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Distúrbios reumatológicos, 19.04.21, semana 01. Introdução A reumatologia é responsável pelo diagnóstico, tratamento, acompanhamento do paciente em que algum momento apresenta comprometimento do aparelho locomotor. Também engloba doenças autoimunes reumatológicas e casos de diagnósticos difíceis. O reumatologista é habitualmente procurado por pacientes por causa de: - Dor projetada sobre o sistema musculoesquelético. - Sintomas neurológicos, vasculares ou cutâneos. - Solicitação de outro especialista ou por sugestão de terceiros, que viu nas queixas ainda não esclarecidas por outros médicos consultados algum sintoma de doença relacionado à reumatologia. O sintoma mais comum no consultório de um reumatologista é a dor, que pode ser de origem articular ou não, de natureza inflamatória ou não. O diagnóstico é dado em: Anamnese: 80 a 85%. Exame físico: 8 a 10%. Exames complementares: 5-12%? 1. Saber realizar a anamnese completa do paciente reumatológico (da identificação a hábitos de vida); A anamnese é extremamente importante: estabelece uma boa relação médico-paciente, formular hipóteses diagnósticas e tomada de decisões. Seguida de exame físico bem conduzido, a anamnese possibilita desenvolver hipóteses diagnósticas adequadas e auxilia no direcionamento de exames complementares, quando necessário. Tradicionalmente, a avaliação do paciente inclui os seguintes passos: identificação, avaliação da queixa principal e da duração dos sintomas, história clínica da condição atual, interrogatório complementar, avaliação de antecedentes pessoais e familiares e exame físico. · Identificação: nome*, idade*, sexo*, etnia*, profissão* e local de trabalho, classe social, religião. O * significa importância. •Sexo: há maior prevalência de determinadas enfermidades no sexo feminino [p. ex., artrite reumatoide (AR), lúpus eritematoso sistêmico (LES) e osteoporose (OP)] ou masculino [p. ex., gota e espondilite anquilosante (EA)]. •Idade: o jovem distingue-se do adulto no que diz respeito à frequência e às manifestações de certas doenças (p. ex., febre reumática na infância, osteoartrite em idosos e EA no adulto jovem). •Etnia: existe diferença de incidência de enfermidades nas diversas etnias (p. ex., OP é mais frequente em brancos, LES tem maior incidência e gravidade em negros, a síndrome de Behçet, em turcos, e a doença de Kawasaki, na pele amarela). •Profissão: atenção a doenças associadas ou agravadas por condições de trabalho, como distúrbio postural em escriturário, tendinites em digitadores, lombalgia mecânica em trabalhadores braçais. Cabe lembrar os esportes e os hobbies que podem provocar lesões, como as epicondilites medial e lateral, de golfistas e tenistas, respectivamente, e a rizartrose e as tenossinovites em artesãos. •Procedência: existem doenças regionais, como a de Chagas, esquistossomose, malária e febre amarela. Para estrangeiros e seus descendentes, há a talassemia em italianos, a anemia falciforme em negros, a arterite de células gigantes em caucasianos e a condrocalcinose em galegos. •Classe social e escolaridade: por si só, a baixa condição social constitui um fator de pior prognóstico para doenças reumáticas. · QP: motivo da consulta. · História da doença atual (HDA): Paciente reumático é, em geral, prolixo e poliqueixoso. O profissional deve ser paciente, estimulando o paciente a ser objetivo e conciso. O profissional deve ter objetividade nos questionamento e paciência. A dor é o principal sintoma de queixa, devendo ser explorada: - Localização; - Tipo/ritmo; (inflamatória ou mecânica ou mista) - Início; (agudo ou crônico) - Irradiação; (localizada ou vai para outro local) - Ordem de acometimento articular; - Evolução; (desde o início, está melhorando ou piorando?) - Intensidade; (incapacitante, moderada, leve) - Sintomas da dor associados; (calor, rubor, edema, rigidez matinal) - Fatores de melhora e de piora; (uso de medicamento, gelo etc) - Sinal de alarme. (Dormência, formigamento etc) OBS.: ritmo da dor: O ritmo da dor se relaciona com o seu comportamento diário e tem aspectos diferentes quando observado em um processo inflamatório, traumático, degenerativo ou neoplásico. Por isso, é habitual chamá-lo de inflamatório quando a dor piora com repouso ou imobilização prolongada, ao iniciar os movimentos, ao acordar, pela manhã, e melhora no decorrer do dia. Em geral, é próprio das doenças inflamatórias autoimunes, como AR, LES e EA. Já o ritmo mecânico se refere à dor que piora com o movimento e melhora em repouso. É próprio das lesões miotendíneas, lombalgias e cervicalgias. Existem aquelas de ritmo misto (inflamatório e mecânico), que apresentam piora ao iniciar o movimento, depois melhoram, mas voltam a piorar após certo período em movimento. Isso ocorre frequentemente na osteoartrite de joelhos e quadris. Nas enfermidades neoplásicas e paraneoplásicas, pode-se observar um ritmo anárquico, sem cronologia característica. Deve-se atentar para a dor de intensidade crescente e ininterrupta, que pode significar tumor, principalmente se associada a sinais gerais de perda de peso, febre inexplicável e anemia. · Artralgia x artrite Artralgia = dor articular. Pode ser de origem inflamatória (artralgia inflamatória) ou de origem mecânica (artralgia mecânica). Artrite = “processo inflamatório articular”. Caracterizado por cinco sinais: dor, edema, calor, rubor e perda de função (não faz o movimento de amplitude esperada). ATENÇÃO: para haver artrite o paciente deve ter pelo menos 03 sinais dos cinco. · Interrogatório sintomatológico (IS): É realizado crânio caudal. - Sintomas gerais: febre, emagrecimento, linfonodomegalias. - Alterações mucocutâneas: rash malar*, fotossensibilidade*, úlceras orais e genitais, alopecia, lesões psoriáticas, lesões purpúricas, fenômeno de Raynaud, espessamento cutâneo, heliótropo, sinal de Gottron. - Sistema cardiovascular: simetria de pulsos, hipertensão em paciente jovem, sopros cariotídeos e abdominal, história de tromboses (e abortos de repetição), pericardite. - Sistema respiratório: pleurite, fibrose pulmonar, hemoptise, sinusopatias de repetição, asma. - Sistema digestivo: disfagia, doenças inflamatórias intestinais, hipertrofia de parótidas e xerostomia, diarréia, alternância de fluxo intestinal. - Sistema nervoso: convulsões, neuropatias periféricas, cefaléia, fraqueza muscular (hipotonia). - Alterações visuais: uveíte, esclerite/episclerite, ceratoconjuntive seca (xeroftalmia). · Antecedentes pessoais fisiológicos: - Gestação e nascimento; - Desenvolvimento psicomotor e neural; - Desenvolvimento sexual. · Antecedentes pessoais patológicos: - Doenças da infância; - História obstétrica; - Traumas e acidentes; - Gesta/Parto/Aborto; - Doenças graves e/ou crônicas; - Imunizações; - Cirurgias; - Alergias; - Transfusões sanguíneas; - Medicamentos em uso atual. · Antecedentes familiares: - Estado de saúde (quando vivos) e causa do óbito e a idade (se falecimento), pais, irmãos, cônjuge, filhos, avós, tios e primeiros e maternos do paciente. Focar na história reumatológica: perguntar se há histórico de doença reumática na família e qual doença. OBS.: osteoartrite de mão tem maior componente genético que as demais. · Hábitos de vida: extremamente importante - Alimentação; - Ocupação atual e ocupações anteriores; - Viagens recentes (onde, período de estadia); - Atividades físicas diárias e regulares; - Atividade sexual; - Manutenção do peso; - Consumo de bebida alcoólica e uso de tabaco; - Uso de drogas ilícitas e de outras substâncias; - Condições socioeconômicas e culturais; - Contato com pessoas ou animais doentes; - Vida conjugal e ajustamento familiar. 2. Diferenciar artralgia inflamatória, artralgia mecânica e artrite; Artralgia inflamatória: dor articular que acontece, geralmente, pela manhã ou no final do dia ou em repouso com alívio ou atenuação com o movimento. Pode estar associada com rigidez matinal. Artralgia mecânica: dor articular associada ao movimento, tendo protocinética, sendo mais dolorido no início do movimento. Artrite: processo inflamatóriosinovial, tendo os cinco sinais, sendo obrigatório três para diagnóstico. 3. Classificar os tipos de artrites; Podem ser classificadas pela duração dos sintomas e pelo número de articulações acometidas: - Duração dos sintomas: · Aguda: 04 a 06 semanas. · Crônica: acima de 06 semanas. Essa classificação de duração de artrite serve para artralgia também. Exemplo: artrite reumatóide é uma artrite crônica, sendo usado para a classificação de artrite esse tempo de evolução. - Número de articulações acometidas: · Monoartrite: 01 articulação. · Oligoartrite: 02 a 04 articulações. · Poliartrite: acima de 04 articulações. 4. Listar as principais etiologias das monoartrites; A artrite de uma única articulação deve ser avaliada imediatamente, a fim de identificar a possibilidade de artrite séptica e a necessidade urgente de tratamento. É importante determinar o curso e a duração dos sintomas, embora os pacientes frequentemente tenham dificuldade em estabelecer o momento exato do início da artrite. As principais etiologias são com base na duração e inflamatória e infecciosa. 60% das artrites infecciosas são causadas por Estafilococos. Gonococos é mais comum em homem jovem com vida sexual ativa, estando associado à gonorréia. Nas monoartrites inflamatórias estão associados a algumas doenças. Artrite reumatóide acomete mais articulações, em geral, mas no início pode ser monoarticular. Joelho, monoartrite, aumento de volume, assimétrica, perda de mobilidade, palpação com edema e flogosa. ENQUANTO A ANÁLISE NÃO FICA PRONTA, PODE TRATAR COMO INFECCIOSO, NÃO É ERRADO. 5. Listar as principais indicações de uma artrocentese; A artrocentese, isto é, a retirada de líquido sinovial após punção articular, deve ser realizada em quase todos os pacientes com monoartrite e é obrigatória quando da suspeita de infecção. Pela análise do líquido sinovial, pode-se obter importantes informações para esclarecimento diagnóstico, como contagem total e diferencial de leucócitos, contagem de hemácias, exame bacterioscópico e cultura, bioquímica e microscopia com luz polarizada para a pesquisa de cristais. - Indicações: alívio do sintoma e diagnóstico (infecção, depósito e inflamatório). É um procedimento que deve ser realizado por técnica asséptica, anestesia local e às cegas ou guiado por imagem (US/TC/Raio-X/RNM). 6. Listar as principais etiologias das poliartrites; O envolvimento de mais de quatro articulações é definido como poliartrite, presente em grande variedade de doenças inflamatórias e não inflamatórias. - Causas mais frequentes: · Infecciosa: •Imunossuprimidos. · Inflamatória: •Artrite reumatóide; •Lúpus sistêmico; •Artrite psoriásica; •Esclerose sistêmica; •Espondiloartropatia; •Polimiosite; •Gota; •Febre reumática; •Pseudogota; •Artrite reativa; •Osteoartrite; •Espondiloartrites; •Sarcoidose; •Vasculites. Entre as doenças inflamatórias poliarticulares, a que mais chama atenção é a artrite reumatoide (AR), caracterizada por poliartrite de pequenas articulações das mãos (interfalângicas proximais e metacarpofalângicas), punhos, pés (interfalângicas e metatarsofalângicas), tornozelos, joelhos e outras. Na maioria das vezes, o processo é crônico, bilateral, simétrico e fixo, evoluindo para deformidades articulares, como desvio ulnar, subluxação, dedo em pescoço de cisne e em botoeira. · Gota Podagra (acometido do hálux) em paciente com histórico de ácido úrico elevado = GOTA. · Espondiloartrites Grupo de doenças inflamatórias, que acometem o esqueleto axial, e, quando acomete o esqueleto periférico pode ser mono, oligo ou poliarticular. Mas todos crônicos. Lombalgia inflamatória, artrite, entesites, uveíte anterior aguda, psoríase, doença inflamatória intestinal. · Artrite reumatóide Poliartrite crônica simétrica de mãos e punhos com rigidez matinal superior a 40min, presente artralgia inflamatória. OBS.: ACOMETIMENTO DE ARTICULAÇÕES DO QUADRIL: SOMENTE DUAS: COXO-FEMORAL. A articulação sacro-ilíaca não entra. 7. Realizar o Teste de Patrick ou Fabere; O teste para determinar o acometimento da articulação sacroilíaca é o teste de FABERE. Coloca-se o calcanhar no joelho e realizam-se a rotação externa e a abdução forçada do quadril examinado. Esse teste é usado para detectar alterações da mobilidade e degeneração do quadril sem diferenciar qual movimento está limitado. Determina-se a mobilidade em flexão, abdução e rotação externa. As iniciais desses movimentos foram usadas por Patrick para designar o nome do teste (FABERE). A dor no quadril do lado testado ou a limitação dos movimentos indica teste positivo para doença do quadril do mesmo lado. Se a dor for referida na articulação sacroilíaca contralateral, indicará doença dessa articulação. O teste é mais conhecido e usado para avaliar as articulações sacroilíacas. 8. Realizar o Teste de Tinel e Phalen; Em artralgias de mãos e punhos: lembrar da síndrome do túnel do carpo (STC). Causas de STC: diabetes, hipotireoidismo, gestação, artrite reumatóide, cisto sinovial, idiopático. •Teste de Tinel: consiste na reprodução da dor e/ou da parestesia nos dedos inervados pelo nervo mediano, com ligeiras percussões no trajeto do punho. A confiabilidade do teste depende de como é realizado, por isso aconselha-se que o punho esteja em extensão e um martelo de percussão estreito. É menos sensível (50%), mas um pouco mais específico (77%) que o teste de Phalen. Apresenta valor preditivo positivo baixo (53%). •Teste de Phalen: consiste na reprodução da dor e/ou da parestesia nos dedos inervados pelo nervo mediano, com a flexão forçada do punho por 1 min. Estudos de metanálise mostraram uma sensibilidade média de 68% e especificidade de 73% na aplicação do teste. 9. Conceituar e diagnosticar a Osteoartrite; OSTEOARTRITE = “ARTROSE” Osteoartrite (OA) é a forma mais comum de artrite e uma das principais causas de dor e incapacidade em adultos mais velhos. Pode ser mono ou poliarticular. É um desequilíbrio entre degradação e reparação, podendo ser por: - Insuficiência cartilaginosa decorrente de fatores mecânicos, genéticos, hormonais, metabólicos que acarretam sua degradação. - Remodelação anormal de tecidos articulares e algum grau de inflamação sinovial. É muitas vezes referido como doença articular degenerativa. Este é um EQUÍVOCO, porque a OA NÃO é simplesmente um processo de desgaste, mas sim, uma REMODELAÇÃO ANORMAL DE TECIDOS ARTICULARES, impulsionado por uma série de mediadores inflamatórios dentro de uma articulação afetada. · Prevalência Aumenta com a idade. Pouco comum < 40 anos, pensar em AO 2ª (outra condição que leva a osteoartrite). Mais freqüente > 60 anos. Em média, aos 75 anos, 85% dos pacientes têm evidência radiológica e clínica da doença. No conjunto, tem preferência feminina. É responsável por 40% das consultas em ambulatórios de reumatologia. · Fatores de risco Idade, sexo, predisposição genética e obesidade. 10. Identificar as manifestações clínicas da Osteoartrite; Pode envolver várias articulações: coluna cervical, coluna lombar, joelhos, mãos, coxofemorais, pés. OBS.: os pés são frequentemente comprometidos. Certas localizações são preferencialmente femininas (mãos e joelhos) e outras masculinas (coxofemorais). As OAs NÃO apresentam manifestações sistêmicas. Sintomatologia insidiosa, progressiva, podendo ser incapacitante. Há tendência para a bilateralidade. · Sinais e sintomas: - Artralgia mecânica; - Crepitação e limitação da ADM (amplitude de movimento); - Hipotrofia muscular (periarticular); - Mau alinhamento articular; - Alterações de a morfologia articular; - Sinais flogísticos, sensibilidade à mobilização/palpação. Pacientes com OA podem fazer uma artrite. · Gonartrose – OA joelhos Localização periférica mais comum. Predominantemente entre os 50 e 60 anos e sexo feminino. Correlaciona com a obesidade. É comum ver joelho em valgo ou varo. Ocorre redução de o espaço articular. A hipotransparência significa uma esclerose óssea. Raio-x em AP. Raio-x em perfil: redução do espaço fêmur-patela. Calcificações podendo ser tendinites.· OA mãos Nódulos de Bouchard – Interfangianas proximais (IFP). Lembrar: B com P. Nódulos de Heberden – Interfalangianas distais (IFD). Lembrar: D com H. Rizartrose (trapézio-metacarpal) A hereditariedade é fator importante no comprometimento das IFs. O 2º e o 5º dedo são os mais precocemente atingidos. Rizartrose. Rizartrose é predominante no sexo feminino, muitas vezes relacionada a atividades que solicitam repetidamente a articulação (serviços domésticos, atividades manuais etc). · Coxartrose - OA coxofemoral Mais comum no sexo masculino. Os sintomas são insidiosos. A dor pode ser precedida por fadiga do membro inferior e dificuldade na marcha. A dor ao deambular vai se tornando, gradativamente, o principal incômodo (mecânico/protocinética). Presença de contraturas em flexão e adução e marcha claudicante. · OA – coluna Preferencialmente entre 40 e 60 anos. Há predomínio no sexo masculino. Dor de ritmo mecânico, porém, se houver compressões radiculares ela se torna insuportável em qualquer posição que o paciente assuma (contínua). Os segmentos mais comumente acometidos são C5-C6 e C6-C7 / L4-L5 e L5-S1. 11. Realizar o Teste de Laségue; Realizado no exame físico de coluna. O sinal de Lasègue = teste de elevação do membro inferior, indicativo de comprometimento ciático. É investigado elevando-se a perna do paciente em decúbito dorsal completo (sem travesseiro, em cama rígida), segurando-lhe o pé em torno do calcanhar, com a mão livre na face anterior do joelho, mantendo-o estendido. Observa-se até que ponto o paciente permite a elevação sem dor ou desconforto. O teste é positivo quando ocorre irradiação ou exacerbação de dor no dermátomo, de L4-L5 ou L5-S1, em um ângulo de 30° a 70°, sendo comum em 45º. O paciente pode também queixar-se de dor irradiada para o membro contralateral nessa manobra (Lasègue contralateral). O examinador consegue aumentar a sensibilidade do teste dorsifletindo o tornozelo para aumentar ainda mais a tração do nervo ciático. É importante diferenciar esse sinal da dor secundária de encurtamento de isquiotibiais quando, em geral, o paciente queixa-se de dor apenas na face posterior da coxa. A dor ciática, ao contrário, se estende por toda a perna, sem piorar, pois, a dor com a dorsiflexão do tornozelo. A manobra de Valsalva refere-se à exacerbação da dor ou à sua irradiação, pedindo-se ao paciente que execute apneia inspiratória profunda. 12. Citar os principais tratamentos da Osteoartrite. Sabendo que a OA é uma doença progressiva e insidiosa, o que foi perdido, não há recuperação. · Objetivo - Alívio dos sintomas; - Recuperação funcional; - Retardo ou bloqueio da evolução da doença; - Regeneração dos tecidos lesados. · Tratamento da OA não medicamentoso - Educação ao paciente; - Apoio psicológico; - Programa equilibrado de exercícios (aeróbicos e de resistência); - Perda de peso; - Órteses: bengalas, palmilhas, calçados apropriados e joelheiras; - Calor/gelo; - Adaptação em casa; - Acupuntura. · Tratamento da OA medicamentoso - Analgésicos comuns paracetamol. Pode ser dipirona, mas o de maior evidência é o paracetamol. - AINE (tópicos ou orais) e corticóide oral. - Capsaicina tópica. - Sulfato de glicosamina, sulfato de condroitina, diacerína, hidroxicloroquina e colágenos. Artrolive é exclusivo de OA. - Opióides e antidepressivos (modulam a dor). Duolexetina o ideal, mas o SUS oferece a fluoxetina. - Medicação intra-articular: corticostereoide, ácido hialurônico. Grau menor. - Cirurgia. Grau maior (artroplastia).
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