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1111 GLOSSÁRIO - AULA 3 Percepção – atividade cognitiva que permite identificar e nomear objetos/estímulos que nos chegam pelos órgãos dos sentidos. A partir da percepção nos adaptamos às situações, emitindo respostas geralmente compatíveis com as situações percebidas. A percepção viabiliza o ajustamento do homem Às situações percebidas. Observe os exemplos: • Atravessamos uma rua na observação do sinal aberto para pedestres; • Nos posicionamos ao final de uma fila, avistando a última pessoa da mesma; • Respeitamos o sinal de mar em ressaca não nos arriscando em mergulhos. Condicionamentos – comportamentos de padrão habitual, exibidos em decorrência da percepção de um estímulo já conhecido que nos é apresentado. Exemplo: atender ao telefone na percepção do estímulo sonoro. Fazer sinal para o ônibus ao avistarmos aquele que nos conduzirá ao destino desejado Prêmio – condição reforçadora de algum comportamento, oferecida de maneira planejada, intencionando-se que a conduta se mantenha. Exemplo: vendedores que batem sua meta tendem a ser premiados. O prêmio acontece para que o comportamento de motivação à venda seja mantido. Os pais tendem a premiar os filhos que conseguem bons resultados na escola. Punição – condição de privação ou castigo propositalmente oferecida a alguém que exibiu uma conduta fora do esperado. Quando uma criança tira nota ruim na escola, por exemplo, ela pode ser privada de brincar no playground por um período ou não ter acesso à internet, até que sua nota apresente melhora. 2222 Inconsciente – estrutura do aparelho psíquico proposta por Freud. No inconsciente, conforme a Teoria Psicanalítica, estes conteúdos aos quais não temos acesso pela via da memória, material arcaico de nossas vidas (primeiras experiências infantis), instintos sexuais e impulsos básicos dos seres humanos. Histeria de conversão – psicopatologia proposta pela psicanálise que caracteriza a conversão, no corpo físico, de sintomas sem causa patológica. Alguns dos primeiros casos analisados por Freud tratavam de Histeria que podiam revelar paralisias motoras, cegueiras temporárias, etc. sem que tais sintomas pudessem ser justificados em exames clínicos. Freud propunha que estes pacientes falassem o que lhes viesse a cabeça (sem a preocupação de um discurso pronto), admitindo a idéia de que ao chegarem a conflitos afetivos os sintomas poderiam desaparecer. Isto aconteceu em vários casos que estão protocolados nas Obras Completas de Freud. Recalque – mecanismo de defesa do ego (estrutura consciente) que permite “barrar” da memória conteúdos que geram dor psíquica que resulte em muito desconforto. O recalque não é voluntário. Não decidimos o que “deletar” de nossa memória. Se assim fosse, não teríamos lembranças ruins e/ou tristezas. Freud observa que as tristezas que ficam tem sua razão e nos preparam para revezes. Aquilo que o ego se encarrega de “enviar” para o inconsciente é de regulação própria da vida psíquica. Trauma – refere-se a qualquer experiência vivenciada com desconforto pelas pessoas. Em termos psíquicos nos referimos a trauma quando pensamos em alguma situação de difícil administração, que retorna vez por outra à mente provocando problemas e/ou tristeza. Muitas vezes, precisa-se recorrer à ajuda profissional para vencer barreiras pessoais e conseqüentemente sociais impostas por situações de trauma. Psicanálise – Fundada por Sigmund Freud é uma linha de tratamento para distúrbios de ordem neurótica e outras patologias. Pode ser administrada por médicos e psicólogos que tenham a especialização em psicanálise. 3333 Dissonância cognitiva – Teoria proposta por Leon Festinger, na década de 50, que se refere ao conflito entre duas idéias, crenças ou opiniões incompatíveis. Muito experimentada nos processos decisórios, quando os indivíduos precisam optar por uma alternativa na oferta de várias e se experimentam em situação dissonante. Exemplo: ser executiva, que pode envolver uma escala horária superior a 10 horas e ser mãe pode representar papéis incompatíveis para as mulheres. Isto certamente resulta em relação dissonante, admitindo que a mulher deseje maternidade e vida profissional. Esta não consegue reduzir esta dissonância a não ser pelas possibilidades de redução de escala horária, de troca de emprego ou de prover todas as condições de conforto e cuidado ideais para o bebê. Se o conflito for reduzido, ela consegue tornar a relação consonante entre a maternidade e o trabalho. O equilíbrio entre as cognições é restabelecido. Outras vezes, precisamos optar, por exemplo, em trabalhar numa empresa que nos pague menos, mas que ofereça plano de carreira e em outra que ofereça salário imediato maior, mas sem chance de ascensão. Certamente esta é uma relação dissonante, especialmente admitindo-se as dificuldades financeiras da maioria das pessoas que acabariam por optar por ganhos maiores a curto prazo. Para optar pela segunda opção, no entanto, reduzimos a dissonância considerando que em médio prazo o nosso crescimento profissional será maior. Dissonância cognitiva é um termo da psicologia social, que se refere ao conflito entre duas idéias, crenças ou opiniões incompatíveis. Como esse conflito geralmente é desconfortável os indivíduos procuram acrescentar "elementos de consonância", mudar uma das crenças, ou as duas, para torna-las mais compatíveis.[1] Este efeito foi descrito pela primeira vez numa experiência realizada nos Estados Unidos por Leon Festinger e Carlsmith em 1959. 4444 Trata-se da percepção da incompatibilidade entre duas cognições diferentes, onde "cognição" é definido como um qualquer elemento do conhecimento, incluindo as atitudes, emoção, crenças ou comportamentos. A dissonância ocorre a partir de uma inconsistência lógica entre as suas crenças ou cognições (por exemplo, se uma ideia implicar a sua contradição). A consciência ou a percepção de contradição pode tomar a forma de ansiedade, culpa, vergonha, fúria, embaraço, stress e outros estados emocionais negativos. A teoria da dissonância cognitiva afirma que cognições contraditórias entre si servem como estímulos para que a mente obtenha ou produza novos pensamentos ou crenças, ou modifique crenças pré-existentes, de forma a reduzir a quantidade de dissonância (conflito) entre as cognições. A dissonância pode resultar na tendência de confirmação, a negação de evidências e outros mecanismos de defesa do ego. Quanto mais enraizada nos comportamentos do indivíduo uma crença estiver geralmente mais forte será a reacção de negar crenças opostas. Em defesa ao ego, o humano é capaz de contrariar mesmo o nível básico da lógica, podendo negar evidências, criar falsas memórias, distorcer percepções, ignorar fatos científicos e até mesmo desencadear uma perda de contato com a realidade (surto psicótico).
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