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Medicamentos antipsicóticos Os medicamentos antipsicóticos são uma classe de fármacos utilizados para o tratamento de psicoses, que são um grupo de transtornos psiquiátricos que causam dificuldades em distinguir o que é criado na própria mente do que é real. Os sintomas relacionados a psicose incluem os delírios (forte convicção em falsas crenças) e alucinações (percepções sensoriais de coisas que não existem, como ouvir vozes que não são ouvidas por outras pessoas). Esses medicamentos têm sido utilizados desde a década de 1950 e podem ser divididos em: • Típicos (primeira geração): Clorpromazina, Haloperidol, Tioridazina; • Atípicos (segunda geração): Clozapina, Olanzapina, Risperidona, Quetiapina, Ziprasidona. Eles agem principalmente, mas não apenas, inibindo um receptor de um neurotransmissor chamado de dopamina, que está relacionada a mecanismos de recompensa, ao controle de movimentos, ao aprendizado, ao humor, às emoções, à cognição e à memória. Em quais doenças eles são utilizados? Apesar de possuírem o nome de antipsicóticos, eles podem tratar outros transtornos além da esquizofrenia, do transtorno delirante, do transtorno psicótico breve e da psicose pós-parto como, por exemplo, o transtorno do humor bipolar e o transtorno depressivo maior. Quais são seus efeitos colaterais? - Acatisia: o paciente sente uma grande dificuldade em permanecer parado, sentado ou imóvel; - Rigidez; - Bradicinesia: é a lentificação de movimentos voluntários; - Tremor; - Reações distônicas agudas: contrações musculares involuntárias que produzem posturas anormais e movimentos repetitivos; - Discinesia tardia: são movimentos repetitivos involuntários da boca, língua, rosto, membros e tronco; - Outros efeitos incluem ganho de peso, dislipidemia (aumento das “gorduras no sangue”), disfunção sexual, alterações cardíacas, sedação e aumento do risco de quedas. Vale destacar que eles podem causar a síndrome neuroléptica maligna, que é uma condição rara e potencialmente fatal. Por isso, caso o paciente sinta febre, rigidez muscular e alterações da consciência, ele deve procurar a emergência prontamente. Cada medicamento dessa classe tem suas particularidades, podendo causar mais de um efeito adverso do que de outro. A escolha por um deles, portanto, irá depender de diversos fatores e deve ser feita em conjunto entre o médico e o paciente. É importante lembrar também que os efeitos terapêuticos desses medicamentos superam os malefícios causados pelos efeitos colaterais. Em caso de dúvidas, consulte o seu médico. Referências: Michael D Jibson, MD, PhD. First-generation antipsychotic medications: Pharmacology, administration, and comparative side effects. Uptodate. May 24, 2018. Michael D Jibson, MD, PhD. Second-generation antipsychotic medications: Pharmacology, administration, and side effects. Uptodate. Apr 11, 2019.
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