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1 Paula Leite – 4º ME FARMACOLOGIA - ANTI-INFLAMATÓRIOS – 30/09/2020 • A inflamação é uma reação do organismo a uma infecção ou lesão dos tecidos. Capacidade do organismo de desencadear uma resposta inflamatória é fundamental à sobrevivência, em vista dos patógenos e lesões ambientais, embora em algumas situações e doenças a resposta inflamatória possa ser exagerada e persistente, sem qualquer benefício aparente. • Sinais cardinais da inflamação: dor, rubor, calor, edema e perda da função. • Ocorre uma resposta imune inata Exemplo: bactéria • Ação sobre os neurônios nociceptivos → Dor As células do tecido do tecido lesado, irão liberar citocinas, principalmente TNFα, IL-1β, IL-6, NO, bradicinina. E para cada citocina, tem um receptor. 2 Paula Leite – 4º ME Experimento: Amplificação do sinal de dor. Diferentes mediadores químicos atuam sinergicamente para produzir sinal de dor. Um exemplo importante é a interação entre a bradicinina e as prostaglandinas. Se usar primeiro a bradicinina e depois a prostaglandinas o sinal de dor é baixo. Se o uso for sinérgico o sinal da dor é amplificado. • EICOSANÓIDES São moléculas derivadas de ácidos graxos com 20 carbonos das famílias ômega-3 e ômega-6. Quando estes são provenientes da dieta, irão formar as membranas das células. Os ácidos graxos, principalmente da família ômega-6 serão desdobrados em ácidos araquidônicos → Formando prostaciclinas, prostaglandinas e tromboxanos (agregantes plaquetários). Os ácidos graxos, principalmente da família ômega-3 serão desdobrados em ácido eicosapentaenoico ou eicosatetraenoico → Formando prostaciclinas, prostaglandinas e leucotrienos CASCATA DO ÁCIDO ARAQUIDÔNICO 3 Paula Leite – 4º ME COMO OS ANTI-INFLAMATÓRIOS IRÃO ATUAR? • Em grupos: Não esteroides (AINEs) e esteroides (derivados de corticoides) ANTI-INFLAMATÓRIOS NÃO ESTEROIDES (AINES) • O principal mecanismo de ação dos AINEs é a inibição das enzimas cicloxigenases. Esta inibição reduz a quebra do ácido araquidônico em prostaglandinas por células inflamatórias. Os três principais efeitos destas drogas são: 1. Ação inflamatória: Efeito associado à diminuição da PGE₂ e prostaciclinas na região lesada, o que reduz a vasodilatação e, indiretamente, o edema. Não trata a fonte da lesão. 2. Efeito analgésico: Efeito associado a diminuição da sensibilização das terminações nervosas nociceptivas por mediadores inflamatórios, tais como PGE₂, bradicinina e 5-HT. Alívio da dor de cabeça é provavelmente um resultado da diminuição da vasodilatação mediada por prostaglandinas. 3. Efeito antipirético: O aumento de interleucina-1 no sangue gera o aumento da produção de prostaglandinas no SNC (hipotálamo), levando ao aumento do ponto de controle da temperatura e causando febre. Os AINEs agem no SNC reduzindo PGE₂. • MECANISMO DE AÇÃO Inibem a produção de prostaglandinas, prostaciclinas e tromboxanos por atuarem bloqueando a enzima ciclo-oxigenase que degrada o ácido araquidônico. AINES Lipo-oxigenase Ciclo-oxigenase ÁCIDOS GRAXOS ESSENCIAIS NA DIETA ÁCIDOS ESTERIFICADOS EM LIÍDEOS CELULARES Ativação da fosfolipase A2 Estímulos diversos ÁCIDO ARAQUIDÔNICO LEUCOTRIENOS PROSTAGLANDINAS (PGE2, PGD2, PGF2) PROSTAGLANDINAS (PGI2) TROMBOXANA (TXA2) X 4 Paula Leite – 4º ME Cada COX está relacionada com um tipo de efeito inflamatório, e inibindo a sua ação, teremos a inibição de uma série de mecanismos, inclusive aqueles que desempenam funções essenciais. Existe 3 tipos de COXs atualmente: COX-1, COX-2 e COX-3, podendo ser constitutiva ou induzida. Função das cicloxigenases nos tecidos COX-1 constitutiva - Citoproteção do TGI (PGE₂): ↑secreção de muco e ↓ secreção de ácido gástrico. - Agregação de plaquetas (TxA₂) e anti-agregação (PGI₂) - Dor e inflamação (PGE₂, PGE₂α, PGI₂, PGD₂) - Função renal (PGE₂, PGI₂ e PGE₂α) - Contração uterina (PGE₂α) COX-2 induzida - Dor e inflamação (PGE₂, PGE₂α, PGI₂, PGD₂) COX-3 constitutiva - Função renal (PGE₂, PGI₂ e PGE₂α) - Transmissão nervosa (PGE₂, PGD₂) 5 Paula Leite – 4º ME CASCATA DO ÁCIDO ARACDÔNICO • Até a década de 70, pouco se sabia sobre o modo de ação dos AINEs • Mecanismos centrais - Hanzlick 1926 (citado por Jurna, 1997): “Solicitados são capazes de aliviar a dor por ação principalmente central.” - Woodbury, 1965 (Goodman e Gilman): “Solicitados são capazes de aliviar alguns tipos de dor através de efeito depressivo seletivo sobre o SNC.” • Mecanismos periféricos -Vane, 1971: Descoberta que a aspirina age inibindo a síntese de prostaglandinas. - Ferreira, 1972 e Ferreira et al, 1973: Sensibilização periférica das prostaglandinas. - Em 1976, Helmer e Lands: isolaram a ciclo-oxigenase (J. Biol Chem 1976, 254:5575-9) - Em 1991, Kujubu et al.:identificaram as duas isoformas das ciclo-oxigenases (J. Biol Chen 1991, 266:12866-72) - Em 1992, Xie et al.: descobriram primeiro inibidor específico da COX-2 (Drug Dev Rez, 1992, 25:249:65) • Protótipo ÁCIDO ACETIL SALICÍLICO OU ASPIRINA • Propriedades (anti-inflamatória, analgésica e antipirética) • Efeito anti-inflamatório: A diminuição da prostaglandina leva menor sensibilização das terminações nervosas nociceptivas e aos mediadores inflamatórios (bradicinina e 5-hidroxitriptamina) • Efeito antipirético: No SNC a IL-1 libera prostaglandinas, que elevam o ponto de ajuste hipotalâmico para o controle da temperatura, causando febre. Os AINEs impedem esse mecanismo. • Efeito anti-agregante plaquetário: Plaquetas produzem tromboxanas (TXA2, TXB2) a partir da metabolização do ácido araquidônico pelo COX-1. O AAS bloqueia COX-1 e COX-2 de modo irreversível. • A aspirina (ácido acetilsalicílico) é o mais antigo AINE no mercado. Atua por inativação irreversível tanto das cicloxigenases (COX-1 e COX-2) Para além das suas ações analgésicas e anti-inflamatórias, aspirina inibe a agregação de plaquetas, e atualmente é usado na terapia de doenças cardiovasculares. É administrado por via oral, e é rapidamente absorvido; 75% é metabolizado no fígado; Tempo de meia vida de 4 horas. • AINES IMPORTANTES: - Derivados de AAS: Aspirina (Dose para analgesia e anticoagulante 0,3 a 1,5g/dia, dose como anti-inflamatório 3 a 6g/dia) - 4-aminofenol ou para-aminofenol: Paracetamol (750mg) dose máxima diária: 4000mg, restrição em hepatopatias (liga- se a proteína do hepatócito causando morte celular e necrose hepática fulminante) - Ácido indolacético: indometacina - Derivados pirazolônicos: Dipirona (dose máxima diária: 4g, risco de agranulocitose, uso restrito em nefratopatas, hepatopatas e cardiopatas. - Ácido pirrolacético: Diclofenaco, aclofenaco - Ácidos propiônicos: Ibuprofeno, naproxeno, cetoprofeno, flurbiprofeno 6 Paula Leite – 4º ME - Oxicans: Piroxicam, tenoxicam e meloxicam - Inibidores altamente seletivos da COX-2 (mais modernos), portanto com menos efeitos adversos sobre o trato gastrointestinal: Celecoxibe, etoricoxibe, parecoxibe. • Classificação atual dos AINES: - Inibidores não seletivos da COX: Aspirina, indometacina, diclofenaco. - Inibidores seletivos da COX-1: Ibuprofeno, naproxeno. - Inibidores seletivos da COX-2: Meloxicam, nimesulida, etodolaco. - Inibidores altamente seletivos da COX-2: Celecoxibe, paracoxibe, etoricoxibe.• Derivados de ácidos propiônicos: Possui os 3 efeitos: analgésico, antipirético, anti-inflamatório. Alivia a dor e inflamação em artrite gotosa aguda e é tratamento da dismenorreia primária • A maioria dos oxicans são inibidores não seletivos das enzimas cicloxigenases (COX). A exceção é a meloxicam, com uma leve preferência (10:1) por COX-2 (baixas doses) 1. Tem menores efeitos GI do que os AAS. 2. Analgésico, antipirético e anti-inflamatório. 3. Usados na artrite reumatoide e osteoartrite 4. Usados em distúrbios musculoesqueléticos agudos • Os coxibes são inibidores seletivos da enzima COX-2. Sua seletividade para COX-2 reduz o risco de úlcera péptica, e é a principal característica do celecoxib, rofecoxib e outros membros desta classe de drogas. 1. Analgésico, antipirético e anti-inflamatório. 2. Apresentam menos efeitos no TGI. 3. Contraindicados para pacientes com hipertensão, IC ou problemas de coagulação. Utilizados para tratamentos curtos e períodos pós-operatórios. • Efeitos colaterais gastrointestinais dos AINEs: - A síntese de PGE₂ (prostaglandina) e PGI₂ (prostaciclinas) no estômago está envolvida com a diminuição da produção do ácido gástrico e aumento da secreção de muco citoprotetor e bicarbonato. Os AINEs inibindo a produção de prostaglandinas e prostaciclinas promovem o aumento do ácido clorídrico e diminuem a produção de muco e do bicarbonato. - Efeitos leves: Dispepsia, erosões gastrointestinais (estômago > bulbo duodenal) - Efeitos moderados: Anemia ferropriva, úlceras gastrointestinais (estômago e intestino) - Efeitos graves: Sangramento gastrointestinal severa (estômago > bulbo duodenal > esôfago > intestino grosso e delgado) perfuração aguda (bulbo duodenal > cólon) e obstrução gástrica. • Outros efeitos colaterais - Idosos, pacientes sensíveis ou com outras comorbidades: Fluxo sanguíneo para o rim é afetado pelos AINES (insuficiência renal) - AINES retardam o trabalho de parto, podendo provocar comprometimento da homeostasia materna e hemorragia no recém-nascido. - AINES administrados no final da gestação podem induzir o fechamento prematuro do canal arterial, promovendo hipertensão pulmonar e morte fetal. - Efeito cardiovascular: hipertensão, AVC, infarto devido a agregação plaquetária (TXA2), esse foi o motivo que alguns coxibes foram retirados do mercado. Favorece COX-1 por serem altamente seletivos a COX-2. 7 Paula Leite – 4º ME • Efeitos colaterais: Função renal As prostaglandinas PGE₂ e PGI₂ são produzidas constitutivamente nos rins e promovem um efeito vasodilatador compensatório em resposta a noradrenalina e angiotensina II. • Efeitos colaterais: Sistema cardiovascular O uso prolongado de AINEs, principalmente os inibidores seletivos de COX-2 (Coxibes), pode causar hipertensão arterial e predispor os pacientes a efeitos adversos como AVC e infarto do miocárdio devido ao aumento da agregação plaquetária. Os efeitos trombolíticos dos coxibes estão associados ao desequilíbrio da função de COX-1 e COX-2. A isoforma constitutiva causa agregação plaquetária e a isoforma induzida inibe este processo. O uso de coxibes favorece a função de COX-1 levando a formação de trombos. • Outros efeitos: reações cutâneas; broncoespasmos (asmáticos sensíveis a aspirinas); distúrbios hepáticos e depressão da medula óssea. ANTI-INFLAMATÓRIOS ESTEROIDES (DERIVADOS DE CORTICOIDES) • Mineralocorticóides e Glicocorticóides (Hormônios corticosteróides) • Mineralocorticóides: aldosterona (endógeno) • Ações dos mineralocorticóides: Atuam nos rins, aumentando a reabsorção de sódio e consequentemente de água. Ação mediada pela angiotensina II, hormônio adrenocorticotrófico (ACTH) e níveis locais de potássio. Ex: Fludrocortisona. • Glicocorticóides: Cortisol (endógeno) - Glicocorticóides são fármacos anti-inflamatórios e imunossupressores muito eficientes, com propriedades semelhantes as do cortisol endógeno (hidrocortisona) - Em um adulto normal, aproximadamente 5 a 10mg/m²/dia de cortisol são produzidos (equivalente a 10 a 20mg de hidrocortisona, o hormônio sintético) • Ações dos glicocorticóides: Catabolismo proteico, com conversão dos aminoácidos em glicose por meio da GLICONEOGENÊSE hepática. Aumento da gliconeogênese, aumento a glicemia, portanto causam resistência a insulina. Estimula a lipogênese e inibe a lipólise com liberação de ácido graxo e glicerol na circulação. Diminuem a absorção intestinal e aumentam a excreção renal de cálcio, levando a osteoporose. • MECANISMO DE AÇÃO: - Tem a habilidade ligar-se ao receptor do cortisol e desencadear seus efeitos, por apresentarem estrutura química esteroide, muito parecida com a do hormônio endógeno. - Interagem com o receptor de glicocorticóide (GR) e do aldosterona. - A transativação dos glicocorticóides estimulam a síntese de proteínas anti-inflamatórias, como: Anexina-1 (bloqueia a liberação de ácido araquidônico) MAPKfosfatase 1 (bloqueia a liberação de ácido araquidônico) 1kB (sequestra o fator nuclear kappa b NF-kB, impedindo sua ação inflamatória) Bloqueiam a síntese dos eicosanoides, aumentando o aparecimento de úlceras gástricas. • Limitar a proliferação clonal das células Th (citocinas capazes de estimular linfócitos B e macrófagos), atravpes da redução da transcrição do gene para Il-2, entre outras. • A opção dos corticoesteroides sob a transcrição do gene é mediada pela repressão de fatores de transcrição, por exemplo, a proteína inibidora do KFkB. • EFEITOS ANTI-INFLAMATÓRIO E IMUNOSSUPRESSOR. Anti-inflamatório - Fase precoce: atuam diminuindo o edema, dilatação capilar, migração de leucócitos e atividade fagocitária. Fase tardia: inibem a proliferação capilar e de fibroblastos, deposição de colágeno e a cicatrização. 8 Paula Leite – 4º ME - Impedem a transcrição de vários citocinas inflamatórias (IL-1, IL-2, IL-6, IL-11 e TNFα e IL-8), as quais atraem as células inflamatórias ao local da inflamação. - Inibem a ação e ativação da iNOs, diminuindo a produção de óxido nítrico (NO), o fluxo sanguíneo e a exsudação plasmática. - Inibem a indução do gene codificador da COX-2. • Imunossupressor - Inibem a geração da resposta imune montada contra um novo antígeno. - Impedem a proliferação clonal, deprimem mais a imunidade celular e a hipersensibilidade retardada do que a imunidade humoral, portando os linfócitos Y (imunidade celular e citotóxica) são mais suscetíveis do que os linfócitos B (imunidade humoral) - Atuam no eixo (hipotálamo-hipófise-suprarrenal), suprimindo a produção do CRH hipotalâmico e de ACTH hipofisário. A corticoterapia prolongada pode levar à diminuição acentuada da secreção de cortisol endógeno com atrofia da glândula suprarrenal. - O tempo necessário para supressão do eixo, assim como a Síndrome de Cushing iatrogênico (face em lua e obesidade de tronco, hematoma fácil e pernas e braços finos) varia em cada indivíduo e está relacionada com: dose, horário, via de administração, fármaco usado e duração da corticoterapia. • PRINCIPAIS MEDICAMENTOS: BETAMETASONA - Exerce potente atividade glicocorticóide e insignificante mineralocorticóide. - Tem longa duração de ação - É utilizada em grávidas com risco de parto prematuro para acelerar a maturidade pulmonar fetal antes do nascimento. DIPROPIONATO DE BECLOMATASONA - É utilizado para tratamento de asma persistente e rinite não alérgica e alérgica moderada a grave. - O uso por inalação nasal ou oral reduz a ocorrência de efeitos adversos sistêmicos. BUDESONIDA - É utilizada por inalação no tratamento de rinite não alérgica e alérgica moderada a grave. DEXAMETASONA - Potente ação glicocorticoide e desprezível mineracorticóide - Tem longa duração de ação e suprime eficientemente a secreção de cortisol por 24h. Não se aconselha o uso oral por tempo prolongado, pela grande supressão do eixo hipotálamo-hipófise-suprarrenal. HIDROCORTISONA - Possui atividade glicocorticóide. - Utilizada no curto prazo para algumasemergências, como asma grave e choque anafilático. - Utilizada pela via tópica no tratamento de condições inflamatórias da pele, como eczema e dermatite de contato e dermatite atópica em crianças. SUCCINATO SÓDICO DE METILPREDNISOLONA - É indicado em nefropatias, doenças neurológicas, polimiosite, dermatomiosite, no controle de rejeição a enxertos etc. - Somente a forma de succinato de sódio admite a via intravenosa. FOSFATO SÓDICO DE PREDNISOLONA - Tem atividade predominantemente glicocorticoide com duração de ação intermediaria. - Foi incluída por apresentar forma de solução oral, permitindo o uso para crianças que não conseguem tomar comprimido de prednisona. - Em crianças é indicada em algumas situações condições como síndrome nefrótica, asma aguda grave e artrite idiopática juvenil. PREDNISONA - É o corticoesteroide mais utilizado em doenças que exigem tratamento por longo prazo. - Em doses únicas matinais ou em dias alternadas propicia menor supressão do eixo-hipotálamo-hipófise-suprarrenal. - Tem indicação para várias doenças, tais como asma aguda grave, condições alérgicas, reações de hanseníase do tipo 1 e 2, neoplasias hematológicas, formas graves de líquen plana e doenças reumáticas (artrite reumatoide, artrite temporal ou de células gigantes, poliartrite nodosa, polimiosite e lúpus eritematoso sistêmico, especialmente na presença de pleurisia, pericardite ou outras manifestações sistêmicas) - Utilizado na redução de artralgia, edema articular e dor e na melhora do estado funcional em artrite reumatoide.
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