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AMANDA GARCIA 2021 Dr. David Doreto Raciocínio neurológico: Diagnostico sindrômico Diagnostico topográfico Diagnostico etiológico Relembrando alguns conceitos: Qualquer lesão nessa via pode causar uma queixa clínica do paciente. Diagnostico sindrômico Determinado pela Anamnese bem documentada + exame físico neurológico. Ao final da anamnese + exame físico faz se necessário ter em mente as síndromes (vias) acometidas para poder solicitar o exame complementar adequado, quando este se faz necessário O exame complementar é parte do diagnostico, mas não necessariamente obrigatório. Diagnóstico topográfico: Determinar o local da lesão Necessário juntar as síndromes (vias) acometidas + conhecimento neuroanatômico + exame físico para determinar o local da lesão Anamnese Identificação: nome, idade, sexo, profissão, destro ou canhoto. Queixa e duração: inicio de sintomas e há quanto tempo HDA: determinar com exatidão se sintomas são agudos, crônicos, intermitentes, localização, irradiação, fator de piora/melhora, uso de medicação para alivio. DPMU: doenças previas e medicações em uso (alguns remédios pode causar patologias) IDA: sintomas associados HF: pai consanguíneo, e história familiar positiva para determinada doença Hábitos: etilismo, tabagismo. Roteiro do exame físico neurológico Possui 94 itens que podem ser analisados AMANDA GARCIA 2021 Devido a ser um exame extremamente extenso, faz se necessário ter um roteiro básico que devem ser sempre avaliados Caso exista uma queixa mais especifica e se pertinente com o caso, realizar o refinamento no exame físico. Nível de consciência Avaliar o estado mental de maneira sucinta do paciente -Consciente, orientado em tempo e espaço -Sonolento -Torporoso -Comatoso Lembrar de linguagem (afasia – dificuldade de expressar) ou disartria, paciente se expressa, porem com a articulação de palavras ruins. Motricidade INSPEÇÃO: movimentos involuntários Trofismo muscular: observar a massa muscular (atrofia/hipertrofia). Exemplo: fasciculações, tremor, distonia Semiologia: deixar paciente sentado, relaxado em posição neutra e observar possível movimentação anômala. PALPAÇÃO: 1. Tônus muscular: -Consistência muscular a palpação -Extensibilidade das articulações -Resistência ao movimento passivo dos membros (lento e rápido) -Avaliar presença de hipotonia ou hipertonia (espasticidade) -Hipertonia piramidal (sinal de canivete) -Hipertonia extrapiramidal (sinal de denteada) Hipertonia elástica Sinal de canivete: rígido no início do movimento, flácido após. Lesão do sistema nervoso central (córtex motor primário e ou trato cortiço espinhal) ex: AVC Hipertonia plástica: sinal da roda denteada. É uma rigidez durante toda a velocidade de movimento. Lesão na via extrapiramidal ex: Parkinson. 2. força muscular Provas comparativas entre os dimidios. Comparação relativamente grosseira entre os lados do corpo nas disfunções do SNC Manobras com membros superiores: -Do mingazini (brações estendidos) -Wartenberg (mãos em supinaçao) -Barré (abdução dos dedos das mãos) -De Raimiste (queda do antebraço em decúbito supino) Manobras do membro inferior: -De mingazini (posição obstétrica) -De Warterberg (queda do rotula) -De barré (decúbito ventral) Avaliação individual dos movimentos – força muscular: Mais importante a escala que vai de 0 a 5 Sensibilidade É o exame mais subjetivo dentro da neurologia. Tipos de sensibilidade: Tato – algodão: Explique como será o procedimento Avaliar com o paciente de olhos fechados Distal para proximal Em faixa e circundando Comparar lados D e E Estimulo subcutâneo nos lados D e E (avalia extinção – não reconhece um lado do corpo) Dor – alfinete Segurar o alfinete no local do fecho para evitar muita pressão e penetração da pele Explicar o procedimento Avaliar o paciente de olhos fechados ou abertos De distal para próxima Em faixas e circundando Comparar lados D e E Temperatura – tubos com agua com diferentes temperaturas AMANDA GARCIA 2021 Vibrações – diapasão Avaliação de sensibilidade profunda Avaliar com o paciente de olhos fechados Nos pontos ósseos Distal para proximal Deixar vibrando até sentir que parou Comparar D e E Posição segmentar – movimento passivo articular. Avaliar com o paciente de olhos fechados De distal para proximal Segurar lateralmente para não fazer pressão quando movimenta o seguimento Verificar se o paciente sente o movimento para cima ou para baixo de olhos fechados Avaliar níveis sensitivos T4: não sente mamilo T10: não sente umbigo para baixo Coordenação Avaliar a coordenaçao do movimento Se há presença de decomposiçao de movimento, ou erro de alvo Ataxia: incoordenaçao sub dividida em ataxia sensitiva e ataxia cerebelar. Dismetria: erro ao tentar acertar determinado alvo. Avaliado por prova index nariz ou calcanhar joelho. Disdiadoccocinesia: incoordenaçao de movimentos (musculatura antagonica) Avaliar pela prova de coordenaçao: Equilíbrio Estático Paciente com os olhos abertos fica em pé em posição natural ou com o pé na frente do outro (prova sensibilizada) Paciente na mesma posição anterior, fecha os olhos. Observar oscilação do tronco ou queda. Observar entre olhos abertos (disfunção cerebelar) e fechados (disfunção de propriocepçao) Sinal de Romberg: quando ocorre oscilação do tronco ao fechar os olhos (alteração da propriocepção ou labiríntica). Paciente com os pes juntos, braços estendidos, solicita se que fechem os olhos e observar se já presença de lateralizaçao ou perda do equilibrio imediatamente após o fechar dos olhos Dinâmico Paciente em pé, pede se para o paciente andar sobre uma linha reta, ou caminhar de costas com os olhos fechados. Reflexos profundos: avaliar o arco reflexo (periférico x integração medular) AMANDA GARCIA 2021 Aquileu, patelar, biceptal e triceptal são os mais importantes PROVA Reflexos membros superiores Reflexos membros inferiores Graduação dos reflexos: 0 = abolido (não consegue obter) 1+ = hipoativo (conseguindo mais com uma velocidade de resposta menor) 2+ = normoativo (velocidade de resposta normal) 3+ = vivo (velocidade de resposta aumentado) 4+ = exaltado (obtido em uma área maior que normalmente é conseguido, reflete lesão na via piramidal) Reflexos superficiais: Cutâneo abdominal: avalia possível lesão medular, quando ausente. A ausência em contexto isolado não quer dizer necessariamente doença. Obtido com pálido da região externa em direção ao umbigo. Esperando a movimentação do umbigo em direção ao lado estimulado Sinal de myerson: bater com o martelo na glabela do paciente, ira piscar conforme persiste batendo, o paciente para de piscar, em algumas alterações não cssa o piscar dos olhos ex: doenças neurodegenerativas (Alzheimer) Cutâneo plantar: Babinski Semiotécnica borda lateral do calcanhar em direção ao segundo metatarso. Normal: flexão de todos artelhos Alterado: extensão do halux (pode representar lesão piramidal) Marcha Avaliar desde a entrada do paciente pelo consultório Observar balanço dos membros, simetria passada agilidade e viradas. Marcha Ebriosa: macha do indivíduo bêbado, passada desajeitada, erradica, com caminhar cambaleante, impossibilidade de andar em linha reta (em tandem). Marcha Talonante: marcha do paciente que apresenta lesão das vias propriocepção, por lesão de fibras grossas. Paciente tende a bater o pé no solo com força devido a lesão da via. Ex: neurosifilis Marcha Hemiparética/helicópode: marcha do paciente pós AVC que acometeuo trato cortiço espinhal. Assume postura de flexão do MS acometido e extensão do MI. Marcha Escarvante: marcha de paciente com pé caído por lesão de L5/nervo fíbula profundo. Marcha parkinsoniana: marcha rígida em pequenos passos, com postura encurvada, cabeça anteriorizada e os joelhos semi-fletidos. Nervos cranianos I nervo olfatorio: relacionado ao cheiro II nervo optico III (oculo motor), IV (troclear), V (abducente) pares cranianos: relacionado a musculatura ocular extrincica do olho. VI nervo trigemnio: sensibilidade da face e 2/3 anterio da lingua VII nervo facil: musculatura/simetria da face VIII vestibulo cloclear: relacionado a audiçao/equilibrio AMANDA GARCIA 2021 IX nervo glossofaringeo: sensibilidade da lingua (1/3 posterior deglutiçao. XI nervo acessorio: relacionado a musculatura do trapezio e esterno cleido mastoideo X nervo vago: sintomas disautomicos (taquicardia/respiraçao) XII nervo hipoglosso: motricidade da lingua Sinais meníngeos Busca ativa de sinais de irritaçao das meninges. Sinal de Brudzinski: realizada com a flexao cervical passiva com o queixo em direçao ao peito, sera positiva se observarmos a flexao dos membros inferiores. Sinal de Kerning: paciente em decúbito dorsal, fazendo a flexão passiva do joelho com posterior extensão passiva do joelho. Se positivo observara resistência e dor no trajeto radicular.
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