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Trauma Cranioencefálico

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TRAUMA 
O Trauma cranioencefálico (TCE) está entre os 
principais tipos de trauma mais comuns nos serviços de 
emergência em todo o mundo. As vítimas comumente 
apresentam lesões neurológicas que resultam em 
invalidez, impossibilitando o retorno dos pacientes as 
atividades laborais e sociais. 
ANATOMIA CRANIOENCEFÁLICA 
COURO CABELUDO: lacerações no couro cabeludo 
podem gerar repercussões hemodinâmicas 
importantes no paciente. Perda sanguínea significativa 
devido extensa vascularização da área, suficiente para 
provocar um choque hemorrágico. 
CRÂNIO: estrutura óssea de proteção do cérebro, 
estrutura rígida, não expansível, que pode ter graves 
repercussões em caso de qualquer alteração no 
volume. 
MENINGES: proteção membranosa do cérebro 
representadas por três camadas: dura-máter (camada 
resistente e está aderida a superfície interna do 
crânio), aracnoide (localizada abaixo da dura-máter, 
meninge fina e transparente) e pia-máter (aderida a 
superfície cerebral). Entre a dura-máter e o crânio há o 
espaço epidural, por onde passam as artérias 
meníngeas. Traumas nesses vasos podem levar a 
formação de grandes hematomas epidurais, com 
rápida deterioração do estado clínico da vítima. Entre 
a aracnoide e a pia-máter, há o espaço subaracnóideo, 
preenchido pelo líquido cefalorraquidiano (LCR). As 
hemorragias que ocorrem dentro desse espaço são 
chamadas de hemorragias subaracnóideas, e 
costumam ocorrer nos casos de contusão cerebral ou 
grandes traumas vasculares na base do encéfalo. 
ENCÉFALO: porção do sistema nervoso central (SNC), 
formado pelo cérebro, cerebelo e pelo tronco cerebral 
(mesencéfalo, bulbo e ponte). 
SISTEMA VENTRICULAR: sistema de espaços e 
aquedutos, localizado no encéfalo e preenchido por 
LCR, que é constantemente renovado. A presença de 
sangue nesse líquido prejudica a sua absorção, 
podendo resultar em um aumento da pressão 
intracraniana. 
COMPARTIMENTOS INTRACRANIANOS: A cavidade 
craniana é dividida pela tenda do cerebelo em um 
 
 
 
compartimento supratentorial e um compartimento 
infratentorial. Nessa tenda há uma incisura, que é por 
onde, habitualmente, ocorre a herniação do úncus 
(região medial do lobo temporal), nos casos de 
aumento da pressão intracraniana. 
 
FISIOPATOLOGIA DO TCE 
LESÃO CEREBRAL PRIMÁRIA: corresponde as lesões 
que ocorrem no momento do trauma, são decorrentes 
da transferência de uma energia externa para região 
intracraniana e podem estar relacionadas a diversos 
mecanismos, incluindo impacto direto, aceleração ou 
desaceleração rápida, ferimentos penetrantes ou 
andas de explosão. O paciente pode apresentar 
contusões focais diversas (locais mais comuns de 
ocorrência são os lobos temporal e frontal), 
hematomas (epidural, subdural e subaracnóidea) ou 
lesões axonais difusa (múltiplas hemorragias 
pontilhadas localizadas nos hemisférios cerebrais). 
LESÃO CEREBRAL SECUNDÁRIA: consequência da 
resposta bioquímica e celular à agressão inicial, 
ocorrendo uma cascata de eventos no cérebro, 
contribuindo para o surgimento de edema cerebral 
difuso com lesão e perda celular. 
REFERÊNCIAS 
TRAUMA Cranioencefálico (TCE): o que é, a anatomia do crânio e 
tipos de lesões. Sanar – SanarFlix, 2019. Disponível em: 
<https://www.sanarmed.com/trauma-cranioencefalico-2>. Acesso 
em: 04 de agosto de 2021.

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