos 9 anos 
• Meninas: 9-14 anos = 2 doses (0 - 6) 
• Meninos: 11-14 anos = 2 doses (0 - 6) 
• >15 anos = 3 doses 
• HIV/Aids e Imunossuprimido = 9-26 anos 3 doses (0 - 2 - 6) 
 
DOENÇAS EXANTEMÁTICAS: 
 
• Incubação: virais 1-3 semanas / bacteriana dura poucos dias 
• Pródromos: 
• Febre 
• Sinais típicos 
• Enantemas 
• Já transmite 
• Exantema: 
• Tipo: maculopapular (maioria) / vesicular 
• Progressão 
• Descamação 
 
SARAMPO: 
• Parampo36 
• Paramixovírus 
• Pode ser transmitido por aerossol (fica em suspensão) 
• Pródromo: 
• Febre: aumenta até o surgimento do exantema (valor mais alto no dia do exantema) 
• Tosse intensa (uma das últimas manifestações clinicas a desaparecer), coriza, conjuntivite (fotofobia) 
• Enantema: mancha de koplik (mancha branca na mucosa, ppte oral) = PATOGNOMÔNICO 
 
33 
 
 
• Exantema: morbiliforme (lesões maculopapulares com tendencia a confluência com áreas de pele sã de 
permeio / progressão craniocaudal lenta / surge retroauricular / descamação furfurácea 
• Transmissível de 3 dias antes até 4-6 dias após o início do exantema 
• Complicação: 
• OMA: complicação mais freqüente 
• Pneumonia: principal causa de morte (próprio vírus ou bacteriana) 
• Encefalite: maior letalidade 
• Tratamento: 
• Vitamina A (deficiencia de vit A faz quadro grave) = 2 doses (1º no dx e 2º após 24h) 
• Notificação imediata 
• Profilaxia pós contato: 
• Vacina = até 3º dia —> acima de 6 meses (seletiva) 
• Imunoglobulina = até 6º dia —> imunodeprimidos / gravidas / <6 meses (IG6) 
 
RUBÉOLA: 
• Rubola 
• Togavírus 
• Transmissão: 5 dias antes até 6 dias após o início do exantema 
• Pode cursar com artralgia 
• Pródromos: 
• Linfadenopatia retroauricular, occipital e cervical posterior 
• Sinal de Forschheimer: lesões petequiais no palato 
• Febre que persiste após exantema 
• Exantema: rubeoliforme (róseo, maculopapular mais discreto e bem delimitado) / craniocaudal rápida / 
descamação ausente 
• Complicação = síndrome da rubéola congênita 
• NOTIFICAÇÃO IMEDIATA 
• Profilaxia pre e pos exposição: vacina (excetuando gestantes, imunodeprimidas e <6 meses) em até 72h 
 
ERITEMA INFECCIOSO / QUINTA MOLÉSTIA: 
• Parvovírus B19 
• Pródromos: inespecíficos ou inexistentes (febre) = Mantem bom estado geral 
• No exantema já não apresenta mais viremia e não é mais transmissível 
• Exantema: trifásico = sinal da face esbofeteada -> exantema reticulado (principalmente em membros 
extensores) -> recidiva (sol, calor, exercício) / progressão craniocaudal / descamação ausente ou 
discreta 
• Pode causar artralgia e aplasia de medula (ppte em hemoliticos e falcemicos = sem reticulocitose / ainda 
é transmissível) 
• Sd luvas e meias 
 
EXANTEMA SÚBITO: 
• Herpes vírus humano tipo 6 (tipo 7 em menor grau) 
• Transmissão: adultos sintomáticos 
• Em crianças menores de 2 anos, sendo que o pico ocorre dos 6 aos 9 meses 
• Pródromos: febre alta que some em crise, surgindo o exantema 
• Exantema (surge após a febre): maculopapular / inicia no tronco / descamação ausente 
 
34 
 
 
• Complicação mais comum: crise febril 
 
ESCARLATINA: 
• GAS (betahemolítico grupo A / estreptococo pyogenes) —> Enterotoxina pirogênica 
• Criança de 5 - 15 anos 
• Não confere imunidade duradoura 
• Pródromos: doença estreptocócica (faringite) / enantema (língua em morango branco -> vermelho) 
• Exantema: micropapular áspero (lixa) / clareamento à digitopressão / progressão centrifuga (começa na 
cervical) / descamação lamelar 
• Sinais clássicos: sinal de Pastia (acentuação do exantema nas pregas), sinal de Filatov (palidez perioral) 
• Complicações = FR e GNPE 
• TTO: Penicilina por 10 dias / Afastamento por 24-48h após inicio do ATB 
 
VARICELA: 
• Varicela54 
• Virus varicela zoster 
• Transmissão: gotículas e aerossol 
• Incubacao: 10-21 dias 
• Primoinfeccao: varicela / Latente: herpes zoster 
• Viremia inicia 48h antes do exantema até todas as lesões tornarem-se crostas 
• Pródromos: inespecíficos (febre -> dura no máximo 3 dias após exantema) 
• Sem viremia = crosta 
• Exantema: vesicular (mácula -> pápula -> vesícula -> pústula -> crosta) / polimorfismo regional / prurido 
• Complicação mais frequente: infecção secundaria (estrepto e estafilococo) -> persistência de febre + 
vesículas novas com base eritematosa 
• Pode acometer mucosas 
• Síndrome de Reye: varicela + AAS 
• Complicações neurologicas: encefalite e ataxia cerebelar aguda (cerebelite) 
• Progressão centrífuga e distribuição centrípeta 
• TTO: pode ser utilizado aciclovir em adolescentes (>12 anos) ou imunodepressão (parenteral) 
• Notificar somente casos graves 
• Profilaxia pós-exposição: 
• Vacina = até o 5º dia (ideal é <3 dias) a partir dos 9 meses —> somente p/ controle de surto em 
ambiente hospitalar ou creche (MS) 
• IGHAVZ = até o 4º dia (96 horas): 
• Imunodeprimido 
• Gravida 
• RN pré-termo: 
• <28 semanas = sempre (pois não recebeu ainda os anticorpos maternos) 
• ≥28 semanas = mãe nunca teve varicela• RN de mãe com varicela de 5 dias antes ou 2 dias após o parto independente da IG 
• Controle de surto hospitalar em <9 meses (MS) 
 
MÃO-PÉ-BOCA: 
• Coxsackie A16 
 
35 
 
 
• Vesículas mãos e pés + Pápulas região glútea + Vesículas e ulceras cavidade oral 
 
MONONUCLEOSE: 
• EBV 
• Período de incubação pode chegar a 40 dias 
• Faringite / Linfadenopatia generalizada / Esplenomegalia 
• Sinal de Hoagland: edema palpebral 
• HMG com atipia linfocitária / Dosar anticapsídeo viral IgM 
• Exantema após amoxicilina ou ampicilina 
• Afastamento de atividades de esporte intensas por um mês (ruptura esplênica) / Evitar AAS 
 
DOENÇA DE KAWASAKI: 
• Vasculite de médio calibre (ppte coronárias) / Crianças < 5 anos 
• Critérios clínicos: 
• Febre alta ≥5 dias + 4 destas: 
• Conjuntivite bilateral não exsudativa 
• Alteração de lábios e cavidade oral 
• Adenomegalia (critério menos comumente observado) cervical 
• Exantema polimorfo (NÃO = vesicular) 
• Alterações de extremidades (eritema e descamacao periungueal) 
• TTO: IG na fase aguda + AAS 
• Complicação: aneurismas coronarianos (outras artérias também) e miocardite (SEMPRE ECG) 
 
FEBRE SEM SINAIS FOCO: 
• Febre: temperatura axilar >37,8 / retal >38,3 / oral >38 
• FEBRE DE ORIGEM INDETERMINADA: Quadro de febre documentado por um profissional de saude, 
cuja causa não foi definida após três semanas de avaliação ambulatorial ou uma semana em ambiente 
hospitalar. 
• FEBRE SEM SINAIS DE LOCALIZAÇÃO (FSSL): Doença febril com duração de até 7 dias, sem sinais 
que apontem para a sua causa 
• Grupos: 
• RN ou < 1 mês: 
• Internar 
• Coletar exames (HMG, EQU, urocultura, cultura de sangue, líquor, RxTx, considerar EPF se 
diarreia ou manifestações respiratórias) 
• Avaliar pesquisa de HSV e Enterovírus por PCR 
• ATB empírica = Ampilicina + Cefotaxima 
• 1 - 3 meses: 
• Maioria de causa viral, se bacteriana a causa urinária é a mais comum 
• Baixo risco? 
• Previamente higida / EF normal / labs normais (EQU, sem leucocitose ou desvio ou relação IT 
<0,2, EPF normal, liquor com celularidade normal e GRAM-, RxTx sem infiltrado) e demais 
(cultura etc) que demoram para ver resultado 
• Sim = não receberá nenhum antibiótico e será reavaliada em 24 horas (ou antes, caso 
ocorra piora). São recomendadas reavaliações diárias até que os resultados das culturas 
 
36 
 
 
estejam fechados. Caso alguma cultura revele-se positiva, a criança é reavaliada e o 
tratamento é indicado. 
• Não = será internada e receberá antibioticoterapia parenteral até que o resultado de todas 
as culturas seja liberado e o diagnóstico final seja estabelecido. Se o EAS indicar a 
presença de uma infecção do trato urinário, o tratamento da mesma pode ser feito em 
regime ambulatorial. 
• OBS: Caso os exames iniciais estejam normais, é aceitável que a punção não seja feita em 
um momento inicial (mas se alteração no HMG, para iniciar ATB empírico = líquor) 
• OBS: RxTx também pode ser somente solicitado caso sintomas respiratórios 
• 3 meses - 3 anos: 
• Avaliar conforme a temperatura: 
• <39 = apenas observação; reavaliar caso a febre persista, ultrapasse 39 ou surjam novos sinais 
ou sintomas. 
• ≥39 = definir situação vacinal (pneumococo e haemofilo): 
• Vacinada = avaliar APENAS infecção urinaria (meninas, meninos circuncidados <6 meses, 
meninos circuncidados, crianças com hx de ITU de repetição) 
• Não vacinada = avaliar infecção urinaria, se EQU normal pode ser feito: 
• Hemocultura e ATB empírico, liberar criança e reagendar avaliação 
• HMG, se leucocitose fazer hemocultura e ATB empírico, liberar criança e reagendar 
avaliação 
• Hemocultura e reavaliação 
• Todas abaixo de 3 anos com aspecto toxêmico = internada, submetida à realização de exames e coleta 
de culturas e receber antibioticoterapia parenteral empírica 
• >3 anos: 
• Reavaliação em 48-72h se manutenção da febre 
• Quando medicar a febre? 
• Crianças com cardiopatias ou pneumopatias crônicas 
• Crianças com história de crises febris; 
• Crianças com temperatura ≥ 39 
• Crianças com desconforto intenso na vigência do quadro febril. 
OBS: meios físicos somente se hipertermia (aumento na produção de calor e dificuldades para 
dissipa-lo), se febre evitar!!! E nao existe indicação de usar a combinação de dois antipiréticos 
intercalados 
 
INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO: 
• Frequentes: 1-3% das meninas / 1% dos meninos 
• Recorrente 
• Sequelas (≠ do adulto: crianças tem maior risco de sequelas, por isso sempre avaliar a causa = HAS e 
DRC) 
• Mecanismos: via hematogênica (RN), via ascendente (principal mecanismo) 
• Picos de incidencia: 
• 1º pico = 1º ano / meninos (anomalias - primeiros meses) 
• 2º pico = meninas (controle esfincteriano) 
• 3º pico = meninas (atividade sexual) 
 
FATORES DE RISCO: 
 
37 
 
 
• Ausência de circuncisão (10x) 
• Sexo feminino (menor uretra e receptores que favorecem a adesão bacteriana) 
• Obstrução urinária: 
• Válvula de uretra posterior = hidronefrose fetal bilateral + distensão vesical + jato fraco (folheto 
membranoso no interior da uretra) 
• Disfunção miccional: incoordenação entre o relaxamento esfincteriano e contração do detrusor (= 
resíduo pós-miccional) 
• Constipação (também pode ser considerada um marcador de disfunção miccional) 
• Refluxo vesicureteral (pielonefrite): 
• Primário: anomalia na inserção ureteral 
• Idiopático: frequente, resolução espontânea (implantacao perpendicular) 
• Secundário: aumento da pressão vesical 
**Febre >39º sem foco aumenta o risco para ITU = sempre investigar 
 
ETIOLOGIA: 
• Escherichia coli (90% nas meninas) 
• Proteus (meninos a partir do 1º ano) -> cálculos de estruvita (alcalinização de urina) 
• Outros gram-negativos (Klebsiella e Pseudomonas, esta última na manipulação hospitalar) 
• Gram-positivos (Enterococos mais comum em idosos e meninos, e S. saprophyticus, em adolescentes e 
sexualmente ativas) 
• Virus: adenovírus 11 e 21 = cistite hemorrágica (hematuria macroscópica) 
 
QUADRO CLÍNICO: 
Cistite: 
• Disúria / Polaciúria / Estrangúria 
• Dor suprapúbica 
• Incontinencia urinária 
• Sem febre 
**Crianças maiores 
Pielonefrite: 
• Com ou sem sintomas de cistite 
• Calafrio / Dor lombar / Manifestações inespecíficas 
• Febre (pode ser a única manifestação clínica) 
**ITU+febre = pielonefrite 
 
DIAGNÓSTICO: 
• Laboratorial!!! 
• EQU: 
• bioquímica: esterase leucocitária (↑S e ↓E) e nitrito (↑E e ↓S) 
• sedimento: leucócitos (≥5p/c ou 10.000/ml) 
• Bacterioscopia / Gram 
• Urocultura: faz diagnóstico 
• Jato médio: ≥105UFC/ml 
• Saco coletor: só valoriza quando negativa ou ≥105 com QC franco (deve-se trocar a cada 30min) 
• Cateterismo vesical: ≥ 50.000 UFC/ml 
 
38 
 
 
• Punção suprapúbica (padrão-ouro): qualquer crescimento (AAP ≥50.000), exceto se pequena 
quantidade de G+ 
• Bacteriúria Assintomática: não tratar 
 
TRATAMENTO: 
• Sempre coletar urocultura antes (não aguardar o resultado da cultura para iniciar o tratamento) 
Cistite (3-5 dias): 
• Ambulatorial: 
• Sulfa-trimetoprim 
• Nitrofurantoína** 
Pielonefrite (7-14 dias): 
• Hospitalar: <1-3 mês e grave (incapaz de aceitar liquido) 
• Ampi+Genta (aminoglicosídeo - nefrotóxico) 
• Ceftriaxona (fora do periodo neonatal e não cobre enterococo) 
• Ambulatorial: 
• Ceftriaxona 
• Ciprofloxacina (suspeita de infecção por pseudomonas) 
• NÃO: nitrofurantoína 
 
EXAMES DE IMAGEM: 
• US renal e de vias urinárias: alterações grosseiras 
• Cintilografia renal com DMSA (estática, dá uma imagem morfológica do parênquima renal): 
• Fase aguda = identifica pielonefrite (padrão-ouro) 
• Fase cronica = identifica cicatrizes 
• Uretrocistografia miccional: RVU (identificar e classificar) 
• I e II: leve 
• III, IV e V: grave = ATBprofilaxia 
• INDICAÇÃO: 
• AAP (2 meses-2 anos)***: 
• 1º episódio de pielonefrite = US —> se alteração = UCM 
• 2º episódio de pielonefrite = UCM 
• SBP: 
• ITU confirmada: 
• <2 anos = USG e UCM 
• >2anos = USG

Outros materiais