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Estrutura da substância branca e córtex cerebral

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Lucas Fraga – Medicina UFR turma 4 
Estrutura da Substância Branca e do Córtex Cerebral 
 
Substancia Branca do Cérebro 
• Ela pode ser chamada de centro branco medular e quando referida nos hemisférios 
separadamente pode se chamar centro centro semioval. 
• E constituida de fibras mielínicas de 2 tipos: de projeção (são aquelas que saem córtex 
para estruturas subcorticais) e de associação (são aquelas que fazem ligação entre 
próprio córtex). Dentro das de associação temos as fibras de associação intra-
hemisféricas e as de associação inter-hemisféricas. 
 
Fibras de associação intra-hemisféricas 
• Podem ser classificadas conforme o tamanho em curtas e longas. 
• As curtas associam áreas bem próximas, geralmente entre 2 sulcos, por isso se chamam 
também fibras arqueadas do cérebro ou em U. 
• As longas formam fascículos, sendo os principais: 
a) Fascículo do cíngulo: Percorre o giro do cingulo unindo o lobo frontal ao temporal, 
sendo que passa pelo parietal pelo caminho. 
b) Fascículo longitudinal superior (arqueado): liga os lobos frontal, parietal e occipital 
por suas faces látero-superiores. É muito importante na linguagem pois une áreas 
c) Fascículo longitudinal inferior: une o lobo occipital ao temporal. 
b) Fascículo unciforme: liga o lobo frontal ao temporal, passando pelo sulco lateral 
Lucas Fraga – Medicina UFR turma 4 
 
Fibras de associação inter-hemisféricas 
• São as fibras que formam as comissuras do telencéfalo, logo são chamadas de 
fibras comissurais e ligam regiões simétricas dos hemisférios. São 3: 
a) Comissura do fórnix: Ela fica entre as 2 pernas do fornix, estabelecendo 
conexão entre os 2 hipocampos 
b) Comissura anterior: tem uma porção olfatória (liga bulbos e tratos olfatórios) e 
uma não-olfatória que liga os 2 lobos temporais. 
c) Corpo Caloso: É maior comissura e feixe de fibras do S.N, estabele conexão 
entre áreas corticais simétricas por todo os hemisférios, com exceção dos lobos 
temporais. Eles são, portanto, muito importante para harmonização do 
funcionamento entre os 2 hemisférios. 
 
 
 
Lucas Fraga – Medicina UFR turma 4 
Fibras de Projeção 
• Elas formam fórnix (liga hipocampo aos corpos mamilares) e cápsula interna. 
a) Cápsula interna: Ela separa tálamo do núcleo lentiforme. Sua parte superior é 
continua com a coroa radiada e a infeiror com o pedúnculo cerebral. Ela pode 
ser dividida em 3 partes, que são: perna anterior (entre cabeça do caudado e 
lentiforme), perna posterior (entre tálamo e nucleo lentiforme) e joelho (fica no 
ângulo entre as 2 partes). Ela é importante pois a maioria das fibras que 
saem/entram no córtex passa por ela. Dentre as que saem temos os tratos 
corticos espinhal/nuclear/pontino/reticular/estriatais. Dentre as que entram temos 
aquelas que saem do tálamo e são chamadas de radiações, tendo a radiação 
auditiva e óptica. 
 
Estrutura do Córtex Cerebral 
• É uma fina camada de substância cinzenta que circunda o centro branco medular do 
cérebro, sendo que todos sinais sensitivos chegam nele, sendo que a maioria só se 
tornam consciente nele. Dele que partem os impulsos para movimentos voluntários 
e fenômenos psiquicos. 
 
Citoarquitetura do Córtex 
• Ele possui neurnônios, celulas da glia, e fibras. Sua organização é complexa e 
hetereogênea, diferindo da do cerebelo 
• Em relação a estrutura se divide em isocórtex (6 camadas) e alocórtex (menos 
que 6 camadas) 
 
Isocórtex 
• É o mais importante e estudaremos somente ele, possuindo as camadas de externo 
para interno: molecular, granular externa, piramidal externa, granular interna, 
piramidal interna e fusiforme. 
• A molecular contém principalmente fibras horizontais. As demais camadas possui 
neurônios que lhes dão o nome e são os principais do córtex, que são: 
Lucas Fraga – Medicina UFR turma 4 
a) Células Granulares: Elas predominam nas camadas granulares, e possuem 
axônios que vão para as outras camadas. Elas são os principais interneurônios 
do cortéx cerebral, recebendo a maioria das fibras que chegam no cortéx. 
b) Células Piramidais: Elas predominam nas camadas pirâmidais (que são 
consideradas camadas efetoras) e possuem tamanhos variados, sendo que as 
gigantes são chamadas de Betz e são presentes somente na área motora do 
giro pré-central. As cel. Piramidais possuem 2 tipos de dendritos, que são o 
apical (mais longos) e basal (mais curto). Os axônios das piramidais são 
descendentes (eferentes) e formam trato corticoespinhal. 
c) Células Fusiformes: São celulas efetoras que emitem axônios para centro 
medular branco, predominando na camada fusiforme (VI camada). 
 
 
• As fibras que chegam ao córtex são de maioria provenientes do tálamo, sendo que 
as provenientes de núcleos inespecíficos do tálamo fazem ativação do córtex e 
constituem parte do Sistema Ativador Reticular Ascendente (SARA). As fibras 
aferentes que vem de núcleos específicos terminam em sua maioria na camada 
granular interna (sendo mto desenvolvida nas áreas sensitivas do córtex) 
• As fibras efenteres do córtex originam em sua maioria na camada piramidal interna 
que é muito desenvolvida nas áreas motoras do córtex. 
Lucas Fraga – Medicina UFR turma 4 
• Resumindo a camada IV é a receptora de projeção e a camada V efetuadora de 
projeção. As outras camadas são predominantemente de associação, sendo que 
seus axônios interligam áreas do próprio córtex passando pela substância branca. 
• Os neurônios no córtex se organizam em colunas verticais, as quais formam as 
unidades funcionais do córtex. 
• O córtex possui diversas divisões, sendo que as anatôminas não tem relação com 
suas funções, exetuando o córtex do lobo occipital que relaciona-se á visão. 
 
Classificação citoarquitetural do córtex 
 
• O córtex pode ser dividido em varias áreas citoarquiteturais, produzindo vários 
mapas de divisão, sendo que o mais aceito é o de Brodmann (52 áreas). 
• O córtex pode ser dividido tbm em grupos maiores, sendo: 
 
• O Isocórtex possui as 6 camadas nítidas e o alocórtex nunca tem 6 camadas. 
• No isocórtex homotípico as 6 camadas são bem separadas, já no heterotípico 
não são bem individualizadas. 
• O Isocórtex corresponde a 90% de todo o córtex cerebral e é correspondente ao 
neocórtex e alocórtex corresponde a áreas mais antigas que é arqui e paleo 
córtex. 
 
Classificação filogenética do córtex 
• Ele é separado em filogeneticamente em: 
a) Arquicórtex: Corresponde ao hipocampo 
b) Paleocórtex: Corresponde ao úncus e parte medial do giro-parahipocampal. 
Nesse giro o sulco rinal separa o paleo do néo. 
c) Neocórtex: Corresponde ao restante 
 
 
Lucas Fraga – Medicina UFR turma 4 
 
 
Classificação Funcional do Córtex 
• A separação funcional não são compartimentos isolados 
• Funcionalmente pode-se dividir o córtex em 2 grandes grupos que são área de 
associação (promove os circuitos complexos mais internos do córtex, associando) e 
área de projeção (que vai receber ou originar as fibras que saem/entram no córtex, 
relacionando á motricidade e sensibilidade). 
a) Áreas de projeção: São consideradas as áreas primárias, pois se relacionam 
mais diretamento com sensibilidade/motricidade. Elas podem ser subdivididas 
em áreas sensitivas e motoras. 
b) Áreas de associação: Elas podem ser subdivididas em secúndarias 
(unimodais, pois relacionam-se indiretamente com a sensibilidade/motricidade, 
sendo que suas fibras fazem conexões com as primárias) e terciárias (não se 
relaciona com atividade sensitiva/motora, sendo que possuem relação com 
atividade psíquicas superiores, sendo chamadas de supramodais, sendo que a 
mais importante é a área pré-frontal, a qual é a parte não motora do lobo 
frontal). Em relação a atividades psiquicas superiores, isso inclui memória, 
pensamento, planejamento de ações futuras... 
 
• As áreas de associação no homem ocupam um espaço do córtex muito maior que 
as áreas de projeção.Lucas Fraga – Medicina UFR turma 4 
Anatomia Macroscópica do Telencéfalo 
Generalidades 
• O telencéfalo compreende os 2 hemisférios cerebrais + lâmina terminal (forma 
parede anterior III ventrículo) 
• O corpo caloso é uma faixa de fibras comissurais que une os 2 hemisférios. Cada 
hemisfério possui uma cavidade que é os ventriculos laterais direito e esquerdo 
• Cada hemisfério possui 3 polos (frontal, occipital e temporal) e 3 faces 
(dorsolateral que é convexa, inferior que é a base do cérebro e medial que é vista 
“interna” plana) 
 
Sulcos e Giros 
• A superfície do cerebro apresenta diversas depressões que são os sulcos, os quais 
delimitam os chamados giros. Os sulcos possibilita que se aumente a área de 
supérficie cerebral, possibilando que “caiba” mais córtex no encéfalo, ja que este 
fica somente na superficie. Tanto é que 2/3 do córtex fica “escondido” nos sulcos. 
• Os dois sulcos mais importantes em cada hemisfério são os: 
a) Sulco Lateral: Ele separa lobo frontal do lobo temporal e o paritel do temporal, 
começando anteriormente na base do cérebro e se dirige posteriormente pela 
face dorsolateral e divide-se em 3 ramos: ascendente, anterior e posterior.
 
b) Sulco central: É um sulco profundo que percorre obliquiamente a face 
dorsolateral, sendo um sulco “coronal” que separa os lobos frontal e parietal, 
sendo que ele termina próximo do sulco lateral, sendo separado dele por uma 
pequena “prega” (não chega a encontrar com o lateral). Esse sulco delimita 2 
giros: Giro Pré-central (situado antes dele, relaciona-se a motricidade) e Giro 
Pós-central (situado depois dele, relaciona-se a sensibilidade). 
 
• O sulcos ajudam a delimitar os lobos cerebrais, os quais possuem relação com os 
ossos que fazem “contato”. Sendo eles: 
a) Lobo Frontal: situa-se acima do sulco lateral e anteriormente ao sulco central 
b) Lobo Temporal: situa-se abaixo do sulco lateral e anterior ao sulco parieto-
occipital 
Lucas Fraga – Medicina UFR turma 4 
c) Lobo Parietal: situa-se posteriormente ao sulco central, e acima do sulco lateral 
e anteriormente ao sulco parieto-occipital 
d) Lobo Occipital: Situa-se posteriormente ao sulco parieto-occipital (esse sulco 
existe realmente só na face medial, na face dorsolateral ele é adotado 
“virtualmente” para delimitar) 
e) Insula: Fica profundamente ao sulco lateral, não fazendo contato com os ossos 
do crânio. 
 
Morfologia das faces dos hemisférios cerebrais 
Face Dorsolateral 
• A divisão em lobos é mais anatomica do que funcional, sendo que somente o 
occipital que está totalmente relacionado com a visão 
• Lobo Frontal: Possui 3 sulcos principais que são: 
a) Sulco Pré-Central: É anterior ao sulco central e geralmente divide-se em 2 
segmentos 
b) Sulco Frontal Superior: tem direção perpendicular ao sulco pré-central e inicia-
se na porção superior do sulco pré-central 
c) Sulco Frontal Inferior: Parte da porção inferior do sulco pré-central 
perpendicularmente e segue anteriormente e descendo. 
 
Ele também possui 4 giros, que são: 
a) Giro Pré-Central: Já comentado 
b) Giro Frontal Superior: Fica acima do sulco frontal e continua também na face 
medial do cerebro. 
c) Giro Frontal Médio: Fica entre os sulcos frontais superior e inferior 
d) Giro Frontal Inferior: Fica abaixo do sulco frontal inferior, e pode ser subdividido 
pelos ramos anterior e ascendente do sulco lateral em 3 partes: Orbital (fica 
mais anterior), triangular (fica entre ramos anterior e ascendente, possuindo 
forma de triangulo) e opercular. No hemisfério esquerdo, esse giro chama-se 
Giro de Broca, localizando uma das áreas responsável pela linguagem 
 
• Lobo Temporal: Possui 2 sulcos principais: 
a) Sulco Temporal Superior: Inicia-se proximo ao polo temporal e segue 
posteriormente, paralelo e abaixo do sulco lateral, terminando no lobo parietal 
Lucas Fraga – Medicina UFR turma 4 
b) Sulco Temporal Inferior: Fica abaixo do superior e é paralelo á ele, sendo 
formado por 2 ou mais partes descontinuas. 
Ele possui 3 giros, que são: 
a) Giro Temporal Superior: Fica acima do sulco temporal superior, e ele forma o 
assoalho do sulco lateral que é visto qdo afasta seus labios. Na parte posterior 
desse assoalho tem os giros temporais transversos (sendo que o transverso 
anterior é mais importante pois localiza área da audição). 
b) Giro Temporal Médio: Fica entre os sulcos temporais superior e inferior. 
c) Girto Temporal Inferior: Fica abaixo do sulco temporal inferior 
 
• Lobo Parietal: Possui 2 sulcos, que são: 
a) Sulco pós-central: É paralelo ao sulco central e situa-se posteriormente á ele 
b) Sulco Intraparietal: Geralmente perpendicular ao pós-central e sai dele 
terminando no lobo occipital 
 
O lobo Parietal possui o giro pós-central (já comentado), e possui lobulos que são 
parecidos com os giros, sendo que é o sulco intraparietal que separa eles. Temos 
os: 
a) Lóbulo Parietal Superior: Acima do sulco intraparietal 
b) Lóbulo Parietal Inferior: Fica abaixo do sulco intraparietal, e possui 2 giros que 
são o supramarginal e o angular. 
 
• Lobo Occipital: Ele possui pequena área na face dorsolateral, sendo que abrange 
mais na face medial. 
 
• Ínsula: Ela é vista qdo se afasta os 2 labios do sulco lateral, que fica profundamente 
pois no desenvolvimento embrionário cresce menos que os demais. Possui os 
sulcos circular e central da ínsula e os giros curtos e longos da ínsula. 
 
 
 
 
Lucas Fraga – Medicina UFR turma 4 
 
Face Medial 
• É necessário seccionar o cérebro no plano sagital mediano para visualizar 
completamente essa face, pois aí expõe algumas estruturas inter-hemisféricas 
(corpo caloso, fórnix e septo pelúcido) além do diencéfalo. 
 
• Corpo Caloso: É a maior das comissuras inter-hemisféricas, composto por fibras 
mielínicas que cruzam plano mediano penetrando no centro medular branco do 
outro hemisfério. Em corte sagital do cerebro ele tem forma de “C” virado para baixo, 
possuindo as seguintes partes de posterior para anterior: esplênio do corpo 
caloso, tronco do corpo caloso (parte mais do meio dele e mais comprida), joelho 
do corpo caloso e rostro do corpo caloso, o qual termina na comissura anterior. 
Entre a comissura anterior (mais acima) e o quiasma optico (mais abaixo), temos a 
lâmina terminal. 
 
• Fórnix: Possui forma de “C” ligando o corpo mamilar ao hipocampo. Ele é em par e 
saindo de cada corpo mamilar se juntam no percurso e qdo tão chegando ao 
hipocampo (que fica mais posterior e abaixo do corpo mamilar) separam-se denovo 
e se ligam no hipocampo. Ele possui partes: colunas do fórnix (parte mais anterior 
em que eles estão saindo do corpo mamilar), corpo do fórnix (parte em que eles se 
unem) e pernas do fórnix (parte mais posterior em que eles se separam para se 
ligarem aos respectivos hipocampos). 
 
• Septo Pelúcido: Fica entre corpo caloso e fórnix, separando os ventriculos laterais. 
 
• Lobo occipital: Apresenta 2 sulcos e 2 giros em sua face medial, que são: 
a) Sulco Calcarino: situa-se abaixo do esplênio do corpo caloso e tem trajeto 
arqueado em direção ao lobo occipital, indo até o final dele. 
b) Sulco Parietoccipital: Bem profundo, saindo do sulco calcarino em angulo 
agudo e separa o lobo occipital do parietal. 
a) Giro cúneus: Fica entre os 2 sulcos supracitados. 
b) Giro occípito-temporal medial: fica abaixo do sulco calcarino, que na sua parte 
mais anterior é contínuo com giro para-hipocampal. 
 
 
Lucas Fraga – Medicina UFR turma 4 
 
• Lobos Frontal e Parietal: Na face medial do cérebro existem 2 sulcos que passam 
pelo lobo frontal e parietal, abaixo deles. São: 
a) Sulco do corpo caloso: começa abaixo do rostro do corpo caloso e vai 
contornando ele, até que mais posteriormente é continuo com sulco do 
hipocampo. 
b) Sulco do cíngulo: Tem trajeto pararelo ao sulco do corpo caloso, só que fica 
mais acima, sendo separado dele pelogiro do cíngulo. Logo ele fica em cima do 
giro do cingulo. Ele termina depois que passa pelo nivel do sulco central, se 
dividindo em 2 ramos: ramo marginal que ascende até a superficie e sulco 
subparietal que continua posteriormente. Antes do sulco do cíngulo se dividir, 
ele emite um outro ramo chamado sulco paracentral que delimita junto com 
sulco do cingulo (inferiormente) e ramo marginal posteriormente o lóbulo 
paracentral. 
c) Abaixo do rostro do corpo caloso e anterior da lâmina terminal temos a área 
septal. 
 
Face Inferior 
• Ela pode ser dividida em 2 partes, uma pertencente ao lobo frontal e repousa sobre 
a fossa anterior do crânio e outra pertencente ao lobo temporal e repousa sobre 
fossa média e tenda do cerebelo. 
• Lobo Temporal: Ela apresenta 3 sulcos longitudinais principais que são de lateral 
para medial: 
a) Sulco occípito-temporal: Ele delimita junto com o sulco temporal inferior o giro 
temporal inferior (o qual forma borda lateral inferior do hemisfério). Ele delimita 
também junto com o sulco colateral o giro occípito-temporal lateral 
(fusiforme) 
b) Sulco Colateral: Ele se inicia próximo ao polo occipital e vai anteriormente. Ele 
delimita junto com o sulco calcariano o giro occípito-temporal medial e junto 
com o sulco do hipocampo o giro para-hipocampal (sua porção anterior se 
curva e forma o úncus). Na extremidade anterior do sulco colateral, ele pode ser 
contínuo ao sulco rinal. 
c) Sulco do hipocampo: Ele origina na região do esplênio do corpo caloso (parte 
mais posterior dele), sendo que é continuo com sulco do corpo caloso, dirigindo 
Lucas Fraga – Medicina UFR turma 4 
para baixo em direção polo temporal, terminando separando o giro-
parahipocampal do úncus. 
d) O giro do cíngulo na região posterior antes de continuar como giro para-
hipocampal, se afunila e forma o istmo do giro do cíngulo, sendo que este é 
continuo com o para-hipocampal. A parte anterior do giro para-hipocampal é a 
área entorrinal. Lembrar que úncus, giro para-hipocampal, istmo do giro do 
cingulo e giro do cingulo formam o lobo límbico. 
 
• Lobo frontal: Sua face inferior apresenta somente um sulco importante que é o 
sulco olfatório, que é profundo e tem direção anteroposterior. Medialmente ao 
sulco olfatório temos o giro reto (o qual continua como giro frontal superior). O 
restantes dos giros e sulcos são irregulares e conhecidos como sulcos e giros 
orbitários. No sulco olfatório (dentro dele) temos o bulbo olfatório (dilatação 
ovoide de subst. Cinzenta) que é continuo com o trato olfatório (posterior ao 
bulbo). Esse trato olfatório se bifurca posteriormente e forma as estrias olfatórias 
lateral e medial (que delimitam uma área triangular que é o trigono olfatório). 
Atrás do trígono e adiante do trato óptico temos substância perfurada anterior 
(local para passagem de vasos). 
 
Lucas Fraga – Medicina UFR turma 4 
 
 
Lucas Fraga – Medicina UFR turma 4 
 
 
 
Lucas Fraga – Medicina UFR turma 4 
 
 
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Lucas Fraga – Medicina UFR turma 4 
 
Morfologia dos Ventrículos Laterais 
• Eles são o direito e esquerdo e contem LCR e possuem epitélio ependimário, sendo 
que se comunicam com o III ventrículo através dos forames interventriculares 
(tirando isso são completamente fechados). 
• Apresenta uma parte central e 3 cornos e uma parte central (fica entre corno 
anterior e corno posterior), que corresponde aos polos dos hemisférios cerebrais, 
são eles: cornos frontal (anterior), occipital (posterior) e temporal (inferior). 
Tirando o corno inferior, todas as partes possuem teto revestido por corpo caloso. 
 
Morfologia das Paredes Ventriculares 
• O corno anterior situa-se antes do forame interventricular. A parede medial dele é 
formado pelo septo pelúcido o qual separa corno anterior dos 2 ventriculos laterais. 
O assoalho e parede lateral do corno anterior é formado pela cabeça do núcleo 
caudado. O teto e a parede anterior do corno anterior são formados pelo corpo 
caloso. 
 
Lucas Fraga – Medicina UFR turma 4 
• A parte central fica dentro do lobo parietal ao situando entre forame interventricular 
e esplênio do corpo caloso, na onde a cavidade se bifurca, dando origem ao corno 
posterior e corno inferior (região chamada de trígono colateral). O teto da parte 
central é formada por corpo caloso e a parede medial por septo pelúcido. O 
assoalho (inclinado) é formado pelo fórnix, plexo coroide, parte lateral da face 
dorsal do tálamo, estrial terminal e núcleo caudado. 
 
• O corno posterior estende-se para dentro lobo occipital, faz uma concavidade 
medial e termina em ponta. Suas paredes são formadas por fibras do corpo 
caloso. 
 
• O corno inferior ele segue inferiormente após a bifurcação e depois anteriormente 
em direção ao lobo temporal. O teto é formado por substância branca e apresenta 
ao longo de sua trajetória curva o acompanhamento da cauda do núcleo caudado e 
estria terminal. Na ponta da cauda do núcleo caudado temos uma dilatação que é a 
amigdala (a qual faz saliencia no teto do corno inferior). O assoalho é formado pela 
hipocampo (faz eminencia nele) e sulco colateral (provoca eminência nele), sendo 
que o hipocampo se liga ao fórnix pela fímbria do hipocampo (feixe de fibras 
nervosas) e se liga ao giro-parahipocampal pelo subiculum 
 
• O plexo coróide da parte central do V.L é continuo com o do III ventriculo pelo 
forame interventricular e vai até o corno inferior. O corno posterior e anterior não 
possuem plexo coróide. 
 
Organização Interna dos Hemisférios Cerebrais 
 
• Os hemisférios cerebrais são revestidos por uma camada de substância cinzenta 
que é denominada córtex cerebral e no centro possui substância branca chamada 
de centro branco medular do cérebro, no qual existem massas de substância 
cinzenta que são os núcleos da base. 
 
• Os núcleos da base que são: caudado, lentiforme, claustrum, amigdala e 
accumbens ja foram vistos em tutorias anteriores. 
 
 
Lucas Fraga – Medicina UFR turma 4 
 
Lucas Fraga – Medicina UFR turma 4 
 
 
Lucas Fraga – Medicina UFR turma 4 
 
Anatomia Funcional do Córtex Cerebral 
 
Áreas Sensitivas 
 
• Elas estão distribuidas nos lobos parietal, occipital e temporal, sendo que são 
primárias (projeção, relaciona-se a sensação do estimulo recebido) e secundárias 
(associação, relaciona-se a percepção de caracteristicas desse estímulo). 
 
Áreas corticais relacionadas com sensibilidade somática 
 
Área somestésica primária (S1) 
 
• A área somestésica primária (S1) fica no giro pós-central e corresponde ás áreas 
3, 1 e 2 de brodmann. A área 3 fica no fundo do sulco pós-central e as 1 e 2 ficam 
na superfície do giro pós-central. Na S1 chega fibras talâmicas provenientes dos 
núcleos ventrais posterolateral e posteromedial trazendo sensação de temperatura, 
dor, pressão, tato e propiocepção consciente da metade oposta do corpo. 
• Existe uma correpondência entre as partes do corpo com as partes da S1 
(somatotopia), sendo que cada parte dela corresponde a uma parte do corpo. 
Assim foi criado o homúnculo sensitivo para representar isso, sendo que ele é 
igual ao usado para representar a área motora do córtex. Chama atenção para área 
Lucas Fraga – Medicina UFR turma 4 
relacionada com as mãos e dedos, que são muito mais extensas que as outras, pois 
essas áreas depende da importancia funcional para cada espécie. 
• Ela é fundamental para sensibilidade discriminativa, sendo que não é responsável 
pela percepção de sensibilidade mais grosseira, sendo que quando lesada o 
indivíduo continua sentindo dor e diferença de temperatura (ja são sentidas a nivel 
talâmico), mas não consegue identificar aonde que está o estimulo. Ele perde 
também a capacidade de esterognosia. Logo ela é uma área importante para saber 
a localização precisa dos estímulos. 
 
Área somestésica secundária (S2) 
• Fica logo atrásda S1 e corresponde á area 5 e 7 de brodmann. Sua lesão causa 
agnosia tátil/asterognosia (incapacidade de reconhecer objetos pelo tato) 
 
Homúnculo sensitivo 
Áreas corticais relacionadas com a visão 
 
Área Visual Primária (V1) 
 
• Ela se localiza nos labios do sulco calcariano e corresponde área 17 de 
brodmann ficando no lobo occipital, podendo ser chamada de córtex estriado. 
Nela que chegam as fibras do trato genículo-calcarino, vindas do corpo 
geniculado lateral. 
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• Suas partes são correpondente á retina (retinotopia), sendo que o lábio superior 
do sulco calcarino corresponde a metade superior da retina, o lábio inferior á 
metade inferior da retina, a parte posterior do sulco á parte posterior da retina e a 
parte anterior do sulco 
• Na espécie humana o lesão completa dessa área nos 2 hemisférios causa 
cegueira total. 
 
Áreas Visuais Secundárias 
• São áreas de associação unimodais relacionadas á visão que se entendem por 
quase todo lobo temporal correspondendo ás areas 20, 21 e 37 de brodmann e 
se estende também para uma parte do lobo parietal. 
• As mais conhecidas são as chamadas V2, V3, V4 e V5. Elas vao formar 2 vias 
corticais que saem de V1 que é a via dorsal (V3 e V5) e a via ventral (V2 e 
V4). A via dorsal vai pro lobo parietal e a ventral para o lobo tempora. A via 
ventral permite determinar o que é o objeto que estamos vendo e a via dorsal 
permite analisar o estado de movimento dele. 
 
Áreas corticais relacionadas com a audição 
Área auditiva primária (A1) 
• Ela está no giro temporal transverso anterior (giro de Heschl) e corresponde 
ás áreas 41 e 42 de brodmann. 
• Nela chegam fibras do corpo geniculado medial relacionadas á audição 
• Lesões bilaterais nessa área causa surdez total 
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Área auditiva secundária (A2) 
• Fica no lobo temporal área 22 de brodmann adjante á A1 e possui função pouco 
conhecida 
 
Área Vestibular 
• Fica no lobo parietal próximo da área S1 e tem função para noção da orientação 
no espaço, ou seja, propiocepção. 
 
Área Olfatória 
• Fica em uma pequena área na parte anterior do úncus e giro para-hipocampal 
sendo chamada de córtex piriforme. 
• Algumas epilepsias que afetem o úncus causam geralmente causam cacosmia 
(epilepsia úncinadas) 
 
Área Gustativa 
Área Gustativa Primária 
• Ela se localiza na parte posterior da ínsula (é um isocórtex heterotípico granular). 
• Ela possui neuronios também sensiveis ao olfato e tato da boca. 
 
Área Gustativa Secundária 
• Fica na região orbitofrontal da área pré-frontal, recebendo fibras da ínsula 
Áreas corticais relacionadas com a motricidade 
• A motricidade só é possivel pois as áreas corticais que controlam o movimento 
recebem informações sensoriais, ou seja, a execução de um movimento 
depende da integração de sinais sensoriais e motores. 
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• A decisão do movimento que será feito é realizada pelo córtex pré-frontal e 
essa decisão é repassada para as áreas motoras do córtex para que ela seja 
executada. As áreas motoras são: primária (M1), secundárias pré-motora e 
motora suplementar. 
 
Área motora primária (M1) 
• Fica na parte posterior do giro pré-central, sendo a área 4 de brodmann. 
• É isocórtex heterotípico agranular, rico em células piramidais. 
• Ela é área que possui menor potencial para desencadear movimentos, sendo 
que é a responsável por originar a maioria das fibras eferentes dos tratos 
corticoespinhais e corticonucleares responsáveis pela motricidade voluntária 
distal dos membros. Ela recebe aferências do tálamo (recebendo informações 
cerebelo e núcleos da base), da área somestésica, da área pré-motora e motora 
suplementar 
• Ela possui uma somatotopia também representada pelo homúnculo motor, 
sendo que é importante ressaltar a grande área representativa da mãos, que nos 
diz a respeito de que a representação não é em relação ao tamanho dos 
musculos e sim á delicadeza de movimentos. 
 
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Áreas motoras secundárias 
• Área pré-motora: Ela se localiza no lobo frontal, anteriormente á M1 ficando 
mais na lateral, na área 6 de brodmann, sendo responsável parcialmente pelo 
controle da musculatura do tronco e proximal dos membros. Ela origina a via 
córtico-reticulo-espinhal. Sua principal função é o planejamento motor, sendo 
que ela emite fibras para M1. 
 
• Área motora suplementar: ocupa parte da área 6 de brodmann, na face medial 
do giro frontal superior. Faz conexão com M1, área pré-frontal e tálamo. Ela tem 
função mais importante de planejamento motor, que é feito através de suas 
conexão aferentes com corpo estriado via tálamo. 
 
 
 
 
Planejamento Motor 
• Na execução de um movimento ocorre uma etapa de planejamento feito pelas 
áreas motoras secundárias e uma etapa de execução feita pela área M1. 
 
• Etapa de planejamento: Ele envolve a escolha dos grupos musculares que 
serão utilizados, da velocidade e distância que será realizada no ato motor. 
Por isso, participa também desse planejamento o cerebelo com seu núcleo 
denteado (via cerebelo-tálamo-cortical) e a alça estriato-talamo-cortical. 
Entretanto vale lembrar que a iniciativa de fazer o planejamento da ação é da 
área pré-frontal, a qual avalia as implicações que o gesto causará e passa a 
decisão do planejamento para as áreas motoras secundárias e essas planejam 
passam esse planejamento para M1 executar. 
 
• A sequência de ativação então quando vamos realizar um movimento é: Área 
pré-frontal, depois áreas motoras secundárias e por último M1. 
 
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• As 2 áreas motoras secundárias nunca são ativadas juntamente. A suplementar 
é ativada perante o área pré-frontal, quando a decisão do que será feito partir da 
própria pessoa, do próprio córtex pré-frontal dela. Ja a área pré-motora é ativada 
quando a decisão do que será feito não parte do proprio córtex pré-frontal da 
pessoa e sim de influências externas (pessoas externas dando opinião). 
 
• Exemplo: Um indivíduo que está decedindo se vai tomar vinho ou cerveja. Quem 
decide se será tomado o vinho ou cerveja é a área pré-frontal que vai levar em 
conta todas as variáveis (gosto, despesas...) e vai passar essa decisão para 
áreas motora suplementar, a qual fará o plano motor contando com 
informações de outras áreas como supracitado. Ai esse plano então é repassado 
á área motora primária M1 que vai executar através de suas eferências: trato 
cortico-reticulo-espinhal (que fará com que o braço chegue até a garrafa de 
vinho) e trato corticoespinhal (que fará com que os dedos agarrem a garrafa). 
 
Sistema de Neurônios Espelhos 
 
• Eles estão presentes em parte da área pré-motora e parte inferior do lobo 
parietal. Eles também apresentam somatotopia. 
 
• Sua função é de modular excitabilidade dos neurônios motores, facilitando a 
excecução. Logo eles atuam na aprendizagem motora pela observação, são 
fundamentais pela aprendizagem motora por imitação. Logo são fundamentais 
para crianças pequenas que estão aprendendo seus primeiros movimentos 
motores, ja que elas aprendem tentando imitar os outros. 
 
Áreas de associação terciárias 
• Elas ocupam o topo da hierarquia funcional cerebral, são supramodais. 
Atuam recebendo e integrando sinais sensorias ja recebidos por todas áreas 
secundárias e vão ser responsáveis por elaborar diversas estratégias 
comportamentais. São elas: pré-frontal, área parietal posteiror, córtex 
insular anterior e áreas limbicas. 
 
Área pré-frontal 
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• É a parte anterior não motora do lobo frontal, ocupando ¼ do córtex cerebral e 
faz amplas conexões com todo encéfalo, sendo a principal responsável por 
nosso comportamento inteligente (racional). 
 
• Funcionalmente ela pode ser divida em 2 áreas: 
 
a) Área pré-frontal dorsolateral:ocupa superficie anterior mais superior e a 
parte dorsolateral do lobo frontal não motor. Forma o circuito cortico-estriato-
talâmico-cortical, assim, possui papel fundamental nas funções executivas de 
escolher a melhor estratégia comportamental motora para determinada 
situação, avaliando inclusive consequências dessas ações e soluções para 
possiveis problemas que surgirão. Além dessa parte motora, ela participa do 
sistema límbico relacionando-se a memoria operacional. 
 
b) Área pré-frontal orbitofrontal: Ela ocupa parte anterior mais abaixo da 
dorsolateral, ficando perto da região orbital. Ela forma o circuito área pré-
frontal orbitofrontal> núcleo caudado>globo pálido>tálamo> área pré-frontal 
orbitofrontal. Ela faz parte sistema límbico estando envolvida com emoções, 
relacionando-se a supressão de comportamentos indesejáveis socialmente e 
manuntenção da atenção. 
 
 
 
 
Área Parietal Posterior 
 
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• Compreende todo lobo parietal inferior, sendo: giros supramaginal e angular, 
área 40 e 39 de brodmann. Logo ela se situa entre as áreas secundárias 
auditivas, visual e somestésicas, tendo função de integrar as informações 
recebidas por essas 3 áreas, gerando uma imagem mental completa dos 
objetos permitindo sua identificação. 
 
• Participa no planejamento de movimentos, atenção seletiva e perpepção da 
localização espacial dos objetos e dos componentes que fazem parte do 
seu corpo e do mundo (permite que o indivíduo saiba os limites do seu corpo, o 
que faz parte dele) 
 
Córtex Insular Anterior 
• A insula possui 2 partes: anterior e posterior, separadas pelo sulco central, sendo 
bem diferentes em estrutura e função. O anterior é isocórtex homótipo, e o 
posterior é isocórtex heterótipo granular. 
 
• O córtex insular anterior possui as seguintes funções: 
a) Empatia 
b) Conhecimento da própria fisionomia 
c) Sensação de nojo 
d) Percepção dos componentes subjetivos das emoções 
Áreas límbicas 
• São áreas que ja estudei e fazem parte do sistema limbico relacionado á 
memória e emoção. 
 
Áreas relacionadas com a linguagem 
• Na linguagem participa áreas corticais e subcorticais. As corticais são 
 
a) Área anterior da linguagem (de Broca): Fica nas partes opercular e 
triangular do giro frontal inferior, correspondendo área 44 e parte da 45 de 
brodmann. Ela é relacionada com a programação da atividade motora 
relacionada com a expressão da linguagem. 
 
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b) Área posterior da linguagem (de Wernicke): Ela fica na junção lobos 
temporal e parietal e correponde parte mais posterior da área 22 de 
brodmann. Sua função é a percepção da linguagem. 
 
• Assim,temos o modelo clássico de linguagem que é de Wernicke-Geschwind, o 
qual se trata de que a área de broca é responsável por organizar a parte motora 
de pronunciar as palavras e a de wernicke perceberia o significado. Assim, a 
associação entre as duas (através do fascículo longitudinal superior) permite 
entender e responder ás pessoas. 
 
• A leitura e escrita também depende dessas áreas 
 
• Lesões nessas áreas leva a afasias, sendo que nas afasias as vias sensitivas e 
motoras da fonação não estão lesadas, somente essas áreas de associação 
terciárias responsáveis pela linguagem. Com isso, a pessoa tem disturbíos na 
linguagem. Essa afasia pode ser de expressão (qdo ocorre na área de broca) ou 
de percepção (qdo ocorre lesão na área de wernicke). 
 
 
 
 
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Assimetria das funções corticais 
• Ás áreas de associação estudadas acimas, tem suas funções mais 
predominantes em um hemisfério do que no outro. Logo um hemisfério vai ser 
“especializado” em uma função do que em outra, isso que é a chamada 
assimetria das funções corticais. Nesse caso o hemisfério esquerdo é mais 
associado a função de linguagem e raciocínio matemático e o direito é mais 
especializado em habilidades artísticas, música, reconhecimento da fisionomia 
das pessoas e dos lugares. Isso vale para as partes anatomicas envolvidas 
também. 
 
Epilepsia 
• Ela é um conjunto de diferentes tipos de convulsões e síndromes originadas por 
vários mecanismos que tem em comum a descarga repentina, excessiva e 
sincronizada dos neurônios cerebrais, sendo o local de início de desparo 
chamado de foco primário. Essa atividade elétrica anormal (CE) pode resultar 
em uma variedade de eventos, incluindo perda de consciência, movimentos 
anormais, comportamento atípico, percepção distorcida que são de duração 
limitadas, mas recorrentes se não forem tratadas (se recorrente se chama 
estado epiléptico (EP)). 
 
• O local de origem dos disparos neuronais anormais determina os sintomas 
produzidos. Por exemplo, se for no córtex motor M1, o paciente sofrerá 
movimentos anormais. Se for nos lobos parietal ou occipital o paciente sofrerá 
alucinações visuais, auditivas e olfatórias. 
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• Etiologia: A epilepsia pode ser classificada como idiopática/primária (causa 
desconhecida e é a mais comum), ou sintomática/secundária possuindo 
causas congênitas, traumas, infeccções, vasculares, neoplásicas e por ultimo 
degenerativas. 
 
 
 
 
 
Classificação das crises 
 
• Elas são classificadas pelo local de origem, etiologia, correlação eletrofisiológica 
e apresentação clínica e é apartir do tipo de crise que se escolhe o melhor 
tratamento. Elas são classificadas em 2 grandes grupos que são: 
 
• Parciais: Envolve somente uma porção do cérebro, geralmente somente parte 
de 1 lobo ou hemisfério. Geralmente nela preserva-se a consciência. Elas podem 
evoluir e se tornar tônico-clônicas generalizadas. Elas se subdividem em 2 
grupos, que são: 
 
a) Parciais Simples: São causadas por descargas provenientes de um grupo 
de neurônios e essa descarga não se alastra e o paciente não perde a 
consciência. Ocorre geralmente atividade anormal nos membros controlados 
pela região acometida ou distorsões sensoriais. Ela pode evoluir para uma 
crise complexa e depois para uma convulsão generalizada secundária. 
 
b) Parciais Complexas: Elas provocam alucinações sensorias e distorção 
mental, e a disfunção motora pode envolver movimentos mastigatórios, 
diarréia e micção. Nesse tipo a pessoa tem alteração da consciência 
 
• Generalizadas: Elas iniciam localmente e então avançam abrangendo os 2 
hemisférios cerebrais. Normalmente ocorre perda imediata da consciência. São 
subdivididas em: 
 
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a) Tônico-clônicas: Ocorre perda da consciência seguida de uma fase de 
contração contínua (tônica) e contração irregulares e rápidas (clônicas). 
Ocorre confusão e exaustão devido gasto de glicose. 
 
b) Ausências: Perda breve da consciência e abrupta (3 a 5s). 
 
c) Mioclônicas: Ocorre episódios curtos de contração muscular que ocorrem 
novamente por vários minutos. São contrações espasmódicas dos membros. 
 
d) Crises febris: São convulsões tônico-clônicas generalizadas em que a 
temperatura encontra-se elevada. Não necessariamente é diagnóstico de 
epilepsia. 
 
e) Estado Epiléptico: É a ocorrência de 2 ou mais crises sem tempo de total 
recuperação da consciência. Essas crises podem ser parciais ou 
generalizadas ou convulsivas e não convulsivas. É grave esse estado. 
 
Mecanismo de ação dos fármacos antiepiléticos 
 
• Os mecanismos envolvem basicamente dificultar a passagem do impulso 
nervoso pelos neurônios. Logo os fármacos usados serão aqueles que: a) 
bloqueiam canais de sódio ou cálcio, potencializão os efeitos do GABA ou que 
inibem os efeitos do glutamato. Os anticonvulsivantes suprimem as crises, mas 
não “curam” a epilepsia. Logo são várias classes de fármacos utilizados. 
 
• Carbamazepina: É um fármaco antiepilético primário, de primeira geração (mais 
antigo). Ela atua bloqueando os canais de Sódio, inibindoassim a geração de 
potenciais de ação repetitivos no foco epiléptico e evita seu alastramento. Ela é 
eficaz no tratamento das crises parciais e tônico-clônicas generalizadas 
secúndarias. Ela não é bem tolerada por idosos, podendo causar hiponatremia 
(baixo nível de sódio no sangue) que exige troca de fármaco. Pode ocorrer 
também erupção cutânea. Ela não deve ser prescrita para pacientes com crises 
de ausência, pois pode aumentá-las. 
 
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• Inibição dos canais de cálcio: Todos os fármacos que são usados para tratar 
crises de ausência (p. ex., etossuximida e valproato) parecem compartilhar a 
capacidade de bloquear os canais de cálcio ativados por baixa voltagem do tipo 
T. A atividade do canal do tipo T é importante para a determinação da 
despolarização rítmica dos neurônios do tálamo associados às crises de 
ausência. A gabapentina, embora desenhada como um simples análogo de 
GABA, que seria suficientemente lipossolúvel para penetrar a barreira 
hematoencefálica, deve seu efeito antiepiléptico principalmente à ação sobre os 
canais de cálcio do tipo P/Q. Ao ligar-se a uma subunidade em particular do 
canal (α2δ1), a gabapentina e a pregalabina (um análogo relacionado) reduzem 
o tráfego para a membrana plasmática dos canais de cálcio que contém esse 
subunidade, reduzindo, dessa forma, a entrada de cálcio nos terminais nervosos 
e reduzindo a liberação de diferentes neurotransmissores e moduladores. 
 
Eletroencefalograma (EEG) 
• O EEG é um exame que analisa a atividade elétrica cerebral espontânea, 
captada através da utilização de eletrodos colocados sobre o couro cabeludo. 
Como a atividade elétrica espontânea está presente desde o nascimento, o EEG 
pode ser útil em todas as idades, desde recém-nascidos até pacientes idosos. 
 
• O objetivo desse exame é obter registro da atividade elétrica cerebral para o 
diagnóstico de eventuais anormalidades dessa atividade. 
 
• É indicado em: -Suspeitas de alterações da atividade elétrica cerebral e dos 
ritmos cerebrais fisiológicos. 
 - Epilepsia ou suspeita clínica dessa doença. 
 - Pacientes com alteração da consciência. 
 - Avaliação diagnóstica de pacientes com outras doenças neurológicas (ex: 
infecciosas, degenerativas) e psiquiátricas. 
 
• O EEG é realizado através da colocação de eletrodos no couro cabeludo, com 
auxílio de uma pasta condutora que, além de fixá-los, permite a aquisição 
adequada dos sinais elétricos que constituem a atividade elétrica cerebral. 
Inicialmente é feito um registro espontâneo da atividade elétrica cerebral durante 
a vigília (paciente acordado). Se possível, essa atividade é registrada também 
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durante a sonolência e o sono. O registro em todos esses estados aumenta a 
sensibilidade do método na detecção de diversas anormalidades. 
 
• Após o registro espontâneo, são realizadas as provas de ativação: hiperpnéia (o 
paciente realiza incursões respiratórias forçadas e rápidas, por 3 a 4 minutos) e 
fotoestimulação intermitente (coloca-se, frente ao paciente, uma lâmpada que 
produz flashes com freqüências que variam de 0,5 a 30 Hz). O objetivo deste 
método é aumentar a sensibilidade do exame, bem como detectar alterações 
específicas que podem ser provocadas pelas provas de ativação. 
 
• Em crianças que apresentam comportamentos reativos à realização do exame, o 
mesmo só é possível após leve sedação feita com hidrato de cloral. Nesse caso, 
o registro é feito durante o sono induzido. No final do exame, a criança é 
despertada para realização do registro durante a vigília. 
 
• Contra-indicações: são poucas e somente em casos de seborreia excessiva, 
infecção de pele no couro cabeludo e pediculose. 
 
• Orientações para o exame: -O paciente deve estar bem alimentado. 
 - É orientado a comparecer ao local do exame com o cabelo limpo e seco para 
permitir melhor fixação dos eletrodos. 
 - Devido à importância do registro de sonolência e sono, recomenda-se 
especial atenção à privação parcial de sono na noite anterior a realização do 
exame. O paciente deve dormir no mínimo quatro horas a menos do que o 
habitual. 
 
 
Sono 
• O sono é um estado de inconsciência no qual a pessoa pode ser despertada 
com um estímulo sensorial ou por algum outro. Ele difere-se do coma, pois 
nesse a pessoa não pode ser despertada. Existem diversos estágios do sono 
e 2 tipos de sonos. 
 
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• Enquanto a pessoa dorme, ela passa por 2 tipos de sonos, que são: sono de 
ondas lentas (ondas cerebrais tem grande amplitude e baixa frenquência) e 
sono com movimentos rápidos dos olhos – R.E.M- (no qual os olhos 
realizam rápidos movimentos enquanto a pessoa dorme) 
 
• A maior parte do sono é de ondas lentas. Sendo que o sono de ondas lentas 
ocupa 75% do sono da pessoa e o sono R.E.M 25% 
 
• Sono de Ondas lentas: Ele é aquele sono restaurador, em que a ocorre 
baixa das funções vegetativas do corpo, diminui P.A, F.C, F.R e etc. Nele 
agente ainda sonha, só que é um sonho que não é lembrado pois não se 
armazena na memória e não envolve atividade muscular corporal. 
 
• Sono R.E.M: Ele aparece a cada 90min e dura de 5 a 30 min. Ele depende 
também do grau de “cansaço” da pessoa, sendo que quando ela está 
sonolenta esse sono R.E.M é curto e pode estar ausente. Quando a pessoa 
fica descansada com o decorrer do sono, esse tipo de sono dura por mais 
tempo. Ele apresenta algumas caracteristicas, como: 
 
a) É a forma ativa de sono, ocorrendo movimentos corporais ativos 
b) É mais dificil o indivíduo despertar por estimulos sensorias quando está 
nesse sono. Geralmente quando a pessoa desperta pela manhã sozinho é 
durante episódio de sono R.E.M 
c) Tônus muscular reduzido e F.C e F.R ficam irregulares 
d) Ocorre movimentos musculares irregulares 
e) O encéfalo fica muito ativo, podendo ter sua atividade aumentada em até 
20%. No EEG mostra padrão de ondas cerebrais semelhante a aquelas 
observadas em vigília. Por isso esse sono também é conhecido como 
paradoxal. 
 
Teorias básicas do sono 
• O sono é causado por um processo inibitório ativo. Essa inibição é feitas por 
estruturas localizadas abaixo da região média da ponte no tronco encefálico. 
Sendo elas: 
 
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a) Núcleos da Rafe: Estão situados na metade inferior da ponte e no bulbo, 
sendo que possuem fibras serotoninérgicas. A serotonina é o 
neurotransmissor associado a produção de sono, 
b) Núcleos do trato solitário: Sua estimulação pode causar sono 
c) Área supraquiasmática do hipotálamo: lembrar que possui o núcleo 
supraquiasmático que relaciona-se induzindo produção de melatonina pela 
pineal. 
 
Ciclagem entre Estados de Sono e Vigília 
• Ainda não existe explicação definitiva para o ciclo sono-vigilia, mas sugerem 
possiveis mecanismos. 
 
• Quando o centro do sono não está ativado, os núcleos reticulares 
mesencefálicos e pontinos superior (que são núcleos “ativadores”) deixam de 
serem inibidos, ficando ativos. Com isso, o córtex cerebral é excitado e o S.N.P 
também, além de que essa excitação provoca um feedback positivo, sendo que o 
cortex e o S.N.P mandam sinais para ativar ainda mais para os núcleos 
ativadores reticulares. Através desse feedback positivo, o estado de vigília é 
mantido. Entretanto, com o passar do tempo, os núcleos ativadores reticulares 
ficam “fadigados” e para de ocorrer esse feedback, o que leva a transição de 
vígilia para o sono, sendo que os centros do sono passam a atuar inibindo as 
estruturas. 
 
• Essa teoria com esse feedback positivo explica o despertar (porque demoramos 
um pouco para “pegar no tranco”, pois depende do feedback postivo), e porque 
quando fazemos atividades físicas ficamos em estado de alerta. 
 
• Parte do machado: A geração e sincronização do sono e vigília inicia-se no 
núcleo supraquiasmático e é repassado aonúcleo pré-óptico ventrolateral e 
também a um grupo de neurônios do hipotálamo lateral (que secretam o 
neutransmissor orexina). Os neurônios do núcleo pré-óptico ventrolateral ficam 
atuando durante o sono, pois eles inibem neurônios do SARA (sistema ativador 
reticular ascendente). No final do sono, o núcleo supraquiasmático atua 
cessando a inibição que o núcleo pré-óptico ventrolateral esta causando e isso 
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faz com que os neurônios orexinérgicos do hipotálamo lateral possam atuar 
liberando orexina e causando excitação do SARA levando á vigília. O sono 
R.E.M tbm inibido pela orexina. 
 
Funções fisiológicas do sono 
• Ele possui função essencial na homeostasia, sendo que provoca efeitos 
fisiológicos tanto no S.N.C (são os efeitos de maior importância) como em outros 
sistemas do corpo. 
 
• O sono restaura níveis normais de atividades cerebrais, sendo importante para 
funcionamento cognitivo adequado, facilitação do aprendizado e da memória, 
maturação neural. Logo tem papel fundamental em restaurar o balanço natural 
entre os centros neuronais. 
 
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