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Controle de constitucionalidade

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CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE: 
O controle de constitucionalidade, nada mais é do que um processo de se verificar se uma lei ou um ato normativo está de acordo formal ou materialmente com a Constituição (carta constitucional). Nem sempre será julgamento ou ação, ele pode ser também preventivo ou repressivo. Se surgir uma lei no processo penal, civil ou qualquer outro, e ela for contrária à Constituição, ela é inconstitucional. 
A inconstitucionalidade formal acontece quando um projeto de lei ou uma emenda constitucional é criada contrariando o processo legislativo. Exemplo de uma Emenda Constitucional que foi aprovada após votação em um turno na casa do Congresso, que corretamente, deveria ter sido aprovada depois de dois turnos de votação. Ou uma votação para uma lei complementar, que deve ser aprovada por votação de maioria absoluta, e não relativa. Outro exemplo de inconstitucionalidade formal estaria na adoção de uma medida provisória por parte de um Congresso, sendo que o Presidente é o único agente competente que pode requerer uma medida provisória ao Congresso. Em sumo, a inconstitucionalidade formal acontece quando uma votação é feita em quórum distinto daquele previsto na CF, ou quando um ente fez algo que não lhe era de sua competência, ou quando a criação da norma foi criada a partir de uma espécie normativa inadequada. Exemplo do Estado, que só pode ser criado por lei complementar federal. 
A inconstitucionalidade material acontece quando, mesmo que a formalidade, os ditames constitucionais, foram respeitados, a matéria constitucional foi ferida. É o caso de uma lei complementar que prevê pena de morte para determinados crimes, sendo que a Constituição diz que a pena de morte só será permitida em caso de guerra declarada ou Estado de Guerra. Uma inconstitucionalidade formal e material podem coexistir. 
O objeto do controle é a lei ou ato normativo. Os objetos estão previstos no art. 59 da CF/88. 
Art. 59. O processo legislativo compreende a elaboração de:
I -  emendas à Constituição;
II -  leis complementares;
III -  leis ordinárias;
IV -  leis delegadas;
V -  medidas provisórias;
 VI -  decretos legislativos;
 VII -  resoluções.
Parágrafo único. Lei complementar disporá sobre a elaboração, redação, alteração e consolidação das leis.
O preâmbulo da Constituição não possui valor normativo, portanto, ele não se encaixa nessa categoria, como disse o STF. Uma sumula vinculante é um enunciado jurisprudencial de decisões reiteradas do STF, não é lei, nem norma, é o entendimento/interpretação daquele tribunal. 
O controle de constitucionalidade possui três pressupostos, a supremacia da Constituição (a Constituição está no topo do ordenamento jurídico, pois se uma lei estivesse acima da CF na hierarquia o controle seria de legalidade), rigidez constitucional (uma Constituição por ser suprema, requer um processo de alteração mais solene, rigoroso e rígido que as outras espécies normativas) e o órgão guardião da Constituição (o STF, como previsto na própria CF/88). 
O Brasil adota o modelo de controle hibrido da constitucionalidade, um meio termo entre o modelo concentrado e o difuso de constitucionalidade. 
O controle difuso é o controle em que se analisa o caso concreto. Um caso mais especifico. É uma via de exceção. Origem nos EUA, com base no common law, lógica mais focada na jurisprudência. Posições subjetivas. Efeitos inter partes. Efeitos ex tunc (retroação). Qualquer juízo pode julgar esse caso concreto (qualquer juiz ou tribunal, seja ele de 1º ou 2º grau, inclusive o STF). Esse controle pode ser utilizado em qualquer tipo de ação judicial. Um efeito que seria inter partes no entanto, mas foi julgado pelo STF, passa a ter caráter erga omnes (e deixa de ser difuso-concreto e passa a ser concentrado-abstrato, ou em caso de ADIN interventiva, passa a ser concentrado-concreto). Qualquer interessado pode propor uma ação de caso difuso. 
O controle concentrado analisa o caso abstrato. Não envolve partes. É uma via direta de ação. É concentrado no STF, apenas ele pode julgar situação. A regra diz que a decisão deve ter efeito erga omnes (para todos). Uma ação de caso abstrato só pode ser proposto por um rol de legitimados específicos. Esse rol está previsto no art. 103 da CF/88:
Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade:
I -  o Presidente da República;
II -  a Mesa do Senado Federal;
III -  a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV -  a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal;
V -  o Governador de Estado ou do Distrito Federal;
VI -  o Procurador-Geral da República;
VII -  o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VIII -  partido político com representação no Congresso Nacional;
IX -  confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
Apenas a Corte Suprema ou Corte Constitucional pode declarar a inconstitucionalidade de uma lei pelo meio abstrato (no Brasil, essa corte é o STF). Origem na Áustria (por Hans Kelsen), com base no civil law, lógica mais focada na legislação e presunção de validade das leis. Posições objetivas. Efeitos erga omnes. Modulação de efeitos. 
Em 1891, o Brasil adota o sistema americano difuso, mas devido aos problemas gerados pela incompatibilidade entre esse sistema e realidade jurídica brasileira, em 1965 foi adotado também o controle abstrato, e assim nasce a abstrativização do controle difuso no Brasil.
A decisão do STF tem um efeito vinculante, pois ele vincula os demais órgãos do Poder Judiciário e vincula administração pública direta e indireta da União, dos Estados, DF e Municípios. A decisão do STF não possui efeito auto vinculante, ela vincula os demais órgãos do Poder Judiciário. Ela também não vincula o Poder Legislativo. A decisão do Supremo possui efeito ex tunc (retroativo), ou seja, eles voltam até o momento do nascimento da norma para declara-la inconstitucional. 1
A modulação dos efeitos da sentença funciona da seguinte forma, o STF pode fazer com que a sua decisão não possua efeito ex tunc, e sim de trânsito em julgado (efeito ex nunc), ou seja, eles podem determinar uma data para que os efeitos da sua decisão comecem a entrar em vigor. 
Ações de controle concentrado são divididas em quatro, ADIN (Ação Direta de Inconstitucionalidade, tem por objeto lei ou ato normativo federal ou estadual), ADC (Ação Declaratória de Constitucionalidade, lei ou ato normativo federal, à medida que buscam resolver as controvérsias judiciais), ADPF (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental, lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal, além das normas pré-constitucionais, normas anteriores a CF vigente, e dos preceitos fundamentais, coube a jurisprudência a determinar quais são estes preceitos, são eles os princípios fundamentais, os direitos e garantias individuais ou fundamentais, os princípios sensíveis, que são aqueles de proteção a democracia ligados a não intervenção, como estão enumerados no art. 34, inciso VII, os princípios da administração pública, como é o caso da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, e as cláusulas pétreas, previstas no art. 60, parágrafo 4º). 
Art. 60. A Constituição poderá ser emendada mediante proposta:
I -  de um terço, no mínimo, dos membros da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal;
II -  do Presidente da República;
III -  de mais da metade das Assembleias Legislativas das unidades da Federação, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros.
§ 4º Não será objeto de deliberação a proposta de emenda tendente a abolir:
I -  a forma federativa de Estado;
II -  o voto direto, secreto, universal e periódico;
III -  a separação dos Poderes;
IV -  os direitos e garantias individuais.
Uma cláusula pétrea não pode ser abolida, mas pode ser modificada. 
A institucionalidade por ação acontece quando uma lei infraconstitucional é criada em desacordo com a CF, sendo ela inconstitucional, mesmo após ser aprovada pelo Congresso. A inconstitucionalidade poromissão acontece quando a Constituição exige uma lei infraconstitucional especifica, e o legislador não a produz. 
As normas previstas no texto constitucional (o texto constitucional originário) têm harmonia jurídica, e apenas as Emendas Constitucionais podem ter caráter inconstitucional.

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