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Farmacologia da dor: Analgesicos e Opioides Revisão: Como conseguimos sentir as coisas? Tanto em forma física ou sentimental, as informações são mediadas pelos neurotransmissores, sentimos porque um neurônio mediou a informação pelo transmissor até outro neurônio. E esse neurotransmissor passou a informação que você deve sentir dor, ou medo ou que você está com fome... então somos controlados por neurotransmissores. E como esses neurotransmissores são liberados? Os neurônios liberam os neurotransmissores depois de eles receberem o impulso nervoso. Precisamos lembrar que todas as células possuem íons dentro delas, e na maioria das células do corpo humano, os íons que ficam dentro delas possuem carga negativa, e no meio extracelular, temos uma maior quantidade de íons com carga positiva, causando uma diferença de potencial. Quando essa célula é estimulada, ela vai abrir poros dentro dela pra a entrada de íons, e ai quando acontece uma mudança no potencial de ação dessa célula (já que os íons positivos vão entrar e os negativos vão sair), muda a carga da célula (como mostra o segundo desenho) e isso é o potencial de ação que vai percorrer o neurônio todo até chegar no final e estimular a liberação de um neurotransmissor especifico pra cada situação sentimento que manda a mensagem ➔➔➔ e nos faz sentir dor (glutamato), prazer (serotonina)..., por exemplo. Mas hoje vamos focar no Glutamaco, que é o neurotransmissor relacionado a dor. O NEUROTRANSMISSOR SÓ É LIBERADO SE OCORRER ESSA MUDANÇA DE CARGA DENTRO DO NEURONIO, E A MUDANÇA DE VARGA SÓ OCORRE COM O NEURONIO ATIVADO Farmacologia da dor: 💡A dor é uma experiência subjetiva, difícil de definir exatamente, embora todos saibam o que significa. Tipicamente, é a resposta direta a um evento indesejável associado a lesão tecidual, como trauma, inflamação ou câncer, mas a dor intensa pode originar-se independentemente de qualquer causa predisponente óbvia ou persistir por muito tempo depois que a lesão precipitante esteja resolvida. A dor se da por 4 mecanismos principais: 1. Transdução 2. Transcrição 3. Modulação 4. Percepção O processo começa com a Transdução quando por ex. batemos nossa mão na mesa e os neurônios superficiais (NEURONIOS SENSITIVOS) da pele vão transduzir esse sinal pra dentro do meu corpo. A Transcrição, é quando os neurônios que receberam o sinal vão transmiti-lo até a medula espinhal (até o SNC). Depois de ser transmitida para a medula, acontece uma Modulação, a medula vai modular, vai dar a intensidade da dor. Após a modulação ocorrida da medula, o impulso é enviado para o cérebro onde vai acontecer a Percepção, onde a dor vai ser percebida, vamos por ex. suar e vamos entender que tem algo de errado no nosso corpo Dor= alerta do nosso corpo • Anti inflamatórios agem na enzima ciclooxigenase, e por agir nessa enzima, possuem 3 características principais, são antiinflamatórios, analgésicos e antipiréticos. ♦O alívio da dor depende do seu tipo específico. Por exemplo, na dor leve ou moderada (dor NOCICEPTIVA), podem ser usados os analgésicos não opioides, como os anti-inflamatórios NÃO esteroides (AINEs) e o Paracetamol Lembrando que o paracetamol não é considerado um anti-inflamatório não estereoidal (não é um AINEs), ele é um fármaco que não possui uma classe específica Anti-inflamatorios nao esteroides (AINEs) • Usado para dores NOCICEPTIVAS • Possuem capacidade de controlar a inflamação, de analgesia (reduzir a dor), e de combater a hipertermia (febre) AINS • Ácido acetilsalicílico • Cetorolaco • Ibuprofeno • Indometacina • Naproxeno Opioides: • Quando a dor se apresenta de uma maneira mais forte, mais intensa e mais persistente não conseguimos tratar só inibindo a ciclooxigenase (como no caso dos AINEs), precisamos passar para a classe principal de analgésicos que são os opioides, que conseguem tratar qualquer tipo de dor • Não podem ser usados para qualquer tipo de dor pois são fármacos que causam muita dependência • São considerados os fármacos de tarja preta Os opioides agem em 3 receptores principais: μ (mi), κ (capa) e δ (delta). Cada família de receptores apresenta uma especificidade diferente para os fármacos com os quais ela se liga, ou seja, cada opioide vai ter uma afinidade maior por um desses 3 receptores. Vamos ter opioides de origem natural, semissintético e sintético (como na imagem abaixo): Naturais: encontramos na natureza; Semissintético: pegamos da natureza e levamos para o laboratorio, tornando eles metade naturais e metade sintéticos; Sintéticos: nenhuma origem natural, são os que conseguimos elaborar dentro do laboratório (conferir exemplos de cada) AGONISTAS OPIOIDES Vão agir nos 3 receptores (μ (mi), κ (capa) e δ (delta)), nas células do sistema nervoso central. São divididos em agonistas potentes e agonistas fracos/moderados A morfina é o principal fármaco analgésico presente no ópio bruto. A codeína também está presente no ópio bruto, em menores concentrações, e é menos potente, o que a torna protótipo dos agonistas opioides fracos. A codeína por ter esse efeito mais moderado além de ser utilizado para tratar a dor, também é utilizado para tratar a tosse, porque ela consegue eliminar essa transdução de sinal que da início ao processo de tossir A morfina e outros opioides exercem seus efeitos principais interagindo com os receptores opioides nas membranas de certas células no SNC. A morfina também parece inibir a liberação de vários transmissores excitatórios dos terminais nervosos que levam a estímulos nociceptivos. Agonistas potentes • Alfentanila • Fentanila • Heroína (não é considerada um fármaco) • Hidrocodona • Hidromorfona • Meperidina • Metadona • Morfina • Oximorfona • Remifetanila • Sufetnaila Agonistas moderados § Codeína Agonistas opioides causam analgesia (alívio da dor sem perda de consciência) e aliviam a dor, aumentando o seu limiar no nível da medula espinal e, de forma mais importante, alterando a percepção da dor no cérebro. ✦A morfina produz uma forte sensação de contentamento e bem-estar além da analgesia, criando um grande potencial de dependência ✦Oxicodona e oximorfona - São derivados semissintéticos da morfina - Oxidocona é ativada por via oral e, algumas vezes, formulada com ácido acetilsalicílico ou com paracetamol - O efeito analgésico oral é aproximadamente o dobro da morfina Como se da o mecanismo de ação dos opioides? Vão agir nos receptores μ (mi), κ (capa) e δ (delta) dos neurônios. Os opioides vão se ligar aos receptores. E o que esse receptor vai fazer? Vai mandar uma mensagem para os canais de cálcio (que ficam na membrana dos neurônios) e que se abrem para fazer com que o cálcio venha de fora da célula para dentro do neurônio, fazendo com que aja uma mudança no potencial de ação da célula, e quando ocorre um potencial de ação, a célula libera uma vesícula para o neurotransmissor, no caso o glutamato Se eu inibir esse canal, o cálcio não vai entrar e não vai haver a troca de carga entre o meio intra e extracelular, e se não há essa troca de carga, a vesícula cheia de neurotransmissor glutamato não vai ser liberada, aí consigo inibir o potencial de ação e logo, a sensação de dor, já que eu não vou ter o neurotransmissor saindo para passar aquela informação de que precisa sentir dor. Então é assim que se dá o mecanismo de ação dos opioides... eles vão se ligar ao receptor deles, e esse receptor vai impedir a abertura do canal de cálcio, ou só deixar entrar em uma pequena quantidade de cálcio. Impedindo a liberação da vesícula com o glutamato, impedindo a informação de dor chegar. ANTAGONISTAS OPIOIDES Os antagonistas opioides se ligam com alta afinidade aos receptores opioides, mas não ativam a resposta mediada peloreceptor. Utilizamos quando temos uma pessoa dependente e não queremos mais que ela sinta o efeito dos opioides, quando vamos fazer o “desmame” para pessoas dependentes A administração de antagonistas opioides não produz efeitos significativos em indivíduos normais. No entanto, em pacientes dependentes de opioides,os antagonistas revertem rapidamente o efeito dos agonistas e precipitam os sintomas de abstinência de opioides. Naloxona A naloxona é utilizada para reverter o coma e a depressão respiratória causados pela dose excessiva de opioides. Ela rapidamente desloca todas as moléculas opioides ligadas ao receptor e, assim, é capaz de reverter o efeito da dose excessiva. Dentro de 30 segundos após a injeção IV de naloxona, a depressão respiratória e o coma característicos são revertidos, reanimando o paciente e tornando-o alerta. Naltrexona A naltrexona tem ações similares às da naloxona. Ela tem duração de ação mais longa do que a naloxona, e uma única dose oral de naltrexona bloqueia o efeito da heroína injetada por até 24 horas Caracteristicas da tentativa do demame: Ansioliticos § Atuam impedindo o potencial de ação HUMOR ●Controlado pelos neurotransmissores ● Somatória de emoções e sentimentos que estão presentes na consciência do indivíduo num determinado momento. ● Estado de disposição básica, difusa e prolongada da afetividade. 😁🤪😕😣😪😭 Principais neurotransmissores que controlam nosso corpo; observar o que respectivamente controlam Os transtornos envolvendo ansiedade são os distúrbios mentais mais comuns. A ansiedade é um estado desagradável de tensão, apreensão e inquietação – um temor que se origina de fonte conhecida ou desconhecida. Os sintomas físicos da ansiedade grave são similares aos do medo (como taquicardia, sudoração, tremores e palpitações) e envolvem a ativação simpática. É o aumento de serotonina junto com o aumento de dopamina, que faz o aumento de estado de alerta, estresse e do comportamento obsessivo-compulsivo SISTEMA NERVOSO AUTONOMO SIMPATICO aflorado🌸 Ansiolíticos: A ansiedade intensa, crônica e debilitante pode ser tratada com fármacos ansiolíticos (ou antiansiedade) e/ou com alguma forma de psicoterapia. Como muitos dos fármacos ansiolíticos causam alguma sedação, eles podem ser usados clinicamente como ansiolíticos e como hipnóticos (indutores do sono). BENZODIAZEPÍNICOS Os benzodiazepínicos são os ansiolíticos mais usados. Eles substituíram os barbitúricos e o meprobamato no tratamento da ansiedade e da insônia por serem fármacos considerados mais seguros e eficazes. Em doses baixas, os benzodiazepínicos são ansiolíticos. Em doses altas podem ser usados como indutores do sono (sedativos) TODOS os benzodiazepínicos têm propriedades sedativa e calmante, e alguns podem produzir hipnose (sono produzido “artificialmente”) em doses mais elevadas. Vários benzodiazepínicos têm atividade anticonvulcionante Ex: Benzodiazepínico: Alprazolam Clonazepam Clorazepate Clordiazepóxido Diazepam Estazolam Flurazempam Lorazepam Midazolam Oxazepam Quasepam Temazepam Trazolam Como eles vão agir? Temos o canal de cloreto na célula, e quando ele abre a célula (que já tem ions negativos) fica mis negativa do que ela já está, entrando no estado hiperpolarizado ou hipernegativa, tornando mais dificil tornar a célula positiva e iniciar um potencial de ação Então é isso que acontece... entra o cloreto com carga negativa na célula, ela fica hiperpolarizada e a célula passa a não conseguir se tornar positiva, então o potencial de ação não acontece e a célula não manda mais a dopamina e a serotonina pro meio extra celular, para que passe a informação para outro neuronio. E quando ela não passa, conseguimos inibir o estado de alerta e o instinto obsessivo-compulsivo, logo, a ansiedade tambem 🚫EFEITOS ADVERSOS 🚫 Sedação e confusão são os efeitos adversos mais comuns dos benzodiazepínicos. Ocorre ataxia em doses elevadas, impedindo as atividades que exigem coordenação motora fina, como dirigir automóvel. (raramente) Pode ocorrer comprometimento cognitivo. Álcool e outros depressores do SNC potencializam seus efeitos hipnoticossedativos. Pode-se desenvolver dependência física e psicológica aos benzodiazepínicos se doses elevadas forem administradas por longos períodos. BARBITÚRICOS Os barbitúricos foram, no passado, a base do tratamento usado para sedar o paciente ou para induzir e manter o sono. Com o tempo, foram amplamente substituídos pelos benzodiazepínicos, principalmente porque os barbitúricos induzem a tolerância e a dependência física e estão associados a sintomas de abstinência graves.As pessoas que usam tem um potencial muito maior de se tornar dependentes, por isso tendemos a escolher benzodiazempinicos para tratamento de ansiedade Tambem vão abrir os canais de cloreto, mas não se ligam aos canais de cloreto como os benzodiazempinicos, se ligam ao receptor GABA que vai abrir esses canais de cloreto. Ex: Barbitúricos Amobasbital Fenobarbital Pentobarbital Secobarbital Tiopental
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