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Daniele Maciel - T3A AULA 2 - TOLERÂNCIA IMUNOLÓGICA E AUTOIMUNE 1. De que maneira o sistema imunológico mantém a falta de responsividade para autoantígenos? 2. Quais são os fatores que podem contribuir para a perda da autotolerância e o desenvolvimento de autoimunidade? 3. Como o sistema imunológico mantém a falta de responsividade aos microrganismos comensais e ao feto? TOLERÂNCIA IMUNOLÓGICA - É um processo pelo qual o sistema imunológico do organismo não ataca os antígenos presente nele, como no caso de bactérias, vírus, fungos. Significa então uma falta de respostas! No caso da tolerância imunológica eu posso ter dois linfócitos; o linfócito T e B e ele vai diferenciar um antígeno próprio (antígeno não imunogênico) que é comum não haver o reconhecimento e caso haja o reconhecimento pode causar diversas doenças e também tem o antígeno não próprio (imunogênico), o qual é reconhecido e causa doenças. Quem faz o reconhecimento do antígeno é o linfócito, isso ocorre devido a apresentação de antígeno (APC), o qual permite a presença de antígeno próprio no organismo. 🔴 Os linfócitos T e B são originados na medula óssea, onde o T é maturado no timo e o B maturado na própria medula. TOLERÂNCIA CENTRAL - A tolerância central está ligada apenas a antígenos próprios, os quais não tem ação de bactéria, alimentação… Essa tolerância ocorre apenas nos linfócitos primários. TOLERÂNCIA PERIFÉRICA - Acontece um processo semelhante ao timo, sendo então testado a diferentes situações, dentro desses órgãos secundários ele será exposto a linfócitos próprios, sendo apresentados pelas células APC’s. O linfócito regulador inibe os linfócitos de se proliferarem, ou seja, os mata. *Por que só o timo consegue liberar antígeno para o corpo inteiro? O timo faz isso através de uma proteína, chamado AIRE, sendo então uma proteína reguladora onde pode reeducar os linfócitos. MECANISMOS - O linfócito T se liga aos receptores do timo, se houver o reconhecimento do antígeno próprio (MHC) vai causar uma resposta “ruim”, causando a morte da seleção negativa, induzindo a apoptose. Se por acaso não ocorrer o reconhecimento do antígeno próprio vai percorrer seu caminho para os outros órgãos, sendo chamado de seleção positiva. 🔴 E vamos supor que o antígeno que foi reconhecido pelo linfócito não morra, ele sai para percorrer o caminho periférico, saindo do timo e indo para os linfonodos e na periferia serão apresentados novamente aos antígenos próprios (através dos MHC), podendo gerar as devidas seleções, se novamente o antígeno foi reconhecido e não causou a sua morte ele vai gerar uma doença autoimune. ➥Os órgão linfóides secundários fazem a segunda checagem, após isso podem fazer exercer o processo de expansão clonal, mediado por IL2. PATOLOGIA Se há uma mutação na proteína reguladora pode então gerar uma doença, a qual vai atacar o sistema linfático do organismo e posteriormente pode causar um linfoma. ATIVAÇÃO DOS LINFÓCITOS: Após fagocitar e apresentar aos MHC através das APC’s eles são reconhecidos pelo TCR (receptor de linfócitos T), se acontecer essa ligação vai ter proteínas B7 (APC) e CD28 (TCR). Quando TCLA-4 (T reguladora) interage com o CD28 vai dar uma resposta de anergia (quando o processo para todo seu mecanismo). 🔴 As células apresentadoras de antígenos (macrófagos, células dendríticas e linfócito B) são muito importantes porque ela ficam responsáveis por transportar os antígenos até os linfonodos, onde lá vai encontrar com o linfócito T específico. 🔴 MHC - É uma proteína específica que fica na superfície das células, sendo responsáveis por ajudar os linfócitos a reconhecer o antígeno (só é capaz de apresentar antígenos peptídeos, ou seja, proteicos para os linfócitos T). ➥RESPOSTA CELULAR: Mediadas por linfócitos T e são capazes de identificar/reconhecer apenas antígenos protéicos. Daniele Maciel - T3A ➥RESPOSTA HUMORAL: Mediadas por linfócitos B são capazes de identificar/reconhecer antígenos protéicos ou não proteicos. 🔴 RECEPTORES DA IMUNIDADE INATA: Com o reconhecimento do antígeno com o linfócito pode gerar um aumento do MHC, aumento da liberação de células coestimuladores e aumento na liberação de citocinas. As células co-estimuladoras são responsáveis por gerar a ativação das células T que posteriormente vão se tornar células efetoras através das citocinas liberadas. FUNÇÃO DAS CÉLULAS DENDRÍTICAS: A células dendríticas são consideradas como células apresentadora de antígenos, o qual vai transportá-los até os linfonodos, na sua membrana vai ter a presença de MHC, responsável por ajudar no reconhecimento do antígeno, ligando então os seus coestimuladores (B7 com CD28), gerando através da sua resposta células efetoras que acarretam na expansão clonal, devido às células T imaturas. 🔴 Quando TCLA-4 (T reguladora) interage com o CD28 vai dar uma resposta de anergia (quando o processo para todo seu mecanismo). FUNÇÃO DA MITOCÔNDRIA: Eles vão fagocitar os microrganismos que posteriormente vai ser apresentado às células T que já estão ativados e vão gerar novos macrófagos para que façam a digestão dos microrganismos que foram anteriormente fagocitados. FUNÇÃO DAS CÉLULAS B: Elas vão se ligar ao antígenos que vão ativar as células T efetoras e posteriormente gerar anticorpos como resposta, que é a imunidade humoral. 🔴 O nosso organismo tem maior contato com o microrganismo através da pele, trato gastrointestinal e trato respiratório, onde o antígeno vai entrar e se ligar a célula dendrítica ou continuar livre podendo ir tanto para o vaso linfático como para a corrente sanguínea, quando essa divisão acontece as células dendríticas vão para o linfonodo que vai encontrar com a células T enquanto o vaso linfático vai para o baço. PATOLOGIA Doença auto-imune ocorre devido a uma falha na tolerância das células T. INFECÇÕES QUE PODEM AFETAR A AUTOIMUNIDADE: - Algumas doenças autoimunes são precedidas por infecção virais ou bacterianas. - Infecções teciduais provocam recrutamento de leucócitos para os tecidos (inclusive de linfócitos auto reativos). Perguntas de revisão!!!! 1. O que é tolerância imunológica? Por que é ela importante? 2. Como é a tolerância central induzida em linfócitos T e linfócitos B? 3. Onde as células T reguladoras se desenvolvem e como elas protegem contra a autoimunidade? 4. Como é anergia funcional induzida em células T? Como este mecanismo de tolerância falha e dá origem às doenças autoimunes? 5. Quais são os mecanismos que impedem as respostas imunológicas contra os microrganismos comensais e fetos? 6. Quais são alguns dos genes que contribuem para a autoimunidade? Como os genes do MHC desempenham um papel no desenvolvimento das doenças autoimunes? 7. Quais são alguns dos possíveis mecanismos pelos quais as infecções promovem o desenvolvimento da autoimunidade?
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