Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
ETIOPATOGENIA Início assimétrico Tríade: tremor, rigidez e bradicinesia. Morte progressiva de neurônios dopaminérgicos (substância negra mesencefálica). A degeneração nesses neurônios é irreversível e resulta na diminuição da produção de dopamina, que é um neurotransmissor essencial no controle dos movimentos. A deficiência dopaminérgica leva a alterações funcionais no circuito dos núcleos da base (estruturas localizadas profundamente no cérebro envolvidas no controle dos movimentos), provocando o aparecimento dos principais sinais e sintomas da doença. Início dos sintomas: 60 a 80 % de dano neuronal irreversível. Prognóstico: ruim. Melhorar a qualidade de vida. DIAGNÓSTICO Precoce, diante de suspeita → neurologista Não existem exames laboratoriais ou de imagem específicos. TC cerebral: descartar outras causas (tumor cerebral, hidrocefalia, parkinsonismo vascular). 4 componentes básicos: bradicinesia, rigidez, tremor e instabilidade postural. Pelo menos dois desses componentes são necessários para a caracterização da DP. QUADRO CLÍNICO A acinesia é caracterizada por pobreza de movimentos e lentidão na iniciação e execução de atos motores voluntários e automáticos. Esse tipo de desordem motora pode englobar ainda incapacidade de sustentar movimentos repetitivos, fatigabilidade anormal e dificuldade de realizar atos motores simultâneos. A marcha desenvolve-se a pequenos passos, às vezes arrastando os pés. Na fala há comprometimento da fonação e da articulação das palavras, configurando um tipo de disartria denominada hipocinética. A rigidez é outra anormalidade motora quase sempre presente na síndrome parkinsoniana. Trata-se da hipertonia denominada plástica. A resistência à movimentação do membro afetado pode ser contínua ou intermitente, sendo que esta configura o fenômeno da “roda denteada”. Outra característica da hipertonia plástica é o acometimento preferencial da musculatura flexora, determinando alterações típicas da postura, com ântero-flexão do tronco e semiflexão dos membros. O tremor parkinsoniano é clinicamente descrito como de repouso, exacerbando-se durante a marcha, no esforço mental e em situações de tensão emocional, diminuindo com a movimentação voluntária do segmento afetado e desaparecendo com o sono, em ciclos. A instabilidade postural não é comum em fases iniciais de evolução da DP, eventualmente evidenciando-se em mudanças bruscas de direção durante a marcha. Em cerca de 15 a 20% dos casos, em fases adiantadas da evolução da doença podem instalar-se alterações cognitivas graves, configurando um quadro demencial. Depressão presente em cerca de 40% dos pacientes com DP, podendo ocorrer em qualquer fase da evolução da doença. Entre as alterações autonômicas a mais frequente é a obstipação intestinal, porém podem estar ainda presentes: seborréia, hipotensão postural e alterações de esfíncter vesical. TRATAMENTO Não farmacológico: psicoterapia, fisioterapia, apoio familiar, fonoterapia. Farmacológico: Levodopa: a eficácia da levodopa no tratamento do tremor, bradicinesia e rigidez pode chegar a 80%. Capaz de melhorar os níveis de dopamina com melhora dos sintomas motores. A ação precisa da amantadina sobre a DP ainda é incerta, porém observou-se o aumento na síntese, liberação e inibição da recaptação da dopamina. A amantadina atua preferencialmente sobre a bradicinesia e o tremor. O deprenil é um inibidor específico da monoaminoxidase B (MAO-B), enzima que degrada a dopamina. Este medicamento tem se mostrado eficaz na contenção das manifestações motoras da DP, parece ser bem tolerado e oferece bons resultados em pacientes que ainda não foram tratados com Levodopa. TREMOR ESSENCIAL Diagnóstico diferencial: mais comum do mundo. Tremor simétrico, em movimento, persistente, acomete mãos e braços, ou cabeça isoladamente, sem alteração postural. Fator hereditário: padrão autossômico recessivo. 40% dos paciente não tem história familiar de TE. 50 a 70% dos pacientes referem atenuação do tremor, com a ingestão de álcool Tratamento: O tratamento não está indicado em casos leves que não causam comprometimento funcional. Propranolol 240 a 320 mg/dia – dose alvo Primidona 50 a 350 mg /dia – dose alvo Diminuem a severidade do tremor em curto prazo. Outras opções terapêuticas são a gabapentina (1200- 3600 mg), o topiramato (200 e 400mg), o alprazolan (0.75-2.75 mg) e a nimodipina (120 mg).
Compartilhar