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Herança e Sucessão após a Morte

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MORTE 
• Ela traz a HERANÇA e o HERDEIRO. 
• A morte é estudada pela tanatologia, que é o ramo da medicina legal. 
• A morte põe fim a pessoa natural. 
o Lei de Registro Público: a morte deve ser atestada (certidão de 
óbito). No Brasil não se admite sepultamento sem a certidão. 
Ela pode ser: 
1. Real (art. 6, CC); 
2. Presumida (art. 7/ 22 a39); 
3. Comoriência (art. 8); 
4. Civil (art. 1814/ 1961 e seguintes). 
A morte transmite a herança aos herdeiros por conta da continuidade 
das relações da pessoa natural. Ex: créditos, dívidas, alimentos... 
HERANÇA 
• Os bens imóveis entram na herança segundo o artigo 80 do CC; 
 
 
• A renúncia à herança deve ser feita pelo próprio sucessor (regra) 
e só tem validade se for feita por instrumento público ou termo nos 
autos; 
MODALIDADES (art. 1.786 do CC): 
1. Sucessão Legítima: 
 
 
a. O critério seguido é o da lei (sucessão ab intestato); 
b. Sem testamento; 
c. Herdeiro necessário (arts. 1.845 a 1.850); 
Os herdeiros legítimos são os descendentes, ascendentes, cônjuge ou 
companheiro e colateral até 4º grau (irmã(o), sobrinho(a), tio(a) e primo(a). 
• Se há herdeiro necessário, esse só poderá dispor de 50% 
em testamento (art. 1.789). 
• O cálculo do valor da legítima leva em consideração o 
patrimônio líquido disponível. 
2. Sucessão Testamentária: 
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a. Segue uma questão de autonomia de vontade; 
b. Testamento; 
c. Legado; 
d. Codicilo 
A autonomia da vontade sofre a limitação para 50% caso exista herdeiro 
necessário. 
TRANSMISSÃO DA HERANÇA 
Aberta a sucessão a herança transmite, desde logo, aos herdeiros 
legítimos e testamentários (artigo 1.784): 
▪ No exato momento da transmissão que acontece o Imposto de 
transmissão causa mortis (súmula 112 do STF). 
• A sucessão é aberta na hora da morte; 
O Princípio de Saisine “droit de saisine” afirma que a transmissão é 
imediata e automática, morreu, já transmite. 
→ A herança é composta por todas as relações patrimoniais: ativa e 
passiva. 
o Transmite a posse e a propriedade; 
o As dívidas só serão pagas no limite da herança. 
Abertura da sucessão: 
→ No lugar do último domicílio do falecido (art. 1.785); 
→ Por lei ou disposição de última vontade (vontade legítima ou 
testamentária) (Art. 1.786:). 
A lei que rege a sucessão é a que estará vigente no dia da morte do 
indivíduo (art. 1.787); 
Morte sem testamento: 
Transmite a herança aos herdeiros necessários (Art. 1.788); 
Art. 1.790: foi considerado INCONSTITUCIONAL pelo STF. 
HERANÇA E SUA ADMINISTRAÇÃO 
→ Quando se tem vários herdeiros, eles passam a se chamar 
coerdeiros; 
→ Entre os coerdeiros há uma formação de condomínio ou composse. 
O direito da propriedade e posse da herança será indivisível, ou seja, de 
todos os coerdeiros (art. 1.791). 
Entre os coerdeiros deve haver: 
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1. Regras de condomínio; 
2. Partilha; 
3. Defesa da propriedade e posse. 
O herdeiro não responde por encargos superiores as forças da herança 
(intra vires hereditatis) (art. 1.792). 
- Enunciado 343 JDC 
a. Dívidas só até os limites da herança (OAB); 
b. Obrigações do morto; 
c. Contratos (personalíssimos não). 
▪ Fiador não transfere, exceto nas obrigações 
relacionadas a dívidas já existentes. 
Transmissão por meio da cessão: 
A herança pode ser transmitida por meio de um documento chamado 
cessão por escritura pública (OAB) (art. 1.793). 
→ Só pode haver a transmissão mencionada acima em caso de 
sucessão aberta, ou seja, quando há a morte do sujeito. 
→ É proibido discutir em contrato herança de pessoa viva. Essa 
atitude se chama Pacto corvina (art. 426, CC) 
§1º O direito de acrescer não é abrangido pela cessão feita 
anteriormente. 
Ex: X cedeu a cota para Y, lá na frente surge outro bem que faz 
parte da herança, nesse caso não se presume que este bem 
está incluído nessa cessão., pois leva-se em conta a cota 
considerada no momento da cessão. 
§2º É ineficaz a cessão, pelo coerdeiro, de seu direito hereditário sobre 
qualquer bem da herança considerada singularmente. 
o Depois do recebimento da cota é que o indivíduo pode vendê-
lo. 
§3º Ineficaz é a disposição, sem previa autorização do juiz da sucessão, 
por qualquer herdeiro, de bem componente do acervo hereditário, 
pendente e indivisibilidade. 
o Não pode pegar um bem e tirar do acervo hereditário sem 
autorização do juiz. 
Direito de preferência entre os condôminos: 
Coerdeiro não poderá ceder (vender) a sua quota parte da herança para 
pessoa estranha, se outro coerdeiro a quiser (OAB) (art. 1.794); 
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→ O coerdeiro, a quem não se der conhecimento da cessão, poderá, 
depositado o preço para haver pra si a quota parte do estranho (art. 
1.795). 
- Prazo de 180 dias. 
Ex: Quando a parte é vendida a um estranho, o coerdeiro pode 
ir reclamar ao juiz e pagar a quota parte. 
→ Sendo vários os coerdeiros a exercer a preferência, entre eles se 
distribuirá o quinhão cedido, na proporção das respectivas quotas 
hereditárias. 
PRAZO PARA ABERTURA DO INVENTÁRIO 
Art. 1.796: O prazo que está aqui é o de 30 dias, mas o prazo real é o 
que está previsto no CPC (art. 610 e seguintes): 
• 2 meses para abrir o inventário; 
• 12 meses para encerrar o inventário (art. 611 do CPC). 
o O prazo para finalizar é mais flexível, ou seja, pode 
passar de 12 meses. 
o Se NÃO ABRIR EM 2 MESES o indivíduo pagará MULTA 
FISCAL (art. 542 do STF). 
ADMINISTRAÇÃO DA HERANÇA (art. 1.797) 
1. Ao cônjuge ou companheiro, se convivia com ele ao tempo da 
abertura da sucessão; 
2. Ao herdeiro que estiver na posse e administração dos bens, e, se 
houver mais de um nessas condições, ao mais velho; 
3. Ao testamenteiro; 
4. A pessoa de confiança do juiz, na falta ou escusa das indicadas nos 
incisos antecedentes, ou quando tiverem de ser afastados por 
motivos de grave levado ao conhecimento do juiz. 
Art. 1.798: 
 Adm. Provisório Inventariante (art. 617 
CPC) 
 
Morte ------------ Processo de inventário------------Partilha 
de bens 
→ Quando há o processo de inventario, o juiz vai nomear um 
inventariante que é quem vai tomar conta dos bens, mas, antes 
dele ser nomeado um administrador vai cuidar da herança. 
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DA VOCÇÃO HEREDITÁRIA 
Quem pode ser herdeiro (art. 1.798)? 
→ Pessoas já nascidas ou concebidas na abertura da sucessão. 
Na sucessão testamentária podem ainda ser chamados a suceder (art. 
1.799): 
1. Filhos ainda não concebidos, de pessoas indicadas pelo testador, 
desde que estejam vivas ao abrir-se a sucessão (OAB); 
2. As pessoas jurídicas; 
3. As pessoas jurídicas, cuja organização for determinada pelo 
testador sob a forma de fundação. 
o Pode haver a doação da parte para outro herdeiro, mas 
para vender é necessário oferecer primeiro aos 
coerdeiros (OAB). 
No que diz respeito ao inciso I do artigo antecedente, os bens da herança 
serão confiados, após a liquidação ou partilha, a curador nomeado pelo 
juiz. 
NÃO PODEM ser herdeiros (art. 1.801): 
→ Ausência de legitimidade sucessória. 
I. A pessoa que escreveu o testamento, nem o seu cônjuge ou 
companheiro, ou os seus ascendentes e irmãos; 
II. As testemunhados do testamento; 
III. O concubino do testador casado, salvo se este, sem culpa sua, 
estiver separado de fato do cônjuge há mais de 5 anos; 
IV. O tabelião, civil ou militar, ou o comandante ou escrivão, perante 
quem se fizer, assim como o que fizer ou aprovar o testamento. 
→ São nulas as disposições testamentarias em favor de pessoas 
não legitimadas a suceder (as mencionadas acima), ainda 
simuladas sob forma de contrato oneroso ou feitas mediante 
interposta pessoa (art. 1.802) 
Pessoas interpostas: descendentes, irmãos e o cônjuge 
ou companheiro do não legitimado a suceder. 
→ É licita a deixa ao filho do concubino, quando também o for do 
testador (art. 1.803).

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