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Patologia II - Patologia Intestinal Pt 2

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PATOLOGIA II – INTESTINAL PT.2 
Retocolite ulcerativa e Doença de Crohn são doenças idiopáticas, são doenças de causas desconhecidas. 
A patogênese dessas doenças é associdada a reações inflamatórias que tem alguns fatores que em comum 
levam a uma instabilidade da mucosa, da parte imunológica. É uma alteração imunológica que leva a uma 
alteração da mucosa e essa associação tem a ver com a alteração da flora intestinal, micobactérias, alteração 
da resposta imune de Th1 com produção de muita linfocina, relação com alimentação e muita ingestão de 
açúcares e carboidratos, fumo – somente na doença de crohn – mulheres que usam anticoncepcionais. 
Instabilidade nas células epiteliais de revestimento. 
Ambas as doenças citadas são pré-neoplásicas. O indivíduo que tem alguma das duas tem uma chance maior de 
desenvolver um adenocarcinoma justamente por conta dessa agressão de mucosa e de epitélio de revestimento. 
É importante dizer que pacientes com colite ulcerativa têm chance maior de desenvolver adenocarcinoma do 
que pacientes com doença de crohn. 
A doença de crohn pode acometer pacientes bem mais jovens do que na colite ulcerativa. 
Colite ulcerativa: acomete o reto e a região de intestino grosso. Se caracteriza pela presença de reação 
inflamatória c lesão de mucosa, epitélio de revestimento, c exsudato inflamatório que vai se cronificando c a 
presença de células inflamatórias em mucosa gástrica, podendo formar micro abscessos purulentos. Com o 
tempo vai se tendo uma atrofia celular e uma diminuição do epitélio, de forma a aparecerem ulcerações, 
sangramentos e até formação de estruturas de proliferação regenerativa, que são chamados de pseudopólipos. 
É uma proliferação regenerativa que vai revestindo o tecido inflamatório e se projeta para a luz, sendo assim 
chamados de pseudopólipos. Parecem pólipos mas não são verdadeiros!! A reação inflamatória tá restrita à 
camada superficial intestinal, ou seja, na mucosa intestinal, podendo pegar a submucosa mas não 
comprometendo as camadas musculares. São ulcerações longitudinais e os pseudopolipos aparecem mais na 
fase crônica. Na fase aguda é mais o exsudato inflamatório c destruição de células e formação de ulcerações. 
Após as ulcerações tem-se atrofia e elas vão aumentando, tendo a formação regenerativa dos pseudopolipos se 
projetando para a luz. Uma complicação pode ser uma produção de material tóxico por uma bactéria e vai irritar 
ainda mais a mucosa, podendo levar a uma distenção do tubo digestivo e um adelgaçamento da parede, levando 
ao megacólon tóxico – cólon. (Aspecto tubular = atrofia intensa c perda do pregueamento, de forma a parede ficar 
lisa). Acomete predominantemente a região do reto sigmoide. Tem característica de ir ascendendo pelo tubo 
digestivo. Algumas vezes a colite ulcerativa pode comprometer a porção do íleo terminal, podendo-se confundir 
com a doença de crohn pois é sua região característica. Quando isso acontece determina-se que é um refluxo de 
um material tóxico bacteriano. Vale a ressalva que na colite ulcerativa tem-se um segmento contínuo inflamado 
e o restante normal! Vale também a ressalva que os pólipos que vão dar origem ao adenocarcinoma. 
Os sintomas são: dor, urgência de defecar, diarreia mucosanguinolenta. 
Doença de Crohn: se houver granuloma, o diagnóstico pode ser direcionado para esse tipo de patologia. A reação 
inflamatória pode ir comprometendo TODAS AS CAMADAS, podendo até haver rompimento da muscular com 
fibrose, espessamento da parede. A distribuição é diferente da colite – que acomete reto sigmoide – podendo 
comprometer qualquer região do tubo digestivo, sendo mais comumente encontrada no intestino delgado na 
porção do íleo terminal. Pode acometer literalmente QUALQUER REGIÃO DO TUBO DIGESTIVO, podendo ir do íleo 
até o ânus. São lesões com aspecto de aftas, que se seguem formando úlceras lineares e delgadas, separando 
entre elas segmentos de mucosa preservados. Enquanto a úlcera da colite ulcerativa é mais extensa e confinada 
na mucosa sem comprometimento da camada muscular, na doença de Crohn são úlceras profundas que formam 
estruturas chamadas de fissuras, que são fendas mais profundas que chegam à camada muscular e haverá lesão 
dessa camada, proliferação, fibrose e destruição dela. Mucosa em pedra de calçamento é o local entre as lesões 
ulceradas lineares que há uma preservação da mucosa. Enquanto a colite ulcerativa é de distribuição uniforme, 
ascendente, e contínua, a doença de crohn tem um padrão bem diferente, não sendo ascendente, não sendo 
homogênea, ocorrendo de forma descontínua e em saltos. Assim, pode-se ter na doença de crohn um íleo 
terminal atingido e um segmento de cólon transverso comprometido também, demonstrando assim uma 
característica de lesão em salto. Outra diferença é que, diferente da colite ulcerativa, a doença de crohn pode 
ter a presença macroscópica de abscessos visíveis. Uma possível complicação é estenose da região acometida! 
Doença Diverticular: presença de divertículos – sacos; invaginações da mucosa para dentro da parede por 
fragilidade da musculatura. Essa doença diverticular também pode ser chamada de diverticulose. O problema 
está quando há uma inflamação nesses divertículos com a presença de fecalitos, que são estruturas fecais 
desidratadas que se tornaram pétreas. Pode formar verdadeiros abscessos e inflamações, de modo a 
caracterizar a diverticulite. O grande problema da diverticulite é a possibilidade de haver perfuração.

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