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aula 7 processo trabalho serviço social II

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- -1
PROCESSO DE TRABALHO EM SERVIÇO 
SOCIAL II
AS ORGANIZAÇÕES PÚBLICAS COMO 
ESPAÇO SÓCIO–OCUPACIONAL DO 
SERVIÇO SOCIAL
- -2
Olá!
Ao final desta aula, você será capaz de:
1. Reconhecer a discussão em torno das mudanças das condições de trabalho do assistente social na
contemporaneidade.
2. Identificar os aspectos constitutivos das mudanças do processo de trabalho do serviço Social no Setor Público.
3. Relacionar os impactos da reestruturação sobre a reconfiguração o mundo do trabalho.
1 Introdução
De que forma as mudanças no mundo do trabalho afetaram a inserção do profissional no mercado de trabalho?
Quais as novas nuances assumidas pelas as relações de trabalho do assistente social no setor público e privado?
A partir de quais aspectos podemos explicar as mudanças nas condições de trabalho no setor público? Essas
questões constituem-se como eixo da reflexão proposta: o mercado e as condições de trabalho do assistente
social. As condições e relações de trabalho do assistente social sofrem impactos diretos do conjunto das
transformações operadas nas esferas privada e estatal, que alteram as relações entre o Estado e a sociedade. Os
estudos do sobre o mercado de trabalho dos assistentes sociais revelam (Silva: 1996; Serra: 1998; Gentille:1998,
Ribeiro: 1998; Mesquita: 1998) que o setor público tem sido o maior empregador de assistentes sociais, sendo a
administração direta a que mais emprega, especialmente na esfera estadual, seguida da municipal. Constata-se
uma clara tendência à municipalização da demanda, o que coloca a necessidade de maior atenção à questão
regional e ao poder local. Como indica Iamamoto (1999, p.124), em seu livro: Serviço Social na
Contemporaneidade- ”A área da saúde lidera a absorção de assistentes sociais em decorrência do sistema SUS. A
assistência social, espaço ocupacional privilegiado dos assistentes sociais, foi reconhecida pela Carta
Constitucional de 1988 como política pública, parte do tripé da seguridade social. A municipalização das políticas
públicas vem redundado em uma ampliação do mercado Profissional."
Algumas questões
De que forma as mudanças no mundo do trabalho afetaram a inserção do profissional no mercado de trabalho?
Quais as novas nuances assumidas pelas as relações de trabalho do assistente social no setor público?
A partir de quais aspectos podemos explicar as mudanças nas condições de trabalho no setor público?
Qual o lugar do assistente social na área da gestão social pública?
- -3
2 Os assistentes sociais e o mercado de trabalho
As condições e relações de trabalho do assistente social sofrem impactos direto do conjunto das transformações
operadas nas esferas privada e estatal, que alteram as relações entre o Estado e a sociedade.
Os estudos sobre o mercado de trabalho dos assistentes sociais (Silva: 1996; Serra: 1998; Gentille:1998, Ribeiro:
1998; Mesquita: 1998) revelam que o setor público tem sido o maior empregador de assistentes sociais, sendo a
administração direta a que mais emprega, especialmente na esfera estadual, seguida da municipal. Constata-se
uma clara tendência à municipalização da demanda, o que coloca a necessidade de maior atenção à questão
regional e ao poder local.
“A área da saúde lidera a absorção de assistentes sociais em decorrência do sistema SUS. A assistência social,
espaço ocupacional privilegiado dos assistentes sociais, foi reconhecida pela Carta Constitucional de 1988 como
política pública, parte do tripé da seguridade social. A municipalização das políticas públicas vem redundado em
uma ampliação do mercado Profissional".
Serra (1998) afirma que: “Os assistentes sociais funcionários públicos vêm sofrendo os efeitos deletérios da
Reforma do Estado na órbita do emprego e da precarização das relações de trabalho. A flexibilidade dos
contratos já se mostra uma tendência real, embora os contratos por tempo indeterminado tenham ainda força
expressiva. A flexibilização do trabalho atinge a estrutura produtiva e o processo de trabalho do assistente social
(...) gerando enxugamento do quadro de pessoal nas instituições investigadas e instituindo a polivalência e
multifuncionalidade dos trabalhadores no interior de seus processos de trabalho”.
Outro aspecto que merece ser ressaltado é o uma elevação do número da terceirização dos de assistentes sociais
em Cooperativas, Fundações e Entidades Filantrópicas e ocasionalmente Conselhos Tutelares e Conselhos
Municipais, como as instituições através das quais os Órgãos Públicos contratam” (Serra, id. ib.).
3 Serviço Social e o controle democrático do Estado
O novo modelo de descentralização da gestão das políticas públicas possibilita uma participação mais
significativa de segmentos da sociedade civil na gestão das políticas sociais.
Descentralização participativa.
Mecanismos privilegiados.
- -4
Conselhos de Saúde, Assistência Social e Previdência, nos níveis nacional, estadual e municipal, assim como os
Conselhos Tutelares e Conselhos de Direitos dos segmentos prioritários para a assistência social: Criança e
Adolescente, Idoso e Deficiente.
“A qualidade da participação da sociedade civil não se encontra previamente definida, podendo inspirar-se tanto
em versões atualizadas dos coronelismos, clientelismos e populismos, quanto traduzir-se em partilhamento de
poder, interferindo no processo decisório nas esferas da formulação, gestão e avaliação de políticas e programas
sociais, assim como no gerenciamento de projetos sociais. Situa-se nessa esfera uma das fontes da diversificação
de demandas para o trabalho dos assistentes sociais”.
Surgem novas frentes de trabalho para o assistente social frente a necessidade de:
• Implantação dos conselhos de políticas públicas;
• Capacitação de conselheiros;
• Elaboração de planos de assistência social na organização e mobilização popular em experiências de 
orçamentos participativos;
• Assessoria e consultorias no campo das políticas públicas e dos movimentos sociais;
• Pesquisas, estudos e planejamento sociais.
A necessidade do profissional do Serviço Social nestas atividades exige conhecimento do contexto político e
constitucional da gestão governamental; aprendizado para agir sob constante pressão política; habilidade para
operar dentro de metas pré-fixadas por lei, em estruturas organizacionais sob controle do sistema jurídico. Não
se pode esquecer, entretanto, que a gestão pública politiza-se na relação com os interesses organizados da
sociedade.
A pode ter um caráter político quando oinserção do assistente social nos conselhos de política e de direitos
assistente social atua como conselheiro ou como profissional, tal como ocorre em outros espaços sócio
ocupacionais.
Bravo & Souza (2002), em pesquisa realizada com os assistentes sociais que estão nos conselhos, ressalta que a
inserção nos mesmos é ainda reduzida, mas com potencialidades. A assessoria é uma nova demanda ao
profissional e algumas respostas já têm sido dadas pelos profissionais: capacitação técnico-política aos
conselheiros; sustentação legal aos conselhos; democratização das informações; elaboração de planos com
participação social.
Enquanto espaço sócio ocupacional, o assistente social desenvolve ações de assessoria aos conselhos, aos
usuários, trabalhadores e poder público.
A autora acrescenta que em relação à assessoria identificam-se duas direções:
A incompatibilidade desta atividade com o Projeto Ético Político vai depender Profissional se dá quando a
atuação do assistente social se limita á rotina burocrática, ou melhor, atividades administrativas.
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Democratização e a socialização da informação, a realização de pesquisas, a ação socioeducativa. Elas configuram
um trabalho de assessoria que, conforme sinalizado por alguns autores, não deve ser pontual, mas estar
articulada com diversas ações. É importante, nesta atividade, a colaboração da universidade para garantir uma
relativa autonomia na análise com relação às políticas sociais (Bravo, 2007).Requisitos importantes
Bravo (2008) destaca como requisitos importantes para a realização de assessoria aos conselhos e movimentos
sociais:
• Fundamentação teórica;
• Análise da política social e da política setorial;
• Análise da conjuntura;
• Realização de investigações;
• Elaboração de planos com a participação dos sujeitos sociais;
• Análise e intervenção no financiamento e no orçamento;
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• Análise e intervenção no financiamento e no orçamento;
• Consciência dos limites e possibilidades da participação social em espaços institucionais;
• Constituições de fóruns coletivos.
O que vem na próxima aula
Na próxima aula, você vai estudar:
• Processo de trabalho do Serviço Social na área da Saúde e Assistência social. O exercício profissional 
nesta área: demandas, competências e perfil profissional.
CONCLUSÃO
Nesta aula, você:
• Reconheceu a discussão em torno das mudanças das condições de trabalho do assistente social na 
contemporaneidade.
• Identificou os aspectos constitutivos das mudanças do processo de trabalho do serviço Social no Setor 
Público.
• Relacionou os impactos da reestruturação sobre a reconfiguração o mundo do trabalho.
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Saiba mais
GUERRA, Y. A instrumentalidade do Serviço Social. São Paulo: Cortez, 1995.
IAMAMOTO, Marilda Vilela. Serviço social em tempo de capital fetiche - capital financeiro
trabalho e questão social. São Paulo: Cortez, 2007.
Serviço Social na contemporaneidade: trabalho e formação profissional. 5. ed. São Paulo:
Cortez, 2001.
NETTO, J. P. Capitalismo Monopolista e Serviço Social. São Paulo:Cortez, 1992.
BRAVO, Maria Inês de Souza. Revista “Em Foco” – O Serviço Social e os Conselhos de Direitos e
de Políticas.
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	Olá!
	1 Introdução
	2 Os assistentes sociais e o mercado de trabalho
	3 Serviço Social e o controle democrático do Estado
	O que vem na próxima aula
	CONCLUSÃO

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