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Alergia Alimentar: História e Definições

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11
CURSOS DE PCURSOS DE PÓÓS GRADUAS GRADUAÇÇÃO AUTORIZADOS PELO M.E.C:ÃO AUTORIZADOS PELO M.E.C:
Portaria MEC nPortaria MEC n°° 893 893 –– D.O.U. 25 de Junho de 1993D.O.U. 25 de Junho de 1993
ResoluResoluçção CONSU não CONSU n°° 01 de 14/06/200601 de 14/06/2006
TERAPIA NUTRICIONAL na
DrDrªª Denise Denise MadiMadi CarreiroCarreiro
NutricionistaNutricionista
CRN 2729 CRN 2729 --SPSP
contato@denisecarreiro.com.brcontato@denisecarreiro.com.br
www.denisecarreiro.com.brwww.denisecarreiro.com.br
ALERGIAALERGIA ALIMENTARALIMENTAR
22
HistHistóória da Alergia Alimentarria da Alergia Alimentar
HipHipóócrates,crates, o pai da medicina, que viveu na Gro pai da medicina, que viveu na Gréécia hcia háá 2400 anos atr2400 anos atráás, s, 
afirmava que as doenafirmava que as doençças originavamas originavam--se da natureza e por ela se da natureza e por ela 
poderiam ser curadas, atravpoderiam ser curadas, atravéés do equils do equilííbrio com o meio ambiente, os brio com o meio ambiente, os 
alimentos ingeridos e com a paz de espalimentos ingeridos e com a paz de espíírito.rito.
"Para mim parece que ningu"Para mim parece que ninguéém teria procurado por remm teria procurado por reméédios, uma vez dios, uma vez 
que o mesmo tipo de dieta tinha servido o homem na saque o mesmo tipo de dieta tinha servido o homem na saúúde e na de e na 
doendoençça"a"
"Deixe sua comida ser seu rem"Deixe sua comida ser seu reméédio e seu remdio e seu reméédio ser sua comida"dio ser sua comida"
Na mesma Na mesma éépocapoca LucreciusLucrecius escreveu:escreveu:
"O que "O que éé comida para um, comida para um, éé para outros amargo veneno"para outros amargo veneno"
MosesMoses MaimonidesMaimonides (1135-1204) disse:
"Nenhuma doença a qual possa ser tratada por 
dieta, poderá ser tratada por algum outro meio".
Em 1905 Em 1905 -- Francis Francis HareHare, m, méédico Australiano dico Australiano 
descreveu vdescreveu váários aspectos de alergia alimentar, rios aspectos de alergia alimentar, 
incluindoincluindo alcoolismo, obesidade e adicalcoolismo, obesidade e adicçção ão 
alimentar.alimentar.
DefiniDefiniçção original de Alergia (1906):ão original de Alergia (1906):
Qualquer reaQualquer reaçção alterada a uma substância ão alterada a uma substância 
normalmente inofensiva.normalmente inofensiva.
33
Dr. Arthur CocaDr. Arthur Coca
Formulou o conceito de Formulou o conceito de hipersensibilidadehipersensibilidade e e 
usou a palavra usou a palavra ""AtopiaAtopia"", para descrever , para descrever 
reareaçções mediadas por antões mediadas por antíígenos e anticorpos.genos e anticorpos.
Em 1930 Coca publicou o livro "Em 1930 Coca publicou o livro "TheThe Pulse Pulse 
TestTest" no qual descreve que o pulso de 1 " no qual descreve que o pulso de 1 
pessoa exposta a um alpessoa exposta a um aléérgeno aumenta de rgeno aumenta de 
freqfreqüüência.ência.
ReaReaçções Adversas aos Alimentos (RAA)ões Adversas aos Alimentos (RAA)
ÉÉ a denominaa denominaçção empregada para qualquer reaão empregada para qualquer reaçção anormal ão anormal àà ingestão ingestão 
de alimentos ou aditivos alimentares, independente de sua causa.de alimentos ou aditivos alimentares, independente de sua causa.
São classificadas em: tSão classificadas em: tóóxicas e não txicas e não tóóxicas. xicas. 
As reaAs reaçções não tões não tóóxicas são aquelas que dependem de uma xicas são aquelas que dependem de uma 
susceptibilidade individual e podem ser classificadas em imunosusceptibilidade individual e podem ser classificadas em imuno--mediadas mediadas 
(alergia alimentar) e não imuno(alergia alimentar) e não imuno--mediadas (intolerância alimentar).mediadas (intolerância alimentar).
HHáá vváárias interpretarias interpretaçções na identificaões na identificaçção de alergias e intolerâncias ão de alergias e intolerâncias 
alimentares.alimentares.
Alergia Alimentar (AA)Alergia Alimentar (AA) éé a denominaa denominaçção utilizada para as RAA, que ão utilizada para as RAA, que 
envolvem mecanismos imunolenvolvem mecanismos imunolóógicosgicos, resultando em grande variabilidade , resultando em grande variabilidade 
de manifestade manifestaçções clões clíínicas. nicas. 
Intolerâncias alimentaresIntolerâncias alimentares, como por exemplo, na intolerância , como por exemplo, na intolerância àà lactose, lactose, 
serão desencadeados sintomas pela incapacidade de se digerir a lserão desencadeados sintomas pela incapacidade de se digerir a lactose actose 
(por falta da enzima lactase), ocorrendo a fermenta(por falta da enzima lactase), ocorrendo a fermentaçção da lactose dando ão da lactose dando 
sintomas como formasintomas como formaçção de gases, cão de gases, cóólicas, licas, estufamentosestufamentos, dores , dores 
intestinais, mau hintestinais, mau háálito e atlito e atéé diarrdiarrééia, poria, poréém, m, não houve intermedianão houve intermediaçção do ão do 
sistema imunolsistema imunolóógico gico 
44
RReações
AAdversas aos
AAlimentos
TTóóxicasxicas
Independem da 
suscetibilidade
individual
NãoNão
TTóóxicasxicas
Intolerâncias:Intolerâncias:
não mediadasnão mediadas
pelo S. Imunepelo S. Imune
Alergias:Alergias:
mediadasmediadas
pelo S. Imunepelo S. Imune
Intolerância à lactose
Distúrbios de Destoxificação
Reações a aditivos químicos
Resposta 
celular
Macrófagos
Células T citotóxicas
Resposta 
humoral
anticorpos
IgA
IgD
IgE
IgG
IgM
Mecanismos de 
hipersensibilidade
Gel e Coombs tipo:
I, II, III e IV
PredisposiPredisposiçção genão genéética (expressa 70% pelo tica (expressa 70% pelo 
fenfenóótipo) tipo) 
Tipo de antTipo de antíígeno, dose e porta de entradageno, dose e porta de entrada
Competência do sistema imuneCompetência do sistema imune
Integridade orgânica funcionalIntegridade orgânica funcional
EquilEquilííbrio nutricionalbrio nutricional
1 a 2% das A.A.
Reação histamínica
Imediata, IgE
Reação tardia
Inflamatória
IgG, IgM e C’
Desenvolvimento das alergias alimentaresDesenvolvimento das alergias alimentares
Deficiência de Lactase (ou de outras Deficiência de Lactase (ou de outras dissacaridasesdissacaridases))
AsmaAsma
EczemaEczema
InfecInfecçções recorrentesões recorrentes
de ouvido. de ouvido. 
Dor de cabeDor de cabeççaa
FadigaFadiga
DeterioraDeterioraçção daão da
funfunçção pancreão pancreáática.tica.
DiminuiDiminuiçção do pHão do pH
áácido do estômagocido do estômago
Supercrescimento Supercrescimento 
de bactde bactéérias e fungosrias e fungos
Parasitas Parasitas 
Disbiose intestinalDisbiose intestinal
DiarrDiarrééiaia
CãimbrasCãimbras
GasesGases
InchaInchaççoo
IrritaIrritaçção dasão das
Cel. EpiteliaisCel. Epiteliais
da mucosa.da mucosa.
AlteraAlteraçção da permeabilidadeão da permeabilidade
int. / Mint. / Máá absorabsorçção de nutrientesão de nutrientes..
Alergias Alergias 
AlimentaresAlimentaresAumento de toxinasAumento de toxinas
paro o paro o figadofigado..
Sobrecarga dos mecanismosSobrecarga dos mecanismos
de destoxificade destoxificaçção do ão do figadofigado..
Aumento daAumento da
estimulaestimulaçção doão do
sistema imune.sistema imune.
AlteraAlteraçção dosão dos
nnííveis hormonaisveis hormonais
AcentuaAcentuaçção doão do
fenfen. Autoimune. Autoimune
55
DESENVOLVIMENTO DE ALERGIA ALIMENTARDESENVOLVIMENTO DE ALERGIA ALIMENTAR
A resposta imunolA resposta imunolóógica do organismo contra determinado antgica do organismo contra determinado antíígeno, geno, 
depende de uma sdepende de uma séérie de fatores, tais como:rie de fatores, tais como:
-- PredisposiPredisposiçção genão genéética (expressa 70% pelo fentica (expressa 70% pelo fenóótipo) tipo) 
--Tipo de antTipo de antíígeno, dose e porta de entradageno, dose e porta de entrada
-- Competência do sistema imuneCompetência do sistema imune
-- Integridade orgânica funcionalIntegridade orgânica funcional
-- EquilEquilííbrio nutricionalbrio nutricional
ALERGIAALERGIA ALIMENTARALIMENTAR
66
SISTEMA IMUNOLSISTEMA IMUNOLÓÓGICOGICO
A imunologia A imunologia éé o estudo da imunidade em sua o estudo da imunidade em sua 
acepacepçção mais ampla, ou seja,dos eventos celulares ão mais ampla, ou seja, dos eventos celulares 
e moleculares que ocorrem depois que o organismo e moleculares que ocorrem depois que o organismo 
encontra microorganismos e outras molencontra microorganismos e outras molééculas culas 
estranhas. estranhas. 
As cAs céélulas e mollulas e molééculas responsculas responsááveis pela imunidade veis pela imunidade 
formam o sistema imunolformam o sistema imunolóógico. gico. 
A resposta coletiva e coordenada A resposta coletiva e coordenada àà introduintroduçção de ão de 
substâncias estranhas substâncias estranhas éé chamada de resposta chamada de resposta 
imunolimunolóógica.gica.
A capacidade do organismo resistir A capacidade do organismo resistir ààs s 
agressões agressões 
dos agentes bioldos agentes biolóógicos e de toxinas gicos e de toxinas éé
chamada de chamada de IMUNIDADE.IMUNIDADE.
Os sistemas biolOs sistemas biolóógicos estão sujeitos a controles reguladores complexos. gicos estão sujeitos a controles reguladores complexos. 
O sistema imune não O sistema imune não éé uma exceuma exceçção. ão. A alteraA alteraçção do sistema imunolão do sistema imunolóógico gico éé
muito mais uma consequência dos desequilmuito mais uma consequência dos desequilííbrios nutricionais e brios nutricionais e 
ambientais, do que a causa.ambientais, do que a causa. PorPoréém, a partir do momento que o mesmo for m, a partir do momento que o mesmo for 
desequilibrado, predispõe o organismo a adesequilibrado, predispõe o organismo a açção de agressores e pode ão de agressores e pode 
desencadear vdesencadear váários desequilrios desequilííbrios fbrios fíísicos, mentais e emocionais. sicos, mentais e emocionais. 
As barreiras limAs barreiras limíítrofes do organismo humano se constituem por trofes do organismo humano se constituem por óórgãos rgãos 
externos e internos, como a pele, as diversas mucosas, o sistemaexternos e internos, como a pele, as diversas mucosas, o sistema
respiratrespiratóório e o trato digestivo. Para a nossa proterio e o trato digestivo. Para a nossa proteçção tambão tambéém contamos m contamos 
com a capacidade de eliminar substâncias produzidas no organismocom a capacidade de eliminar substâncias produzidas no organismo que que 
não serão mais necessnão serão mais necessáárias, assim como as substâncias trias, assim como as substâncias tóóxicas em geral xicas em geral 
que entraram no nosso organismo; todas as nossas cque entraram no nosso organismo; todas as nossas céélulas conseguem lulas conseguem 
eliminar toxinas, poreliminar toxinas, poréém, 60% dessa eliminam, 60% dessa eliminaçção ão éé feita por cfeita por céélulas do lulas do 
ffíígado.gado.
A eficA eficáácia desta protecia desta proteçção ão éé alta!alta!
77
Competência do sistema imuneCompetência do sistema imune
O Sistema ImunolO Sistema Imunolóógico gico éé composto por um conjunto composto por um conjunto 
de cde céélulas, lulas, óórgãos e estruturas especializadas e não rgãos e estruturas especializadas e não 
especializadas, cuja funespecializadas, cuja funçção ão éé identificar, destruir e eliminar identificar, destruir e eliminar 
invasores estranhos antes que qualquer mal seja invasores estranhos antes que qualquer mal seja 
feito ao organismo.feito ao organismo.
DEFESA ORGÂNICADEFESA ORGÂNICA
-- Barreira fBarreira fíísica: Pelesica: Pele
-- Barreira de defesa inicial não imunolBarreira de defesa inicial não imunolóógicagica
-- Barreira de defesa inicial imunolBarreira de defesa inicial imunolóógica inespecgica inespecííficafica
-- Defesa imunolDefesa imunolóógica especgica especííficafica
SISTEMA IMUNOLSISTEMA IMUNOLÓÓGICOGICO
Componentes do SISTEMA IMUNOLComponentes do SISTEMA IMUNOLÓÓGICOGICO
Célula Tronco
Hematopoiética
Pluripotencial
Célula 
Tronco
Linfóide
MEDULA
Linfócito
B
CD 4
TIMO
Plasmócitos
Anticorpos
CD 8
TH 1
TH 2
TH 3
T
Citotóxica
T
Supressora
Célula 
Tronco
Mielóide
Neutrófilos Megaca
riócitos
Monócitos Eosinófilos
PlaquetasMastócitosMacrófagos
Basófilos
Sistema do
complemento
Natural
Killer
Eritrócitos
TH 9
TH 17
88
O primeiro elemento de defesa do sistema imunolO primeiro elemento de defesa do sistema imunolóógico, ainda na superfgico, ainda na superfíície cie 
mucosa, mucosa, éé aa Imunoglobulina A (IgA).Imunoglobulina A (IgA). Esta possui a capacidade de ligaEsta possui a capacidade de ligaçção ão 
com antcom antíígenos inalados ou ingeridos, impedindogenos inalados ou ingeridos, impedindo--os de ser absorvidos e os de ser absorvidos e 
expondoexpondo--os a enzimas na superfos a enzimas na superfíície mucosa, que, por sua vez, realizam cie mucosa, que, por sua vez, realizam 
clivagem bacteriana ou neutralizaclivagem bacteriana ou neutralizaçção de microorganismos e toxinas.ão de microorganismos e toxinas.
sIgAsIgA sIgAsIgA sIgAsIgA sIgAsIgA sIgAsIgA sIgAsIgAsIgAsIgA
NNííveis adequados de IgA Secretorveis adequados de IgA Secretor
Superfície mucosa 
intestinal (integra)
ALERGIAALERGIA ALIMENTARALIMENTAR
sIgAsIgA sIgAsIgA sIgAsIgA
SuperfSuperfíície mucosa cie mucosa 
intestinal (alterada)intestinal (alterada)
NiveisNiveis baixos de IgA Secretorbaixos de IgA Secretor
MacromolMacromolééculas de alimentos e de culas de alimentos e de ingestantesingestantes ligadas ligadas ààs s IgAsIgAs, sob a, sob açção ão 
enzimenzimáática, são subdivididas em moltica, são subdivididas em molééculas menores, possibilitando sua culas menores, possibilitando sua 
absorabsorçção, sem o risco de desencadearem reaão, sem o risco de desencadearem reaçções alões aléérgicas.rgicas.
ALERGIAALERGIA ALIMENTARALIMENTAR
99
Normalmente, a exposiNormalmente, a exposiçção a antão a antíígenos atravgenos atravéés da via ents da via entéérica resulta rica resulta 
em uma resposta local, mediada por em uma resposta local, mediada por IgAsIgAs e na supressão das e na supressão das 
respostas imunes mediadas por respostas imunes mediadas por IgGsIgGs e e IgEsIgEs. Esta supressão decorre, . Esta supressão decorre, 
principalmente, da produprincipalmente, da produçção de cão de céélulas T supressoras especlulas T supressoras especííficas ficas 
(entre outros mecanismos imunol(entre outros mecanismos imunolóógicos) que levam gicos) que levam àà diminuidiminuiçção da ão da 
capacidade de estimulacapacidade de estimulaçção da resposta imunolão da resposta imunolóógica, tanto gica, tanto 
localmente, como em localmente, como em óórgãos distantes do intestino. Deste modo, o rgãos distantes do intestino. Deste modo, o 
material antigênico absorvido por via entmaterial antigênico absorvido por via entéérica não produz respostas rica não produz respostas 
imunes prejudiciais (reaimunes prejudiciais (reaçções alões aléérgicas) e, conseqrgicas) e, conseqüüentemente, somos entemente, somos 
capazes de nos alimentar, sem que ocorram reacapazes de nos alimentar, sem que ocorram reaçções indesejões indesejááveis. veis. 
Este fenômeno de supressão imunolEste fenômeno de supressão imunolóógica produzido por antgica produzido por antíígenos genos 
ingeridos ingeridos éé denominado dedenominado de Tolerância Oral.Tolerância Oral.
ALERGIAALERGIA ALIMENTARALIMENTAR
INTRODUINTRODUÇÇÃO PRECOCE DE ALIMENTOS E O DESENCADEAMENTO DE ÃO PRECOCE DE ALIMENTOS E O DESENCADEAMENTO DE 
DOENDOENÇÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍÍVEISVEIS
IMATURIDADE DO SISTEMA IMUNOLÓGICO 
MUCOSA INTESTINAL COM ALTERAÇÃO DE PERMEABILIDADE
MICROBIOTA INTESTINAL EM FORMAÇÃO
INADEQUAÇÃO DE IgA – TOLERÂNCIA ORAL AOS ALIMENTOS
PRODUÇÃO INSUFICIENTE DE ENZIMAS DIGESTIVAS
INADEQUAÇÃO DO SUCO GÁSTRICO
IMATURIDADE RENAL
TODOS ESSES FATORES SÃO NATURALMENTE TODOS ESSES FATORES SÃO NATURALMENTE 
CONTROLADOS COM O ALEITAMENTO MATERNO CONTROLADOS COM O ALEITAMENTO MATERNO 
ADEQUADO.ADEQUADO.
1010
Permeabilidade intestinal alterada;Permeabilidade intestinal alterada;
Sistema imunolSistema imunolóógico imaturo;gico imaturo;
Baixa quantidade de IgA;Baixa quantidade de IgA;
Microbiota em formaMicrobiota em formaçção; ão; 
PredisposiPredisposiçção genãogenéética; tica; 
IntroduIntroduçção precoce de proteão precoce de proteíínas nas 
de difde difíícil digestão.cil digestão.
InflamaInflamaçção da mucosa intestinal levando ão da mucosa intestinal levando 
àà mmáá absorabsorçção de nutrientes e passagem ão de nutrientes e passagem 
de macromolde macromolééculas para a corrente culas para a corrente 
sangusanguíínea;nea;
Sobrecarga imunolSobrecarga imunolóógica e hepgica e hepáática, com tica, com 
carência de nutrientes necesscarência de nutrientes necessáários para rios para 
formaformaçção e modulaão e modulaçção do sistema ão do sistema 
imunolimunolóógico e para a destoxificagico e para a destoxificaçção ão 
orgânica;orgânica;
FormaFormaçção de anticorpos de memão de anticorpos de memóória.ria.
Desencadeamento de processos inflamatDesencadeamento de processos inflamatóórios e, por rios e, por 
consequênciaconsequência, utiliza, utilizaçção de antibião de antibióóticos, antiinflamatticos, antiinflamatóórios, rios, 
antialantialéérgicos, rgicos, ““ranitidinaranitidina””, digestivos, cortisona para , digestivos, cortisona para 
controle dos sintomas apresentados, levando a: controle dos sintomas apresentados, levando a: 
desequildesequilííbrio da microbiota intestinal brio da microbiota intestinal 
(com prevalência de fungos e microbiota patogênica), (com prevalência de fungos e microbiota patogênica), 
carência nutricional para a formacarência nutricional para a formaçção de: ão de: áácido clorcido cloríídrico, drico, 
enzimas digestivas, cenzimas digestivas, céélulas imunollulas imunolóógicas, hormônios, gicas, hormônios, 
neurotransmissores, formaneurotransmissores, formaçção dos enterão dos enteróócitos, das citos, das 
enzimas hepenzimas hepááticas e antioxidantes;ticas e antioxidantes;
DoenDoençças Crônicas as Crônicas 
Não TransmissNão Transmissííveisveis
AlAléém da IgA ser responsm da IgA ser responsáável pela barreira imunolvel pela barreira imunolóógica primgica primáária na parede ria na parede 
intestinal, dificultando a penetraintestinal, dificultando a penetraçção dos antão dos antíígenos, esta imunoglobulina genos, esta imunoglobulina 
tambtambéém exerce um importante papel na neutralizam exerce um importante papel na neutralizaçção intramucosa de ão intramucosa de 
microorganismo e excremicroorganismo e excreçção de antão de antíígenos. Podegenos. Pode--se ressaltar entre suas se ressaltar entre suas 
aaçções: neutralizaões: neutralizaçção de toxinas, bactão de toxinas, bactéérias e vrias e víírus, impedindo a fixarus, impedindo a fixaçção dos ão dos 
mesmos mesmos ààs cs céélulas do intestino (enterlulas do intestino (enteróócitos) e a formacitos) e a formaçção de complexos ão de complexos 
de elevado peso molecular, com diversos tipos de protede elevado peso molecular, com diversos tipos de proteíínas (alimentares nas (alimentares 
ou não), impedindo sua absorou não), impedindo sua absorçção.ão.
QuandoQuando estasestas defesasdefesas nãonão sãosão suficientessuficientes e e estesestes antantíígenosgenos passampassam parapara a a 
correntecorrente sangsangüíüíneanea,, aindaainda existemexistem defesasdefesas imunolimunolóógicasgicas inespecinespecííficasficas
compostascompostas porpor glglóóbulosbulos brancosbrancos queque têmtêm a a funfunççãoão de de fagocitarfagocitar osos
invasoresinvasores queque, em , em conjuntoconjunto com o com o sistemasistema monocmonocííticotico fagocitfagocitááriorio e e 
linflinfááticotico, , vãovão ““limparlimpar”” o o sanguesangue destasdestas substânciassubstâncias estranhasestranhas, , sejamsejam elaselas
quaisquais for,for, preferencialmentepreferencialmente semsem causarcausar danosdanos aoao organismoorganismo..
ALERGIAALERGIA ALIMENTARALIMENTAR
1111
Se houver sobrecarga dos antSe houver sobrecarga dos antíígenos no sangue e estas primeiras genos no sangue e estas primeiras 
defesas não derem conta,defesas não derem conta, outros tipos de gloutros tipos de glóóbulos brancos entram bulos brancos entram 
em aem aççãoão e atuam por diversas formas, sendo diretamente contra o e atuam por diversas formas, sendo diretamente contra o 
invasor (fagocitose) e/ ou produzindo anticorpos especinvasor (fagocitose) e/ ou produzindo anticorpos especííficos ficos 
(imunoglobulinas) contra os mesmos, desencadeando rea(imunoglobulinas) contra os mesmos, desencadeando reaçções que ões que 
causarão a liberacausarão a liberaçção de substâncias prão de substâncias próó--inflamatinflamatóórias, estresse rias, estresse 
oxidativo e a produoxidativo e a produçção de substâncias quão de substâncias quíímicas (histaminas e outros micas (histaminas e outros 
autacautacóóides) para combatêides) para combatê--los.los.
São essas reaSão essas reaçções intensas e freqões intensas e freqüüentes que provocarão entes que provocarão 
alteraalteraçções funcionais em ões funcionais em óórgãosrgãos--alvo mais sensalvo mais sensííveis, podendo veis, podendo 
causarcausar reareaçções imediatas, alergias,ões imediatas, alergias, ouou reareaçções tardias que são as ões tardias que são as 
chamadas hipersensibilidades alimentares, alergias escondidas, chamadas hipersensibilidades alimentares, alergias escondidas, 
alergias tardias ou alergias irreconhecidas.alergias tardias ou alergias irreconhecidas.
ALERGIAALERGIA ALIMENTARALIMENTAR
Segundo a classificaSegundo a classificaçção de ão de GellGell e e CoombsCoombs, existem quatro mecanismos de , existem quatro mecanismos de 
hipersensibilidade dos tipos I, II, III e IV.hipersensibilidade dos tipos I, II, III e IV.
Nas alergias alimentares e por Nas alergias alimentares e por ingestantesingestantes existe uma participaexiste uma participaçção mais ão mais 
ampla dos mecanismos do tipo I e III, assim como hampla dos mecanismos do tipo I e III, assim como háá muitas evidências da muitas evidências da 
existência de hipersensibilidade simultânea mediada por existência de hipersensibilidade simultânea mediada por IgEsIgEs e e IgGsIgGs..
REAREAÇÇÃO DE HIPERSENSIBILIDADE DO TIPO I:ÃO DE HIPERSENSIBILIDADE DO TIPO I:
Imediata e mediada por IgE (aImediata e mediada por IgE (açção histamão histamíínica)nica)
A reaA reaçção do tipo I ão do tipo I éé imediata, podendo surgir dentro de minutos atimediata, podendo surgir dentro de minutos atéé oito oito 
horas aphoras apóós a exposis a exposiçção ao alão ao aléérgeno. Os sintomas que se sucedem ao contato rgeno. Os sintomas que se sucedem ao contato 
com os alcom os aléérgenos variam de rapidez, intensidade e gravidade, na rgenos variam de rapidez, intensidade e gravidade, na 
dependência do estado de sensibilizadependência do estado de sensibilizaçção individual, da quantidade de ão individual, da quantidade de 
exposiexposiçção alergênica e das aão alergênica e das açções farmacodinâmicas produzidas pela ões farmacodinâmicas produzidas pela 
liberaliberaçção de histamina e de outros autacão de histamina e de outros autacóóides.ides.
As alergias respiratAs alergias respiratóórias de etiologia rias de etiologia inalatinalatóóriaria (98%) (98%) pertecempertecem
essencialmente a este grupo,essencialmente a este grupo, assim como 1 a 2% das alergias alimentares.assim como 1 a 2% das alergias alimentares.
ALERGIAALERGIA ALIMENTARALIMENTAR
1212
Os antOs antíígenos penetram no organismogenos penetram no organismo atravatravéés das vias digestiva e respirats das vias digestiva e respiratóória, ria, 
vencendo suas barreiras mucosas ou, diretamente atravvencendo suas barreiras mucosas ou, diretamente atravéés da pele (picadas, s da pele (picadas, 
ferroadas e injeferroadas e injeçções),ões), sendo sendo fagocitadosfagocitados pelos macrpelos macróófagos ou por outras fagos ou por outras 
ccéélulas apresentadoras de antlulas apresentadoras de antíígenos.genos.
Ativam os linfAtivam os linfóócitos B que passam a produzir imunoglobulinas citos B que passam a produzir imunoglobulinas ““EE”” ((IgEsIgEs) que ) que 
vão, paulatinamente, fixarvão, paulatinamente, fixar--se a mastse a mastóócitos e a bascitos e a basóófilos por todo o organismo,filos por todo o organismo, 
aumentando o naumentando o níível de resposta antigênica, ou melhor, criando um estado de vel de resposta antigênica, ou melhor, criando um estado de 
sensibilidade crescente (sensibilidade crescente (éé necessnecessáária predisposiria predisposiçção genão genéética). tica). 
Em conseqEm conseqüüência a posteriores e sucessivos contatos alergênicos, ocorre umência a posteriores e sucessivos contatos alergênicos, ocorre um
aumento de mastaumento de mastóócitos e bascitos e basóófilos sensibilizados pelas filos sensibilizados pelas IgEsIgEs, bem como de , bem como de 
sua quantidade no sangue, o que levarsua quantidade no sangue, o que levaráá àà ruptura do limiar teruptura do limiar teóórico que divide rico que divide 
as fases subclas fases subclíínica e clnica e clíínica das doennica das doençças alas aléérgicas,rgicas, denominado dedenominado de Limiar Limiar 
Baixo de Hipersensibilidade.Baixo de Hipersensibilidade. A maior ou menor gravidade dos quadros A maior ou menor gravidade dos quadros 
alaléérgicos passarrgicos passaráá a ser decorrente da qualidade (tipo ou especificidade) e da a ser decorrente da qualidade (tipo ou especificidade) e da 
quantidade (diminuta e repetida) dos contatos alergênicos posterquantidade (diminuta e repetida) dos contatos alergênicos posteriores, assim iores, assim 
como do como do óórgão ou aparelho sensibilizado.rgão ou aparelho sensibilizado.
ALERGIAALERGIA ALIMENTARALIMENTAR
Desses contatos repetidos com os antDesses contatos repetidos com os antíígenos, ocorre a degranulagenos, ocorre a degranulaçção de ão de 
mastmastóócitos e/ou bascitos e/ou basóófilos que liberam, nas fases iniciais de sensibilizafilos que liberam, nas fases iniciais de sensibilizaçção, ão, 
histamina e outros mediadores farmacodinâmicos, em quantidades histamina e outros mediadores farmacodinâmicos, em quantidades 
insuficientes para gerar sintomas (perinsuficientes para gerar sintomas (perííodo subclodo subclíínico). Apnico). Apóós um pers um perííodo odo 
individual e variindividual e variáável de exposivel de exposiçção aos alão aos aléérgenos, iniciargenos, inicia--se a fase clse a fase clíínica da nica da 
doendoençça, com liberaa, com liberaçção de autacão de autacóóides (histamina, ides (histamina, cininascininas) em quantidades ) em quantidades 
suficientes suficientes àà gênese dos sintomas.gênese dos sintomas.
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1313
A reaA reaçção do tipo I, obedece sempre a um mesmo mecanismo, ão do tipo I, obedece sempre a um mesmo mecanismo, 
porporéém, os diversos quadros alm, os diversos quadros aléérgicos podem ser desencadeados, rgicos podem ser desencadeados, 
na dependência do na dependência do óórgão de choque atingido ou da quantidade e da rgão de choque atingido ou da quantidade e da 
qualidade de mediadores ququalidade de mediadores quíímicos liberados.micos liberados.
Exemplo: A IgE, quando formada, sensibiliza mastExemplo: A IgE, quando formada, sensibiliza mastóócitos da mucosa citos da mucosa 
e a subseqe a subseqüüente interaente interaçção com o antão com o antíígeno produz liberageno produz liberaçção de ão de 
histamina e de outros mediadores da inflamahistamina e de outros mediadores da inflamaçção:ão:
--Se esta reaSe esta reaçção tem lugar na mucosa da ão tem lugar na mucosa da áárvore respiratrvore respiratóória ria 
ocorre:ocorre: Prurido, vasodilataPrurido, vasodilataçção e edema, estimulaão e edema, estimulaçção de ão de 
glândulas mucglândulas mucóóides e contraides e contraçção da musculatura lisa dos ão da musculatura lisa dos 
brônquios.brônquios.
--Se a reaSe a reaçção tem lugar na mucosa do aparelho digestivo, ão tem lugar na mucosa do aparelho digestivo, 
ocorre:ocorre: Edema, vasodilataEdema, vasodilataçção e aumento da permeabilidade ão e aumento da permeabilidade 
vascular.vascular.
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REAREAÇÇÃO DE HIPERSENSIBILIDADE DO TIPO III:ÃO DE HIPERSENSIBILIDADE DO TIPO III:
Tardia: Por imunocomplexos (Tardia: Por imunocomplexos (IgGsIgGs, , IgMsIgMs e Ce C’’) ) 
Neste grupo de doenNeste grupo de doençças desencadeadas por macromolas desencadeadas por macromolééculas, hculas, háá a formaa formaçção ão 
dos imunocomplexos (dos imunocomplexos (““Ag Ag –– AcAc””) que são agregados inst) que são agregados instááveis, formados pela veis, formados pela 
associaassociaçção entre antão entre antíígenos e anticorpos em vgenos e anticorpos em váários estados de equilrios estados de equilííbrio, brio, 
dependentes de seu peso molecular e de sua concentradependentes de seu peso molecular e de sua concentraçção relativa no sangue ão relativa no sangue 
e nos tecidos. e nos tecidos. 
Em condiEm condiçções normais, os imunocomplexos são removidos pelo Sistema ões normais, os imunocomplexos são removidos pelo Sistema 
MonocMonocííticotico FagocitFagocitáário; porrio; poréém, quando presentes em grande quantidade, são m, quando presentes em grande quantidade, são 
capazes de desencadear reacapazes de desencadear reaçções alões aléérgicas pelos dois mecanismos: argicas pelos dois mecanismos: açção ão 
ttóóxica primxica primáária e aria e açção mecânica.ão mecânica.
Os imunocomplexos pequenos e mOs imunocomplexos pequenos e méédios, com duas ou mais moldios, com duas ou mais molééculas de culas de 
anticorpos são circulantes, solanticorpos são circulantes, solúúveis e primariamente tveis e primariamente tóóxicos.xicos.
Os imunocomplexos grandes não são tOs imunocomplexos grandes não são tóóxicos, mas são pesados e por serem xicos, mas são pesados e por serem 
insolinsolúúveis, precipitam, atuando por obstruveis, precipitam, atuando por obstruçção mecânica.ão mecânica.
Dependendo das Dependendo das ááreas do organismo por onde os imunocomplexos circulem reas do organismo por onde os imunocomplexos circulem 
(t(tóóxicos) ou obstruam (precipitem), teremos quadros clxicos) ou obstruam (precipitem), teremos quadros clíínicos diversos. nicos diversos. 
A patologia depende, portanto, da atuaA patologia depende, portanto, da atuaçção direta destes imunocomplexos, ão direta destes imunocomplexos, 
ligada ligada àà aaçção conjunta da Ativaão conjunta da Ativaçção do Sistema Complemento e do estão do Sistema Complemento e do estíímulo mulo 
direto de substâncias liberadas por basdireto de substâncias liberadas por basóófilos, neutrfilos, neutróófilos, linffilos, linfóócitos e citos e 
plaquetas (enzimas que produzem danos tissulares).plaquetas (enzimas que produzem danos tissulares).
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1414
AAçção Tão Tóóxica Primxica Primááriaria
A aA açção tão tóóxica dos imunocomplexos varia de acordo com sua localizaxica dos imunocomplexos varia de acordo com sua localizaçção e, ão e, 
deste modo, agem na parede vascular, interna e externamente.deste modo, agem na parede vascular, interna e externamente.
--Na parede e fora do vaso:Na parede e fora do vaso:
Ao circular, o Ao circular, o imunocomplexoimunocomplexo irrita o endotirrita o endotéélio vascular causando a lio vascular causando a 
endotelioseendoteliose. Ao atravessar o endot. Ao atravessar o endotéélio, o lio, o imunocomplexoimunocomplexo atinge a atinge a 
membrana basal, produzindo espessamento e degeneramembrana basal, produzindo espessamento e degeneraçção hialina. Outras ão hialina. Outras 
camadas tambcamadas tambéém podem ser lesadas, ocorrendo necrose da parede m podem ser lesadas, ocorrendo necrose da parede 
vascular e degeneravascular e degeneraçção ão fibrinfibrinóóideide. Os imunocomplexos possuem ainda, . Os imunocomplexos possuem ainda, 
aaçção ão quimiotquimiotááxicaxica para para polimorfonuclearespolimorfonucleares, sobretudo para neutr, sobretudo para neutróófilos que filos que 
são atrasão atraíídos para os locais de reados para os locais de reaçção, ão, fagocitamfagocitam imunocomplexos, são imunocomplexos, são 
destrudestruíídos pelos mesmos e ao se romperem, liberam enzimas proteoldos pelos mesmos e ao se romperem, liberam enzimas proteolííticas ticas 
que causamintensa reaque causam intensa reaçção inflamatão inflamatóória no local.ria no local.
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--Dentro do vasoDentro do vaso
O O imunocomplexoimunocomplexo (principalmente pela ativa(principalmente pela ativaçção do C`), libera histamina e ão do C`), libera histamina e 
diversas outras substâncias farmacologicamente ativas (autacdiversas outras substâncias farmacologicamente ativas (autacóóides), ativa ides), ativa 
proteases, proteases, hidrolaseshidrolases e e fibrinolisinasfibrinolisinas. Torna hem. Torna hemáácias e plaquetas aderentes, cias e plaquetas aderentes, 
de modo a formar grumos que obstruem capilares. A ade modo a formar grumos que obstruem capilares. A açção de substâncias ão de substâncias 
vasoativas produzidas por basvasoativas produzidas por basóófilos, neutrfilos, neutróófilos, linffilos, linfóócitos e plaquetas citos e plaquetas éé
acompanhada pela liberaacompanhada pela liberaçção de uma são de uma séérie de enzimas produzidas pelos rie de enzimas produzidas pelos 
eosineosinóófilos, que provocam, em associafilos, que provocam, em associaçção com as anteriores, retraão com as anteriores, retraçção do ão do 
endotendotéélio vascular, seguida por extravasamento de llio vascular, seguida por extravasamento de lííquidos e de outros quidos e de outros 
agentes inflamatagentes inflamatóórios.rios. A inflamaA inflamaçção resultante representa o auge da reaão resultante representa o auge da reaçção ão 
do tipo III.do tipo III.
Este processo fisiopatolEste processo fisiopatolóógico bgico báásico (inflamasico (inflamaçção) ão) éé responsresponsáável pela vel pela 
sintomatologia que varia dentro de amplos limites, dependendo dosintomatologia que varia dentro de amplos limites, dependendo do óórgão rgão 
afetado.afetado.
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1515
AAçção Mecânica (Insolão Mecânica (Insolúúveis)veis)
Os complexos antOs complexos antíígenogeno--anticorpo insolanticorpo insolúúveis (gigantes) provocam lesão por veis (gigantes) provocam lesão por 
um outro mecanismo: o mecânico ou obstrutivo. Esta aum outro mecanismo: o mecânico ou obstrutivo. Esta açção ão éé decorrente do decorrente do 
tamanho e do peso molecular dos imunocomplexos, cuja precipitatamanho e do peso molecular dos imunocomplexos, cuja precipitaçção obstrui ão obstrui 
capilares (capilares (microtrombosmicrotrombos) e causa fenômenos isquêmicos. ) e causa fenômenos isquêmicos. 
ÉÉ muito difmuito difíícil separarmos a acil separarmos a açção puramente tão puramente tóóxica da mecânica, ocorrendo xica da mecânica, ocorrendo 
quase sempre simultaneidade (interpenetraquase sempre simultaneidade (interpenetraçção) destas aão) destas açções.ões.
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Para uma melhor compreensão do desenvolvimento dos sintomas, usaPara uma melhor compreensão do desenvolvimento dos sintomas, usaremos remos 
cinco zonas de formacinco zonas de formaçção dos imunocomplexos.ão dos imunocomplexos.
Ac (anticorpos) e Ag (antAc (anticorpos) e Ag (antíígenos)genos)
Zonas 1 e 5 : livres de reaZonas 1 e 5 : livres de reaççãoão
Zonas 2 e 4 : são limZonas 2 e 4 : são limíítrofes e passtrofes e passííveis de desencadear sintomasveis de desencadear sintomas
Zona 3 : Ponto MZona 3 : Ponto Mááximo de Reaximo de Reaçção ão –– Zona de patogeniaZona de patogenia
ZONA 1ZONA 1 AgAgAgAgAgAg -- Ac com Ac com excessodeexcessode antantíígenos e poucos anticorposgenos e poucos anticorpos
ZONA 2ZONA 2 AgAgAgAgAgAg -- AcAcAcAc zona de interpenetrazona de interpenetraççãoão
ZONA 3ZONA 3 AgAgAgAgAgAg -- AcAcAcAcAcAc zona de equivalência molecular (patogenia)zona de equivalência molecular (patogenia)
ZONA 4ZONA 4 AgAgAgAg -- AcAcAcAcAcAc zona de interpenetrazona de interpenetraççãoão
ZONA 5ZONA 5 Ag Ag -- AcAcAcAcAcAc c/ excesso de anticorpos e poucos antc/ excesso de anticorpos e poucos antíígenosgenos
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1616
Este processo Este processo éé dinâmico e como as quantidades de antdinâmico e como as quantidades de antíígenos ou genos ou 
de anticorpos são relativas, se uma nova carga de alde anticorpos são relativas, se uma nova carga de aléérgenos entrar rgenos entrar 
no organismo, novos complexos irão se formar, devido no organismo, novos complexos irão se formar, devido àà nova nova 
ssííntese de anticorpos e assim sucessivamente.ntese de anticorpos e assim sucessivamente.
As manifestaAs manifestaçções clões clíínicas são cnicas são cííclicas e variam em tempo, clicas e variam em tempo, 
intensidade e gravidade, mesmo quando desencadeadas por um intensidade e gravidade, mesmo quando desencadeadas por um 
mesmo almesmo aléérgeno.rgeno.
O estado de equivalência molecular O estado de equivalência molecular éé o maior causador dos o maior causador dos 
sintomas e, como os complexos requerem algum tempo para serem sintomas e, como os complexos requerem algum tempo para serem 
formados, essa formados, essa éé mais uma explicamais uma explicaçção para o inão para o iníício tardio da cio tardio da 
sintomatologia mediada por sintomatologia mediada por IgGsIgGs..
ALERGIAALERGIA ALIMENTARALIMENTAR
Embora a classificaEmbora a classificaçção de ão de GellGell e e CoombsCoombs constitui um sistema prconstitui um sistema práático para a tico para a 
compreensão dos mecanismos imunolcompreensão dos mecanismos imunolóógicos, estas reagicos, estas reaçções nem sempre ões nem sempre 
ocorrem isoladamente, podendo haver a coocorrem isoladamente, podendo haver a co--participaparticipaçção ou simultaneidade de ão ou simultaneidade de 
mais de um tipo e,mais de um tipo e, as reaas reaçções dos tipos I e III freqões dos tipos I e III freqüüentemente podem coexistir. entemente podem coexistir. 
Quando isto ocorre, geralmente Quando isto ocorre, geralmente àà reareaçção do Tipo I (aão do Tipo I (açção histamão histamíínica), seguenica), segue--
se a rease a reaçção do Tipo III (inflamatão do Tipo III (inflamatóória por excelência), responsria por excelência), responsááveis em veis em 
conjunto, por um grupo de manifestaconjunto, por um grupo de manifestaçções clões clíínicas ainda pouco estudadas nicas ainda pouco estudadas 
pelo ângulo imunolpelo ângulo imunolóógico e confundidas com outras doengico e confundidas com outras doençças e as e 
sintomatologias, sendo portanto tratadas de maneira incorreta.sintomatologias, sendo portanto tratadas de maneira incorreta.
Estes mecanismos provocam uma gama de sintomas, muitas vezes de Estes mecanismos provocam uma gama de sintomas, muitas vezes de difdifíícil cil 
diagndiagnóóstico clstico clíínico.nico. A coexistência dos mecanismos de hipersensibilidade A coexistência dos mecanismos de hipersensibilidade éé
uma descoberta muito recente e explica uma imensa quantidade de uma descoberta muito recente e explica uma imensa quantidade de patologias patologias 
alaléérgicas de respostas tardias.rgicas de respostas tardias.
ALERGIAALERGIA ALIMENTARALIMENTAR
1717
A Coexistência das ReaA Coexistência das Reaçções de Hipersensibilidade ões de Hipersensibilidade éé um mecanismo lum mecanismo lóógico e gico e 
esperado, jesperado, jáá que no organismo não existem limites ou individualizaque no organismo não existem limites ou individualizaçções, como ões, como 
comumente teorizados, mas sim,comumente teorizados, mas sim, uma comunhão de reauma comunhão de reaçções ocorrendo ões ocorrendo 
simultaneamente, uma vez que estamos expostos a todo instante, simultaneamente, uma vez que estamos expostos a todo instante, a uma a uma 
grande diversidade de antgrande diversidade de antíígenos.genos.
Desde que um indivDesde que um indivííduo seja sensibilizado, ou seja, desenvolva anticorpos duo seja sensibilizado, ou seja, desenvolva anticorpos 
contra inalantes, contra inalantes, ingestantesingestantes e alimentos, como conseqe alimentos, como conseqüüência, pode ocorrer a ência, pode ocorrer a 
produproduçção, subseqão, subseqüüente ou simultânea, de ente ou simultânea, de IgEsIgEse e IgGsIgGs especespecííficas, contra o ficas, contra o 
mesmo antmesmo antíígeno, assim como cgeno, assim como céélula T lula T citotcitotóóxicaxica.. Uma vez que o organismo Uma vez que o organismo 
inicie a produinicie a produçção de IgG, ela logo passarão de IgG, ela logo passaráá a ser o anticorpo predominante no a ser o anticorpo predominante no 
soro,soro, bloqueando a detecbloqueando a detecçção de qualquer IgE especão de qualquer IgE especíífica coexistente pelo fica coexistente pelo 
processo de inibiprocesso de inibiçção competitiva.ão competitiva.
Portanto, Portanto, éé importante frisar que a IgE não detectimportante frisar que a IgE não detectáável no soro continua vel no soro continua 
participando da reaparticipando da reaçção.ão.
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Tipo de antTipo de antíígeno, quantidade ou dose e via ou porta de entradageno, quantidade ou dose e via ou porta de entrada
A alergia desencadeada por alimentos e por A alergia desencadeada por alimentos e por ingestantesingestantes, difere daquela , difere daquela 
desencadeada pelos antdesencadeada pelos antíígenos inalantes, em pelo menos um aspecto:genos inalantes, em pelo menos um aspecto:
A Quantidade.A Quantidade.
A alergia por inalantes pode ser puramente mediada por A alergia por inalantes pode ser puramente mediada por IgEsIgEs, devido a , devido a 
repetidos contatos com Pequenas Quantidades de antrepetidos contatos com Pequenas Quantidades de antíígenos, genos, 
desencadeando sintomas.desencadeando sintomas.
Os alimentos e seus contaminantes (Os alimentos e seus contaminantes (ingestantesingestantes) podem desencadear, tanto ) podem desencadear, tanto 
a alergia mediada por a alergia mediada por IgEsIgEs, nas fases iniciais, como pelas , nas fases iniciais, como pelas IgGsIgGs, devido a , devido a 
contatos repetidos com Grandes Quantidades de alcontatos repetidos com Grandes Quantidades de aléérgenos.rgenos.
Tanto a penetraTanto a penetraçção de antão de antíígenos inalantes em diminutas quantidades, genos inalantes em diminutas quantidades, 
quanto a absorquanto a absorçção de antão de antíígenos alimentares e genos alimentares e ingestantesingestantes em grandes em grandes 
quantidades (relativas) ocorrem atravquantidades (relativas) ocorrem atravéés das mucosas dos aparelhos s das mucosas dos aparelhos 
respiratrespiratóório e digestivo, respectivamente, sendo capazes de gerar quadrosrio e digestivo, respectivamente, sendo capazes de gerar quadros
alaléérgicos.rgicos.
ALERGIAALERGIA ALIMENTARALIMENTAR
1818
ReaReaçção ão imediataimediata (cl(cláássica)ssica)
de minutos atde minutos atéé 8 horas do contato8 horas do contato
com o antcom o antíígeno.geno.
1 a 2% das alergias alimentares1 a 2% das alergias alimentares
AAçção histamão histamíínicanica
Fixa Fixa 
ReintroduReintroduçção muito difão muito difíícilcil
Anticorpos IgE, ligados ao Anticorpos IgE, ligados ao 
alimento evitado, decrescem alimento evitado, decrescem 
significativamente em semanas. significativamente em semanas. 
Os anticorpos reaparecem logo Os anticorpos reaparecem logo 
que o alimento seja consumido que o alimento seja consumido 
novamente. novamente. 
ReaReaçção ão tardiatardia (2(2--72 horas): por IgG, 72 horas): por IgG, IgMIgM e e 
Sistema do complemento (CSistema do complemento (C’’))
DiagnDiagnóóstico difstico difíícil pelos sintomascil pelos sintomas
AAçção inflamatão inflamatóóriaria
CCííclica (de acordo com a exposiclica (de acordo com a exposiçção)ão)
EliminaEliminaçção / Reintroduão / Reintroduçção / Rotaão / Rotaççãoão
Anticorpos IgG, ligados ao alimento Anticorpos IgG, ligados ao alimento 
evitado, podem levar de 2 a 12 meses para evitado, podem levar de 2 a 12 meses para 
decrescerem significativamente.decrescerem significativamente.
Para que os nPara que os nííveis de anticorpos veis de anticorpos 
retornem aos nretornem aos nííveis anteriores, o alimento veis anteriores, o alimento 
tem que ser ingerido, freqtem que ser ingerido, freqüüentemente por entemente por 
semanas ou meses.semanas ou meses.
Mediadores da Alergia e Hipersensibilidade a AlimentosMediadores da Alergia e Hipersensibilidade a Alimentos
IgEIgE IgGIgG
ReaReaçções Adversas ao Glões Adversas ao Glúútenten
Mediadas Mediadas 
pelo pelo 
S. ImuneS. Imune
ReaReaççõesões
Adversas ao Adversas ao 
GlutenGluten
NãoNão
MediadasMediadas
pelo pelo 
S. ImuneS. Imune
DoenDoençça Cela Celííaca (autoaca (auto‐‐imune)imune)
0,5 a 2%0,5 a 2%
Mediada por IgEMediada por IgE
ReaReaçção imediata/ Histamão imediata/ Histamíínicanica
Tipo I Tipo I GellGell e e CombsCombs
QualitativaQualitativa
Mediada por cMediada por céélulas T Citotlulas T Citotóóxicasxicas
ReaReaçções tardiasões tardias
Tipo IV Tipo IV GellGell e e CombsCombs
Mimetismo Celular ou MolecularMimetismo Celular ou Molecular
Relacionado a doenRelacionado a doençças autoas auto‐‐imunes imunes 
Mediada por IgG,  Mediada por IgG,  IgMIgM e Sistema do Complementoe Sistema do Complemento
ReaReaçções tardias/ inflamatões tardias/ inflamatóóriasrias
Tipo III Tipo III GellGell e e CombsCombs
Quantitativa Quantitativa 
FormaFormaçção de exorfinas:ão de exorfinas:
GluteomorfinasGluteomorfinas ouou
GliadomorfinasGliadomorfinas
DesequilDesequilííbriosbrios
NutricionaisNutricionais
1919
Linfócito
B
Th 1
Th 2
Th 3
Th 0
Tr
APC
VDJ M D G3 G1 A1 G2 G4 E A2
+
-
+
-
IFNy
IL-10
TGF$
IFN(
IL-4
IL-10
IL-13
TGF$ TGF$
IgM
IgD +IL-10
IFN(
+IL-10
TGF$
TGF$
+IL-13
IL-4
+IL-10
TGF$
3´5´
IgG3 IgG1
IgA1 IgG2
IgE IgG4
IgA2
SÍNTESE DOS ANTICORPOSSÍNTESE DOS ANTICORPOS
O balanço entre Th1/Th2 pode determinar se as respostas alérgicas 
alimentares serão mediadas por IgE, não mediadas por IgE ou uma 
combinação das duas.
Existem vários fatores que afetam a diferenciação do linfócito T em Th1 ou 
Th2: idade, hereditariedade, órgão de choque envolvido, tipo de antígeno, 
TGF-beta, modulação das citocinas e microbiota probiótica.
Na presença de citocinas como IFN-gama e IL-12 o linfócito 
T se diferenciará em Th1, enquanto que a estimulação das 
IL-4 e IL-5 produzirão Th2.
As citocinas estimuladas por Th2 promovem a produção 
anticorpos (principalmente pela ação da IL-4) e a 
diferenciação e crescimento dos mastócitos. A IL-5 estimula 
os eosinófilos.
As citocinas estimuladas por Th1 promovem a ativação da 
célula Tcitotóxica e ativação dos macrófagos (imunidade 
mediada por célula).
As células T citotóxicas matam alvos infectados com 
grande precisão, poupando as células normais adjacentes.
2020
O conhecimento do desenvolvimento e das funções das 
células T reguladoras (Tregs), entre elas a Th3, são 
importantes para o controle da resposta do sistema 
imune contra tumores e doenças infecciosas, bem como 
para a inibição do desenvolvimento de auto-imunidade e 
alergia. Assim, mecanismos reguladores defeituosos 
podem permitir a quebra da tolerância imune periférica 
seguida por inflamação crônica e doença.
CCéélulas T reguladoras (lulas T reguladoras (TregsTregs))
As cAs céélulas com funlulas com funçção ão imunorreguladoraimunorreguladora apresentam como apresentam como 
caractercaracteríística bstica báásica a capacidade de produsica a capacidade de produçção de citocinas ão de citocinas 
imunossupressoras, como ILimunossupressoras, como IL--4, IL4, IL--10 e 10 e TGFTGF--ββ. Atuam em uma . Atuam em uma 
complexa rede de mecanismos reguladores destinados a assegurar complexa rede de mecanismos reguladores destinados a assegurar 
a modulaa modulaçção das respostas imunolão das respostas imunolóógicas frente aos diversos gicas frente aos diversos 
antantíígenos provenientes de agentes infecciosos, tumores, genos provenientes de agentes infecciosos, tumores, 
aloantaloantíígenosgenos, , autoantautoantíígenosgenos e ale aléérgenos (alimentares e ambientais). rgenos (alimentares e ambientais). 
As cAs céélulas T reguladoras direcionam a resposta imune, controlando lulas T reguladoras direcionam a resposta imune, controlando 
a magnitude da resposta imunola magnitudeda resposta imunolóógica e terminandogica e terminando--a no tempo a no tempo 
certo.certo.
A induA induçção de cão de céélulas lulas TregsTregs naturais CD4+CD25+naturais CD4+CD25+highhigh pode facilitar o pode facilitar o 
estabelecimento e a manutenestabelecimento e a manutençção da tolerância imunolão da tolerância imunolóógica.gica.
CCéélulas lulas TregsTregs naturais CD4+CD25+naturais CD4+CD25+highhigh e outras ce outras céélulas lulas 
reguladoras, parecem ter um papelreguladoras, parecem ter um papel--chave na manutenchave na manutençção da ão da 
tolerância a anttolerância a antíígenos endgenos endóógenos e na regulagenos e na regulaçção da resposta imune ão da resposta imune 
induzida por antinduzida por antíígenos exgenos exóógenos.genos.
2121
CCéélulas T reguladoras foram descritas inicialmente por lulas T reguladoras foram descritas inicialmente por 
SakaguchiSakaguchi e colaboradores como ce colaboradores como céélulas T CD4+ CD25+. lulas T CD4+ CD25+. 
Cerca de 20 anos mais tarde, os grupos de Cerca de 20 anos mais tarde, os grupos de Sakaguchi e Sakaguchi e 
RudenskyRudensky descreveram mais precisamente esta populadescreveram mais precisamente esta populaçção ão 
pela expressão do fator de transcripela expressão do fator de transcriçção membro da famão membro da famíília lia 
forkheadforkhead--wingedwinged helixhelix -- Foxp3, crucial no desenvolvimento Foxp3, crucial no desenvolvimento 
desta linhagem. A observadesta linhagem. A observaçção que pacientes portadores da ão que pacientes portadores da 
doendoençça fatal autoimune denominada sa fatal autoimune denominada sííndrome IPEX (ndrome IPEX (immuneimmune
dysregulationdysregulation, , polyendocrinopathypolyendocrinopathy, , enteropathyenteropathy, , XX--linkedlinked) ) 
não expressam a molnão expressam a moléécula funcional de Foxp3, ressalta a cula funcional de Foxp3, ressalta a 
importância deste fator de transcriimportância deste fator de transcriçção como fundamental no ão como fundamental no 
desenvolvimento das desenvolvimento das TregsTregs..
CCéélulas T reguladoras naturais, derivadas do timo, são selecionadalulas T reguladoras naturais, derivadas do timo, são selecionadas com s com 
base na avidez pelo TCR/MHC, e expressam o fator de transcribase na avidez pelo TCR/MHC, e expressam o fator de transcriçção Foxp3, ão Foxp3, 
sendo fundamentais para a tolerância ao prsendo fundamentais para a tolerância ao próóprio prio ((““selfself””).). Na periferia, Na periferia, 
ccéélulas T CD4 lulas T CD4 naivenaive podem se converter em cpodem se converter em céélulas T CD4 Foxp3+ em lulas T CD4 Foxp3+ em 
resposta a antresposta a antíígenos endgenos endóógenos e exgenos e exóógenos, as chamadas cgenos, as chamadas céélulas lulas TregTreg
induzida (induzida (iTregiTreg). TGF). TGF--ßß éé necessnecessáário para o desenvolvimento das crio para o desenvolvimento das céélulas lulas 
TregTreg tanto no timo como na periferia. Por outro lado, TGFtanto no timo como na periferia. Por outro lado, TGF--ßß tambtambéém pode m pode 
promover o desenvolvimento de cpromover o desenvolvimento de céélulas Th17 quando na presenlulas Th17 quando na presençça da a da 
citocina inflamatcitocina inflamatóória ILria IL--6. Um metab6. Um metabóólito da vitamina A, o lito da vitamina A, o áácido retincido retinóóico ico 
éé capaz de inibir a diferenciacapaz de inibir a diferenciaçção de Th17, promovendo a diferenciaão de Th17, promovendo a diferenciaçção de ão de 
TregsTregs..
AlAléém do desenvolvimento de tolerância prm do desenvolvimento de tolerância próóprio, um sistema imune prio, um sistema imune 
funcional tambfuncional tambéém necessita desenvolver um estado m necessita desenvolver um estado ““tolerogênicotolerogênico”” a a 
antantíígenos não prgenos não próópriosprios e não patogênicos, como os ante não patogênicos, como os antíígenos da dieta e genos da dieta e 
da microbiota, nestes casos, cda microbiota, nestes casos, céélulas lulas TregsTregs são fundamentais.são fundamentais.
2222
Embora as Embora as nTregnTreg (derivadas do timo e espec(derivadas do timo e especííficas para ficas para 
antantíígenos prgenos próóprios) possam suprimir a resposta de cprios) possam suprimir a resposta de céélulas T lulas T 
efetoras de especificidade diferente, elas precisam ser ativadasefetoras de especificidade diferente, elas precisam ser ativadas
pelo autopelo auto--antantíígeno cognato. Vgeno cognato. Váários trabalhos mostraram que rios trabalhos mostraram que 
ccéélulas T lulas T naivenaive CD4+Foxp3CD4+Foxp3-- podem ser convertidas em podem ser convertidas em iTregiTreg na na 
presenpresençça de TGFa de TGF--ßß em resposta a antem resposta a antíígenos prgenos próóprios prios 
encontrados na periferia. As encontrados na periferia. As iTregiTreg são particularmente são particularmente 
importantes na manutenimportantes na manutençção da tolerância a antão da tolerância a antíígenos presentes genos presentes 
no intestino, fonte constante de antno intestino, fonte constante de antíígenos da microbiota. Para genos da microbiota. Para 
corroborar, vcorroborar, váários pesquisadores demonstraram que as rios pesquisadores demonstraram que as iTregiTreg
são preferencialmente induzidas na mucosa intestinal são preferencialmente induzidas na mucosa intestinal 
((linfonodoslinfonodos mesentmesentééricos e lamina prricos e lamina próópria do intestino), quando pria do intestino), quando 
comparados ao bacomparados ao baçço e outros o e outros linfonodoslinfonodos perifperifééricos.ricos.
Nesse contexto, Nesse contexto, LafailleLafaille e colaboradores, utilizando animais e colaboradores, utilizando animais 
deficientes de deficientes de nTregnTreg, mostraram que , mostraram que iTregiTreg convertidas na convertidas na 
periferia são suficientes para mediar tolerância oral; animais periferia são suficientes para mediar tolerância oral; animais 
que carregam uma mutaque carregam uma mutaçção no gene de Foxp3 que os impede ão no gene de Foxp3 que os impede 
de expressar a protede expressar a proteíína, e portanto não são capazes de gerar na, e portanto não são capazes de gerar 
iTregiTreg, não são capazes de se tornar tolerantes a ant, não são capazes de se tornar tolerantes a antíígenos genos 
administrados por via oral, sugerindo que as administrados por via oral, sugerindo que as iTregiTreg não somente não somente 
são suficientes mas tambsão suficientes mas tambéém cruciais para o desenvolvimento m cruciais para o desenvolvimento 
de tolerância oral.de tolerância oral.
2323
Recentemente, vRecentemente, váários grupos mostraram que as rios grupos mostraram que as iTregiTreg são são 
preferencialmente induzidas por cpreferencialmente induzidas por céélulas dendrlulas dendrííticas presentes na ticas presentes na 
mucosa (mas não no bamucosa (mas não no baçço e o e linfonodoslinfonodos perifperifééricos) de maneira ricos) de maneira 
dependente de TGFdependente de TGF--ßß, , reforreforççando que o intestino ando que o intestino éé um sum síítio tio 
privilegiado para a induprivilegiado para a induçção de ão de TregsTregs..
Entre as DC presentes na mucosa (especialmente lamina prEntre as DC presentes na mucosa (especialmente lamina próópria pria 
e e linfonodoslinfonodos mesentmesentééricos) envolvidas na diferenciaricos) envolvidas na diferenciaçção de ão de iTregiTreg, , 
destacamdestacam--se as DC CD103+ que são capazes de liberar se as DC CD103+ que são capazes de liberar áácido cido 
retinretinóóico durante as fases iniciais de ativaico durante as fases iniciais de ativaçção. Alão. Aléém das m das 
dendrdendrííticas, alguns dados tambticas, alguns dados tambéém sugerem que macrm sugerem que macróófagos fagos 
presentes na lamina prpresentes na lamina próópria tambpria tambéém são capazes de converter m são capazes de converter 
ccéélulas T CD4 lulas T CD4 naivenaive em cem céélulas T Foxp3+ de maneira dependente lulas T Foxp3+ de maneira dependente 
de ILde IL--10, TGF10, TGF--ßß e e áácido retincido retinóóico. ico. 
A regulaA regulaçção dasrespostas imunes adaptativas ão das respostas imunes adaptativas éé crucial para a crucial para a 
manutenmanutençção da homeostase do sistema imune.ão da homeostase do sistema imune.
Um sistema imune funcional deve fornecer proteUm sistema imune funcional deve fornecer proteçção eficiente ão eficiente 
contra patcontra patóógenos e cgenos e céélulas autlulas autóólogas transformadas e, ao logas transformadas e, ao 
mesmo tempo, ser capaz de ser tolerante aos mesmo tempo, ser capaz de ser tolerante aos autoantautoantíígenosgenos. . 
A perda da tolerância A perda da tolerância éé um processo multifatorial do qual um processo multifatorial do qual 
participam tanto fatores intrparticipam tanto fatores intríínsecos quanto extrnsecos quanto extríínsecos.nsecos.
A produA produçção abundante de TGFão abundante de TGF--ßß e e áácido retincido retinóóico na mucosa e a ico na mucosa e a 
capacidade do capacidade do áácido retincido retinóóico de promover a diferenciaico de promover a diferenciaçção de ão de 
iTregiTreg de maneira dependente de TGFde maneira dependente de TGF--ßß pode estar relacionada pode estar relacionada àà
alta frequência de calta frequência de céélulas T Foxp3+ no intestino de animais lulas T Foxp3+ no intestino de animais 
saudsaudááveis. Adicionalmente, o aparente efeito sinveis. Adicionalmente, o aparente efeito sinéérgico de TGFrgico de TGF--ßß
e e áácido retincido retinóóico na supressão da resposta prico na supressão da resposta próó--inflamatinflamatóória ria 
pode ser central para a indupode ser central para a induçção de tolerância oral e, portanto, ão de tolerância oral e, portanto, 
regularegulaçção da resposta imune de mucosa e sistêmica.ão da resposta imune de mucosa e sistêmica.
2424
Atualmente está claro 
que, após a estimulação 
antigênica, conforme o 
ambiente local de 
citocinas, os LT CD4+ 
naive se proliferam e se 
diferenciam em 
diferentes subtipos 
efetores com 
características próprias 
(Th1, Th2, Th3, TREG, 
Th17), determinadas pelo 
perfil de citocinas 
produzidas e pelas 
propriedades funcionais.
O organismo está sendo cada vez mais exposto a uma grande diversidade 
de antígenos alimentares (macromoléculas protéicas, ingestantes, 
aditivos químicos e agrotóxicos) e ambientais, como:
Ácaros
Pó
Mofo
Pelo de bichos
Perfumes
Cosméticos em geral
Material de limpeza
Metais tóxicos
Poluentes ambientais
Alterações de temperatura
Picada de bicho
Medicamentos
Estresse
2525
O comportamento alimentar atual está diminuindo a capacidade do 
organismo modular as respostas de defesa aos agressores, pois os
nutrientes determinam a formação e ação das células imunológicas.
Fatores como:
Falta da ingestão mínima recomendada pela OMS de legumes, verduras e 
frutas, assim como de cereais integrais e leguminosas, fundamentais, entre 
inúmeros fatores, para disponibilizar as fibras necessárias para a 
fermentação e desenvolvimento das bactérias probióticas, que: definem a 
integridade da mucosa intestinal; o pH adequado do lúmen intestinal; a 
capacidade de absorver vitaminas e minerais; a capacidade de inibir a 
passagem de macromoléculas; a inibição do crescimento de bactérias 
patogênicas (inclusive H. pylori), fungos, leveduras e vírus por competição 
de substrato e do sítio de adesão, alteração de pH intestinal e produção de 
antibióticos naturais e substâncias que inibem o crescimento de 
patógenos (peróxido de hidrogênio); modulam a atividade de fagócitos e 
linfócitos NK, além dos mecanismos de atuação do fator nuclear Kappa B 
(NF-kB); aumentam a expressão de citocinas antiinflamatórias e reduzem a 
inibição de citocinas pró-inflamatórias; a produção de TGF-ß, necessário à
produção de IgA que determinará a tolerância oral e, na presença também
do ácido retinóico, aumenta a expressão das células Tregs, que vão
expressar o Foxp3, fundamental para evitar o aumento de auto-anticorpos, 
além de controlar as respostas alérgicas. 
Carência de vitaminas e minerais necessários à formação, renovação e 
manutenção de todas as nossas células de defesa, hormônios reguladores, 
enzimas antioxidantes, enzimas e sucos digestivos, neurotransmissores, 
mucosas entre outros, além de executarem naturalmente as ações 
antiinflamatórias, antioxidantes, antialérgicas, destoxificantes e 
anticancerígenas;
Desequilíbrio entre os macro e micro nutrientes, causando má utilização 
dos mesmos;
Sobrecarga hepática, dificultando a destoxificação;
Carências de nutrientes necessários para equilíbrio do sistema nervoso 
central, predispondo o organismo à dificuldade de lidar com o estresse, 
desencadeando, entre outros fatores, respostas imunológicas;
Carência de fontes alimentares de ômega3, principal nutriente
antinflamatório, antialérgico, imunomodulador e fundamental para a 
formação e ação de sistema nervoso central e periférico.
Carência de vitamina D, considerado um dos principais fatores que pode 
desencadear doenças auto-imunes, processos alérgicos, desequilíbrios da 
insulina, da tireóide, entre outros. 
2626
zincozinco
glutaminaglutamina
selênioselênio
piridoxinapiridoxina
magnmagnéésiosio
ferroferro vitamina Cvitamina C
vitamina Avitamina A
argininaarginina
taurina taurina 
MSMMSM
vitamina Dvitamina D
quercitinaquercitina
antianti--
oxidantes oxidantes ômegas
ômegas
3, 6 e 93, 6 e 9MODULAMODULAÇÇÃO ÃO 
DODO
SISTEMA SISTEMA 
IMUNOLIMUNOLÓÓGICOGICO
InflamaInflamaçção:ão:
Resposta do organismo contra 
desafios antigênicos, invasão por 
agentes infecciosos ou resposta 
a danos físicos, químicos e 
traumáticos.
Essencialmente a inflamaEssencialmente a inflamaçção pode ser classificada ão pode ser classificada 
em dois tipos bem dois tipos báásicos: sicos: 
-- causada por agentes não especcausada por agentes não especííficosficos
-- reareaçções inflamatões inflamatóórias imunorias imuno--mediadasmediadas
As reaAs reaçções imunoões imuno--mediadas estão mediadas estão 
intimamente associadas com a iniciaintimamente associadas com a iniciaçção e ão e 
manutenmanutençção das inflamaão das inflamaçções crônicas.ões crônicas.
2727
As reaAs reaçções inflamatões inflamatóórias são controladas por componentes rias são controladas por componentes 
celulares e moleculares:celulares e moleculares:
- Componentes celulares: leucócitos, principalmente neutrófilos, 
monócitos sangüíneos, macrófagos e linfócitos.
Céls. dendríticas, mastócitos, basófilos e eosinófilos também têm 
grande importância nas respostas inflamatórias.
-Componentes moleculares: Substâncias vasoativas (histaminas, 
bradicininas, heparinas), citocinas pró-inflamatórias (IL-1, IL-6, TNF-
alfa), citocinas anti-inflamatórias (IL-4, IL-10, IL-3), quimiocinas
(citocinas com capacidade quimioatrativa), proteínas de fase aguda, 
fator ativador de plaquetas, EROs e lipídeos bioativos (eicosanóides 
produzidos nas vias metabólicas do AA), que incluem produtos da 
via ciclooxigenase (prostaglandinas e tromboxanos) e produtos da 
via lipooxigenase (leucotrienos e lipoxinas).
Um dado consistente e importante encontrado em pacientes 
com altos níveis de IgG específicos circulantes, é a alteração da 
integridade da mucosa intestinal sempre presente nos mesmos.
O anticorpo IgG marca o antígeno específico contra o qual ele 
foi programado. Forma imunocomplexos tóxicos e obstrutivos, 
dependendo do seu tamanho.
Ao marcar o antígeno, o IgG funciona como uma opsonina, 
atraindo o sistema fagocítico (antigo SER), neutralizando o 
agressor. 
Se esse processo não der conta do combate, o imunocomplexo
Ag-Ac aciona o sistema do complemento que irá amplificar a 
resposta imunológica no combate ao agressor, porém gerando 
um processo inflamatório mais intenso que, ao não ser regulado 
adequadamente poderá disseminar e cronificar o processo 
inflamatório.
2828
As proteínas do SC são sintetizadas principalmente nos 
hepatócitos e macrófagos/monócitos, além de outros tecidos. 
O SC constituiO SC constitui--se num dos principais se num dos principais efetoresefetores da imunidade da imunidade 
humoralassim como da inflamahumoral assim como da inflamaçção.ão.
O SC participa dos seguintes processos biológicos: 
fagocitose, opsonização, quimiotaxia de leucócitos, liberação 
de histamina dos mastócitos e basófilos e de espécies ativas 
de oxigênio pelos leucócitos, vasoconstrição, contração da 
musculatura lisa, aumento da permeabilidade dos vasos, 
agregação plaquetária e citólise.
Sistema do Complemento (SC)Sistema do Complemento (SC)
Patologias relacionadas Patologias relacionadas àà alergias tardiasalergias tardias
RespiratRespiratóóriasrias
• asmaasma
•• rinite; sinusite; amidaliterinite; sinusite; amidalite
•• otite motite méédia recorrentedia recorrente
•• produproduçção excessiva de mucoão excessiva de muco
GenitoGenito urinurinááriasrias
•• cistite de repeticistite de repetiççãoão
•• enurese noturnaenurese noturna
•• candidcandidííasease
GastrointestinaisGastrointestinais
•• diarrdiarrééiaia
•• constipaconstipaççãoão
•• perda de apetiteperda de apetite
•• gastrite; colite; esofagitegastrite; colite; esofagite
•• mmáá absorabsorççãoão
•• flatulência aumentadaflatulência aumentada
•• refluxo e crefluxo e cóólicaslicas
•• nnááuseas e vômitosuseas e vômitos
AlergiasAlergias
alimentaresalimentares
ProblemasProblemas
ImunesImunes
FadigaFadiga
CrônicaCrônica
GasesGases
InchaInchaççoo
MialgiaMialgia
2929
NeuropsicolNeuropsicolóógicagica
• cefaléia e enxaqueca
• alteração do sono e/ou humor
• insônia
• hiperatividade
• falta de concentração
• ansiedade; depressão
• fadigas inexplicáveis
• convulsão
• comportamento anti-social
• embotamento mental 
AutoimuneAutoimune
• artrite reumatóide
• lupus; 
• tireoidite; psoríase
DermatolDermatolóógicagica
• eczema
• urticária
• dermatite
• caspa
EndEndóócrinocrino
• obesidade
• magreza
• hipoglicemia
• bulimia
• anorexia
• dislipidemias
• hipertensão
• acnes e espinhas
• SOPSOP
SistêmicoSistêmico
• dores articulares
• dores musculares
• retenção hídrica 
• síndrome gripal 
• olheiras 
• olhos inchados 
• olhos e lóbulos das orelhas vermelhos
• bochechas vermelhas
• língua rachada e/ou branca
3030
3131
3232
FATORES QUE FACILITAM O DESENVOLVIMENTO FATORES QUE FACILITAM O DESENVOLVIMENTO 
DAS ALERGIAS ALIMENTARESDAS ALERGIAS ALIMENTARES
AlAléémm dada predisposipredisposiççãoão gengenééticatica, , quaisquerquaisquer condicondiççõesões queque
favorefavoreççamam a a passagempassagem de de macromolmacromolééculasculas intactasintactas do do llúúmenmen
intestinal intestinal parapara a a circulacirculaççãoão sangusanguííneanea, , poderãopoderão disparardisparar o o processoprocesso
alaléérgicorgico, , desencadeadodesencadeado pelapela formaformaççãoão dos imunocomplexosdos imunocomplexos
As As condicondiççõesões ideaisideais parapara a a digestibilidadedigestibilidade do do alimentoalimento serãoserão
determinantesdeterminantes nesteneste processoprocesso, , comocomo::
-- MastigaMastigaççãoão adequadaadequada;;
-- FormaFormaççãoão e e manutenmanutenççãoão do pH do pH áácidocido do do estômagoestômago;;
-- FormaFormaççãoão e ae açção ão adequadaadequada dasdas enzimasenzimas ggáástricasstricas, , pancrepancreááticasticas
e e intestinaisintestinais;;
-- LiberaLiberaççãoão e ae açção ão adequadaadequada dos dos áácidoscidos bilearesbileares e do e do bicarbonatobicarbonato
pelopelo pâncreaspâncreas;;
-- ManutenManutenççãoão dada integridadeintegridade dada paredeparede intestinal e intestinal e dada microbiota microbiota 
intestinal; intestinal; 
-- AdequaAdequaççãoão dada capacidadecapacidade funcionalfuncional do do ffíígadogado e do e do intestinointestino de de 
destoxificadestoxificaçção.ão.
Importância da integridade Importância da integridade 
fisiolfisiolóógica e funcional do trato GIgica e funcional do trato GI
Segundo a OMS 60% das doenSegundo a OMS 60% das doençças tem como base causas nutricionais.as tem como base causas nutricionais.
3333
As As alteraalteraççõesões nana integridadeintegridade do do tratotrato gastrintestinalgastrintestinal
podempodem ser ser causacausa e e tambtambéémm conseqconseqüüênciaência de de alergiasalergias
alimentaresalimentares e/oue/ou ququíímicasmicas, , entrandoentrando num num ccíírculorculo viciosovicioso
Fatores que podem alterar a integridade da mucosa intestinal e Fatores que podem alterar a integridade da mucosa intestinal e 
promover disbiose intestinal:promover disbiose intestinal:
Baixa ingestão de legumes, verduras, frutas e cereais integraisBaixa ingestão de legumes, verduras, frutas e cereais integrais;;
Consumo regular de carboidratos refinados e substâncias quConsumo regular de carboidratos refinados e substâncias quíímicas;micas;
Consumo regular de fatores antiConsumo regular de fatores anti--nutricionais (por ex.: cafenutricionais (por ex.: cafeíína, na, áálcool);lcool);
Deficiência de enzimas digestivas (por exemplo, lactase);Deficiência de enzimas digestivas (por exemplo, lactase);
Alergênicos alimentares (individualidade bioquAlergênicos alimentares (individualidade bioquíímica); mica); 
Sensibilidade ao glSensibilidade ao glúúten ou ten ou àà qualquer outra protequalquer outra proteíína alergênica;na alergênica;
InfestaInfestaçções e Infecões e Infecçções (por parasitas, bactões (por parasitas, bactéérias, vrias, víírus e fungos);rus e fungos);
Jejum prolongadoJejum prolongado
Alta quantidade de espAlta quantidade de espéécies reativas de oxigênio (ERTOS);cies reativas de oxigênio (ERTOS);
Carências nutricionais (folato, Zn, Carências nutricionais (folato, Zn, vitvit. A, . A, vitvit. B12, . B12, vitvit. B5, L. B5, L--glutamina);glutamina);
Drogas como antiDrogas como anti--inflamatinflamatóórios não esteroidais, corticosterrios não esteroidais, corticosteróóides, ides, 
anticoncepcionais, antibianticoncepcionais, antibióóticos, laxantes, antiticos, laxantes, antiáácidos e quimiotercidos e quimioteráápicos;picos;
Estresse; PresenEstresse; Presençça de xenobia de xenobióóticos; ticos; 
DecrDecrééscimo da funscimo da funçção imune(IgA) e da motilidade intestinal.ão imune(IgA) e da motilidade intestinal.
3434
Mucosa intestinal íntegra
Mucosa DanificadaMucosa Danificada
3535
Alteração da permeabilidade intestinal
Quanto mais substâncias estranhas ao organismo forem absorvidas Quanto mais substâncias estranhas ao organismo forem absorvidas e/ou produzidas, e/ou produzidas, 
e quanto menos houver suporte nutricional adequado, maiores as pe quanto menos houver suporte nutricional adequado, maiores as possibilidades de ossibilidades de 
intoxicaintoxicaçção orgânica e conseqão orgânica e conseqüüentes desequilentes desequilííbrios funcionais.brios funcionais.
Falta de nutrientes para: Falta de nutrientes para: 
--AAçção antião anti--histamhistamíínicanica
--AAçção antiinflamatão antiinflamatóóriaria
--AAçção antioxidanteão antioxidante
--DestoxificaDestoxificaççãoão
CCíírculo Vicioso:rculo Vicioso:
Falta de nutrientes para produFalta de nutrientes para produçção de:ão de:
ÁÁcidocido
ClorCloríídicodico
EnzimasEnzimas
DigestivasDigestivas
HormôniosHormônios
ReguladoresReguladores
SuporteSuporte
ImunolImunolóógicogico
NeuroNeuro--
TransmissoresTransmissores
Incompleta digestão dos alimentos: formaIncompleta digestão dos alimentos: formaçção de macromolão de macromolééculas culas 
e absore absorçção pela mucosa intestinal alterada;ão pela mucosa intestinal alterada;
MMáá absorabsorçção: carências nutricionais;ão: carências nutricionais;
Meio imprMeio impróóprio para a microbiota intestinal: disbiose.prio para a microbiota intestinal: disbiose.
3636
AlAléérgenos Alimentaresrgenos Alimentares
Alérgenos alimentares: os alimentos representam um dos 
maiores desafios antigênicosdesafios antigênicos para o sistema imunológico.
Natural para o organismo: nutriente
Macro molécula protéica: antígeno
Alimentos Alimentos ““potencialmentepotencialmente”” alergênicos:alergênicos:
Os alimentos com maior potencial antigênico são aqueles cujas Os alimentos com maior potencial antigênico são aqueles cujas 
proteproteíínas são de difnas são de difíícil digestão:cildigestão:
Leite de vaca
Soja 
Amendoim 
Glúten 
Ovo 
Peixes e frutos do mar
Permeabilidade intestinal:Permeabilidade intestinal: seleciona a entrada de 
nutriente e a de não nutriente no organismo.
!!
T R A T A M E N T OT R A T A M E N T O
C O N D U T A C O N D U T A 
N U T R I C I O N A LN U T R I C I O N A L
3737
Analisar os fatores que contribuem para o desencadeamento Analisar os fatores que contribuem para o desencadeamento 
ou exacerbaou exacerbaçção da sintomatologia:ão da sintomatologia:
•• Desmame precoce e introduDesmame precoce e introduçção de alimentosão de alimentos
•• FreqFreqüüência de consumo dos alimentosência de consumo dos alimentos
•• PreferênciasPreferências
•• AversõesAversões
•• Monotonia alimentar Monotonia alimentar 
•• Alimentos ocultosAlimentos ocultos
•• Consumo de produtos quConsumo de produtos quíímicos/artificiaismicos/artificiais
•• HHáábito alimentar (quando, como, quanto, o que e com bito alimentar (quando, como, quanto, o que e com 
o que se come)o que se come)
•• ÁÁlcool, cafelcool, cafeíína e outros fatores antina e outros fatores anti--nutricionaisnutricionais
•• IngestantesIngestantes alimentares (fungos, toxinas...)alimentares (fungos, toxinas...)
•• MedicaMedicaçções que interferem com o trato gastrintestinal ões que interferem com o trato gastrintestinal 
e com a biodisponibilidade de nutrientese com a biodisponibilidade de nutrientes
•• FumoFumo
Outros fatores que afetam as necessidades Outros fatores que afetam as necessidades 
nutricionais dos alnutricionais dos aléérgicosrgicos
HistHistóória materna de quadros alria materna de quadros aléérgicosrgicos
CrianCriançças abaixo de 6 meses, tem nas abaixo de 6 meses, tem nííveis inadequados de IgA secretor.veis inadequados de IgA secretor.
IgA secretor previne a absorIgA secretor previne a absorçção de largas partão de largas partíículas que podem ser culas que podem ser 
alergênicas.alergênicas.
Fatores SFatores Sóóciocio--Culturais:Culturais: trabalho; dinâmica familiar e socialtrabalho; dinâmica familiar e social
PoluiPoluiççãoão e e condicondiççãoão ambientalambiental; ; AlteraAlteraççõesões bruscasbruscas de de temperaturatemperatura
EstresseEstresse
NutriNutriçção inadequada dão inadequada dáá àà sensibilidade chance de florescer, sensibilidade chance de florescer, 
enquanto que o excesso de estresse permite que ela se instaleenquanto que o excesso de estresse permite que ela se instale
em sua vida.em sua vida.
Estresse Estresse ⇒⇒ aumenta a demanda de nutrientesaumenta a demanda de nutrientes, , causado por:causado por:
* rea* reaçções alões aléérgicas (causa e conseqrgicas (causa e conseqüüência)ência)
* infec* infecççõesões
* problemas emocionais* problemas emocionais
* ambientais (polui* ambientais (poluiçção, calor, frio etc)ão, calor, frio etc)
* estados patol* estados patolóógicos concomitantesgicos concomitantes
3838
Conduta NutricionalConduta Nutricional
ApApóóss analisaranalisar todos estes fatores,todos estes fatores, avaliaravaliar a relaa relaçção dos ão dos 
mesmos com os sinais e sintomas desenvolvidos pelo paciente.mesmos com os sinais e sintomas desenvolvidos pelo paciente.
DetectarDetectar quais os processos podem estar sendo causa (ou quais os processos podem estar sendo causa (ou 
conseqconseqüüência) das alergias alimentares escondidas, ência) das alergias alimentares escondidas, 
intolerâncias alimentares e desequilintolerâncias alimentares e desequilííbrios nutricionais, brios nutricionais, 
dificultando uma nutridificultando uma nutriçção celular adequada e conseqão celular adequada e conseqüüente ente 
funcionamento ideal orgânico.funcionamento ideal orgânico.
PromoverPromover umauma reeducareeducaççãoão alimentaralimentar conscienteconsciente ((todotodo processoprocesso
real de real de mudanmudanççaa aconteceacontece a a partirpartir do do conhecimentoconhecimento), ), 
abordandoabordando todostodos osos aspectosaspectos nelanela envolvidosenvolvidos ((ffíísicossicos, , 
emocionaisemocionais, , sociaissociais, , culturaisculturais e e financeirofinanceiro), ), permitindopermitindo umauma
melhormelhor efetividadeefetividade nasnas orientaorientaççõesões recebidasrecebidas..
Para resgatar e preservar as funPara resgatar e preservar as funçções orgânicas, ões orgânicas, 
devemos utilizar todos os meios dispondevemos utilizar todos os meios disponííveis veis 
conhecidos para efetivamente nutrir a cconhecidos para efetivamente nutrir a céélula,lula, que tem que tem 
como base um hcomo base um háábito alimentar adequado,bito alimentar adequado, somandosomando--se se 
a ele,a ele, a utilizaa utilizaçção especão especíífica de uma suplementafica de uma suplementaçção ão 
nutricional individualizada (nutrientes e fitoternutricional individualizada (nutrientes e fitoteráápicos),picos),
para mais facilmente tratar os desequilpara mais facilmente tratar os desequilííbrios e sair de brios e sair de 
um cum cíírculo vicioso que foi colocado anteriormente.rculo vicioso que foi colocado anteriormente.
3939
C o n d u t a A l i m e n t a r C o n d u t a A l i m e n t a r 
ApApóós detectar os erros alimentares e os alimentos alergênicos, s detectar os erros alimentares e os alimentos alergênicos, 
por avaliapor avaliaçção laboratorial e/ou clão laboratorial e/ou clíínica (avalianica (avaliaçção de sinais, ão de sinais, 
sintomas e dos hsintomas e dos háábitos alimentares), elaborar uma orientabitos alimentares), elaborar uma orientaçção ão 
que corrija estes erros e um plano alimentar que leve em que corrija estes erros e um plano alimentar que leve em 
consideraconsideraçção:ão:
--Conhecimento dos alimentos no que se refere ao grau de Conhecimento dos alimentos no que se refere ao grau de 
reatividade (baixa, mreatividade (baixa, méédia e alta reatividade);dia e alta reatividade);
Exclusão temporExclusão temporáária dos alimentos de maior reatividade (por 1 a ria dos alimentos de maior reatividade (por 1 a 
3 meses);3 meses);
--Rotatividade de 4 dias (ou mais) dos alimentos de baixa ou Rotatividade de 4 dias (ou mais) dos alimentos de baixa ou 
mméédia reatividade;dia reatividade;
--Reintroduzir os alimentos de alta sensibilidade (1 de cada vez),Reintroduzir os alimentos de alta sensibilidade (1 de cada vez),
avaliando os sintomas, e se necessavaliando os sintomas, e se necessáário manter a exclusão por rio manter a exclusão por 
mais um permais um perííodo, de acordo com as reaodo, de acordo com as reaçções manifestadas; ões manifestadas; 
--Se não tiver nenhuma reaSe não tiver nenhuma reaçção adversa, manter o alimento ão adversa, manter o alimento 
tambtambéém na rotatividade de 4 dias (ou mais);m na rotatividade de 4 dias (ou mais);
--Atendimento das necessidades nutricionais, substituindo Atendimento das necessidades nutricionais, substituindo 
os alimentos de exclusão por equivalentes caracteros alimentos de exclusão por equivalentes caracteríísticas sticas 
nutricionaisnutricionais
--Acompanhamento e conscientizaAcompanhamento e conscientizaçção do paciente e/ou ão do paciente e/ou 
familiares durante todo o processo de exclusão e familiares durante todo o processo de exclusão e 
reintrodureintroduçção dos alimentos alergênicosão dos alimentos alergênicos
--Acompanhamento da evoluAcompanhamento da evoluçção do quadro clão do quadro clíínico do nico do 
paciente face paciente face ààs orientas orientaçções nutricionais recebidas e sua ões nutricionais recebidas e sua 
adaptaadaptaçção aos novos hão aos novos háábitosbitos
--AvaliaAvaliaçção da necessidade de suplementaão da necessidade de suplementaçção ou ão ou 
complementacomplementaçção de nutrientes em funão de nutrientes em funçção do tempo e tipo ão do tempo e tipo 
de alimento exclude alimento excluíído (criando (criançças, gestantes).as, gestantes).
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Fontes Ocultas Fontes Ocultas 
Ovo, Trigo, Milho, Soja, Carne Bovina, LeiteOvo, Trigo, Milho, Soja, Carne Bovina, Leite
•• Ovo:Ovo: Vitelina, Vitelina, ovovitelinaovovitelina, lecitina, , lecitina, ovomucoideovomucoide,

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