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SF - SISTEMA NACIONAL DE AUDITORIA NO SUS E POLÍTICA NACIONAL DE REGULAÇÃO

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Luanna Borges – Med 104 
11 - SISTEMA NACIONAL DE AUDITORIA NO SUS E POLÍTICA NACIONAL DE REGULAÇÃO 
Entre os vários instrumentos de gestão utilizados no Sistema Único de Saúde (SUS), a regulação tem sido tratada 
com maior relevância. Por ser um mecanismo de equilíbrio entre oferta e demanda, a regulação busca a 
disponibilização de serviços e recursos assistenciais adequados às necessidades da população, garantindo um acesso 
de qualidade baseado nos princípios norteadores do SUS. 
A busca da equidade no acesso aos serviços de saúde é um objetivo explícito de muitos sistemas de saúde, no 
entanto, depara-se com muitas barreiras. A utilização do processo regulatório como instrumento de gestão pode se 
tornar um potente equalizador social do sistema de saúde para amortizar a desigualdade relacional entre os entes 
público e privado, além de atenuar a relação necessidade, demanda e oferta, tornando-a coerente, compatível e 
sem grandes distorções. 
A portaria GM/MS nº 1.559, de 1º de agosto de 2008, instituiu a Política Nacional de Regulação do Sistema Único de 
Saúde – SUS. 
O Sistema Nacional de Auditoria (SNA) do SUS foi criado em 1993 pela Lei n.º 8.689 e regulamentado pelo Decreto 
n.º 1.651, de 1995. 
Na concepção trazida pelo SNA, auditoria é um instrumento de qualificação da gestão que visa fortalecer o SUS, por 
meio de recomendações e orientações ao auditado, com vista à garantia do acesso e à qualidade da atenção à saúde 
oferecida aos cidadãos. Essa concepção altera a dialética da produção/faturamento para a lógica da atenção aos 
usuários, em defesa da vida, incorporando a preocupação com o acompanhamento das ações de saúde (políticas 
públicas e seus determinantes sociais) e análise de seus resultados. 
NOÇÕES BÁSICAS DE REGULAÇÃO E AUDITORIA NO SUS - REGULAÇÃO NO SUS 
 
PACTO DE GESTÃO 
DIRETRIZES PARA OS PROCESSOS DE GESTÃO: 
1. Descentralização compartilhada 
2. Regionalização – colegiado de gestão regional 
3. Blocos de Financiamento 
4. Planejamento 
5. Programação Pactuada e Integrada 
6. Regulação 
7. Participação e Controle Social 
8. Gestão do Trabalho 
9. Educação em Saúde 
 
➔ Todos municípios, estados e União devem: 
• Desenvolver, a partir da identificação das necessidades, um processo de planejamento, regulação, 
programação pactuada e integrada da atenção à saúde, monitoramento e avaliação. 
 
➔ Todos os municípios devem organizar a regulação do acesso dentro das diretrizes da regulação da atenção à 
saúde através dos seus complexos reguladores. Assim, no mínimo, todos os municípios devem organizar uma 
atenção básica resolutiva que faça solicitações padronizadas pelos protocolos, encaminhamentos responsáveis e 
adequados aos demais níveis de assistência 
 
Regulação - Conceitos 
✓ Controle, organização do acesso dos usuários aos serviços assistenciais de média e alta complexidade, por meio 
das centrais de internação, consultas e exames, articuladas como complexos reguladores. 
Luanna Borges – Med 104 
✓ A central de regulação beneficia os gestores de Saúde ao evidenciar onde existe a maior demanda por 
atendimento. As informações geradas pelo sistema norteiam ações estratégicas para resolver os gargalos e diminuir 
as filas de espera. 
 
Regulação - Diretrizes 
 
• Superar a desarticulação e/ou a sobreposição que há entre as diversas instancias como o controle, avaliação, 
auditoria, Vigilância Sanitária. 
• Integrar as ações da regulação sobre o sistema e da regulação da atenção à saúde com as demais funções da 
gestão como o planejamento, financiamento, orçamento, gestão do trabalho, etc. 
• Implementar a regulação da atenção à saúde, com ações que incidam sobre os prestadores, públicos e privados, de 
modo a criar condições para uma produção mais eficiente das ações e serviços de saúde ; 
• Tomar a ouvidoria e os conselhos de saúde como fonte para a detecção de problemas no acesso, na qualidade, dos 
serviços prestados, de desperdícios, irregularidades, negligências e omissões. 
 
Política Nacional de Regulação 
➔ Instituída pela Portaria GM/MS nº 1.559 de 1º de agosto de 2008. 
➔ Art. 1º - Instituir a Política Nacional de Regulação do Sistema Único de 
Saúde - SUS, a ser implantada em todas as unidades federadas, 
respeitadas as competências das três esferas de gestão, como instrumento 
que possibilite a plenitude das responsabilidades sanitárias assumidas 
pelas esferas de governo. 
 
 
I - Regulação de Sistemas de Saúde: tem como objeto os sistemas municipais, estaduais e nacional de saúde, e como 
sujeitos seus respectivos gestores públicos, definindo a partir dos princípios e diretrizes do SUS, macrodiretrizes 
para a Regulação da Atenção à Saúde e executando ações de monitoramento, controle, avaliação, auditoria e 
vigilância desses sistemas; 
 
Regulação de Sistemas de Saúde: contempla as seguintes ações: 
I - Elaboração de decretos, normas e portarias que dizem respeito às funções de gestão; 
II - Planejamento, Financiamento e Fiscalização de Sistemas de Saúde; 
III - Controle Social e Ouvidoria em Saúde; 
IV - Vigilância Sanitária e Epidemiológica; 
V - Regulação da Saúde Suplementar; 
VI - Auditoria Assistencial ou Clínica; e 
VII - Avaliação e Incorporação de Tecnologias em Saúde. 
 
Luanna Borges – Med 104 
II - Regulação da Atenção à Saúde: exercida pelas Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, conforme pactuação 
estabelecida no Termo de Compromisso de Gestão do Pacto pela Saúde; tem como objetivo garantir a adequada 
prestação de serviços à população e seu objeto é a produção das ações diretas e finais de atenção à saúde, 
estando, portanto, dirigida aos prestadores públicos e privados, e como sujeitos seus respectivos gestores públicos, 
definindo estratégias e macrodiretrizes para a Regulação do Acesso à Assistência e Controle da Atenção à Saúde, 
também denominada de Regulação Assistencial e controle da oferta de serviços executando ações de 
monitoramento, controle, avaliação, auditoria e vigilância da atenção e da assistência à saúde no âmbito do SUS. 
 
Regulação da Atenção à Saúde: efetivada pela contratação de serviços de saúde, controle e avaliação de serviços e 
da produção assistencial, regulação do acesso à assistência e auditoria assistencial contempla as seguintes ações: 
I - cadastramento de estabelecimentos e profissionais de saúde no Sistema de Cadastro Nacional de 
Estabelecimentos de Saúde - SCNES; 
II - cadastramento de usuários do SUS no sistema do Cartão Nacional de Saúde - CNS; 
III - contratualização de serviços de saúde segundo as normas e políticas específicas deste Ministério; 
IV - credenciamento/habilitação para a prestação de serviços de saúde; 
V - elaboração e incorporação de protocolos de regulação que ordenam os fluxos assistenciais; 
VI - supervisão e processamento da produção ambulatorial e hospitalar; 
VII - Programação Pactuada e Integrada - PPI; 
VIII - avaliação analítica da produção; 
IX - avaliação de desempenho dos serviços e da gestão e de satisfação dos usuários - PNASS; 
X - avaliação das condições sanitárias dos estabelecimentos de saúde; 
XI - avaliação dos indicadores epidemiológicos e das ações e serviços de saúde nos estabelecimentos de saúde; e 
XII - utilização de sistemas de informação que subsidiam os cadastros, a produção e a regulação do acesso. 
 
III - Regulação do Acesso à Assistência: também denominada regulação do acesso ou regulação assistencial, tem 
como objetos a organização, o controle, o gerenciamento e a priorização do acesso e dos fluxos assistenciais no 
âmbito do SUS, e como sujeitos seus respectivos gestores públicos, sendo estabelecida pelo complexo regulador e 
suas unidades operacionais e esta dimensão abrange a regulação médica, exercendo autoridade sanitária para a 
garantia do acesso baseada em protocolos, classificação de risco e demais critérios de priorização. 
 
Regulação do Acesso à Assistência: efetivada pela disponibilização da alternativaassistencial mais adequada à 
necessidade do cidadão por meio de atendimentos às urgências, consultas, leitos e outros que se fizerem 
necessários contempla as seguintes ações: 
I - regulação médica da atenção pré-hospitalar e hospitalar às urgências; 
II - controle dos leitos disponíveis e das agendas de consultas e procedimentos especializados; 
III - padronização das solicitações de procedimentos por meio dos protocolos assistenciais; e 
IV - o estabelecimento de referências entre unidades de diferentes níveis de complexidade, de abrangência local, 
intermunicipal e interestadual, segundo fluxos e protocolos pactuados. A regulação das referências intermunicipais é 
responsabilidade do gestor estadual, expressa na coordenação do processo de construção da programação pactuada 
e integrada da atenção em saúde, do processo de regionalização, do desenho das redes. 
 
Política Nacional de Regulação: Regulação do Acesso à Assistência 
 
➔ Função de gestão, através da qual se busca promover a equidade do acesso, garantindo a integralidade da 
assistência e permitindo ajustar a oferta assistencial disponível às necessidades imediatas do cidadão, de forma 
equânime, ordenada, oportuna e racional. 
➔ São atribuições da regulação do acesso: 
I- garantir o acesso aos serviços de saúde de forma adequada; 
II- garantir os princípios da eqüidade e da integralidade; 
III-fomentar o uso e a qualificação das informações dos cadastros de usuários, estabelecimentos e profissionais 
de saúde; 
Luanna Borges – Med 104 
IV - elaborar, disseminar e implantar protocolos de regulação; 
V - diagnosticar, adequar e orientar os fluxos da assistência 
VI - construir e viabilizar as grades de referência e contrareferência; 
VII - capacitar de forma permanente as equipes que atuarão nas unidades de saúde; 
VIII - subsidiar as ações de planejamento, controle, avaliação e auditoria em saúde; 
IX - subsidiar o processamento das informações de produção; e 
X - subsidiar a programação pactuada e integrada. 
 
Política Nacional de Regulação: Princípios orientadores 
 
1. Cada prestador responde apenas a um gestor. 
2. A regulação dos prestadores de serviço deve ser preferencialmente do município conforme desenho da rede de 
assistência pactuada na CIB, observado o Termo de Compromisso de Gestão do Pacto. 
3. A regulação das referências intermunicipais é responsabilidade do gestor estadual, expressa na coordenação do 
processo de construção da PPI, do processo de regionalização e do desenho das redes. 
 
➔ A área técnica da regulação do acesso será estabelecida mediante 
estruturas denominadas Complexos Reguladores, formados por 
unidades operacionais denominadas centrais de regulação, 
preferencialmente, descentralizadas e com um nível central de 
coordenação e integração. 
 
➔ São atribuições do Complexo Regulador: 
I - fazer a gestão da ocupação de leitos e agendas das unidades de saúde; 
II - absorver ou atuar de forma integrada aos processos autorizativos; 
III - efetivar o controle dos limites físicos e financeiros; 
IV - estabelecer e executar critérios de classificação de risco; e 
V - executar a regulação médica do processo assistencial. 
 
➔ O Complexo Regulador é a estrutura que operacionaliza as ações da regulação do acesso, podendo ter 
abrangência e estrutura pactuadas entre gestores, conforme os seguintes modelos: 
I - Complexo Regulador Estadual: gestão e gerência da Secretaria de Estado da Saúde, regulando o acesso às 
unidades de saúde sob gestão estadual e a referência interestadual e intermediando o acesso da população 
referenciada às unidades de saúde sob gestão municipal, no âmbito do Estado. 
 
II - Complexo Regulador Regional: 
a) gestão e gerência da Secretaria de Estado da Saúde, regulando o acesso às unidades de saúde sob gestão 
estadual e intermediando o acesso da população referenciada às unidades de saúde sob gestão municipal, no 
âmbito da região, e a referência interregional, no âmbito do Estado; 
b) gestão e gerência compartilhada entre a Secretaria de Estado da Saúde e as Secretarias Municipais de Saúde 
que compõem a região, regulando o acesso da população própria e referenciada às unidades de saúde sob 
gestão estadual e municipal, no âmbito da região, e a referência inter-regional, no âmbito do Estado 
 
III - Complexo Regulador Municipal: gestão e gerência da Secretaria Municipal de Saúde, regulando o acesso da 
população própria às unidades de saúde sob gestão municipal, no âmbito do Município, e garantindo o acesso 
da população referenciada, conforme pactuação. 
 
 
➔ O Complexo Regulador será organizado em: 
I - Central de Regulação de Consultas e Exames: regula o acesso a todos os procedimentos ambulatoriais, 
Luanna Borges – Med 104 
incluindo terapias e cirurgias ambulatoriais; 
II - Central de Regulação de Internações Hospitalares: regula o acesso aos leitos e aos procedimentos 
hospitalares eletivos e, conforme organização local, o acesso aos leitos hospitalares de urgência; e 
III - Central de Regulação de Urgências: regula o atendimento pré-hospitalar de urgência e, conforme 
organização local, o acesso aos leitos hospitalares de urgência. 
 
COMPLEXO REGULADOR 
➔ Articulação e integração de centrais de urgências, centrais de internações, centrais de consultas e serviços de 
apoio diagnostico terapêutico 
➔ Implantadas sob orientação de protocolos clínicos e linhas de cuidado previamente definidos. 
➔ As centrais de regulação serão de abrangência municipal e/ou regional. 
 
CENTRAL DE URGÊNCIA 
➔ Regulação inter-hospitalar e pré-hospitalar, norteados pela organização das Redes Regionais de Atenção à Saúde 
– RRAS. 
➔ Central com funcionamento 24 horas com profissional médico que regula e prioriza os chamados 
➔ O encaminhamento deve ser estabelecido mediante pactuações prévias, de acordo com a complexidade e 
hierarquização da rede. 
➔ A central deve dispor das informações sobre as referencias de recursos especializados (grade) pactuados 
regionalmente e com atualização sistemática 
➔ Aplicação do recurso vaga-zero em situações críticas. 
 
CENTRAL DE INTERNAÇÕES 
➔ Regulação dos leitos hospitalares dos estabelecimentos de saúde vinculados ao SUS, próprios, contratados ou 
conveniados, norteados pela organização das Redes Regionais de Atenção à Saúde – RASS 
➔ Escopo – abranger a totalidade dos leitos das diferentes clinicas 
➔ Funcionamento – pode ser restrito ao período diurno, com a presença de médicos reguladores com a função de 
qualificar e ordenar, com equidade, as solicitações de internação eletivas e controlar a ocupação dos leitos. 
➔ Nos demais períodos, a regulação poderá ser exercida pela Central de Urgência. 
 
CENTRAL AMBULATORIAL 
➔ Responsável pela regulação do acesso dos pacientes às consultas especializadas e aos Serviços de Apoio à 
Diagnose e Terapia – SADT, norteados pela organização das Redes Regionais de Atenção à Saúde – RRAS 
➔ Pode funcionar no período diurno sem a presença de médico regulador, sendo necessária a definição de 
profissional médico de referencia 
➔ Os complexos reguladores podem compor, de acordo com a necessidade do município ou região, com outras 
centrais especificas 
➔ Relações de poder – tomada de decisão – recursos escassos 
➔ Dispositivos de apoio e matriciamento – aproximação da atenção básica e especializada – regulação da atenção 
primária. 
Luanna Borges – Med 104 
 
Regulação: NIR 
 
➔ O Núcleo Interno de Regulação (NIR) é uma iniciativa da Coordenação-Geral de Atenção Hospitalar do 
Departamento de Atenção Hospitalar e de Urgência do Ministério da Saúde (CGHOSP/DAHU/SAS/MS) e tem 
como objetivo orientar os gestores do Sistema Único de Saúde (SUS) e os dirigentes de hospitais geral e 
especializados para a melhor condução do processo de implantação e implementação do Núcleo Interno de 
Regulação (NIR), em conformidade com a legislação em vigor. 
 
➔ O NIR é uma unidade técnico-administrativaque realiza o monitoramento do paciente, a partir de seu ingresso 
no hospital, sua movimentação interna e externa até a alta hospitalar. É uma estrutura ligada diretamente à 
direção geral do hospital e deve ser legitimada, com papel e função definidos. 
 
 
Sistemas de Regulação – SER E SISREG 
SER 
➔ Consultas/ exames 
➔ Internações 
➔ Materno/infantil 
➔ Ostomizados 
 
➔ Regulação: normaliza – direciona 
• Controle: monitora – constata 
o Ouvidoria: registra – apura 
• Avaliação: mensura – reorienta 
o Auditoria: examina – valida 
Luanna Borges – Med 104 
AUDITORIA NO SUS - Noções Básicas 
• O Sistema Único de Saúde (SUS), um dos maiores sistemas públicos de saúde do mundo, é formado por uma 
grande rede de serviços e ações de saúde, organizada de forma regionalizada e hierarquizada em níveis de 
complexidade crescente, com direção única. 
• A União é representada pelo Ministério da Saúde, os Estados e o Distrito Federal pelas Secretarias Estaduais de 
Saúde, e os Municípios pelas Secretarias Municipais de Saúde. 
• O financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS) é feito pelas três esferas de governo, federal, estadual e 
municipal, conforme determina a Constituição Federal de 1988, que estabelece as fontes de receita para custear as 
despesas com ações e serviços públicos de saúde. 
 
Quem Controla o SUS? 
➔ O controle do SUS é exercido pelo governo e pela sociedade. 
• Pela sociedade, isso se dá por meio do Controle Social feito pelos Conselhos de Saúde. Estes são órgãos 
colegiados, compostos por representantes do governo, prestadores de serviço, profissionais de saúde e usuários. 
Atuam na formulação de estratégias que ajustem as ações e serviços ofertados e disponibilizados de acordo com 
as necessidades da comunidade e no controle da execução da política de saúde, inclusive nos aspectos 
econômicos e financeiros, tendo caráter deliberativo, com decisões homologadas pela esfera de governo 
correspondente. 
• No âmbito governamental esse controle é realizado por órgãos de controle interno e externo. 
 
CONTROLE INTERNO: é aquele em que o Poder Público controla suas próprias ações, objetivando assegurar a 
execução destas dentro dos princípios básicos da administração pública. Compreende as atividades de avaliação do 
cumprimento das metas, da execução dos programas de governo e dos orçamentos e de avaliação da gestão dos 
administradores públicos, utilizando, como instrumentos: o monitoramento, a avaliação do desempenho e auditoria. 
Assim, o controle interno é um controle primário, exercido por órgão que se subordina ao executor do próprio ato 
examinado. 
 
Controle interno: Realizado pelos técnicos das áreas de controle interno (ações de monitoramento, avaliação de 
desempenho e auditoria) dos entes federados que compõem o SUS e pela Controladoria Geral da União. As ações de 
auditoria realizadas por técnicos do SUS são de responsabilidade do Sistema Nacional de Auditoria (SNA), que é 
formado por componentes municipais, estaduais e federal. 
 
CONTROLE EXTERNO: o controle é considerado externo quando é efetivado por um poder sobre o outro. É realizado 
por órgãos externos, que fiscalizam as ações da administração pública e seu funcionamento, envolve a verificação do 
exercício regular da competência atribuída pela lei. 
Controle externo: Além do controle parlamentar direto, pelo Poder Legislativo, temos o controle pelos Tribunais de 
Contas (da União, dos Estados e dos Municípios), e por fim o controle dos Ministérios Públicos Federal e Estaduais. 
O Departamento Nacional de Auditoria do SUS (DENASUS), órgão integrante da estrutura da Secretaria de Gestão 
Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde e componente federal do Sistema Nacional de Auditoria (SNA), 
exerce atividades de auditoria e fiscalização especializada no âmbito do SUS. 
 
 
 
 
 
Luanna Borges – Med 104 
Auditoria 
 
A auditoria do SUS deve verificar a execução das ações e serviços de saúde quanto aos aspectos orçamentário, 
operacional, patrimonial, além de analisar a conformidade do gasto, bem como dos processos e resultados. 
 
Foco de atuação da auditoria do SUS 
✓ Verificar se as ações e os serviços de saúde estão sendo realizados em conformidade com os padrões e os critérios 
estabelecidos. 
✓Detectar situações de não conformidade e aprofundar na verificação e análise. 
✓ Auditar as estruturas, os processos e os resultados. 
 
“A auditoria é um instrumento de gestão para fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS), contribuindo para a 
alocação e utilização adequada dos recursos, a garantia do acesso e a qualidade da atenção à saúde oferecida aos 
cidadãos.” 
 
O trabalho de auditoria no SUS é extremamente complexo, pois necessita de grande quantidade de informações que 
precisam ser cuidadosamente extraídas, trabalhadas e interpretadas, pois muitos interesses e responsabilidades 
estão em foco quando se audita a saúde. 
 
O compromisso da auditoria para o fortalecimento da gestão se estabelece na orientação ao gestor quanto à 
aplicação eficiente do orçamento da saúde, o qual deve refletir na melhoria dos indicadores epidemiológicos e de 
bem-estar social, no acesso e na humanização dos serviços. 
 
Diretrizes para atuação da auditoria do SUS 
 
✓Capilaridade, descentralização e integração para garantir atuação em todo o território nacional, com divisão e 
definição de tarefas específicas de cada esfera de gestão do SUS. 
✓Integração com outros órgãos das estruturas gestoras do SUS, como planejamento, monitoramento e avaliação, 
regulação e vigilância em saúde e outros órgãos integrantes do sistema de controle interno e externo. 
✓Ênfase na mensuração do impacto das ações de saúde, na aplicação dos recursos e na satisfação do usuário. 
 
O QUE É SNA? 
O Sistema Nacional de Auditoria (SNA) é o conjunto de órgãos e Unidades instituídos em cada esfera de governo, sob 
direção do gestor local do SUS, com atribuição de realizar auditorias. 
O SNA foi instituído de forma descentralizada por meio de órgãos dos governos federal, estaduais, municipais e do 
Distrito Federal pela Lei 8689/93. 
 
SNA 
 
• O Decreto nº 1.651/95 estabeleceu que a estrutura e funcionamento do SNA, no plano federal, são indicativos da 
organização a ser observada por estados, Distrito Federal e municípios para a consecução dos mesmos objetivos no 
âmbito de suas respectivas atuações. 
• No plano federal, o componente do SNA é o Departamento Nacional de Auditoria do SUS (Denasus), unidade da 
Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa (SGEP), do Ministério da Saúde. 
 
 
Luanna Borges – Med 104 
RELAÇÃO AUDITORIA E CONSELHO DE SAÚDE 
Os relatórios de auditoria, emitidos pelos órgãos do SNA, subsidiam os conselheiros de saúde no desempenho do 
seu papel no controle social. Possibilita o acesso ao conteúdo das auditorias e o acompanhamento das 
recomendações feitas ao gestor do SUS. 
 
RELAÇÃO AUDITORIA E GESTORES 
A auditoria é, antes de tudo, uma ferramenta de apoio à gestão, buscando orientar o gestor para corrigir distorções 
que porventura sejam detectadas. Nesse sentido, o relatório da auditoria visa contribuir para a elaboração e/ou 
revisão dos instrumentos de gestão do SUS. 
 
SNA 
Situações recorrentes nas auditorias: 
- Ausência ou insuficiência no detalhamento do Plano e/ou Programação Anual de Saúde; 
- Relatório de Gestão incompatível com o Plano e/ou Programação Anual de Saúde; 
-Deficiência na qualidade da atenção e do acesso às ações e serviços de saúde; 
- Descumprimento das fases de execução das despesas; 
- Execução inadequada da legislação sobre licitação; 
- Aplicação incorreta dos recursos definidos nos blocos de financiamento do SUS; 
- Não comprovação de despesas realizadas; 
- Não execução orçamentária ou financeira, parcial ou total, de recursos próprios ou recebidos. 
 
➔ O que deve ser feito para diminuir os riscos na execução das ações? 
• É fundamental que asações de controle estejam organizadas e estruturadas de forma que as atividades de 
monitoramento, avaliação de desempenho e auditoria sejam exercidas de forma sistêmica, permanente e 
complementar. 
• É importante que as recomendações emitidas pelo serviço de controle sejam consideradas como 
norteadoras de ajustes nos instrumentos de gestão e colocadas em prática. O acompanhamento desta 
providência deve ser exercido, inclusive, pelo controle social. 
➔ Postura Ética do Agente Público em Atividades de Auditoria 
• O item X, artigo 5º da Constituição Federal brasileira, assegura a inviolabilidade da intimidade, da vida 
privada, da honra e da imagem das pessoas; como garantia para todos os brasileiros. Portanto, os auditores 
estão obrigados triplamente a manter o sigilo e a privacidade do que vierem a constatar ou observar pela 
Constituição Federal, pelo Código de Ética do Servidor Público e pelo código de ética de sua categoria 
profissional. 
➔ Os Códigos de Ética são parâmetros fundamentais destinados a nortear a conduta profissional quanto aos 
aspectos: 
▪ Sigilo; 
▪ Evitar atos de Imperícia, imprudência ou negligência; 
▪ Responsabilidade pelo ato profissional; 
▪ Consentimento prévio do paciente; 
▪ Elaboração do prontuário do paciente; 
▪ Manuseio de prontuário; 
▪ Informações do quadro clínico ao paciente

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