Buscar

Choque - Tipos de Choque

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

CLÍNICA CIRÚRGICA │N1A 2020 KATRINY RODRIGUES 
Produzido por Katriny Rodrigues 
 
 
 
 
 
DEFINIÇÃO 
Conjunto de alterações de parâmetros clínicos que levam a 
prejuízo da perfusão tecidual, causando danos celulares 
podendo levar a falência de órgãos ou morte. 
Quando ocorre o quadro clínico? 
↓do volume sanguíneo 
↓Capacidade de transporte de oxigênio 
↓Habilidade cardíaca de bombear sangue 
↓do tônus vasomotor do sistema vascular 
Tipos de Choque 
 Hipovolêmico 
 Obstrutivo 
 Cardiogênico 
 Distributivo 
Fisiopatologia 
1 A hipoperfusão tecidual leva a redução do aporte de 
02 e glicose para os tecidos 
2 Ocorre a diminuição do metabolismo aeróbico e 
aumento do anaeróbico 
3 Produção de Ácido Lático levando a acidose 
metabólica 
4 ↑ Glicocorticoides e Glucagon; ↓ insulina 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
HIPOVOLÊMICO 
↓ Do volume sanguíneo circulante levando a queda da 
perfusão sanguínea tecidual 
Causas 
 Perda de Sangue (hemorragias) 
o Traumas, ferimentos, cirurgias prolongadas, ruptura 
de vísceras e grandes vases 
 Perda de Sais e água (desidratação) 
o Vômitos, diarreia, privação de água, deficiência 
adrenocotrófica 
Fisiopatologia 
Sinais Clínicos 
 Pulso fraco + FC elevada 
 Mucosas hipocoradas 
 Extremidades frias 
 TPC >2 seg 
 
Choque 
Redução do Volume Sanguíneo 
Circulante
Vasoconstrição 
periférica 
↓ D.C.
Hipoperfusão 
tecidual
Hipóxia 
Tecidual 
Isquemia 
Morte celular + liberação de 
fatores inflamatórios
Perda de 
água e sais
Redução do 
turgor 
cutâneo
Hemoconce
ntração
HIPO ou 
Arresponsivo
Perda de 
Sangue 
Perda de 
água + perda 
de hemácias
Agravamento 
da hipóxia
Redução da 
distribuição
CLÍNICA CIRÚRGICA │N1A 2020 KATRINY RODRIGUES 
Produzido por Katriny Rodrigues 
OBSTRUTIVO 
▪ Bloqueio circulatório impede o sangue de chegar ao 
coração levando a ↓ do retorno venoso 
▪ Hipoperfusão tecidual devido a obstrução de um vaso 
próximo ao coração 
Causas: 
 Obstrução do vaso por tromboembolismo 
 Efusão pericárdica, pleural, pneumotórax, hérnia 
diafragmática, torção vólvulo gástrico 
 
Sinais Clínicos 
 Pulso fraco + FC elevada 
 Mucosas hipocoradas 
 Extremidades frias 
 TPC >2 seg 
Cardiogênico 
Falência da capacidade contrátil do coração 
Causas: 
 Cardiomiopatias agudas 
 Cardiomiopatias crônicas 
 Intoxicações por drogas depressoras do miocárdio 
 IRA = distúrbios eletrolíticos 
 Isquemias (infartos) 
Sinais Clínicos 
 
 Pulso fraco ou ausente+ FC ausente 
 Mucosas hipocoradas 
 Extremidades frias 
 TPC < 2 seg 
 
DISTRIBUTIVO 
Perda não uniforme da resistência vascular periférica 
adequada. 
Causas: 
 Sepse: Choque Séptico 
 Anafilaxia: Choque anafilático 
 Paralisias vasomotoras (traumas medulares, drogas 
que alteram a resistência vascular periférica = 
(Cetamina, acepromazina) 
 
Séptico 
Sinais Clínicos 
 Pulso fraco + FC aumentada + taquipneia 
 Mucosas congestas 
 Febre ou hipotermia 
 TPC >2 seg 
 
Anafilático 
 
Sinais Clínicos 
 Pulso fraco + FC aumentada + taquipneia 
 Angioedema de face 
 Prurido 
 Edema laríngeo e broncoespasmo 
 
 
 
 
 
 
A
na
fi
la
x
ia Liberação de 
Fatores 
inflamatório 
sistêmicos
Histamina
Dilatação 
venosa + 
taquicardia =
aumento do 
Débito 
cardíaco
A
ng
io
e
d
e
m
a Aumento da 
permeabilida
de vascular
Obstrução ↓ R. V.
Hipoperfusão 
tecidual
Hipóxia 
Tecidual 
Isquemia 
Morte celular + 
liberação de 
fatores 
inflamatórios
Parada 
Cardiaca
Ausência da 
contratilidade
↓ D. C.
Hipoperfusão 
tecidual
Hipóxia 
Tecidual 
Isquemia 
Morte celular + liberação de fatores inflamatórios
S
e
p
se Bactérias/ 
toxina
fungos /
protozoário
s
Liberação de 
Fatores 
inflamatórios 
sistêmicos
Prostaglandinas 
Citocinas
Oxido nítrico
complemento
S
IR
S
 + evidência 
de infecção
Aumento 
da 
permeabili
dade 
vascular
Morte 
celular + 
liberação de 
fatores 
inflamatórios
CLÍNICA CIRÚRGICA │N1A 2020 KATRINY RODRIGUES 
Produzido por Katriny Rodrigues 
 
Tratamento do choque 
 Reverter as causas = Quando possível 
 Reverter os sinais o mais brevemente 
 Minimizar o dano tecidual e celular 
Parâmetros a serem avaliados 
1. Estado de consciência do paciente (responsivo ou 
arresponsivo à estímulos) 
2. Respiração 
3. Coloração de mucosas 
4. Tempo de preenchimento capilar (TPC) 
5. Frequência Cardíaca 
6. Qualidade de pulso e mensuração arterial 
7. Temperatura das extremidades 
Avaliação e acesso as vias respiratórias: 
 Fundamental avaliar a condição de respiração do 
paciente 
 Vias aéreas obstruídas ou riscos de aspiração deverão 
ser liberadas 
 Acesso respiratório de emergência: traqueostomia 
 Manutenção da ventilação adequada = elevação 
oxigenação tecidual. 
Manutenção da Circulação adequada: 
Reestabelecer o volume circulante = elevar o retorno venoso 
= débito cardíaco. 
Administração de fluidos é fundamental: 
 Eleva o volume circulante 
 Aumenta a filtração glomerular e diurese 
 Depuração do lactato oriundo do metabolismo 
anaeróbio. 
Reposição do volume circulante 
1 Transfusão sanguínea 
2 Expansor de volume 
3 Solução hidroeletrolítica 
Reestabelecimento do equilíbrio acidobásico 
 Paciente em choque = acidose taquipneia + ácido 
lático circulante 
 Correção da acidose respiratória = Oxigênio 
 Correção da acidose metabólica = fluidoterapia + 
bicarbonato quando pH < 7,2 
 
Drogas inotrópicas: 
 Pacientes com hipotensão severa que não responde 
bem a reposição de volume circulante. 
 Aumentam a contratilidade cardíaca = débito cardíaco: 
 Dopamina ou Dobutamina = monitorar a pressão 
arterial continuamente 
Drogas vasopressoras: 
 aumentam a contratilidade arteriolar 
(vasoconstrição) 
 aumentam o retorno venoso e débito cardíaco: 
(norepinefrina, fenilefrina e vasopressina) 
 monitorar a pressão arterial continuamente. 
Drogas vasodilatadoras: 
 Pacientes com hipertensão severa = choque 
cardiogênico. 
 Reduz a resistência vascular = facilita a diurese. 
 Enalapril, Benazepril, Captopril 
 Antiarritmicos: Arritimias severas = Choque 
cardiogênico 
 São utilizadas para restaurar o ritmo cardíaco 
 Digitálicos, lidocaína IV em bolus ou Infusão 
contínua (40- 80μg/kg/min) 
Aplicação de anti-inflamatórios sistêmicos: 
 Visam reduzir os efeitos ocasionados pelos danos 
celulares 
 Atuam como vasodilatadores 
 Auxiliar a eliminação radicais livres: DMSO, 
Manitol, vitamina E 
 Uso de corticoides é discutido 
Choque anafilático: 
 Aplicação de Adrenalina intravenosa (0,01 – 0,02 
mg/kg) 
 Associação de glicocorticoides 
 Anti-histamínicos 
Choque Cardiogênico: 
 Necessário melhorar a qualidade da contratilidade do 
miocárdio 
 Reduzir a pós-carga ou pré-carga 
 Controle de arritmias graves 
CLÍNICA CIRÚRGICA │N1A 2020 KATRINY RODRIGUES 
Produzido por Katriny Rodrigues 
 
Antibióticos sistêmicos: 
 Indicados em pacientes com indicativos de infecções 
 Estado febril 
 Perfurações 
 Hematoquesia 
 Leucocitose com neutrofilia 
Diuréticos: 
 Oligúria persistente 
 Edema pulmonar 
 Manitol (1-3 g/kg) ou Furosemida (2 a 5 mg/kg IV) 
em edema pulmonar (5 a 10 mg/kg). 
Técnicas Cirúrgicas na 
Terapêutica do Choque 
▪ Facilitar ou reverter obstruções das vias aéreas 
 Traqueostomia temporária ou definitiva 
▪ Conter hemorragias 
 Ligaduras, suturas, exéreses de órgãos ou 
tecidos lacerados 
▪ Reverter obstruções vasculares 
 Cateterismo, vólvulos etc... 
▪ Facilitar acesso a cavidades e órgãos 
 toracotomias – coração, celiotomias e 
laparotomias... 
▪ Manobra para reversão do choque cardiogênico 
 Massagem / bombeamento cardíaco + 
ventilação mecânica 
 A cada 4 batimentos cardíacos 1 insuflação 
 Massagem cardíaca indireta: através da 
parede torácica 
 Massagem direta: comprimindo 
diretamente o miocárdio (torocotomia) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quanto tempo tentar a massagem? 
 Massagem cardíaca indireta(externa) = deve ser 
mantida por até 5 minutos 
 Caso não melhore = massagem cardíaca direta 
(interna) 
▪ Acompanhamento do paciente por cerca de 10 a 20 
minutos 
▪ Lavagem do tórax e terapia antibiótica para evitar 
infecções... 
▪ No entanto deve ser levada em consideração a 
avaliação clínica do paciente e o desejo do 
proprietário. 
 
Reversão do choque cardiogênico: 
 Desfibriladores elétricos 
 Resolução CFMV Nº 1047 DE 07/01/2014 
 Hospitais veterinários deverão ser dotados de 
 desfibriladores cardíacos

Outros materiais