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Rio de Janeiro, 1 de Junho de 2009 Rua Afonso Pena, 115 - Tijuca Telefone: (21) 3872-9200 Home Institucional Valores, Missão e Visão Apresentação CRF-RJ Sede Seccionais A palavra do Presidente Histórico Plenário Diretoria Conselheiros Agenda Organograma Gente Comissões Câmaras Técnicas Regulamento Coordenadores Membros Agenda Serviços Formulários Farmacêutico Técnico em Patologia Clínica Oficial de Farmácia Empresas e Responsabilidade Técnica Prazos dos Serviços Troca de Cédulas Consultar Requerimento Busca Profissionais Consultar Requerimento Perguntas & Respostas Ética Código de Ética Código Comentado Ouvidoria Fiscalização Atendimento Fiscal Sede Seccional Barra Mansa Seccional Campos dos Goytacazes Seccional Serrana Perguntas & Respostas Jurídico Informativo Artigos e Entrevistas CRIM e CEATRIM Cursos e Eventos CRF´s e Diretorias Links Úteis Licitações CRF- RJ Notícias Dia do Farmacêutico 2009 Anteriores Galeria de Fotos Banco de Empregos Empregos Currículos Canal do Estudante Legislação Revista Riopharma Última Edição Edições Anteriores Comissão Editorial Estabelecimentos Regulares Vídeos e Palestras CRF-RJ Transparente Atas de Plenária Indicadores Pisos Onde Estamos Sede Seccionais Fale Conosco Revista Riopharma Mai/Jun 2001 História da Farmácia Idade Moderna: da profissão de boticário a farmacêutico No século XVI, a divisão da natureza do trabalho reserva ao médico (físico ou clínico), a atividade intelectual. E confere ao cirurgião, ao dentista e ao boticário a atividade manual, com características laborais de ofício, organizado e formado nas corporações de artífices. Neste período, o ofício laico - executado pelos partícipes da classe dos artesãos - e a prática monástica eram as manifestações do exercício da profissão de boticário, embora até o século XVII o exercício da Farmácia ainda fosse uma prática predominantemente clerical. A assistência à saúde é categorizada, de acordo com a classe social do paciente. Os reis e a nobreza são atendidos por protomédicos (de formação universitária); os artesãos e burgueses por médicos e cirurgiões com boa formação técnica, que vieram a dar origem ao "médico de cabeceira" e ao profissional liberal, enquanto os pobres são atendidos apenas por curandeiros e barbeiros, ou recebiam atos caritativos em hospitais e hospícios (ante-salas da morte). Um grande surto de propagação da lepra leva Luís XIV, entre outras iniciativas na área da saúde pública, a ampliar o número de farmácias hospitalares na França. Mais adiante, no século XVIII, a profissão farmacêutica separa-se da Medicina , ao mesmo tempo em que cresce o número de farmácias leigas (fora dos mosteiros), já sob a proibição de que os seus proprietários sejam médicos. Em 1777, Luiz XV determina a substituição do nome de apoticário pelo de farmacêutico. A obtenção do diploma de farmacêutico exige estudos teóricos e prestação de exames práticos, embora ainda não seja considerado de nível universitário. Até a Idade Moderna, a profissão farmacêutica passa da categoria de ofício secular (Antiguidade), a ofício clerical (Idade Média), retornando a ofício secular na Idade Moderna. Da moderna farmacologia em 1813 à síntese química Ao final do século XVIII e início do XIX, o desenvolvimento da química como disciplina científica, a partir dos estudos de Lavoisier, imprime maior velocidade ao desenvolvimento das ciências farmacêuticas. A associação da Medicina e Farmácia com os conhecimentos da Química apontam para novos horizontes, permitindo o isolamento dos primeiros princípios ativos, como a morfina e outros alcalóides. A partir da sua instituição na Baviera em 1808, o estudo universitário para a formação do farmacêutico é logo estendido para toda a Europa. Os maiores conhecimentos em fisiologia e toxicologia dão início à moderna farmacologia, tendo sido publicado, em 1813, o primeiro tratado de toxicologia. Também na primeira metade do século XIX foram criados os primeiros laboratórios farmacêuticos. Inicia-se um grande processo de mudança na profissão. Enquanto o modo de produção se manteve artesanal, o farmacêutico detinha todas as etapas do processo, incluindo a propriedade dos meios de produção. Estas características serão profundamente alteradas, a partir da crescente industrialização da produção farmacêutica. A segunda metade do século XIX e o início do século XX são marcados pelo desenvolvimento da Página 1 de 2CRF-RJ - Revista Riopharma nº 42 - Mai/Jun 2001 1/6/2009http://www.crfrj.org.br/crf/revista/42/13.asp?n=42 farmacologia científica, da síntese química de medicamentos, da imunoterapia e da terapêutica experimental. Surgem nesse período os primeiros institutos de pesquisa de produção de medicamentos, de vacinas e soros. Avança o século XX, assistindo a uma verdadeira explosão farmacológica, tendo sido sintetizado um grande número de moléculas farmacologi-camente ativas. Durante a 1a guerra mundial, desenvolve-se a terapia antimicrobiana com avanços significativos em quimioterapia, antibioticote- rapia e imunoterapia. Pesquisas sobre guerra química, durante a 2a guerra, levam ao descobrimento dos primeiros anti-neoplásicos. A industrialização crescente torna o fármaco um produto industrial, integrado à dinâmica da sociedade de consumo e objeto de interesses econômicos e políticos. Grandes investimentos publicitários fomentam a chamada "medicalização" da conduta, atribuindo ao medicamento a solução para todos os problemas e produzindo o aumento do seu valor social. No final do século XX, surge a pesquisa farmacêutica direcionada à bioquímica, à biologia molecular e à genética. A escalada de nossos antecessores nos reserva os próximos degraus, pois a história da Farmácia se confunde com a busca constante do homem em aplacar suas dores. Assim era no princípio, assim é hoje e certamente será adiante. E, conhecendo a história, percebemos a nossa importância e temos a clareza de que o manejo ético do conhecimento em Farmácia escreverá um novo e bom tempo, garantindo o uso racional dos recursos naturais e dos produtos do nosso saber. Grande é o desafio, mas nada que tantos Josés e Marias não possam vencer, pois, desde o início dos tempos, "quem traz no corpo esta marca, possui a estranha mania de ter fé na vida". Volta Página 2 de 2CRF-RJ - Revista Riopharma nº 42 - Mai/Jun 2001 1/6/2009http://www.crfrj.org.br/crf/revista/42/13.asp?n=42
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