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Aula 13 - Propedêutica Cardiovascular

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Introdução à Propedêutica I - 4° Semestre
PROPEDÊUTICA CARDIOVASCULAR
→ Exame Físico:
• Identificação dos espaços intercostais.
• Delimitação da área precordial:
1º ponto: lado direito, borda superior do
terceiro arco costal a 1 cm do esterno;
2º ponto: lado direito, arco
costo esternal do 5º arco costal;
3º ponto (ICTUS CORDIS): lado
esquerdo, 5º espaço intercostal na linha
hemiclavicular => ponta do coração;
4º ponto: lado esquerdo, 2º espaço
intercostal cerca de 2 cm do esterno;
→ Anamnese:
Alguns dados são importantes e possui maiores
riscos para doenças cardiovasculares. São eles:
• Idade: as idades acima de 45 anos em homens e
de 55 anos em mulheres são consideradas fatores
de risco para doença coronariana, que aumenta a
cada 10 anos.
• Sexo: antes dos 60 anos, homens têm risco 1,5 a
2 vezes maior de apresentar doença coronariana ou
acidente vascular cerebral (AVC) em comparação às
mulheres, mas o risco cardiovascular no sexo
feminino aumenta rapidamente com o avançar da
idade e, aos 80 anos, é igual em ambos os sexos.
• Etnia: a incidência de doença coronariana é igual
entre indivíduos brancos e negros, mas menor em
asiáticos. Por sua vez, a incidência de insuficiência
cardíaca é 1,5 a 2 vezes maior em pacientes negros
em comparação aos brancos.
• Fatores socioeconômicos: pacientes com maior
dificuldade para acesso a serviços de saúde podem
apresentar doenças como febre reumática ou
endocardite infecciosa.
OBS: Várias regiões do país são endêmicas para a
doença de Chagas, importante agente etiológico de
doença cardíaca.
→ Principais sinais e sintomas relacionados ao
sistema cardiovascular:
❖ Dor Torácica
# Causas:
- Coração
- Pele
- Músculo-esquelética
- Osteocondrite
- Pericardite
- Dor irradiada
# Sinais de Alerta:
- Dor anginosa
- Dor ao esforço físico
- Com palpitações
- Histórico +
Bruna Embacher Sanz ❥
Introdução à Propedêutica I - 4° Semestre
→ Revisando:
DOR:
• I = início
• L = localização
• I = intensidade
• C = caráter
• I = irradiação
• D = duração
• P = periodicidade
• F = fatores de melhora
• F = fatores de piora
• F = fatores que acompanham (náuseas, vômitos,
sudorese, dispnéia...)
→ Dor Isquêmica Miocárdica
• Localização: preferencialmente retroesternal,
podendo ser sentida mais do lado esquerdo ou
direito do esterno. Pode ser restrita a uma área ou
ocupar todo o precórdio.
• Irradiação: está diretamente relacionada com a
intensidade da dor; há diversas áreas possíveis:
pavilhão auricular, maxilar inferior, nuca, região
cervical, membros superiores, ombros, região
epigástrica e região interescapulovertebral.
• Caráter ou qualidade da dor: sempre do tipo
constritiva, com sensação de “aperto”, “opressão”,
“peso”, “queimação” e “sufocação”.
• Duração:
- Na angina de peito ou estável, a duração é curta,
de 2 a 3 minutos não ultrapassando 10 minutos.
- Na angina instável a dor é mais prolongada,
podendo durar até 20 minutos.
- No infarto do miocárdio há alterações necróticas
do tecido e a duração é de mais de 20 minutos.
• Intensidade: varia de acordo com o grau de
comprometimento isquêmico, sendo dividida em
três tipos de intensidade: leve, moderada e intensa.
• Fatores desencadeantes ou agravantes:
principalmente após exercícios físicos, mas pode ser
iniciada após qualquer tipo de situação que
aumente o trabalho cardíaco, como emoções, frio e
ingestão abundante de alimentos.
• Fatores de melhora: repouso e uso de fármacos
vasodilatadores, no caso de angina no peito.
• Manifestações concomitantes: náuseas, vômitos e
sudorese fria podem aparecer, principalmente em
pacientes com quadro de infarto agudo do
miocárdio.
❖ Dispneia/ Taquipneia
→ Dispneia: Dificuldade respiratória, “falta de ar”.
→ Taquipneia: Aumento na frequência respiratória.
→ Pode ser um sinal (observado) ou sintoma
(referido).
→ OBS: Em menos de 1 ano a dispneia e a
taquipneia são as principais manifestações de uma
insuficiência cardíaca.
→ Principais tipos de dispneia – CRÔNICO:
• Ortopneia: piora no decúbito – edema agudo de
pulmão.
• Platipneia: piora em pé – pericardite.
• Dispneia de esforço: Intolerância aos exercícios.
❖ Síncope
→ Desmaio ou perda temporária e súbita de
consciência.
→ Coração x SNC x Distúrbios metabólicos.
• Coração (arritmias ou doenças estruturais) – 15%
• Reflexo neurogênico (vasovagal, etc) – 60%
→ Desidratação: Períodos longos em pé.
→ Lipotímia: Perde tônus postural mas mantém
consciência.
Bruna Embacher Sanz ❥
Introdução à Propedêutica I - 4° Semestre
❖ Palpitações:
→ Probabilidade de palpitação por arritmia é maior
em casos de pacientes com histórico de doença
cardíaca e na sensação de pulsatilidade rápida no
pescoço. E é menor em casos de resolução do
sintoma em menos de 5 minutos e/ou presença de
transtorno do pânico.
❖ Cianose:
→ Coloração azulada de pele e mucosas.
→ Percebida na presença > 4 - 5g/dL de Hb
reduzida (sem O2).
→ Depende da hipóxia e da hemoglobina.
→ Tipos de cianose:
• Periférica (acrocianose): geralmente benigna (frio).
• Central: notada na língua, mucosas e leito
ungueal.
• Diferencial: Diferença entre membros superiores e
inferiores (PCA com hipertensão pulmonar).
→ Sinais de hipoxemia crônica:
• Unha em vidro de relógio.
• Dedos em baqueta de tambor.
→ Exame Físico Cardiovascular:
• Lado direito do leito;
• Decúbito dorsal com a cabeça e o tórax
elevados em cerca de 30°.
1. Inspeção
2. Palpação
3. Ausculta
1. INSPEÇÃO
- Análise da situação da coloração da derme,
podendo a pessoa estar pálida ou cianótica;
- Analisar se há estase (turgência) jugular;
- Avaliação da altura da pressão venosa a partir do
triângulo do esterno;
- A altura venosa a partir do ângulo do esterno é a
mesma nas três posições, mas a capacidade de
medir a altura da coluna de sangue venoso difere
de acordo com a posição do paciente;
- A pressão venosa jugular aferida a mais de 4 cm
acima do ângulo do esterno ou mais de 9 cm acima
do átrio direito é considerada elevada ou normal;
- O refluxo hepatojugular é o aumento de 3 cm do
nível da coluna venosa pulsátil das jugulares após
compreensão com a mão espalmada no quadrante
superior do abdome por aumento do retorno
venoso;
- A positividade desse refluxo indica pressão
venosa elevada, presente, por exemplo, na
insuficiência cardíaca congestiva;
Bruna Embacher Sanz ❥
Introdução à Propedêutica I - 4° Semestre
2. PALPAÇÃO
- Tempo de enchimento capilar
* Normal até 2 segundos.
- Edema venoso
* Cacifo (Godet) +
* Stemmer -
- Pulsos
* Fazer a palpação dos pulsos centrais e periféricos
de ambos os lados e analisar se há alguma
diferença;
Bruna Embacher Sanz ❥
Introdução à Propedêutica I - 4° Semestre
- Ictus cordis
* A palpação ictus cordis é um exame de palpação
realizado com a palma da mão e com as polpas
digitais a fim de conferir localização, diâmetro,
amplitude e duração das funções fisiológicas do
coração.
* Normalmente no 5° EI, sobre a linha
hemiclavicular.
* Mais para baixo e/ou mais para a esquerda é
sugestivo de cardiomegalia.
* Mais para cima pode ser devido gestação, ascite
etc.
- Frêmito cardiovascular
* - O exame de frêmito cardiovascular
é realizado com as palmas das mãos a
fim de perceber as vibrações do
coração;
LEMBRANDO:
Pulso ≠ Frequência cardíaca
OBS: Valores para adultos.
3. AUSCULTA
- Foco aórtico: 2º EI, na borda esternal direita.
- Foco pulmonar: 2° EI, na borda esternal esquerda.
- Foco aórtico acessório: 3° EI na borda esternal
esquerda.
- Foco tricúspide: 4° ou 5° EI na borda esternal
esquerda.
- Foco mitral: 5° EI, na linha hemiclavicular (linha
que passa no meio da clavícula) esquerda. Ápice
cardíaco.
- Locais de ausculta ao se realizar o inching, ou
ausculta gradual:
- O examinador inicia a ausculta na área aórtica,
move o estetoscópio lentamente para o bordo
esternal esquerdo, desce em direção ao apêndice
xifóide, progredindo até o local do ictus cordis;
- Após o inching, auscultam-se ainda outras
regiões, com os focos da base com o paciente se
inclinando para a frente: o rebordo esternal direito,
o pescoço, a clavícula, as linhas axilares anterior,
média e posteriore a linha escapular no dorso do
indivíduo.
Bruna Embacher Sanz ❥
Introdução à Propedêutica I - 4° Semestre
→ SOPRO SISTÓLICO
→ SOPRO DIASTÓLICO
→ SOPRO CARDÍACO
• Fase: Sistólico ou diastólico.
• Localização: Qual foco é melhor auscultado.
• Irradiação: Carótida, axilas, não irradia.
• Intensidade: 1+ a 6+.
→ Classificação de Levine de intensidade dos
sopros cardíacos:
• 1+ Sopro audível apenas com manobras
específicas.
• 2+ Sopro audível, sem irradiações ou frêmitos.
• 3+ Sopro audível e que irradia para as carótidas
(sopros aórticos) e para a axila (sopros mitrais).
• 4+ Sopro audível e que se acompanha de um
frêmito (“tremor”) à palpação.
• 5+ Sopro que necessita apenas da borda da
membrana do estetoscópio para ser ouvido.
• 6+ Sopro audível sem a necessidade do
estetoscópio.
→ 3ª e 4°ª bulhas são incomuns:
• 3ª Bulha: vibração das paredes ventriculares pela
alta velocidade do sangue durante a fase de
enchimento rápido. Indivíduos jovens.
• 4ª Bulha: Sístole atrial.
→ Insuficiência cardíaca com congestão sistêmica
(direita)
• Edema membros inferiores.
• Ascite.
• Hepatomegalia.
• Estase jugular.
Bruna Embacher Sanz ❥
Introdução à Propedêutica I - 4° Semestre
→ Insuficiência cardíaca com congestão sistêmica
(esquerda)
• Taquipneia.
• Dispneia.
• Estertores finos.
• Sibilos.
Referência Bibliográfica:
IRINEU, Francisco et.al. Propedêutica médica da
criança ao idoso. 2 ed. São
Paulo: Atheneu, 2015; Capítulo 8:
Propedêutica Cardiológica.
BATES, Barbara et.al. Bates propedêutica médica.
11 ed. Rio de Janeiro:
Guanabara Koogan, 2015; Capítulo 9: Sistema
Cardiovascular.
Bruna Embacher Sanz ❥

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