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9. Idade Moderna da profissão de boticário a farmacêutico

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Revista Riopharma Mai/Jun 2001
História da Farmácia 
 
Idade Moderna: da profissão de boticário a farmacêutico 
No século XVI, a divisão da natureza do trabalho reserva ao médico (físico ou clínico), a atividade 
intelectual. E confere ao cirurgião, ao dentista e ao boticário a atividade manual, com características 
laborais de ofício, organizado e formado nas corporações de artífices.
 
Neste período, o ofício laico - executado pelos partícipes da classe dos artesãos - e a prática 
monástica eram as manifestações do exercício da profissão de boticário, embora até o século XVII o 
exercício da Farmácia ainda fosse uma prática predominantemente clerical. 
A assistência à saúde é categorizada, de acordo com a classe social do paciente. Os reis e a 
nobreza são atendidos por protomédicos (de formação universitária); os artesãos e burgueses por 
médicos e cirurgiões com boa formação técnica, que vieram a dar origem ao "médico de cabeceira" 
e ao profissional liberal, enquanto os pobres são atendidos apenas por curandeiros e barbeiros, ou 
recebiam atos caritativos em hospitais e hospícios (ante-salas da morte). 
Um grande surto de propagação da lepra leva Luís XIV, entre outras iniciativas na área da saúde 
pública, a ampliar o número de farmácias hospitalares na França. Mais adiante, no século XVIII, a 
profissão farmacêutica separa-se da Medicina , ao mesmo tempo em que cresce o número de 
farmácias leigas (fora dos mosteiros), já sob a proibição de que os seus proprietários sejam 
médicos. 
Em 1777, Luiz XV determina a substituição do nome de apoticário pelo de farmacêutico. A obtenção 
do diploma de farmacêutico exige estudos teóricos e prestação de exames práticos, embora ainda 
não seja considerado de nível universitário. 
Até a Idade Moderna, a profissão farmacêutica passa da categoria de ofício secular (Antiguidade), a 
ofício clerical (Idade Média), retornando a ofício secular na Idade Moderna. 
 
Da moderna farmacologia em 1813 à síntese química 
Ao final do século XVIII e início do XIX, o desenvolvimento da química como disciplina científica, a 
partir dos estudos de Lavoisier, imprime maior velocidade ao desenvolvimento das ciências 
farmacêuticas. A associação da Medicina e Farmácia com os conhecimentos da Química apontam 
para novos horizontes, permitindo o isolamento dos primeiros princípios ativos, como a morfina e 
outros alcalóides.
 
A partir da sua instituição na Baviera em 1808, o estudo universitário para a formação do 
farmacêutico é logo estendido para toda a Europa. Os maiores conhecimentos em fisiologia e 
toxicologia dão início à moderna farmacologia, tendo sido publicado, em 1813, o primeiro tratado de 
toxicologia. Também na primeira metade do século XIX foram criados os primeiros laboratórios 
farmacêuticos. Inicia-se um grande processo de mudança na profissão.
 
Enquanto o modo de produção se manteve artesanal, o farmacêutico detinha todas as etapas do 
processo, incluindo a propriedade dos meios de produção. Estas características serão 
profundamente alteradas, a partir da crescente industrialização da produção farmacêutica.
 
A segunda metade do século XIX e o início do século XX são marcados pelo desenvolvimento da 
Página 1 de 2CRF-RJ - Revista Riopharma nº 42 - Mai/Jun 2001
1/6/2009http://www.crfrj.org.br/crf/revista/42/13.asp?n=42
farmacologia científica, da síntese química de medicamentos, da imunoterapia e da terapêutica 
experimental. Surgem nesse período os primeiros institutos de pesquisa de produção de 
medicamentos, de vacinas e soros.
 
Avança o século XX, assistindo a uma verdadeira explosão farmacológica, tendo sido sintetizado 
um grande número de moléculas farmacologi-camente ativas. Durante a 1a guerra mundial, 
desenvolve-se a terapia antimicrobiana com avanços significativos em quimioterapia, antibioticote-
rapia e imunoterapia. Pesquisas sobre guerra química, durante a 2a guerra, levam ao 
descobrimento dos primeiros anti-neoplásicos.
 
A industrialização crescente torna o fármaco um produto industrial, integrado à dinâmica da 
sociedade de consumo e objeto de interesses econômicos e políticos. Grandes investimentos 
publicitários fomentam a chamada "medicalização" da conduta, atribuindo ao medicamento a 
solução para todos os problemas e produzindo o aumento do seu valor social. 
No final do século XX, surge a pesquisa farmacêutica direcionada à bioquímica, à biologia molecular 
e à genética. A escalada de nossos antecessores nos reserva os próximos degraus, pois a história 
da Farmácia se confunde com a busca constante do homem em aplacar suas dores. Assim era no 
princípio, assim é hoje e certamente será adiante. E, conhecendo a história, percebemos a nossa 
importância e temos a clareza de que o manejo ético do conhecimento em Farmácia escreverá um 
novo e bom tempo, garantindo o uso racional dos recursos naturais e dos produtos do nosso saber. 
Grande é o desafio, mas nada que tantos Josés e Marias não possam vencer, pois, desde o início 
dos tempos, "quem traz no corpo esta marca, possui a estranha mania de ter fé na vida".
 
Volta
Página 2 de 2CRF-RJ - Revista Riopharma nº 42 - Mai/Jun 2001
1/6/2009http://www.crfrj.org.br/crf/revista/42/13.asp?n=42

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