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Adaptações celulares e estímulos nocivos As adaptações são respostas estruturais e funcionais reversíveis que surgem mediante a alterações na fisiologia do organismo ou frente a um estimulo patológico (alteração). RESPOSTAS ADAPTATIVAS Hipertrofia: aumento do tamanho e da funcionalidade da célula, consequentemente o aumento do órgão afetado. Classificada em: Fisiológica: decorre do aumento da demanda funcional, hormônios ou fatores de crescimento (Ex. útero em gestação). Patológica: decorre da ação de um patógeno ou genético. Hiperplasia: aumento da quantidade de células em resposta a um estimulo. Pode ocorrer em conjunto à hipertrofia. Classifica em: Fisiológica: ocorre mediante a ação hormonal ou fatores crescimento (Ex. células da mama). Patológica: decorre da ação excessiva ou inapropriada de hormônios ou fatores de crescimento (Ex. células do endométrio). Os mecanismos da hiperplasia são resultados da proliferação celular de células maduras induzidas por fatores de crescimento. Em alguns casos a multiplicação celular pode ser oriunda de células-tronco tecidual (ex. hiperplasia das células hepáticas). Atrofia: redução do tamanho e da atividade metabólica da célula. (nesse processo ocorre a redução da síntese de proteína da célula). Normalmente esse processo ocorre devido: Redução da carga de trabalho (atrofia de desuso). Perda da inervação (atrofia por degeneração). Diminuição do suprimento sanguíneo. Desequilíbrio nutricional. Deficiência da estimulação endócrina. Compressão. Metaplasia: modificação do fenótipo das células (tipo celular diferenciado é substituído por outro tipo de célula). É reversível. Ex. Fumantes – substituição do epitélio colunar pelo epitélio escamoso. Essa mudança ocorre devido o epitélio escamoso possui propriedades vantajosas de sobrevivência (resiste melhor as toxinas do cigarro), porém, há uma perda de funções importantes, como a secreção de muco e cílios. Mecanismos de mataplasia: a diferenciação de células tronco para outra linhagem é resultado de estímulos por citocinas, fatores de crescimento, componentes da matriz extracelular e fatores externos. ANÁLISE GERAL Lesão e morte celular Decorre do estimulo intenso das células (não há mais capacidade adaptativa) ou pode estar associada a exposição a agentes naturalmente nocivos ou prejuízos oriundos de anormalidades intrínsecas. As lesões podem ser: Reversíveis: em processos iniciais da lesão (fase leve), as alterações morfológicas e funcionais voltam ao seu estado normal quando o estimulo causador for removido. Morte celular: devido a persistência do dano, a lesão torna-se irreversível, ocasionando a morte da célula (por necrose ou apoptose) Necrose: morte “acidental” e desregulada da célula a partir de danos nas membranas celulares (desequilíbrio iônico). Apoptose: morte celular programada (sequenciada). I- há um diminuição da cromática. II – Há formação dos blebs (invaginação da membrana). III – fragmentação e decomposição da célula por enzimas dos lisossomos. IV – Liberação dos corpos apoptoticos que serão fagocitados pelo sistema monofagocitário. DIFERENCIAÇÃO DE NECROSE X APOPTOSE Necrose: célula sofre um estimulo – passa por uma lesão (modifica a estruturação da célula) – se o estimulo for removido a célula retorna a sua homeostase – porém, se o estimulo persistir a lesão ocasionará o extravasamento. Apoptose: (irreversível) célula sofre um estimulo – condessa (reduz de tamanho) - fragmentação – corpos apoptóticos são fagocitados. CAUSAS DAS LESÕES CELULARES Mutações na célula. (Ex. mudança celular devido os raios UV) Estímulos nocivos: Privação de oxigênio: Hipoxia (deficiência de oxigênio) que ocasiona redução da respiração oxidativa aeróbica. Causas: isquemia (ausência do suprimento sanguíneos), oxigenação inadequada, redução do transporte, hemorragia. Agentes físicos: traumas, temperaturas, radiação e choques elétricos. Agentes químicos, drogas. Agentes infecciosos. Reações imunológicas. Defeitos genéticos. Desequilíbrio nutricional. ALTERAÇÕES MORFOLÓGICAS NA LESÃO CELULAR Alterações bioquímicas, ultraestruturais, da microscopia óptica e morfológica macroscópica quando apresentadas em longa duração geram lesões celulares irreversíveis. Lesão celular reversível Aspectos: Tumefação celular (aumento de tamanho): decorre do desequilíbrio de íons gerado pela falência da bomba de íons dependentes da energia das membranas. Degeneração gordurosa: comum em lesão hipóxia ou em outras formas de lesão metabólica ou toxica. Caracterizada pelo surgimento de vacúolos lipídicos no citoplasma (ocorre frequentemente no fígado). Lesão irreversível Necrose: resultado da desnaturação de proteínas e da digestão enzimática da célula lesada letalmente. Padrões de necrose: Necrose liquefativa: caracterizada pela digestão das células mortas, resultando na transformação do tecido em uma massa viscosa liquida (tecido gelatinoso, viscoso). Necrose gangrenosa: não é um padrão especifico de morte celular, porém é utilizado nas práticas clínicas. Refere-se a um membro que tenha perdido o suprimento sanguíneo e consequentemente necrosado (comum em pacientes diabéticos). Necrose caseosa: (assemelha-se a queijo) encontrada em focos de infecção tuberculosa. Caseoso é derivado de aparência friável e esbranquiçada na área afetada. Necrose gordurosa: destruição adiposa, resultado da liberação de lipases pancreáticas ativadas na intimidade do pâncreas ou na cavidade peritoneal. Necrose fibrinóide: comum em vasos sanguíneos, normalmente decorrente das reações imunes (alergias, placas).
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