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Afecções do sistema cardiovascular em equinos

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As afecções do sistema 
cardiovascular em 
equinos 
CAVALO ATLETA 
→ Possuem diversas aptidões e diferentes 
conformações físicas. 
→ Cavalos mais leves: corrida, resistência, 
transporte e esporte. 
→ Alta velocidade. 
→ Desenvolvem atividades físicas em um nível 
que ultrapassa outros animais do mesmo 
tamanho. 
→ Capacidade é passada por genética. 
IMPORTÂNCIA DA CARDIOLOGIA: 
Medicina equina: preocupação com a queda de 
desempenho de animais atletas: diversas 
disfunções orgânicas, cardiovasculares, 
intolerância ao exercício e morte súbita. 
ANORMALIDADES CARDIOVASCULARES: 
→ Baixa incidência 
→ Idade – idosos, neonatos e potros jovens 
→ Raça: congênita e árabes 
→ Tipo de trabalho: baixo rendimento e queda 
de performance 
Animais neonatos possuem alterações 
cardiovasculares fisiológicas, por isso precisam 
de acompanhamento para ver se elas seguiram 
após o período indicado. 
INDICAÇÕES PARA EXAME CARDÍACO: 
→ Insuficiência cardíaca congestiva 
→ Intolerância ao exercício, queda de 
desempenho 
→ Síncope 
→ Sopros patológicos: > grau 3 
→ Antes da compra/venda 
→ Cavalos segurados 
→ Antes dos períodos de exercício intenso 
→ Exames não relacionados: cólicas, tosse, 
achado acidental 
Quando animal tem cólica e o tratamento inicia-
se com soro é possível verificar alterações 
cardiovasculares. 
→ FCF: fica em 150 (110 bpm) dias de gestação e 
próximo ao parto 60-80bpm) 
→ É possível observar a viabilidade fetal e se 
está próximo ao parto 
REVISÃO ANATOMOFISIOLÓGICO: 
→ 0,7 a 1,1% do peso corporal 
→ Pericárdio, miocárdio e endocárdio 
→ Entre o 3 e 6 EIC 
→ Incisura cardíaca (choque precordial) 
ÁREA DE AUSCULTA: 
→ Pulmonar: 3 EIC esquerdo 
→ Aórtica: 4 EIC esquerdo 
→ Tricúspide: 3 e 4 EIC direitos 
ANAMNESE: 
→ Nome 
→ Idade 
→ Sexo (não tem importância) 
→ Raça (árabe) 
→ Utilidade 
→ Perspectivas 
→ Fase de treinamento 
→ Doença cardíaca prévia 
→ Perguntar se tem habito de dormir (não é 
normal no cavalo) 
EXAME FÍSICO: 
→ Pulso venoso e arterial 
→ Jugular, submandibular, facial e interdigital 
→ Avaliação das mucosas 
→ TPC < 3seg 
FREQUÊNCIA CARDÍACA E RITMO: 
→ Equino 28-44 bpm 
→ Potro 60-100 bpm 
Sinais clínicos de doenças cardíacas: 
Doença de baixa gravidade não apresenta sinais 
clínicos, mas ocorre a redução da tolerância ao 
exercício. 
DOENÇA DE MÉDIA GRAVIDADE: 
→ Taquicardia 
→ Taquipneia 
→ Dispneia pós esforço 
→ Pulso arterial irregular 
→ Edema ventral 
→ Edema distal de membros 
→ Arritmias patológicas / sopros > 3 
DOENÇA DE ALTA GRAVIDADE: 
→ Extremidades frias 
→ Perda de peso 
→ Mucosa cianótica 
→ TPC aumentado 
→ Tosse 
→ Dispneia em repouso 
→ Síncope 
→ Morte súbita 
EXAMES COMPLEMENTARES: 
Em casos de arritmias ou sincopes: 
→ Eletrocardiografia 
→ Eletrocardiografia ambulatorial (holter) 
→ Teste de esforço (não em síncope) 
SOPROS / ICC (EDEMAS): 
→ Eletrocardiografia 
→ Ecocardiografia 
OUTROS EXAMES: 
→ Biomarcadores cardíacos 
→ Perfil hematológico e bioquímico completo 
→ Eletrólitos 
→ pH e Hemogasometria 
é preciso avaliar o estado do paciente para 
definir um diagnóstico e analisar o prognostico. 
ELETROCARDIOGRAMA (ECG): 
→ exame complementar 
→ fácil execução 
→ rápida interpretação 
→ custo baixo 
→ não invasivo 
ECG – FORMAÇÃO DE ONDA: 
 
 
ONDA P: 
→ despolarização e contração atrial, elas 
podem ser positivas, negativas ou bífidas. 
→ Não devem ser negativas 
ONDA QRS: 
→ Despolarização e contração ventricular 
ONDA T: 
→ Despolarização ou relaxamento ventricular 
→ Bifásica / positivas / negativas 
REGISTRO DO ECG: 
→ Local calmo e silencioso 
→ Interferência (maquinas, trator, rede 
elétrica) 
→ Posicionamento do paciente 
→ Colocação dos eletrodos (jacaré) 
→ Registo do traçado eletrocardiográfico 
POSICIONAMENTO DERIVAÇÃO STANDARD: 
 
N T 
 
Deve ser posicionado vermelho no braço direito 
e perna esquerda preto. No braço esquerdo 
amarelo e na perna esquerda verde. 
DERIVAÇÃO BASE ÁPICE: 
 
 
Vermelho juguleira direita e preto na base do 
pescoço. Verde na frente do amarelo no braço 
esquerdo. 
Eletrocardiografia dinâmica dura 24h para 
avaliar se o que saiu no exame é interferência 
ou não. 
INTERPRETAÇÃO ECG: 
1. Ritmo cardíaco 
2. Frequência cardíaca 
3. Eixo elétrico médio 
4. Mensuração de ondas e intervalos 
VALORES DE REFERÊNCIA: 
 
 
AVALIAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL SISTÓLICA: 
Deve ser aferida na base da cauda. 
→ Varia de 70 a 140 
SOPROS CARDÍACOS: 
1. Tempo e duração (relação entre A-S1-S2) 
2. Característica ou qualidade: continuo, 
crescendo, decrescendo ou crescendo- 
decrescendo 
3. Ponto de intensidade máxima e irradiação 
4. Intensidade: graus 1-6 
Sopro sistólico: quando aparece na primeira 
sístole. 
Sopro diástole: solta na diástole. 
O sopro pode vir nas duas. 
Sístole: contração e diástase: relaxamento. 
+ - 
SOPRO CARDÍACO: 
→ Grau 1: baixa intensidade que pode ser 
auscultado apenas após alguns poucos 
minutos de ausculta e sobre uma área bem 
localizada 
→ Grau II: sopro de baixa intensidade, 
identificado após a colocação do 
estetoscópio 
→ Grau III: sopro de intensidade moderada, 
audível logo após a colocação do 
estetoscópio, mas que não produz frêmito 
palpável 
Depois do grau 3 é patológico: 
Grau IV: sopro de alta intensidade que é ouvido 
em uma ampla área, sem frêmito palpável. 
Grau V: sopro de alta intensidade que gera um 
frêmito palpável 
Grau VI: sopro de alta intensidade suficiente 
para ser auscultado estando o estetoscópio 
apenas próximo à superfície torácica e que 
gera um frêmito facilmente palpável. 
Alterações nas válvulas cardíacas e 
enfermidades pericárdicas -> sopro patológicos. 
Sopro fisiológico: após atividades ou esforços 
físicos e depois somem. Sopro durante cólica ou 
período neonatal. 
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA: 
→ Uma das doenças mais graves dos cavalos 
→ Ocorre geralmente em animais mais velhos 
→ O coração (ventrículos) não bombeia de 
forma satisfatória a quantidade de sangue 
necessário a sobrevivência 
→ Sobrecarrega ainda o pulmão, dentre outros 
órgãos 
DIAGNOSTICO: 
→ Hereditariedade 
→ ECG 
→ Ecocardiograma 
SINAIS: 
→ Respiração ofegante 
→ Cansaço 
→ Inchaço (principalmente dos membros) 
→ Baixa circulação 
→ Espuma em excesso pela boca 
INSUFIC IÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA DIREITA: 
 
→ Ventrículo direito 
→ Congestão venosa 
→ Grande circulação 
→ Maior pressão 
→ Menor fluxo sanguíneo 
SINAIS CLÍNICOS: 
→ Edema peitoral e abdominal ventral 
→ Aumento de FC e FR 
→ Hepatomegalia 
→ Diminuição do fluxo urinário 
→ Diarreia 
→ Baixa de apetite 
→ Baixa de índice corporal 
→ Pulso jugular positivo 
→ Apatia e depressa 
→ Intolerância ao exercício 
INSUFIC IÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA ESQUERDA: 
PATOGÊNESE: 
→ Mais focado na parte respiratória 
→ Pequena circulação 
→ Maior pressão venosa pulmonar 
→ Baixa complacência pulmonar 
SINAIS CLÍNICOS: 
→ Edema pulmonar 
→ Aumento de FC 
→ Aumento de FR e profundidade 
→ Tosse 
→ Crepitação úmida 
→ Apatia, depressão e intolerância ao exercício 
→ Dispneia e cianose 
→ Respiração profunda 
INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA 
PATOLOGIA CLÍNICA: 
→ Transudato e edematoso 
→ Aumento de PTN 
→ Proteinúria 
DIAGNOSTICO DIFERENCIAL: 
→ Causas de edema 
→ Causas de dispneia 
TRATAMENTO: 
Agentes inotrópicos positivos: 
→ Digoxina aumenta a força de contração 
cardíaca 
→ 1 a 1,5mg/kg/100kg 24h IV 
→ O,5 a 0,75 mg/kg/100kg 24h IV 
→ Efeito colateral pode ser morte súbita 
AGENTES DIURÉTICOS: 
→ Furosemida – inibe a reabsorção de Na+, k+ e 
Cl- 
→ 0,25 a 1,0 mg/kg/24h IV, IM 
→ Evitar exercício 
ARRITMIA SINUSAL CARDÍACA: 
→ 30% dos equinos ao repouso 
→ Arritmia fisiológica normal 
→ Frequência cárdica baixa 
→ Correlacionada com a respiração 
→ Abolida por exercício 
→ Alterações na onde P (deflexão incialmente 
negativa) 
BLOQUEIO ATRIOVENTRICULAR: 
1 GRAU: 
→ Não pode ser detectado clinicamente 
→ Mínimo significado 
→ Intervalo PR prolongado>450ms 
2 GRAU: 
→ Bloqueio cardíaco parcial (tônus vagal) 
→ Contrações atriais sem contração 
ventricular 
→ Padrão regular 
→ Ausência do QRS e T 
→ Miocardite, desequilíbrio hidroelétrico 
3 GRAU: 
→ Bloqueio completo 
→ Raro em equino atrioventricular 
→ Contração independente dos átrios e 
ventrículos 
→ Ritmo ventricular lento 
→ Bradicardia arresponsiva 
→ Intolerância ao exercício 
→ Sincope 
→ QRS dissociados das P mais rápidas 
TRATAMENTO DO BLOQUEIO: 
→ Glicose (150mg/kg IV) 
→ Corticoide (0,5 a 2,0 mg/kg IV) 
→ Isosproterenol (0,05 a 0,1 ug/kg, IV=> asma 
→ Cloridrato de dopamina (3 a 5 ug/min, IV) 
→ Correção de desequilíbrio hidroelétrico/ácido 
básico 
→ Correção da hipóxia ou hipercapnia (aumento 
de Co2) 
TAQUICARDIAS VENTRICULARES: 
PATOGÊNESE: 
→ Doença cardíaca grave 
→ Intoxicação por plantas, colite, desequilíbrios 
HE e AB 
→ FC e ritmo regular ou irregular 
→ Excede o marcapasso sinoatrial 
→ Dissociação atrioventricular 
→ Estágio final da IC 
SINAIS CLÍNICOS: 
→ Acima de 90 bpm em repouso 
→ Extra-sístoles regulares múltiplas 
→ Duração anormal do QRS 
TRATAMENTO: 
→ Antiarrítmico: sulfato de quinidina 20mg/kg 
VO 
→ 10 mg/kg 8/8h VO 
→ Lidocaína (0,5 mg/kg, 5/5 min IV) 
→ Ambiente traquilo 
FIBRILAÇÃO ATRIAL: 
→ Doença cardiovascular subjacente 
→ Insuficiência válvula mitral e ou tricúspide 
→ Lesões adquiridas (hipertensão pulmonar) 
→ Lesões congênitas 
→ Hipertrofia atrial 
→ 80-100bpm 
→ Enchimento ventricular reduzido 
→ Pode levar a óbito 
→ Sempre secundária 
TRATAMENTO: 
→ Não é bem sucedido 
→ Digitálico 
→ Digoxina 6 a 10 up/kg IV / 3 a 5 ug/kg 24/24h IV 
6 A 10 UG/KG iv ou 3 a 5 ug/kg 24/24h IV 
→ B bloqueadores: propranolol (0,05 mg/kg IV) 
→ Bloqueadores de canais Ca2 (ditiazem 
0,125mg/kg por 2 min 10/10 min IV 
PERICARDITE: 
PATOGÊNESE: 
→ Infecção bacteriana primaria (trato 
respiratório) 
→ Infecção viral (HVE-1) 
→ Imunomediada 
→ Neoplasias 
IDIOPÁTICA 
SINAIS CLÍNICOS: 
→ Derrame pericárdico 
→ Dor e aumento da FC 
→ Abdução dos cotovelos 
→ Som de atrito e abafamento das bulhas 
→ Insuficiência cardíaca congestiva (pulso 
jugular positivo) 
→ Febre 
→ Endotoxemia 
→ Anorexia 
DIAGNOSTICO: 
→ Baixa amplitude de QRS 
→ Efusão pericárdica 
→ Fibrina 
→ Citologia 
→ Pleurite idiopática: baixa celularidade 
TRATAMENTO: 
→ Pericardiocentese 
→ Fluidoterapia 
→ Antibioticoterapia 
→ AINES 
TROMBOFLEBITE JUGULAR: 
PATOGÊNESE 
→ Injeções ou cateterizações incorreta 
→ Comum 
→ Lesão do endotélio vascular 
→ Endotoxemia 
→ Pode ocorrer no pós cirúrgico 
SINAIS CLÍNICOS: 
→ Ingurgitação venoso 
→ Dor a palpação 
→ Edema local 
→ Edema de cabeça 
DIAGNOSTICO: 
→ Ultrassom 
→ Séptica= áreas hipoecóicas 
→ Asséptica = áreas hiperecóicas 
→ Cultura bacteriana 
→ Hiperfibrinogemia 
TRATAMENTO: 
→ Retirar cateter 
→ Antibioticoterapia 
→ Compressa morna 
→ AINES tópicos (DMSO 50%) 
INSUFICIÊNCIA CIRCULATÓRIA PERIFÉRICA E 
CHOQUE: 
HIPOVOLÊMICA: 
→ Baixa no volume circulatório 
→ Hemorragias 
→ Perda de líquidos 
VASOGENICA: 
→ Vasodilatação periférica 
→ Sequestro de sangue nos vasos 
→ Extravasamento para os tecidos 
CHOQUE SÉPTICO: 
→ Aumento da permeabilidade vascular 
→ Endotoxemia 
Hipoperfusão -> falha de captação de 02 -> 
metabolismo anaeróbio nos tecidos. 
SINAIS CLÍNICOS: 
→ Depressão 
→ Fraqueza 
→ Hipotermia 
→ Aumento de FC 
→ Pulso fraco (filiforme) 
→ Aumento do TPC 
→ Arritmias cardíacas 
→ Séptico – TOC normal, mucosas congestas e 
aumento de temperatura 
PATOLOGIA CLÍNICA: 
→ Hemoconcentração 
→ Aumento de lactato sanguíneo 
→ Disfunção orgânica múltipla 
TRATAMENTO: 
→ NaCl 7,5% kg IV por 3 a 10min 
→ Cristaloides: ringer lactato (50 a 100mL/kg IV) 
infusão rápida 
→ Colóides = dextrano (15mL/kg, IV) 
→ Corticoides = dexametasona (5 a 10 mg,kg IV) 
→ Inibidores COX = flunixin meglumine 
(0,25mg/kg IV) 
→ Antibioticoterapia

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