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aula 5 definição e evidencias

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1 
AULA 5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AUDITORIA CONTÁBIL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Profª Cristiane Aparecida da Silva 
 
 
2 
INTRODUÇÃO 
As técnicas de amostragem são utilizadas com o intuito de viabilizar a 
coleta de dados necessários a um determinado estudo, sem a necessidade de 
conhecer todo o universo pesquisado. 
Quando o auditor faz uso da amostragem, pode aplicar a amostragem 
estatística (probabilística), a não estatística (não probabilística) ou ambas. A 
amostragem estatística utiliza-se das leis de probabilidades, a fim de controlar o 
risco de amostragem. Por sua vez, a amostragem não estatística utiliza-se de 
critérios subjetivos e, principalmente, da experiência profissional, pois não se 
aplicam fórmulas estatísticas. A escolha de uma ou de outra, que se dá no 
momento do planejamento da amostra, não modifica a realização dos 
procedimentos de auditoria na busca de evidências para a formação de sua 
opinião. 
Dependendo da amostra que o auditor utilizar, ele obterá uma estimativa 
referente à taxa de desvios ou ao valor monetário. Se o auditor utilizar a 
amostragem estatística, tais técnicas serão identificadas como amostragem de 
atributos e amostragem de variáveis, respectivamente. As técnicas de 
amostragem de atributos referem-se ao teste de observância, e as de variáveis, 
ao teste substantivo. A amostragem de atributos tem como finalidade verificar o 
cumprimento ou não de determinado procedimento de controle interno. Já a 
amostragem de variáveis valida monetariamente o saldo de um grupo que está 
sendo o objeto de auditoria. 
Para começar o estudo desta aula, o primeiro passo foi contextualizar a 
técnica de amostragem. Entender essa técnica na auditoria é salutar, e o uso da 
amostragem é importante à medida que o auditor necessita realizar, de forma 
objetiva e prática, no menor espaço de tempo e de custo, inferências para 
convergir com as necessidades de informações e respostas rápidas solicitadas. 
Na sequência, estudaremos a definição de evidências; o processo de 
amostragem; a aplicação de testes em auditorias; a amostragem de auditoria; o 
controle interno. Para tanto, analisaremos os temas a seguir. 
 
 
 
 
 
3 
TEMA 1 – DEFINIÇÃO DE EVIDÊNCIAS 
A NBC TA 500 (R1) – Evidência de Auditoria define o que constitui 
evidência de auditoria na auditoria de demonstrações contábeis, bem como trata 
da responsabilidade do auditor na definição e execução de procedimentos de 
auditoria para a obtenção de evidência de auditoria apropriada e suficiente que, 
por sua vez, permita a obtenção de conclusões razoáveis para fundamentar a 
opinião do auditor (Crepaldi; Crepaldi, 2019). 
A NBC TA 501 – Evidência de Auditoria – Considerações Específicas 
para Itens Selecionados trata das considerações específicas do auditor para 
obter evidência de auditoria apropriada e suficiente, em conformidade com a 
NBC TA 330 (R1) – DOU 05/09/16, a NBC TA 500 e outras normas relevantes 
com relação a certos aspectos da conta “Estoque” do ativo, assim como os 
litígios e as reclamações envolvendo a entidade, e informações por segmentos 
na auditoria das demonstrações contábeis (Crepaldi; Crepaldi, 2019). 
A evidência de auditoria compreende as informações utilizadas pelo 
auditor para chegar às conclusões em que se fundamenta a sua opinião. A 
evidência de auditoria inclui as informações contidas nos registros contábeis que 
suportam as demonstrações contábeis e outras informações. O objetivo do 
auditor é obter evidência de auditoria apropriada e suficiente sobre: 
• se as estimativas contábeis, incluindo as de valor justo, registradas ou 
divulgadas nas demonstrações contábeis, são razoáveis; 
• se as respectivas divulgações nas demonstrações contábeis são 
adequadas, no contexto da estrutura de relatório financeiro aplicável. 
Em razão da finalidade para a qual a evidência é escolhida, esta pode ser 
de três categorias diferentes: 
• Evidências sobre a continuidade; 
• Evidências sobre o sistema de controles internos; 
• Evidências básicas. 
O principal esforço do auditor concentra-se na busca de evidências que 
possam satisfazê-lo quanto à veracidade das informações formadoras do 
conjunto das demonstrações contábeis que serão o objeto de seu parecer 
(Maffei, 2017). 
 
 
4 
No decorrer do processo de obtenção de evidências, o auditor poderá 
encontrar os seguintes tipos de provas, que servem para validar os registros 
contábeis: 
• Constatação da existência física de bens, pessoalmente, pelo auditor; 
• Declaração de fontes consultadas, verbal ou formalmente escrita; 
• Repetição, pelo auditor, dos cálculos que produziram situações ou 
resultados; 
• Documentos que comprovem a legitimidade das transações, elaborados 
internamente, ou preparados por fonte externa à empresa; 
• Correlacionamento dos dados examinados; 
• Procedimentos de controle interno; 
• Acontecimentos posteriores à data das demonstrações contábeis. 
Uma leitura atenta da lista anterior possibilita concluir pela existência de 
diferentes graus de dificuldade de obtenção das evidências. Por suas 
características, o grau de convicção varia de uma evidência a outra. Ao repetir, 
por exemplo, o cálculo de uma transação, o auditor se satisfaz pela correção 
aritmética dos dados, mas não obtém, por outro lado, prova de que se trata de 
uma operação legítima, normal. Assim, uma prova isolada pode não ser 
conclusiva (Crepaldi; Crepaldi, 2019). 
TEMA 2 – O PLANEJAMENTO DE AMOSTRAGEM 
A amostra selecionada pelo auditor deve ter relação direta com o volume 
de transações realizadas pela entidade na área ou na transação objeto de 
exame, como também com os efeitos nas posições patrimonial e financeira da 
entidade e o resultado por ela obtido no período. Na seleção de amostra, devem 
ser consideradas: a seleção aleatória ou randômica; a seleção sistemática, 
observando um intervalo constante entre as transações realizadas; a seleção 
casual, a critério do auditor, com base em sua experiência profissional (Crepaldi; 
Crepaldi, 2019). 
Ao planejar e determinar a amostra de auditoria, o auditor deve levar em 
consideração os seguintes aspectos: 
• Os objetivos específicos da auditoria; 
• A população da qual o auditor deseja extrair a amostra; 
• A estratificação da população; 
 
 
5 
• O tamanho da amostra; 
• O risco da amostragem; 
• O erro tolerável; 
• O erro esperado. 
Amostragem em auditoria é a aplicação de procedimentos de auditoria em 
menos de 100% dos itens de população relevante para fins de auditoria, de 
maneira que todas as unidades de amostragem tenham a mesma chance de 
serem selecionadas para proporcionar uma base razoável que possibilite ao 
auditor concluir sobre toda a população (Crepaldi; Crepaldi, 2019). 
2.1 A população 
A população é a totalidade dos dados da qual o auditor deseja tirar a 
amostra para chegar a uma conclusão (Crepaldi; Crepaldi, 2019). 
O auditor precisa determinar se a população da qual a amostra vai ser 
extraída é apropriada para o objetivo de auditoria específico. Se o objetivo do 
auditor for testar a existência de superavaliação de contas a receber, a 
população poderá ser definida como a listagem de contas a receber. 
Por outro lado, se o objetivo for testar a existência de subavaliação de 
contas a pagar, a população não deve ser a listagem de contas a pagar, mas, 
sim, pagamentos subsequentes, faturas não pagas, extratos de fornecedores, 
relatórios de recebimentos de mercadorias ou outras populações que 
forneceriam evidência de auditoria de que as contas a pagar estariam 
subavaliadas (Crepaldi; Crepaldi, 2019). 
2.2 A estratificação 
Para auxiliar no planejamento eficiente e eficaz da amostra, pode ser 
apropriado usar a estratificação, que é o processo de dividir uma população em 
subpopulações, cada qual contendo um grupo de unidades de amostragem com 
característicashomogêneas ou similares (Crepaldi; Crepaldi, 2019). 
Os estratos precisam ser explicitamente definidos, de forma que cada 
unidade de amostragem somente possa pertencer a um estrato. 
Esse processo reduz a possibilidade de variação dos itens de cada 
estrato. Portanto, a estratificação permite ao auditor dirigir esforços de auditoria 
para os itens que contenham maior potencial de erro, por exemplo, os itens de 
 
 
6 
maior valor que compõem o saldo de contas a receber, para detectar distorções 
relevantes por avaliação a maior. Além disso, a estratificação pode resultar em 
amostra com tamanho menor (Crepaldi; Crepaldi, 2019). 
2.3 Risco de amostragem 
O risco de amostragem surge da possibilidade de que a conclusão do 
auditor, com base em uma amostra, possa ser diferente da conclusão que seria 
alcançada se toda a população estivesse sujeita ao mesmo procedimento de 
auditoria. É o risco de que a conclusão do auditor, com base em amostra, 
pudesse ser diferente se toda a população fosse sujeita ao mesmo procedimento 
de auditoria. O risco de amostragem pode levar a dois tipos de conclusões 
errôneas: 
• No caso de teste de controle, em que os controles são considerados mais 
eficazes do que realmente o são, ou no caso de teste de detalhes, em 
que não seja identificada distorção relevante, quando, na verdade, ela 
existe. O auditor preocupa-se com esse tipo de conclusão errônea porque 
ela afeta a eficácia da auditoria e é provável que leve a uma opinião de 
auditoria não apropriada; 
• No caso de teste de controle, em que os controles são considerados 
menos eficazes do que realmente o são, ou no caso de teste de detalhes, 
em que seja identificada distorção relevante, quando, na verdade, ela não 
existe. Esse tipo de conclusão errônea afeta a eficiência da auditoria 
porque ela normalmente leva a um trabalho adicional para estabelecer 
que as conclusões iniciais estavam incorretas (Crepaldi; Crepaldi, 2019). 
TEMA 3 – A APLICAÇÃO DE TESTES EM AUDITORIA 
Na definição do escopo de auditoria, a equipe deve definir a abrangência 
e o volume dos testes a serem aplicados. Para isso, é preciso que a 
materialidade dos testes esteja bem definida. O termo materialidade, em 
auditoria, consiste na definição de um limite, atrelado a um percentual de contas 
contábeis, para a aceitação de possíveis falhas (gaps) encontradas durante os 
testes de auditoria, garantindo que essas falhas não impactem o patrimônio da 
empresa (Crepaldi; Crepaldi, 2019). 
 
 
7 
Durante todas as fases do trabalho de auditoria, o auditor se dedica a 
obter as evidências necessárias à formulação de sua opinião sobre a fidelidade 
das demonstrações contábeis sob exame. Assim procede, aplicando certos 
testes que lhe permitem alcançar seus objetivos. Dois são os tipos de testes de 
auditoria normalmente aplicados: 
• Testes de observância; 
• Testes substantivos. 
Para a execução dos testes de auditoria, é necessário que o auditor 
escolha uma amostra dentro do universo do processo auditado, a fim de otimizar 
o tempo da auditoria, reduzir os custos e produzir o relatório final dentro do 
prazo determinado. Para a definição da amostragem, o auditor deve definir a 
população para teste de acordo com sua experiência ou utilizando alguma 
metodologia predefinida, como softwares e planilhas de seleção aleatória 
(Crepaldi; Crepaldi, 2019). 
3.1 Testes de observância 
Na aplicação dos testes de observância, devem ser considerados os 
seguintes procedimentos: inspeção, observação, investigação e confirmação. E 
visam à obtenção de razoável segurança de que os procedimentos de controle 
interno estabelecidos pela administração estejam em efetivo funcionamento e 
cumprimento (Crepaldi; Crepaldi, 2019). 
Os testes de observância são os procedimentos empregados pelo auditor, 
a fim de determinar se cumprem corretamente certos procedimentos de 
controle interno, estabelecidos pelo sistema da empresa. Às vezes chamados 
testes de procedimentos, destinam-se a provar a credibilidade dos 
procedimentos de controle da empresa, e não o registro correto das transações. 
Por exemplo, o auditor pode verificar que o encarregado de contas a pagar 
aprovou cada fatura para codificação de contas; esse teste relativo à aprovação 
constitui um teste de observância, e não se levará em conta se a codificação das 
faturas é uma realidade concreta (Crepaldi; Crepaldi, 2019). 
O teste de correção da codificação seria um teste substantivo. É a 
verificação da confiabilidade de um sistema de controles internos e de registros 
de uma entidade, para realizar a avaliação dos limites do universo de elementos 
ou fatos a serem examinados em auditoria. São partes integrantes da pré-
 
 
8 
auditoria, em que há a observação para mensurar a qualidade dos registros e 
dos controles de uma célula social. Trata-se de um critério adotado para que se 
possa planejar um trabalho de verificação ou exame, de modo a ter consciência 
sobre a segurança dos informes e a probabilidade de erros e fraudes (Crepaldi; 
Crepaldi, 2019). 
O objetivo do teste de observância é proporcionar razoável segurança de 
que os procedimentos de controle interno estejam sendo executados na forma 
prescrita. A segurança proporcionada por tais testes é essencial se o auditor 
pretende depender dos procedimentos definidos pelo sistema para determinar a 
natureza, oportunidade e extensão dos testes substantivos de classes 
específicas de transações ou de saldos (Crepaldi; Crepaldi, 2019). 
3.2 Testes substantivos 
Os testes substantivos constituem a verificação contábil de maior 
profundidade, revestida de tecnologia competente para o exame da essência e 
da validade das situações informadas e encontradas. Tais testes devem 
compreender as operações realizadas, as contas e seus saldos, as análises 
pertinentes e a adoção de procedimentos que permitam ao profissional opinar 
com segurança por meio do pleno convencimento sobre o objeto examinado 
(Maffei, 2017). 
Os testes substantivos exigem que se verifique se realmente existem os 
elementos patrimoniais indicados, se os elementos de custos e despesas são 
justificáveis e se estão cobertos por documentação competente e tempestiva, 
assim como se as normas contábeis e a doutrina são seguidas nos 
procedimentos tecnológicos empregados para registros e para as apurações e 
demonstrações. Os testes substantivos visam à obtenção de evidência quanto à 
suficiência, à exatidão e à validade dos dados produzidos pelo sistema de 
informação da entidade (Crepaldi; Crepaldi, 2019). 
Os testes substantivos são aqueles empregados pelo auditor com a 
finalidade de obter provas suficientes e convincentes sobre as transações 
econômico-financeiras, saldo e divulgações nas demonstrações financeiras, em 
consonância com os Princípios de Contabilidade, que lhe proporcionem 
fundamentação razoável para a emissão do relatório (Crepaldi; Crepaldi, 2019). 
 
 
 
 
9 
 
TEMA 4 – AMOSTRAGEM EM AUDITORIA 
A NBC TA 530 – Amostragem em Auditoria se aplica quando o auditor 
independente decide usar amostragem na execução de procedimentos de 
auditoria. Essa norma trata do uso de amostragem estatística e não estatística 
na definição e seleção da amostra de auditoria, na execução de testes de 
controles e de detalhes e na avaliação dos resultados da amostra. Complementa 
a NBC TA 500 – Evidência de Auditoria. A NBC TA 500 fornece orientação sobre 
os meios disponíveis para o auditor selecionar os itens para teste, entre os quais 
está a amostragem de auditoria (Crepaldi; Crepaldi, 2019). 
Ao determinar a extensão de um teste de auditoria ou método de seleção 
de itens a testar, o auditor pode empregar técnicas de amostragem. 
Amostragem é a utilização de um processo para a obtenção de dados 
aplicáveis a um conjunto, denominado universo ou população, por meio do 
exame de uma parte deste conjunto denominada amostra (Crepaldi; Crepaldi, 
2019).Amostragem é o processo pelo qual se obtém informação sobre um todo 
(população), examinando-se apenas uma parte desse todo (amostra). São 
requisitos para uma boa amostragem: 
• A amostra tem de ser representativa da população. Para isso, cada item 
da população deve ter a mesma chance de ser selecionado, ou seja, de 
ser incluído na amostra; 
• A seleção da amostra não deve ter preconceito ou tendência; ou seja, 
deve ser sempre imparcial, não só́ para o objetivo final a ser alcançado, 
como também para não facilitar o trabalho a ser realizado pelo auditor, o 
que é, em si, uma parcialidade (Maffei, 2017). 
Há diferença entre amostragem probabilística (ou estatística) e 
amostragem não probabilística (ou subjetiva): a primeira fundamenta-se na 
distribuição amostral e na seleção aleatória, enquanto a segunda não tem base 
estatística, sendo selecionada por critérios pessoais decorrentes da experiência 
profissional e do conhecimento do setor em exame (Maffei, 2017). 
Amostragem estatística é aquela em que a amostra é selecionada 
cientificamente com a finalidade de que os resultados obtidos sejam estendidos 
ao conjunto de acordo com a teoria da probabilidade ou as regras estatísticas. O 
 
 
10 
emprego de amostragem estatística é recomendável quando os itens da 
população apresentam características homogêneas (Crepaldi; Crepaldi, 2019). 
4.1 Uso da amostragem pela auditoria interna 
A técnica apresentada deve ser utilizada pelos auditores internos para a 
obtenção de fundamentos para as suas conclusões, e não com preocupação 
extrema de rigor matemático ou estatístico. 
Assim, recomenda-se a aplicação do bom-senso ao escolher a 
metodologia de amostragem, sempre que possível, combinando critérios e 
visando ao máximo de eficiência com um mínimo de tempo aplicado aos testes 
(Maffei, 2017). 
Com relação à escolha proposital de itens para os quais já se vislumbra a 
possibilidade de erro, isso é perfeitamente válido, desde que não se trate, no 
caso, de uma avaliação de percentuais de falhas ou de desvios em relação ao 
todo. 
4.2 Uso da amostragem pela auditoria externa 
Na auditoria contábil, a questão que se coloca em relação aos testes é: a 
dimensão da amostra deve ser suficiente para atender ao conceito de 
materialidade e reduzir ao máximo o risco de não detecção (Maffei, 2017). 
Os critérios de amostragem para os trabalhos de auditoria contábil 
encontram-se descritos na IAS 530 do IFAC, cujos termos foram adotados pelo 
IBRACON, em sua NBC TA 530 – Uso da Amostragem pela Auditoria Externa. 
Além dos conceitos já definidos, destaca-se o que a norma traz sobre: 
• Risco de amostragem: o risco de que uma amostra adequadamente 
selecionada não seja representativa na população, levando o auditor a 
uma conclusão diferente da que ele chegaria se examinasse 100% da 
população. Esse risco está presente tanto nos testes de observância 
quanto nos testes substantivos e deve ser minimizado por meio de uma 
boa avaliação dos riscos e por técnicas de seleção apuradas (Maffei, 
2017); 
• Definição da amostra: ao definir uma amostra de auditoria, o auditor deve 
considerar os fins específicos a serem alcançados e a combinação de 
procedimentos de auditoria que deve adotar para alcançá-los. A 
consideração do auditor sobre a finalidade do procedimento de auditoria 
 
 
11 
inclui um claro entendimento do que constitui desvio ou distorção, de 
modo que todas essas condições, e somente aquelas que são relevantes 
para as finalidades do procedimento, estejam inclusas na avaliação de 
desvios ou na projeção de distorções (Maffei, 2017); 
• Tamanho da amostra: a norma consagra o princípio de que o tamanho da 
amostra está ligado à prévia avaliação dos riscos; ou seja, quando o nível 
de confiança dado pelas análises prévias dos controles internos assim 
permitir, as amostras podem ser reduzidas em quantidade; 
• Análise dos resultados e correções: os resultados de um teste podem de- 
mostrar um nível de confiabilidade menor do que aquele esperado antes 
do procedimento de auditoria (Maffei, 2017). Quando isso acontece, o 
auditor deve cercar-se de cuidados que permitam uma opinião mais 
confortável sobre o universo testado. Isso pode resultar em: extensão dos 
testes, selecionando um novo grupo de itens; Elaboração de novos 
procedimentos, como alternativa; alteração no planejamento, quando a 
materialidade ou a significância dos fatos assim o exigirem (Maffei, 2017). 
As normas de auditoria das demonstrações contábeis do CFC definem 
que um planejamento benfeito facilita ao auditor definir os critérios de seleção 
dos itens a testar, e os objetivos do teste devem refletir os parâmetros que o 
planejamento da auditoria determina e a suficiência das análises, para dar o 
devido suporte às conclusões (Maffei, 2017). 
 
TEMA 5 – O CONTROLE INTERNO 
De acordo com o Committee of Sponsoring Organizations of the 
Treadway Commission (Coso), o controle interno é um processo, levado a efeito 
pela alta administração, pela gerência e pelos demais colaboradores, que se 
destina a promover razoável segurança quanto ao atingimento de objetivos nas 
seguintes categorias: 
• Efetividade e eficiência operacional; 
• Confiabilidade das informações financeiras; 
• Conformidade com as leis e os regulamentos. 
 
 
 
 
12 
Crepaldi e Crepaldi (2019) ressaltam que o Instituto Americano de 
Contadores Públicos Certificados define que o controle interno compreende o 
plano de organização e todos os métodos e medidas adotadas na empresa para 
salvaguardar seus ativos, verificar a exatidão e fidelidade dos dados contábeis, 
desenvolver a eficiência nas operações e estimular o seguimento das políticas 
administrativas prescritas (Maffei, 2017). 
Quando se examinam os controles internos de uma empresa, está-se 
analisando a “organização dos controles” e a “execução” deles (Maffei, 2017), 
que são todos os instrumentos da organização destinados à vigilância, 
fiscalização e verificação administrativa, os quais permitam prever, observar, 
dirigir ou governar os acontecimentos que se verificam dentro da empresa e que 
produzam reflexos em seu patrimônio (Crepaldi; Crepaldi, 2019). 
O controle interno representa em uma organização o conjunto de 
procedimentos, métodos ou rotinas com os objetivos de proteger os ativos, 
produzir dados contábeis confiáveis e ajudar a administração na condução 
ordenada dos negócios da empresa (Almeida, 2019). 
Os dois primeiros objetivos representam controles contábeis, e o último, 
controles administrativos. São exemplos de controles contábeis: 
• Sistemas de conferência, aprovação e autorização; 
• Segregação de funções (pessoas que têm acesso aos registros contábeis 
não podem custodiar ativos da empresa); 
• Controles físicos sobre ativos; 
• Auditoria interna. 
São exemplos de controles administrativos: 
• Análises estatísticas de lucratividade por linha de produtos; 
• Controle de qualidade; 
• Treinamento de pessoal; 
• Estudos de tempos e movimentos; 
• Análise das variações entre os valores orçados e os incorridos; 
• Controle dos compromissos assumidos, mas ainda não realizados 
economicamente. 
 
 
 
13 
O objetivo principal do auditor externo ou independente é emitir uma 
opinião sobre as demonstrações financeiras auditadas (Almeida, 2019). Logo, o 
auditor deve somente avaliar os controles relacionados com essas 
demonstrações, que são, no caso, os controles contábeis. Evidentemente, se 
algum controle administrativo tiver influência nos relatórios da contabilidade, o 
auditor deve considerar também a possibilidade de o avaliar (Almeida, 2019). 
O Institut Français des Experts-Comptables define que o “controle interno 
é formado pelo plano de organização e de todos os métodos e procedimentos 
adotados internamente pela empresa para proteger seus ativos, controlar a 
validade dos dados fornecidos pela contabilidade, ampliar a eficáciae assegurar 
a boa aplicação das instruções da direção”. 
Na prática, o que se quer conhecer é a eficiência da “vigilância” e da 
“proteção” aos bens, para saber se o que se investe e o que se obtém de 
recursos efetivamente oferece lucratividade, economicidade ou adequada 
colimação dos fins procurados ou programados. Essa proteção inclui todos os 
meios de segurança, ou seja, aqueles que oferecem coberturas às ocorrências 
anteriores, atuais e posteriores de um fenômeno patrimonial (Crepaldi; Crepaldi, 
2019). 
5.1 Categorias dos controles internos 
Quanto à finalidade e instância de aplicação, os controles diretos 
destinam-se a detectar ou evitar erros. São as atividades de controle que 
objetivam o funcionamento e a segurança de um processo na organização. São 
exemplos as aprovações, as conferências, as conciliações e os lançamentos nos 
sistemas de gestão da organização (Maffei, 2017). Os controles diretos podem 
ser classificados em: 
• Preventivos – destinam-se a evitar a ocorrência de erros, desperdícios ou 
irregularidades. Atualmente, são considerados os mais importantes, e o 
auditor deve tê-los em foco, tanto na avaliação quanto na criação de 
novos controles desse tipo; 
• Detectivos – são desenhados para detectar erros durante ou após sua 
ocorrência; 
• Corretivos – são medidas contingenciais, adotadas quando ocorre um 
problema, as quais visam combater os efeitos causados. 
 
 
14 
Já os controles gerenciais e independentes são exercidos por pessoas 
que não estão diretamente envolvidas no processo, no monitoramento e na 
avaliação dos resultados obtidos pela empresa. São exemplos clássicos de 
controle gerencial os orçamentos e as avaliações de desempenho. O auditor 
deve ter em mente que, embora na maior parte dos casos não sejam controles 
que determinam o andamento de um processo, são muito importantes para a 
qualidade do sistema de controle interno como um todo e devem ser objeto da 
sua análise (Maffei, 2017). 
 
 
 
 
 
 
15 
REFERÊNCIAS 
ALMEIDA, M. C. Auditoria: abordagem moderna e completa. 9. ed. São Paulo: 
Atlas, 2019. 
CREPALDI, S. A.; CREPALDI, G. S. Auditoria contábil: teoria e prática. 10. ed. 
São Paulo: Atlas, 2019. 
MAFFEI, J. L. G. Curso de auditoria: introdução à auditoria de acordo com as 
normas internacionais e melhores práticas. São Paulo: Saraiva, 2017.

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