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BACTÉRIAS POTENCIALMENTE PATOGÊNICAS AOS OLHOS Staphylococcus aureus - infecção na base dos cílios → terçol - coçar bruscamente os olhos pode gerar uma microlesão → S. aureus invade essa pequena lesão e se prolifera Pseudomona aeruginosa - infecção nos olhos a partir de um trauma inicial → conjuntivite HAEMOPHILUS INFLUENZAE - cocobacilo ou bacilo curto gram- negativo - cápsula polissacarídica - fator de virulência → evita fagocitose, anticorpos, ação do sistema complemento... - trato respiratório inferior - 6 diferentes sorotipos (A-F) - 95% dos casos de doença invasiva são do sorotipo B (MENINGITES) - ocorre normalmente pelas vias respiratórias superiores de crianças e adultos - raramente causam doenças → se imunossupressão → pode disseminar pela corrente sanguínea - patologias: meningite, epiglotite, pneumonia, osteomielite, artrite, celulite, bacteremia Transmissão da CONJUNTIVITE por H. influenzae: contato direto pessoa a pessoa, toalhas, objetos contaminados, água de piscina Tratamento: colírios contendo antimicrobianos NEISSERIAS - diplococos gram-negativos - mais achatadas nas laterais - OXIDASE POSITIVA - CATALASE POSITIVA (exceto N. elongata) O gênero Neisseria contém dois importantes patógenos humanos: Neisseria meningitidis e Neisseria gonorrhoeae → NEISSERIA MENINGITIDIS (MENINGOCOCO) MENINGITE MENINGOCOCCEMIA → NEISSERIA GONORRHOEAE (GONOCOCO) - identificada por Albert Ludwig Sigesmund Neisser em 1879 - período de incubação: 2 a 8 dias → polimorfonuclear FATORES DE VIRULÊNCIA - adesinas - ancoragem ao epitélio → facilita a invasão da bactéria aos tecidos mais profundos - captação de DNA do meio extracelular - troca de plasmídeos (resistência aos antibióticos) - porina - forma poros hidrofílicos → facilita a passagem de nutrientes e produtos metabólicos → auxilia na penetração da bactéria → impede a formação do fagolisossomo (fagocitose) - LOS: endotoxina → danos celulares → indução de TNF - aumenta o recrutamento leucocitário → proteases e fosfolipases - IgA1 (anticorpo de mucosa) protease - IgA1 protease quebra esse anticorpo de mucosa impedindo sua neutralização → facilita colonização e disseminação da bactéria PATOGÊNESE GONORREIA - grego: gonos - sêmen + rhoia - fluido CONJUNTIVITE NEONATAL (OFTALMIA NEONATAL) DOENÇA INFLAMATÓRIA PÉLVICA (DIP) - mulheres - contato sexual → infecção no trato urogenital - aderência → aderência íntima - endocitose do gonococo → atinge a camada subepitelial onde é capturada por fagócitos, desencadeando a inflamação e migração leucocitária - descamação do epitélio (endotoxinas e porinas) - formação de microabcessos e exsudato inflamatório Homem: URETRITE - processo inflamatório agudo e piogênico Mulher: CERVICITE - assintomática no início Recém-nascido: OFTALMIA NEONATAL CARACTERÍSTICAS DA INFECÇÃO - colonização do trato urogenital, nasofaringe e reto - raramente invade a corrente sanguínea - facilita a transmissão do HIV - a formação dos microabcessos acaba expondo o epitélio → o vírus do HIV consegue entrar no tecido mais facilmente → além disso, há um grande recrutamento leucocitário - infiltrado de linfócitos (alvo principal do HIV) MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS EM MULHERES - normalmente é assintomático - quando assintomático, ocorre infecção na endocervix - presença de mucosa - presença de corrimento vaginal e disúria - após anos de infecção, pode-se observar casos de infertilidade, SALPINGITE e DIP MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS EM HOMENS - descarga purulenta - grande número de bactérias e leucócitos - pode se espalhar para a próstata, vesícula seminal e epidídimo se não for tratada → ESTENOSE (estreitamento dos ductos) e infertilidade MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS EM RN DE PARTO NORMAL DE MÃES COM GONORREIA - oftalmia neonatal - medida profilática: após o nascimento - 1 gota nitrato de prata a 1% CHLAMYDIA TRACHOMATIS - cocos minúsculos gram-negativos - parasita intracelular obrigatório - apresenta mais de 15 sorotipos → diversas patologias (CONJUNTIVITE DE INCLUSÃO e o TRACOMA) - epidemiologia: ISTs - infecção cervical em torno de 15% (8 a 40%) → afinidade por céls do epitélio colunar Ciclo de vida com duas fases distintas: a. corpo reticulado (CR) - ativa, sem parede celular e intracelular (obrigatória) b. corpo elementar (CE) - inativa, com parede celular e extracelular → FISIOPATOLOGIA DA INFECÇÃO POR C. TRACHOMATIS → EM RN - transmissão vertical (passagem no canal vaginal durante o parto) - conjuntivite de inclusão - 50% e pneumonia (se a bactéria entrar em contato com as narinas do RN) - 18% - prematuridade, baixo peso, natimorto, abortos CONJUNTIVITE DE INCLUSÃO: 5 a 19 dias após o parto - secreção mucopurulenta → SÍNDROME DE REITER - reação inflamatória em qualquer local do corpo, com pré-disposição genética (HLA B27) - articulações, olhos, ossos e genitais → deformidades → LINFOGRANULOMA VENÉREO - associado ao sorotipo L FASE PRIMÁRIA - pápula pequena (3 a 30 dias) ou úlcera herpetiforme - poucos sintomas - cura espontânea - sem formação de cicatriz (resposta imunológica) - se a bactéria continuar viável → desenvolvimento da doença FASE SECUNDÁRIA - linfadenopatias - sintomas sistêmicos - acometimento dos linfonodos gânglios linfáticos separados, não dolorosos à palpação e recobertos por pele eritematosa - em seu interior se forma uma massa inflamatória que se fusiona → abcessos → fístulas - febre, cefaléia e mialgia → Sinal de Groove: sulco formado pela divisão entre os gânglios linfáticos femoral e inguinal característico do linfogranuloma venéreo FASE TERCIÁRIA - hipertrofia granulomatosa crônica com ulceração nos gânglios e genitais externos - obstrução linfática - pode conduzir à edema localizado → CONJUNTIVITE GRANULOMATOSA - as cicatrizes produzem deformidades que evoluem para a retração da pálpebra entrópio e dos cílios - TRIQUÍASE - cílios se curvam para baixo e para dentro dos olhos → lesão da córnea e cegueira C. psittaci e C. pneumoniae → infecções trato respiratório
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