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Urgências médicas, 17.08.21, semana 03. ACLS · Organização da equipe O médico (líder) deve solicitar o carrinho de parada e a comunicação da equipe deve ser feita em cadeira fechada, toda vez que o líder pedir algo, o realizador deve informar que fez. A equipe é formada por: - Líder; - Quem comprime; - Quem ventila; - Quem monitora e encarregado pelo desfibrilador; - Quem pega o acesso venoso, prepara e administra as drogas; - Quem anota os tempos e condutas. · Princípios do suporte de vida avançado As compressões torácicas de alta eficácia intercaladas com a ventilação na taxa de 30:2. Medidas adjuvantes: oxigênio, acesso venoso periférico ou intra-ósseo, manuseio de vias aéreas e ventilação e uso de vasopressor (epinefrina). Desfibrilação com ou sem uso de antiarrítmicos. TTO da causa da PCR. Assim que detectado que o paciente está em PCR, devida à ausência de pulso carotídeo, deve-se iniciar as compressões torácicas intercaladas com 02 ventilações (30:2). Compressões torácicas de alta qualidade: 100-120 compressões por minuto. Devem provocar uma depressão no tórax entre 5-6cm. Permitir o retorno do tórax a sua posição a cada compressão. Minimizar interrupções nas compressões. Acesso profundo não é prioridade, pode ser acesso periférico ou ósseo. O acesso venoso periférico calibroso, a oximetria de pulso e a monitorização devem ser realizadas concomitantemente com as medidas anteriores. O monitor/desfibrilador deve ser ligado e o ritmo ser analisado (lembrar que se deve colocar gel nas pás). Os ritmos chocáveis são a fibrilação ventricular (FV) e a taquicardia ventricular (TV), devendo ser realizado o choque de imediato. A assistolia e a atividade elétrica sem pulso (AESP) são ritmos não chocáveis, devendo-se realizar os ciclos de RCP com medidas adjuvantes. · Ritmos cardíacos chocáveis · Taquicardia ventricular sem pulso (TVSP) O ECG exibe complexo QRS alargado e regular, a velocidade superior a 120 batimentos por minuto (batimentos/min). · Fibrilação ventricular (FV) Deflexões caóticas irregulares, que variam em forma e altura, são observadas no ECG, mas não há contração ventricular coordenada. · Ritmos cardíacos não chocáveis · Assistolia Não está presente atividade elétrica. Ritmo em linha reta. Lembrar do protocolo de linha reta: Verificar: cabos, ganhos e derivações. Cabos: checar todas as conexões. Desfibrilador cabos do monitor – eletrodos- cabos das pás- pás pele. Ganhos: checar ganho ou sensibilidade. No monitor aumetando. Derivações: mudar derivações ou pás em 90º. · Atividade elétrica sem pulso (AESP) Atividade elétrica no ECG, mas os pulsos centrais estão ausentes. · Desfibrilação Tipos de aparelhos: Em geral, os hospitais têm o monofásico. - Monofásico: corrente unidirecional. Para o adulto, deve-se utilizar 360J. - Bifásico: corrente vai e volta. Deve-se utilizar 150-200J para o adulto. Lembrar que ao aplicar ao choque, garantir que todos estejam afastados do paciente. A compressão deve ser reiniciada imediatamente após o choque. A análise do ritmo deve ser feita a cada 2 minutos. Após a análise do ritmo, se permanecer em FV ou TVSP, realizar o choque e iniciar epinefrina 1 mg, IV, com flushing de 20 ml de soro fisiológico, e repeti-la a cada 3 a 5 minutos. Se AESP ou assistolia, não realizar o choque, mas iniciar a epinefrina. A via aérea avançada com capnografia deve ser considerada. Após 2 minutos de RCP, o ritmo deve ser analisado novamente. Se ritmo chocável, realizar o 3º choque e iniciar amilodarona 300 mg IV. Se não chocável, não realizar o choque e manter a epinefrina. Fazer mais um ciclo de compressões. O ritmo deve ser analisado após esse ciclo, se manter chocável, realizar o 4º choque e repetir a epinefrina. Realizar mais 2 minutos de compressão e, se ritmo chocável, realizar choque e fazer 150 mg de amiodarona IV. Agora em diante, só serão feitos os ciclos compressão de 2 minutos, a análise do ritmo a cada ciclo e a manutenção da epinefrina a cada 3- 5 minutos. · Possíveis causas de parada – 5Hs e 5Ts · 5Hs: - Hipovolemia reposição volêmica; - Hipóxia via aérea avançada (IOT); - H+ (acidose) bicarbonato de sódio; - Hipotermia aquecer; - Hipo/Hipercalemia correção (KCL, glucanato de cálcio, bicarbonato de sódio). · 5Ts: - Tamponamento cardíaco pericardiocentese; - TEP tratar PCR e considerar fibrinólise; - Trombose de coronária (IAM) tratar PCR; - Tensão no tórax (pneumotórax punção de alívio (5º espaço na linha axilar média); - Tóxicos tratar intoxicação/antídotos específicos. · Manutenção da via aérea Manobras para reverter a queda da base da língua: - Elevação de mento: não deve ser realizada em pacientes com suspeita de lesão cervical ou de trauma de base de crânio. - Elevação da mandíbula. Cânula orofaríngea (Guedel). Cânula nasofaríngea. Cateter nasal de oxigênio. Máscaras (máscara de venturi; máscara não reinalante; AMBU). Paciente em crise convulsiva costuma ter queda de língua. · Indicações - PCR - Parada respiratória/ hipoventilação - Insuficiência respiratória - Obstrução das vias aéreas - Hipoxemia grave e refratária - Redução da pressão intra-craniana - Instabilidade hemodinâmica - Proteção das vias aéreas Pode ser obtida através da intubação orotraqueal ou dispositivo supraglóticos, como a máscara laríngea, tubo esôfago-traqueal (combitubo). Após colocação de via aérea avançada, a ventilação deve ser feita 1 vez a cada 6-8 segundo (10/minuto), sem precisar sincronizar com as compressões torácicas. Lembrar que hiperventilação deve ser evitada, pois piora o retorno venoso e reduz o débito cardíaco. Compressão e ventilação não precisam estar alinhadas nesse momento. 1 ventilação a cada 6-8 segundos. Desfibrilação parada cardiorrespiratória. Cardioverter sincronizado taquiarritmia. NUNCA chegar o pulso após o choque. Ritmo chocável choca começa compressões ritmo chocável adrenalina ritmo chocável choca amildarona (300mg, duas ampolas de 150mg – a partir do terceiro choque) ritmo chocável adrenalina ritmo chocável amildarona (uma ampola de 150mg) ritmo chocável adrenalina. NÃO pode usar amildarona mais de duas vezes. Em ritmo chocável a partir do segundo choque começar adrenalina. Ritmo não chocável RCP e adrenalina (1mg a cada 3-5 minutos). Em ritmo não chocável sempre investigar os 5Hs e os 5Ts. A partir do segundo choque que avalia adrenalina (epinefrina) a cada 3-5 minutos. Grávida em PCR: tentar deslocar o bebê para o lado esquerdo para descomprimir a veia cava para um melhor retorno venoso. Cuidado com sulfato de magnésio em gestante. Paciente intoxicado por Opioides: paciente não responsivo naloxona e DEA. · Cuidados pós-parada Providenciar a transferência do paciente para UTI. Manter a cabeceira elevada a 30º. Manter PAS > 90 mmHg ou PAM > 65 mmHg. Verificar saturação do paciente, que deve ser maior ou igual a 94%. Manter temperatura entre 34º e 36ºC. Controle glicêmico < 180 mg/dL. Solicitar exames complementares: ECG, radiografia etc. · Protocolo FEER na PCR – USG São 04 fases. Não pode atrapalhar a RCP, tem que ser uma coisa adjunta. · Fases de PCR · Pré-parada Intervalo: período prévio à parada. Identificar, antecipar e manejar fatores que podem levar a parada cardíaca (p. ex., uso de equipes de resposta rápida para reconhecer e tratar pacientes em risco de deterioração). · Sem fluxo Intervalo: parada cardíaca não tratada. Início imediato do suporte básico de vida após o reconhecimento da parada por indivíduo que se encontre próximo do paciente ou por profissional de saúde. · Fluxo lento Intervalo: início da ressuscitação cardiopulmonar. Realização de compressões torácicas de elevada qualidade para otimizar a perfusão do miocárdio e do cérebro. · Pós-ressuscitação Intervalo: recuperação de circulação espontânea. Identificar e tratar a causa da parada, preservar as funções neurológicas, a perfusão e a função de órgãos-alvo. · Corrente de sobrevivência Representa os elementos essenciais do sistema de assistência, que são necessários para correlacionar a vítima de parada cardíaca súbita à sobrevivência.1- Reconhecimento e Ativação Precoces 2- 2- Ressuscitação Cardiopulmonar Precoce: Os cuidados necessários: • Posição do paciente. • RCP para as vítimas de parada cardíaca. • Desfibrilação com DEA. • Ventilação de resgate para vítimas de parada respiratória. • Reconhecimento e resolução da obstrução da via aérea por corpo estranho. Se a RCP for necessária, as compressões em adultos, vítimas de parada cardíaca, devem ser realizadas a uma frequência de 100 a 120 compressões/min, com profundidade de compressão de, pelo menos, 5 cm mas não mais de 6 cm. 3- Desfibrilação rápida. 4- Suporte avançado de vida eficaz. 5- Integração dos cuidados pós-parada cardíaca. · Avaliação primária A sequência ABCDE da avaliação primária é Via aérea, Respiração (Breathing, em inglês), Circulação, Déficit Neurológico (referindo-se a breve exame neurológico) e Exposição. O “D” também significa Desfibrilação. · ABCDE – paciente reativo Questione o paciente para determinar o nível dele de reatividade e a adequação da via aérea e da respiração. - Via aérea: Se a via aérea não estiver permeável, desobstrua-a por meio da sucção ou do posicionamento do paciente, conforme necessário. Se a vida aérea estiver permeável, avance e avalie a respiração do paciente. - Respiração: Avalie a respiração do paciente em relação à frequência, à qualidade e à regularidade. Se a respiração for adequada, deve-se passar para a avaliação da circulação. - Circulação: Estime, rapidamente, a frequência cardíaca do paciente e determine a qualidade do pulso. Avalie a temperatura, cor e umidade da pele para avaliar a perfusão. - Disfunção neurológica e desfibrilação: Efetue avaliação neurológica breve (Escala de Coma de Glasgow) e avalie a necessidade de utilizar desfibrilador. - Exposição: Exponha o paciente para avaliação mais detalhada. · ABCDE – paciente não reativo Se a avaliação da reatividade indicou que o paciente não responde: Solicite ajuda e peça a alguém para obter um DEA ou desfibrilador. Observe o tórax para detectar movimento enquanto tenta palpar, em simultâneo, pulso carotídeo por período não superior a 10 segundos. · Avaliação secundária
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