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1 Eva Carneiro | Radiologia NEURORRADIOLOGIA ANATOMIA AXIAL 1 2 Eva Carneiro | Radiologia 3 Eva Carneiro | Radiologia 4 Eva Carneiro | Radiologia 5 Eva Carneiro | Radiologia 6 Eva Carneiro | Radiologia 7 Eva Carneiro | Radiologia 1 Eva Carneiro | Radiologia NEURORRADIOLOGIA ANATOMIA AXIAL 2 2 Eva Carneiro | Radiologia 3 Eva Carneiro | Radiologia 4 Eva Carneiro | Radiologia 5 Eva Carneiro | Radiologia 6 Eva Carneiro | Radiologia 1 Eva Carneiro | Radiologia NEURORRADIOLOGIA Lesão cerebral traumática (TBI) ➔ Sequelas de longo prazo de lesão cerebral traumática, como contusões cerebrais e lesão axonal difusa (DAI), podem incluir prejuízo cognitivo. ➔ A perda do parênquima fronto-basal / temporal ou os pontos pretos T2 * típicos para DAI em um paciente com história de trauma devem, portanto, ser levados em consideração ao avaliar imagens de RM para demência. As imagens FLAIR mostram a clássica perda de tecido pós-traumática com gliose em ambos os lobos frontais, o lobo occipital esquerdo e o lobo temporal direito. 1 Eva Carneiro | Radiologia NEURORRADIOLOGIA ANATOMIA – Neoplasias na Glândula Pituitária A fim de analisar uma massa selar ou parasselar na ressonância magnética, usamos a seguinte abordagem anatômica: 1. Primeiro identifique a glândula pituitária e a sela túrcica. 2. Em seguida, determine o epicentro da lesão e se está na sela ou acima, abaixo ou lateralmente à sela. 3. Se estiver na sela, determine se a sela está aumentada ou não. 4. Uma vez que a localização da massa esteja clara, analise os padrões de intensidade do sinal: a lesão é cística ou sólida? 5. Contém vasos anormais? 6. Existem calcificações? E assim por diante. 7. Finalmente, estabeleça um diagnóstico diferencial. 2 Eva Carneiro | Radiologia ➔ Em uma seção coronal através do cérebro, a estrutura de referência é a glândula pituitária que se encontra na sela túrcica. ➔ Geralmente é maior nas mulheres do que nos homens - nas mulheres a borda superior tende a ser convexa, enquanto nos homens geralmente é côncava. ➔ As anormalidades mais comuns que surgem na glândula pituitária são adenoma hipofisário, cisto de fenda de Rathke e craniofaringioma. ➔ A próxima estrutura a ser identificada é a haste pituitária. ➔ Esta é uma estrutura orientada verticalmente que conecta a glândula pituitária ao cérebro. ➔ É mais fino na parte inferior e mais espesso na parte superior. ➔ Embriologicamente, também é derivado do epitélio fendido de Rathke e, portanto, as patologias que podem surgir na glândula pituitária também podem surgir no pedúnculo. ➔ Existem algumas coisas incomuns a serem consideradas em crianças, como germinomas e granulomas eosinofílicos. ➔ Em adultos, metástases e, ocasionalmente, linfoma podem surgir na haste hipofisária. ➔ Outra estrutura importante na cisterna suprasselar é o quiasma óptico. ➔ É uma extensão do cérebro e se parece com o número 8 deitado de lado. ➔ É tecido glial - portanto, os tumores mais comuns que se originam aqui são gliomas. ➔ Nos EUA e na Europa, outra patologia frequente nesta região é a doença desmielinizante - particularmente a esclerose múltipla. ➔ Isso também pode estar associado a algum inchaço do quiasma óptico. IMAGENS 3 Eva Carneiro | Radiologia Pituitary Microadenoma Pituitary Macroadenoma 4 Eva Carneiro | Radiologia 5 Eva Carneiro | Radiologia 1 Eva Carneiro | Radiologia NEURORRADIOLOGIA Paralisia supranuclear progressiva (PSP) PSP também é uma das síndromes parkinsonianas atípicas. Na PSP, há atrofia pronunciada do mesencéfalo (mesencéfalo), que é responsável pela típica paralisia do olhar para cima. PSP with midbrain atrophy. PSP: 'humming bird sign' due to midbrain atrophy. ➔ Normalmente, a borda superior do mesencéfalo é convexa. ➔ A atrofia do mesencéfalo em PSP resulta em uma borda superior côncava do mesencéfalo com o típico "sinal de beija-flor" (figura). 1 Eva Carneiro | Radiologia NEURORRADIOLOGIA ANATOMIA – Comissura Anterior ➔ A comissura anterior é um feixe de fibras brancas que conecta os dois hemisférios cerebrais através da linha média. ➔ Neste nível, frequentemente espaços perivasculares de Virchow-Robin no LCR são vistos. 1 Eva Carneiro | Radiologia NEURORRADIOLOGIA ANATOMIA – POLÍGONO DE WILLIS • Segmento A1 A artéria cerebral anterior da bifurcação carotídea até a artéria comunicante anterior dá origem às artérias lenticuloestriadas mediais. • Segmento A2 Parte da artéria cerebral anterior distal à artéria comunicante anterior. • Segmento P1 Parte da artéria cerebral posterior proximal à artéria comunicante posterior. A artéria comunicante posterior está entre a bifurcação carotídea e a artéria cerebral posterior) • Segmento P2 Parte da artéria cerebral posterior distal à artéria comunicante posterior • Segmento M1 Parte horizontal da artéria cerebral média que dá origem às artérias lenticuloestriadas laterais que suprem a maior parte dos gânglios da base. O segmento M2 é a parte da fissura silviana e o segmento M3 é o segmento cortical. • Cisterna ambiens Também chamada de cisterna ambiental é uma cisterna do espaço subaracnóide entre a extremidade posterior do corpo caloso e a superfície superior do cerebelo. Às vezes, é definido como incluindo a cisterna quadrigerminal. 2 Eva Carneiro | Radiologia Acima, uma visão coronal dos segmentos da artéria cerebral média. • Segmento M1 horizontal → dá origem às artérias lenticulostriadas laterais que suprem parte da cabeça e corpo do caudado, globo pálido, putâmen e o ramo posterior da cápsula interna. Observe que as artérias lenticulostriadas mediais surgem do segmento A1 da artéria cerebral anterior. • Sylvian M2-segmento → Ramos suprem o lobo temporal e o córtex insular (área da linguagem sensorial de Wernicke), lobo parietal (áreas corticais sensoriais) e lobo frontal inferolateral. • Segmento M3 cortical → Ramos suprem o córtex cerebral lateral 1 Eva Carneiro | Radiologia NEURORRADIOLOGIA ANATOMIA – Tálamo ➔ Neste nível, os gânglios da base são vistos. ➔ As duas linhas escuras medialmente ao tálamo são as veias cerebrais internas. 1 Eva Carneiro | Radiologia NEURORRADIOLOGIA Angiopatia Amilóide Cerebral (CAA) A demência pode ser a apresentação clínica na CAA, uma condição na qual? -Amilóide é depositado nas paredes dos vasos do cérebro. O resultado é hemorragia, geralmente micro-hemorragias, mas também pode ocorrer hemorragia subaracnoide ou hematomas lobares. Na RM, a sequência T2 * mostrará múltiplas microhemorragias, tipicamente em uma localização periférica (em oposição às microhemorragias hipertensivas, que geralmente estão localizadas mais centralmente, por exemplo, nos gânglios basais e tálamo). Além disso, FLAIR revelará hiperintensidades moderadas a severas de substância branca (grau 2 ou 3 de Fazekas) As imagens T2 * em um paciente com CAA mostram vários microssangues localizados perifericamente. 2 Eva Carneiro | Radiologia FLAIR images of the same patient show Fazekas 2 white matter hyprintensities. T2* images in a patient with CAA microbleeds. 1 Eva Carneiro | Radiologia NEURORRADIOLOGIA Arteriopatia Cerebral Autossômica Dominante com Infartos Subcorticais e Leucoencehalopatia (CADASIL) ➔ CADASIL é outra doença hereditária que pode se apresentar com uma disfunção cognitiva progressiva. ➔ Outros sintomas apresentados incluem enxaquecas, episódios semelhantes a derrames e distúrbios comportamentais. Ela afeta os pequenos vasos do cérebro. ➔ Hiperintintidadesconfluentes de substância branca nos lobos frontal e especialmente nos lobos temporais anteriores em combinação com infartos (lacunares) e microssangre são observados nas imagens. As imagens FLAIR mostram achados clássicos em CADASIL - hiperintensidades confluentes da substância branca com infartos lacunares e envolvimento dos lobos temporais anteriores. 1 Eva Carneiro | Radiologia NEURORRADIOLOGIA Atrofia multissistêmica (MSA) • MSA também é uma das síndromes parkinsonianas atípicas. • MSA é um distúrbio neurológico raro caracterizado por uma combinação de parkinsonismo, sinais cerebelares e piramidais e disfunção autonômica. MSA pode ser classificado como MSA-C, MSA-P ou MSA-A. ➔ No MSA-C (anteriormente conhecido como atrofia olivopontocerebelar esporádica ou sOPCA), os sintomas cerebelares predominam, enquanto no MSA-P os sintomas parkinsonianos predominam (MSA-P era anteriormente conhecido como degeneração estriatonigral). ➔ MSA-A é a forma em que a disfunção autonômica predomina e é o novo termo para o que antes era conhecido como síndrome de Shy- Drager. 'Hot cross bun sign' in MAS. 2 Eva Carneiro | Radiologia • Na MSA, há atrofia cerebelar pronunciada e atrofia severa da ponte. • Em MSA-P: putâmen dorsolateral em T2 SI baixo e SI lateral em fenda aumentada para putâmen em T2. • Em contraste com o PSP, não vemos o sinal do beija-flor, porque o mesencéfalo tem uma borda superior convexa normal. • O chamado 'sinal do pão cruzado quente', que é um resultado da hiperintensidade pontina, é típico para MSA-C. Observe a extrema atrofia da ponte e do cerebelo neste paciente quando comparamos imagens de 2015 com imagens de 2018. 1 Eva Carneiro | Radiologia NEURORRADIOLOGIA Creutzfeldt-Jakob disease (CJD) ➔ CJD é uma doença neurodegenerativa muito rara e incurável, causada por um tipo único de agente infeccioso chamado príon. ➔ O primeiro sintoma da CJD é a demência rapidamente progressiva, levando à perda de memória, alterações de personalidade e alucinações. ➔ A doença é caracterizada por alterações espongiformes da substância cinzenta cortical e subcortical, com perda de neurônios e substituição por gliose. As anormalidades às vezes podem ser detectadas no FLAIR, mas são mais evidentes nas sequências DWI, afetando o corpo estriado, o neocórtex ou uma combinação de ambos. Changes in the neocortex as seen on FLAIR (left) and DWI (right). Nova variante CJD ➔ A nova variante da CJD também é conhecida como 'doença da vaca louca' (12). ➔ Felizmente, é uma doença dificilmente encontrada. ➔ Nesta variante, as alterações são vistas na parte posterior do tálamo, chamada de pulvinar 2 Eva Carneiro | Radiologia Pulvinar hyperintensity in new variant of CJD. Courtesy Dr. Collie (12) 1 Eva Carneiro | Radiologia NEURORRADIOLOGIA Degeneração corticobasal (CBD) ➔ O CBD é uma entidade rara que pode se apresentar com disfunção cognitiva, geralmente em combinação com sintomas semelhantes aos de Parkinson. ➔ A chamada síndrome da 'mão alienígena' é uma manifestação típica. ➔ A ressonância magnética mostra atrofia cortical parietal assimétrica, às vezes com hiperintensidade associada da substância branca em imagens T2W. Imagem FLAIR axial mostra atrofia parietal cortical assimétrica impressionante em um paciente com CBD. 1 Eva Carneiro | Radiologia NEURORRADIOLOGIA Degeneração Lobar Frontotemporal (FTLD) FTLD, anteriormente chamada de doença de Pick, é uma demência progressiva, que é responsável por 5-10% dos casos de demência. E ocorre com relativa mais frequência em indivíduos pré-senis A FTLD é clinicamente caracterizada por distúrbios comportamentais e de linguagem que podem preceder ou ofuscar os déficits de memória. Atualmente não há tratamento para esta condição. O exame de imagem desempenha um papel importante no diagnóstico, pois os achados são fáceis de reconhecer. Os achados radiológicos são atrofia pronunciada dos lobos frontal e / ou temporal. Em algumas formas de FTLD, a atrofia pode ser notavelmente assimétrica, e. em Demência Semântica, um subtipo de doença com afasia progressiva e degeneração do lobo temporal esquerdo. End stage FTLD with striking atrophy of frontal and temporal lobes. No artophy of parietal and occipital lobes 2 Eva Carneiro | Radiologia FTLD: T2WI and FLAIR with 'knife blade' atrophy of left temporal lobe with normal right temporal lobe. ➔ As imagens são de um paciente com afasia progressiva. ➔ O achado mais proeminente é a atrofia assimétrica notável do lobo temporal no lado esquerdo com atrofia não apenas do hipocampo, mas também dos pólos temporais. ➔ A atrofia resultou em giros que parecem tão afiados quanto facas ('atrofia da lâmina da faca'). ➔ Também há algum aumento na intensidade do sinal visto na imagem FLAIR, provavelmente devido à gliose. ➔ Esses achados são patognomônicos para o diagnóstico de FTLD. ➔ Pacientes com atrofia temporal esquerda geralmente são clinicamente óbvios. ➔ A atrofia do lado direito geralmente não é tão facilmente reconhecida, pois esses pacientes apresentam apenas distúrbios sutis no reconhecimento de rostos. 1 Eva Carneiro | Radiologia NEURORRADIOLOGIA Demência com corpos de Lewy A demência com corpos de Lewy é responsável por aproximadamente 25% das demências e pertence às síndromes atípicas de Parkinson juntamente com paralisia supranuclear progressiva (PSP) e atrofia multissistêmica (MSA). As manifestações clínicas podem ser semelhantes às da DA ou demência associada à doença de Parkinson. Os pacientes geralmente apresentam um dos três complexos de sintomas: alucinações visuais detalhadas, sintomas semelhantes aos de Parkinson e flutuações no estado de alerta e atenção. Patologicamente, a doença é caracterizada pela presença de corpos de Lewy em várias regiões do complexo hipocampal, núcleos subcorticais e neocórtex com número variável de placas amilóides difusas. Os inibidores da colinesterase são atualmente o tratamento de escolha para essa condição. ➔ O papel da imagem é limitado na demência de corpos de Lewy. ➔ Normalmente, a RM do cérebro é normal, incluindo o hipocampo. ➔ Este achado é importante porque permite diferenciar esta doença da doença de Alzheimer, principal diagnóstico diferencial. ➔ A imagem nuclear pode ser usada para demonstrar um sistema dopaminérgico anormal (o chamado DaTscan). Lewi body dementia: normal hippocampus 1 Eva Carneiro | Radiologia NEURORRADIOLOGIA DEMÊNCIA VASCULAR • A demência vascular (VaD) é considerada a segunda causa mais comum de demência depois da doença de Alzheimer. • Às vezes, pode ser diferenciado da DA por um início mais súbito e associação com fatores de risco vascular. • VaD pode ser caracterizado por sua deterioração gradual com períodos de estabilidade seguidos por declínio repentino na função cognitiva. • A maioria dos pacientes, entretanto, tem doença de pequenos vasos, caracterizada por um padrão de deterioração mais gradual e sutil. • O controle dos fatores de risco vascular é o tratamento de escolha, mas os inibidores da colinesterase (drogas que estão sendo usadas na DA) também estão sendo cada vez mais usados para tratar a demência vascular. • As imagens mostram um paciente com infarto estratégico de PCA envolvendo o hipocampo. • Este tipo de infarto pode resultar em demência súbita se localizado no hemisfério dominante. • Geralmente não resultará em demência se ocorrer no hemisfério não dominante. PCA infarction involving the medial temporal lobe. 2 Eva Carneiro | Radiologia Vascular dementia, no medial temporal lobe atrophy. • Na maioria dos pacientes com VaD, há doença difusa da substância branca com grandes lesões confluentes (Fazekas3). • Em alguns desses pacientes, os ventrículos podem estar dilatados devido à atrofia global e alguns também terão atrofia do lobo temporal medial. • As imagens são de um paciente com VaD, mas o lobo temporal medial estava normal. MTA in a patient with VaD 3 Eva Carneiro | Radiologia Infartos estratégicos e doença de pequenos vasos A disfunção cognitiva em VaD pode ser o resultado de (2): • Infartos de grandes vasos: • Bilateral no território da artéria cerebral anterior. • Áreas de associação parietotemporal e temporo-occipital do hemisfério dominante (giro angular incluído) • o Infarto do território da artéria cerebral posterior da região talâmica paramediana e lobo temporal medial inferior do hemisfério dominante • Infartos de bacias hidrográficas no hemisfério dominante (frontal superior e parietal) Doença de pequenos vasos: • Múltiplas infações lacunares na substância branca frontal (> 2) e gânglios da base (> 2) • WMLs (pelo menos mais de 25% de WM) • Lesões talâmicas bilaterais Há uma consciência crescente da importância da doença dos pequenos vasos como um preditor de declínio cognitivo e demência. Além disso, parece amplificar os efeitos das alterações patológicas da doença de Alzheimer. À esquerda, vemos um paciente que foi diagnosticado com VaD. A doença da substância branca é vista como WMH grave (hipointensa em T1) nas regiões periventriculares. Além dessas alterações vasculares, também existe o MTA. Presumivelmente, este paciente tem VaD e AD, uma descoberta observada em muitos pacientes idosos. Esses achados devem ser descritos separadamente, pois podem ter consequências terapêuticas. O problema, entretanto, é que as hiperintensidades e lacunas da substância branca também são frequentemente observadas em idosos sem demência e, em algum nível, podem ser consideradas achados normais no envelhecimento. 4 Eva Carneiro | Radiologia Para superar este problema, o Grupo de Trabalho Internacional NINDS- AIREN formulou critérios para a história e exame físico, radiológico (ver acima) e patológico para classificar os pacientes como tendo VaD possível, provável e definitiva. No entanto, existe uma variabilidade interobservador considerável para a avaliação da parte radiológica desses critérios NINDS-AIREN e algum nível de treinamento é obrigatório (2). • Os núcleos mediais do tálamo desempenham um papel importante na memória e no aprendizado. • Um grande infarto unilateral ou infartos bilaterais nesta região podem causar demência. • Deve-se prestar atenção especial a essas áreas para localizar esses pequenos infartos. Bilateral medial strategic thalamus infarctions • Nas imagens FLAIR, você facilmente perderá esses infartos, pois eles podem ser isointensos às estruturas circundantes (8). • Um T2WI de alta resolução é necessário para detectar esses infartos talâmicos. • FLAIR na região infratentorial e na medula espinhal é de valor limitado, pois suprime não apenas o sinal de água, mas também a patologia com um longo tempo de relaxamento T1. • Este fenômeno também pode ser observado na detecção de Esclerose Múltipla, onde FLAIR tem valor limitado na região infratentorial e sem utilidade na medula espinhal. 5 Eva Carneiro | Radiologia FLAIR misses thalamus infarctions 1 Eva Carneiro | Radiologia NEURORRADIOLOGIA DOENÇA DE ALZHEIMER (AD) A prevalência de formas específicas de demência depende da idade. Em pacientes > 65 anos, há mais casos de DA senil e demência vascular. Em muitos pacientes mais velhos com DA manifesta, há doença vascular coexistente, o que contribui para o estado de demência. Specimen in end stage AD demonstrating severe global atrophy ➔ A DA é responsável por 50% -70% de todos os casos de demência na população idosa. 2 Eva Carneiro | Radiologia ➔ A idade é um forte fator de risco, com a doença afetando aproximadamente 8% dos indivíduos com mais de 65 anos e 30% com mais de 85 anos. ➔ A progressão da DA é gradual e o paciente vive em média 10 anos após o início dos sintomas. ➔ Com o aumento da porcentagem de idosos na população, a prevalência de DA deve triplicar nos próximos 50 anos. ➔ Na DA em estágio final, há atrofia generalizada, o que não é diferente de outras demências em estágio terminal. ➔ Na imagem, portanto, temos que tentar identificar AD em um estágio anterior e devemos nos concentrar no hipocampo e no lobo temporal medial, porque é aí que começa a AD. ➔ O papel da ressonância magnética no processo diagnóstico de DA é duplo: 1. Exclua outras causas de comprometimento cognitivo. 2. Identificar AD de início precoce para possível terapia e aconselhamento inovadores Os resultados são consistentes com o diagnóstico de DA em estágio final, porque há: ➔ Atrofia extrema do hipocampo e do lobo temporal medial (pontuação MTA: 4) ➔ Atrofia global grave (escala GCA: 3) No entanto, não é específico para a DA, uma vez que a GCA grave também ocorre em outros distúrbios em estágio final. AD Pré-senil 3 Eva Carneiro | Radiologia ➔ AD pré-senil (embora geralmente haja alguma atrofia hipocampal leve, o achado mais notável é a atrofia parietal com atrofia do cíngulo posterior e do pré-cuneiforme; o hipocampo pode estar normal. Comprometimento cognitivo leve (MCI) Comprometimento cognitivo leve é um termo relativamente recente usado para descrever pessoas que têm alguns problemas de memória, mas não têm demência, uma vez que demência é definida como tendo problemas em dois ou mais domínios cognitivos. Alguns desses pacientes estarão nos estágios iniciais da doença de Alzheimer ou de outra demência, por isso é importante identificá-los. Encontrar o MTA é um forte fator de risco para a progressão para demência. 1 Eva Carneiro | Radiologia NEURORRADIOLOGIA HIPOCAMPO E DEMÊNCIA ➔ O papel da neuroimagem na demência hoje em dia se estende além de seu papel tradicional de exclusão de lesões neurocirúrgicas. ➔ Os achados radiológicos podem apoiar o diagnóstico de doenças neurodegenerativas específicas e, às vezes, os 2 Eva Carneiro | Radiologia achados radiológicos são necessários para confirmar o diagnóstico. ➔ É um desafio para a neuroimagem contribuir para o diagnóstico precoce de doenças neurodegenerativas, como a doença de Alzheimer. ➔ O diagnóstico precoce inclui o reconhecimento de condições pré-demência, como comprometimento cognitivo leve (MCI). ➔ Além disso, o diagnóstico precoce permite o tratamento precoce usando as terapias atualmente disponíveis ou novas terapias no futuro. ➔ A neuroimagem também pode ser usada para avaliar a progressão da doença e é adotada nos estudos atuais que investigam MCI e DA. ➔ A imagem coronal mostra o hipocampo, a principal estrutura envolvida em muitas formas de demência. ➔ Imagens coronais oblíquas ponderadas em T1 são usadas para avaliação do lobo temporal medial e atrofia hipocampal. ➔ Eles são obtidos em um plano ortogonal ao longo eixo do hipocampo; este plano é orientado paralelamente ao tronco cerebral. ➔ Devem ser imagens de seção fina e são idealmente obtidas reformatando uma sequência T1 sagital 3D por todo o cérebro. ➔ As reconstruções sagitais adicionais permitirão a avaliação das estruturas da linha média, bem como da atrofia parietal, que pode estar envolvida em certos distúrbios neurodegenerativos. 3 Eva Carneiro | Radiologia ➔ As imagens FLAIR são usadas para avaliar a atrofia cortical global (GCA), hiperintensidades da substância branca vascular e infartos. ➔ Imagens ponderadas em T2 são usadas para avaliar infartos, em particular infartos lacunares no tálamo e nos gânglios da base, que podem ser perdidos nas imagens FLAIR. ➔ Imagens ponderadas em T2 * são necessárias para detectar microssangre na angiopatia amilóide.Essas imagens também podem representar calcificações e deposição de ferro. ➔ A DWI deve ser considerada uma sequência suplementar em pacientes jovens ou em doenças neurodegenerativas de progressão rápida (DD - vasculite, CJD). TC com ângulo de varredura negativo para visualização ideal do hipocampo no plano transversal TC espiral do cérebro com reconstruções coronais. 4 Eva Carneiro | Radiologia Avaliação de RM em demência ➔ Um estudo de RM de um paciente com suspeita de demência deve ser avaliado de forma padronizada. ➔ Em primeiro lugar, doenças tratáveis como hematomas subdurais, tumores e hidrocefalia devem ser excluídas. ➔ Em seguida, devemos procurar sinais de demências específicas, como: 1. Doença de Alzheimer (DA): atrofia do lobo temporal medial (MTA) e atrofia parietal. 2. Degeneração Lobar Frontotemporal (FTLD): atrofia (assimétrica) do lobo frontal e atrofia do pólo temporal. 3. Demência vascular (VaD): atrofia global, lesões difusas da substância branca, lacunas e 'enfartes estratégicos' (enfartes em regiões que estão envolvidas na função cognitiva). 4. Demência com corpos de Lewy (DLB): ao contrário de outras formas de demência, geralmente não há anormalidades específicas. 5 Eva Carneiro | Radiologia ➔ Portanto, quando estudamos as imagens de RM, devemos pontuar de forma sistemática para atrofia global, atrofia focal e doença vascular (ou seja, infartos, lesões de substância branca, lacunas). Quando estudamos as imagens de RM, devemos pontuar sistematicamente para atrofia global, atrofia focal e para doença vascular (ou seja, infartos, lesões de substância branca, lacunas). Esta avaliação padronizada dos achados de RM em um paciente com suspeita de transtorno cognitivo inclui: 1. Escala GCA para atrofia cortical global 2. Escala MTA para atrofia do lobo temporal medial 3. Pontuação de Koedam para atrofia parietal 4. Escala de Fazekas para lesões WM 5. Procurando enfartes estratégicos Escala GCA para atrofia cortical global 6 Eva Carneiro | Radiologia A escala GCA é a pontuação média para atrofia cortical em todo o cérebro: 0: sem atrofia cortical 1: atrofia leve: abertura de sulcos 2: atrofia moderada: perda de volume dos giros 3: atrofia severa (estágio final): atrofia 'lâmina de faca'. ➔ A atrofia cortical é melhor pontuada em imagens FLAIR. ➔ Em alguns distúrbios neurodegenerativos, a atrofia é assimétrica e ocorre em regiões específicas. ➔ Um laudo radiológico deve mencionar qualquer atrofia ou assimetria regional. ➔ Ao avaliar a atrofia em diferentes regiões, lembre-se de que, cranialmente, o sulco central fica mais posterior do que você esperaria (figura).
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