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aula 9 processo trabalho serviço social II

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PROCESSO DE TRABALHO EM SERVIÇO 
SOCIAL II
SERVIÇO SOCIAL E A ÁREA DA 
ASSISTÊNCIA SOCIAL
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Olá!
Ao final desta aula, você será capaz de:
1. Caracterizar a área da Assistência Social a partir das mudanças introduzidas pela Constituição de 1988.
2. Identificar os principais aspectos em torno da discussão do SUAS como política pública.
3. Reconhecer as alterações no exercício profissional provocada pelo SUAS.
1 Introdução
Nesta aula, serão abordados conteúdos sobre a Assistência Social e o exercício profissional nesta área:
demandas, competências e perfil profissional. Para iniciar a reflexão, vamos conhecer a discussão em torno do
conceito de “controle social”. As informações foram fundamentadas no site oficial do governo federal (//www.
) A assistência social brasileira tem como principais características omds.gov.br/assistenciasocial/controlesocial
controle das ações desenvolvidas. Destacado na Constituição Federal de 1988, na Lei Orgânica da Assistência
Social (Loas), na Política Nacional de Assistência Social (PNAS) e na Norma Operacional Básica do Sistema Único
de Assistência Social (NQB/Suas), o exercício do controle social implica o planejamento, acompanhamento,
avaliação e fiscalização da oferta dos programas, serviços e benefícios socioassistenciais. A viabilização da
participação dos cidadãos na gestão pública compreende: a intervenção na tomada da decisão administrativa,
orientando a Administração para que adote medidas que realmente atendam ao interesse público e, ao mesmo
tempo, podem exercer controle sobre a ação do Estado, exigindo que o gestor público preste contas de sua
atuação. Dentre os vários artigos voltados para esta questão podemos destacar o Art. 1. A República Federativa
do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado
Democrático de Direito e tem como fundamentos: a soberania; a cidadania; a dignidade da pessoa humana; os
valores sociais do trabalho, da livre iniciativa e o pluralismo político. É de fundamental importância que cada
cidadão assuma essa tarefa de participar de gestão pública e de exercer o controle social do gasto do dinheiro
público, o que garante a legitimidade do processo. Para viabilizar o controle social do Sistema Único de
Assistência Social (Suas) foram criados espaços institucionais, compostos igualitariamente por representantes
do poder público e da sociedade civil. Trata-se dos Conselhos Gestores e das Conferências. Instituído pela Lei
Orgânica da Assistência Social (LOAS), o Conselho Nacional de Assistência Social (CNAS) é órgão superior que
está à frente desse processo. Ele tem caráter permanente e composição paritária: metade dos membros são
representantes do poder público, e metade são representantes da sociedade civil - eleita em foro próprio e
www.mds.gov.br/assistenciasocial/controlesocial
www.mds.gov.br/assistenciasocial/controlesocial
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composta de modo a preservar as representações dos usuários, dos trabalhadores e das entidades e
organizações da assistência social. Suas principais competências são: aprovar a política pública de assistência
social, normatizar e regular a prestação de serviços de natureza pública e privada, zelar pela efetivação do Suas,
apreciar e aprovar propostas orçamentárias, entre outras.
2 Conselhos, leis, políticas e sistemas de assistência social
A partir do modelo de governança apresentado na introdução, o Distrito Federal, os estados e os municípios
instituem seus próprios conselhos, leis, políticas e sistemas de assistência social. Com isso, é possível articular o
controle social completo e integrado sobre a gestão da assistência social brasileira, em seu modelo
descentralizado e participativo consolidado no Suas.
Entre outras competências, os conselhos de assistência social têm a função de convocar as conferências de
assistência social. O CNAS convoca a Conferência Nacional de Assistência Social ordinariamente, de quatro em
quatro anos, ou extraordinariamente. Ela tem o objetivo de avaliar a situação da assistência social no Brasil e
propor diretrizes para o aperfeiçoamento do sistema.
3 Família Acolhedora
O tem como objetivo o desenvolvimento de um trabalho em situações adversasPrograma Família Acolhedora
que impedem que a criança ou adolescente tenham uma convivência saudável com as suas famílias.
A operacionalização deste programa consiste em cadastrar e capacitar famílias da comunidade para receber em
suas casas, por um período determinado crianças, adolescentes ou grupos de irmãos em situação de risco
pessoal e social, dando-lhes acolhida, amparo, aceitação, amor e a possibilidade de convivência familiar e
comunitária.
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O programa se destina a atender crianças e adolescentes em situação de risco pessoal e social que sejam vítimas
de algum tipo de violência doméstica e/ou que estejam em situação de abandono necessitando de acolhimento
familiar. O acolhimento é feito por um período de tempo determinado até que possa ser reintegrado à sua família
de origem. Cada família que acolher uma criança/adolescente recebe uma bolsa auxílio mensal. É preciso que o
interessado não esteja respondendo a inquérito policial ou envolvido em processo judicial, não tenha problemas
psiquiátricos, alcoolismo ou vício em drogas ilícitas e ter residência fixa no município do Rio. Os acolhedores
passam por capacitação de dois meses em aulas semanais.
O documento intitulado Subsídios para elaboração do Plano Nacional de Promoção, Defesa e Garantia do
, afirma que:Direito de Crianças e Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária
"... crianças e adolescentes têm o direito a uma família, cujos vínculos devem ser protegidos pela sociedade e pelo
Estado”. O documento avança indicando que, nos casos em que os vínculos familiares se enfraquecem ou são
ameaçados, "... as estratégias de atendimento deverão favorecer a elaboração de novas formas de interação,
referências morais e afetivas no grupo familiar.”
Se, em decorrência de algum risco, a criança e/ou adolescente precisa ser afastado de sua família de origem, deve
ser encaminhada a um programa de acolhimento, onde serão trabalhadas todas as possibilidades para que seu
retorno ao convívio familiar seja possível.
O acolhimento familiar foi uma estratégia adotada para garantir que a criança e/ou adolescente permanecesse
no seio de sua comunidade e permitir o reatamento e fortalecimento dos vínculos com sua família de origem. Tal
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programa tem como referência legal o artigo 90 do ECA, que apresenta o programa de proteção em regime de
colocação familiar, que implicaria na colocação temporária de uma criança ou adolescente em outra família, até
que seja superada a situação de violação de direitos que gerou o afastamento da família de origem.
4 Serviço de Proteção Social Especial para Pessoas com 
Deficiência, Idosas e suas Famílias
O Serviço de Proteção Social Especial para pessoas com deficiência, pessoas idosas e suas famílias integra os
serviços propostos na Proteção Social Especial de Média Complexidade, de acordo com as normas estabelecidas
pelo Sistema Único de Assistência Social (Suas). Este pode ser ofertado em centros-dia, no Centro de Referência
Especializado de Assistência Social (Creas) ou unidade a ele referenciada.
Também é possível realizar o atendimento no domicílio do usuário, ofertando atendimento especializado a
famílias com pessoas com deficiência e idosos com algum grau de dependência, que tiveram suas limitações
agravadas por violações de direitos.
O serviço tem a finalidade de potencializar a autonomia, a independência e a inclusão social da pessoa com
deficiência e pessoa idosa, com vistas à melhoria de sua qualidade de vida. Para tanto, deve contar com equipe
específica e habilitada para a prestação dos serviços especializados a pessoas em situação de dependência que
necessitem de cuidados permanentes ou temporários. A ação da equipe deverá estar pautada no reconhecimento
dopotencial da família e do cuidador, apoiando estes no exercício da função.
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As ações devem possibilitar ainda a ampliação das redes sociais de apoio e o acesso a benefícios, programas de
transferência de renda, serviços sócio assistenciais, políticas públicas setoriais e órgãos de defesa de direitos,
quando for o caso.
Com a implantação do Serviço de Proteção Social Especial para pessoas com deficiência, pessoas idosas e suas
famílias, os gestores devem realizar o monitoramento e acompanhamento das ações, de forma a preservar os
objetivos de atingir o impacto social esperado, determinado através da Tipificação Nacional de Serviços
Socioassistenciais.
A atenção ofertada no Serviço deve contribuir para acesso aos direitos socioassistenciais; redução e prevenção
de situações de isolamento social e de abrigamento institucional; diminuição da sobrecarga dos cuidadores
advinda da prestação continuada de cuidados a pessoas com dependência; fortalecimento da convivência
familiar e comunitária; melhoria da qualidade de vida familiar; redução dos agravos decorrentes de situações
violadoras de direitos; proteção social e cuidados individuais e familiares voltados ao desenvolvimento de
autonomias.
5 Atenção às pessoas portadoras de deficiências
A Política Nacional de Assistência Social, no exercício de suas funções de inserção, prevenção, promoção e
proteção, assegura às pessoas portadoras de deficiência, vulnerabilizadas pela situação de pobreza na
perspectiva dos seus direitos, a prevenção de deficiências, habilitação e reabilitação, equiparação de
oportunidades e proteção social.
O programa tem como objetivo assegurar a proteção, a promoção e a inclusão social das pessoas portadoras de
deficiência vulnerabilizadas pela situação de pobreza, com a centralidade das ações na família, além de elaborar,
coordenar, acompanhar e apoiar, técnica e financeiramente, as ações de Atenção à Pessoa Portadora de
Deficiência. Atua dentro do princípio de descentralização para estados e municípios, conforme o tipo de gestão e
co-financiamento, valorizando a participação do controle social exercido pelos Conselhos, Fóruns de Assistência
Social, Conferências e organizações da sociedade civil.
Tem como meta atender pessoas portadoras de deficiência com renda mensal familiar per capita de até ½
salário mínimo e/ou aquelas que se encontram em condição de privação econômica ou risco pessoal e social,
com prioridade para as pessoas com renda familiar per capita de até 1/4 do salário mínimo.
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6 Programa de Saúde do Adolescente
A adolescência é uma etapa do desenvolvimento do ser humano situada entre a infância e a vida adulta, e
marcada por profundas transformações biopsicossociais. Essas transformações modificam o relacionamento do
indivíduo consigo mesmo, com a família e o mundo, proporcionando a formação da identidade e a busca da
autonomia.
Como cidadãos, os adolescentes têm direito a saúde e é dever do Estado garantir este acesso, dentro dos
preceitos do SUS, e o Estatuto da Criança e do Adolescente determina a prioridade de atendimento a esse grupo,
bem como na formulação e execução das políticas sociais públicas. As características desse grupo, bem como sua
vulnerabilidade às questões econômicas e sociais e a importância desse período na formação de hábitos,
determinam a necessidade de uma atenção mais específica.
7 CREAS
O CREAS poderá ser implantado com abrangência local ou regional, de acordo com o porte, nível de gestão e
demanda dos municípios, além do grau de incidência e complexidade das situações de risco e violação de direito.
O CREAS de abrangência local poderá ser implantado em municípios habilitados em gestão inicial, básica e plena.
Os municípios em gestão inicial e básica que implantarem o CREAS deverão ofertar o serviço de enfrentamento
ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes (detalhado no item 5.1), podendo, no entanto, de acordo
com sua capacidade e por meios próprios, ampliar o atendimento para as demais situações de risco e violação de
direitos de crianças e adolescentes.
O CREAS implantado em municípios em gestão plena deverá ampliar o atendimento voltado às situações de
abuso, exploração e violência sexual de crianças e adolescentes para ações mais gerais de enfrentamento das
situações de violação de direitos relativos ao nível de proteção social especial de média complexidade, de acordo
com a incidência das situações de violações de direitos, devendo disponibilizar todos os serviços especificados
no item 5, que serão co-financiados pelo Governo Federal.
Saiba mais
ANTUNES, R. Adeus ao trabalho? Ensaio sobre as metarmofoses e a centralidade do mundo do
trabalho. São Paulo, Cortez/ Unicamp, 1985.
BRAVERMAN, Harry. Trabalho e capital monopolista. Rio de Janeiro: Guanabara, 1987.
CONSTITUIÇÃO 1988
IAMAMOTO, Marilda Vivela. Serviço social em tempo de capital fetiche - capital financeiro
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O que vem na próxima aula
Na próxima aula, você vai estudar:
• Serviço Social na empresa e no terceiro setor.
CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Caracterizou a área da Assistência Social, a partir das mudanças introduzidas pela Constituição de 1988.
• Identificou os principais aspectos em torno da discussão do SUAS como política pública.
• Reconheceu as alterações no exercício profissional provocada pelo SUAS.
IAMAMOTO, Marilda Vivela. Serviço social em tempo de capital fetiche - capital financeiro
trabalho e questão social. São Paulo: Cortez, 2007.
Serviço Social na contemporaneidade: trabalho e formação profissional. 5. ed. São Paulo:
Cortez, 2001.
LOAS
OFFE, C. Trabalho e sociedade. Problemas estruturais e perspectivas para o futuro da
sociedade do trabalho. V.1. A crise. Rio de Janeiro, Tempo Brasileiro, 1989.
SUAS
VASCONCELLOS, Ana Maria Vasconcelos. Prática Reflexiva.
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	Olá!
	1 Introdução
	2 Conselhos, leis, políticas e sistemas de assistência social
	3 Família Acolhedora
	4 Serviço de Proteção Social Especial para Pessoas com Deficiência, Idosas e suas Famílias
	5 Atenção às pessoas portadoras de deficiências
	6 Programa de Saúde do Adolescente
	7 CREAS
	O que vem na próxima aula
	CONCLUSÃO

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