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Apostila- policia federal ALTODIDDATA

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joel paiva de sousa
CPF:36870757372
 
APOSTILA PREPARATÓRIA PARA O CONCURSO DA 
 
Polícia Federal 
Agente Administrativo 
 
 
Os Direitos autorais dessa obra pertencem exclusivamente a Autodidata Editora 
e somente poderá ser adquirida no site www.autodidataeditora.com.br 
 
Este arquivo é de uso pessoal e exclusivo de 
 
 
 
 
 
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. É vedada a distribuição ou reprodução total ou parcial desta 
obra, por qualquer meio ou processo. A violação de direitos autorais é punível como crime, com pena 
de prisão e multa (art. 184 e parágrafos do Código Penal), conjuntamente com busca e apreensão e 
indenizações diversas (arts. 101 a 110 da Lei nº 9.610, de 19/02/98 – Lei dos Direitos Autorais). 
 
 
Supervisão didática e pedagógica: Danielle Rimolo Rossi 
Autores: Danielle Rimolo Rossi - Eliese Almeida - Marlene .F Brahm - Maura Schwanck Maia 
Margere Rosa de Oliveira - Paulo Ricardo Z. Abdala - Rodrigo Leal - Jocélia Barreto 
Revisão: Rodrigo dos Santos - Adriana Tullio 
Diagramação: Rafael Rossi 
 
 
Autodidata Editora 
 
www.autodidataeditora.com.br 
e-mail: autodidataconcursos@hotmail.com 
Fone: (51) 3626-1743 
 
 
 
Erratas, se necessárias, estarão disponíveis em www.autodidataeditora.com.br/errata-pf2013-2 
Consulte eventualmente e sempre pressione a tecla F5 em caso de novo acesso ao link. 
Sumário 
(Apostila preparatória para o concurso da Polícia Federal - cargo de Agente Administrativo/2013-2014) 
 
LÍNGUA PORTUGUESA 
Compreensão e interpretação de textos ................................................................................................................................. 6 
Tipologia textual ...................................................................................................................................................................... 12 
Ortografia oficial...................................................................................................................................................................... 18 
Acentuação gráfica .................................................................................................................................................................. 31 
Emprego das classes de palavras ............................................................................................................................................ 34 
Emprego/correlação de tempos e modos verbais .................................................................................................................. 54 
Emprego do sinal indicativo de crase ...................................................................................................................................... 64 
Sintaxe da oração e do período ............................................................................................................................................... 67 
Pontuação ............................................................................................................................................................................... 74 
Concordância nominal e verbal ............................................................................................................................................... 81 
Regência nominal e verbal ...................................................................................................................................................... 88 
Significação das palavras ......................................................................................................................................................... 91 
Redação de Correspondências Oficiais (Manual de Redação da Presidência da República). Adequação da linguagem 
ao tipo de documento. Adequação do formato do texto ao gênero ...................................................................................... 96 
 
NOÇÕES DE INFORMÁTICA 
Noções de sistema operacional (ambientes Linux e Windows) .............................................................................................. 109 
Edição de textos, planilhas e apresentações (ambientes Microsoft Office e BrOffice) .......................................................... 154 
Redes de computadores .......................................................................................................................................................... 300 
Conceitos básicos, ferramentas, aplicativos e procedimentos de Internet e intranet ........................................................... 307 
Programas de navegação (Microsoft Internet Explorer, Mozilla Firefox, Google Chrome e similares). Programas de 
correio eletrônico (Outlook Express, Mozilla Thunderbird e similares) .................................................................................. 318 
Sítios de busca e pesquisa na Internet .................................................................................................................................... 309 
Grupos de discussão. Redes sociais ......................................................................................................................................... 312 
Computação na nuvem (cloud computing) ............................................................................................................................. 360 
Conceitos de organização e de gerenciamento de informações, arquivos, pastas e programas ........................................... 135 
Segurança da informação. Procedimentos de segurança ....................................................................................................... 351 
Noções de vírus, worms e pragas virtuais ............................................................................................................................... 352 
Aplicativos para segurança (antivírus, firewall, anti-spyware etc.) ......................................................................................... 354 
Procedimentos de backup ....................................................................................................................................................... 355 
Armazenamento de dados na nuvem (cloud storage) ............................................................................................................ 360 
 
RACIOCÍNIO LÓGICO 
Estruturas lógicas. Lógica de argumentação: analogias, inferências, deduções e conclusões ................................................ 363 
Lógica sentencial (ou proposicional). Proposições simples e compostas. Tabelas verdade. Equivalências. Leis De Morgan. 
Diagramas lógicos. Lógica de primeira ordem ........................................................................................................................ 367 
Princípios de contagem e probabilidade ................................................................................................................................. 396 
Operações com conjuntos ....................................................................................................................................................... 416 
Raciocínio lógico envolvendo problemas aritméticos, geométricos e matriciais ................................................................... 421 
 
ATUALIDADES 
Tópicos relevantes e atuais de diversas áreas, tais como segurança, transportes, política, economia, sociedade, 
educação, saúde, cultura, tecnologia, energia, relações internacionais, desenvolvimento sustentável e ecologia .............. 461 
 
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO 
Noções de organização administrativa. Centralização, descentralização, concentração e desconcentração. 
Administração direta e indireta. Autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista .................... 536 
Ato administrativo. Conceito, requisitos, atributos, classificação e espécies ......................................................................... 559 
Agentes públicos. Legislação pertinente. Leinº 8.112/1990. Disposições constitucionais aplicáveis. Disposições 
doutrinárias. Conceito. Espécies. Cargo, emprego e função pública ...................................................................................... 576 
Poderes administrativos. Hierárquico, disciplinar, regulamentar e de polícia. Uso e abuso do poder .................................. 614 
Licitação. Princípios. Contratação direta: dispensa e inexigibilidade. Modalidades. Tipos. Procedimento ............................ 621 
Controle da administração pública. Controle exercido pela administração pública. Controle judicial. Controle legislativo .. 660 
Responsabilidade civil do Estado. Responsabilidade civil do Estado no direito brasileiro. Responsabilidade por ato 
comissivo do Estado. Responsabilidade por omissão do Estado. Requisitos para a demonstração da responsabilidade 
do Estado. Causas excludentes e atenuantes da responsabilidade do Estado ....................................................................... 669 
Regime jurídico-administrativo. Conceito ............................................................................................................................... 674 
Princípios expressos e implícitos da administração pública .................................................................................................... 675 
Decreto nº 1.171/ 1994 (Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal) ...................... 675 
Resoluções 1 a 10 da Comissão de Ética Pública da Presidência da República ....................................................................... 690 
 
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL 
Constituição Federal. Conceito, classificações, princípios fundamentais ............................................................................... 704 
Capítulo III Segurança Pública: artigo 144. .............................................................................................................................. 708 
Direitos e garantias fundamentais. Direitos e deveres individuais e coletivos ....................................................................... 709 
Direitos sociais ......................................................................................................................................................................... 735 
Nacionalidade .......................................................................................................................................................................... 755 
Cidadania, direitos políticos .................................................................................................................................................... 764 
Partidos políticos ..................................................................................................................................................................... 775 
Organização político-administrativa. União, estados, Distrito Federal, municípios e territórios ........................................... 779 
Administração pública. Disposições gerais, servidores públicos ............................................................................................. 809 
Poder executivo. Atribuições do presidente da República e dos ministros de Estado. Constituição Federal ........................ 841 
 
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
Características básicas das organizações formais modernas: tipos de estrutura organizacional, natureza, finalidades e critérios 
de departamentalização .......................................................................................................................................................... 845 
Organização administrativa: centralização, descentralização, concentração e desconcentração; organização 
administrativa da União; administração direta e indireta ...................................................................................................... 845 
Gestão de processos ............................................................................................................................................................... 845 
Gestão de contratos. Noções de processos licitatórios .......................................................................................................... 846 
 
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA E ORÇAMENTÁRIA 
Orçamento público. Conceito ................................................................................................................................................. 848 
Técnicas Orçamentárias .......................................................................................................................................................... 878 
Princípios orçamentários ......................................................................................................................................................... 880 
Ciclo Orçamentário .................................................................................................................................................................. 880 
Orçamento público no Brasil ................................................................................................................................................... 881 
Plano Plurianual na Constituição Federal ................................................................................................................................ 882 
Diretrizes orçamentárias na Constituição Federal .................................................................................................................. 885 
Orçamento anual na Constituição Federal .............................................................................................................................. 886 
Estrutura programática ........................................................................................................................................................... 886 
Créditos ordinários e adicionais .............................................................................................................................................. 887 
Programação e execução orçamentária e financeira .............................................................................................................. 888 
Descentralização orçamentária e financeira ........................................................................................................................... 889 
Acompanhamento da execução .............................................................................................................................................. 889 
Receita pública. Conceito. Classificação segundo a natureza. Etapas e estágios. ................................................................... 889 
Despesa pública. Conceito. Classificação segundo a natureza. Etapas e estágios .................................................................. 891 
Restos a pagar ......................................................................................................................................................................... 892 
Despesas de exercícios anteriores .......................................................................................................................................... 893 
Lei de Responsabilidade Fiscal. Conceitos e objetivos. Planejamento .................................................................................... 864 
 
NOÇÕES DE GESTÃO DE PESSOAS NAS ORGANIZAÇÕES 
Conceitos, importância, relação com os outros sistemas de organização. A função do órgão de Gestão de Pessoas: 
atribuições básicas e objetivos ................................................................................................................................................ 894 
Políticas e sistemas de informações gerenciais....................................................................................................................... 897 
Comportamentoorganizacional: relações indivíduo/organização, motivação, liderança, desempenho ............................... 898 
 
NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS 
Classificação de materiais. Tipos de classificação ................................................................................................................... 905 
Gestão de estoques ................................................................................................................................................................. 912 
Compras. Modalidades de compra ......................................................................................................................................... 918 
Cadastro de fornecedores ....................................................................................................................................................... 919 
Compras no setor público. Edital de licitação ......................................................................................................................... 920 
Recebimento e armazenagem. Entrada. Conferência. Critérios e técnicas de armazenagem ................................................ 928 
Gestão patrimonial. Controle de bens. Inventário. Alterações e baixa de bens ..................................................................... 934 
 
 
 
NOÇÕES DE ARQUIVOLOGIA 
Conceitos fundamentais de arquivologia. O gerenciamento da informação e a gestão de documentos. Diagnósticos. 
Arquivos correntes e intermediário. Protocolos. Avaliação de documentos. Arquivos permanentes ................................... 939 
Tipologias documentais e suportes físicos. Microfilmagem. Automação ............................................................................... 955 
Preservação, conservação e restauração de documentos ...................................................................................................... 958 
 
LEGISLAÇÃO APLICADA À POLÍCIA FEDERAL: 
Lei nº 7.102/1983: dispõe sobre segurança para estabelecimentos financeiros, estabelece normas para constituição e 
funcionamento das empresas particulares que exploram serviços de vigilância e de transporte de valores, e dá outras 
providências ............................................................................................................................................................................ 974 
Lei nº 10.357/2001: estabelece normas de controle e fiscalização sobre produtos químicos que direta ou indiretamente 
possam ser destinados à elaboração ilícita de substâncias entorpecentes, psicotrópicas ou 
que determinem dependência física ou psíquica, e dá outras providências .......................................................................... 976 
Lei nº 6.815/1980: define a situação jurídica do estrangeiro no Brasil, cria o Conselho Nacional de Imigração ................... 978 
Lei nº 10.826/2003: Estatuto do Desarmamento ................................................................................................................... 990 
Lei nº 12.830/2013: dispõe sobre a investigação criminal conduzida pelo delegado de polícia ............................................ 996 
 
 
 
 
6
Apostila preparatória para o concurso da Polícia Federal – Agente Administrativo 2013/2014 
 
 
Todos os Direitos Reservados – www.autodidataeditora.com.br – Proibida a cópia e distribuição 
 
Aula 1 - Compreensão e interpretação 
de textos. 
 
Os concursos apresentam questões interpretativas que 
têm por finalidade a identificação de um leitor 
autônomo. Portanto, o candidato deve compreender os 
níveis estruturais da língua por meio da lógica, além de 
necessitar de um bom léxico internalizado. 
 
As frases produzem significados diferentes de acordo com 
o contexto em que estão inseridas. Torna-se, assim, 
necessário sempre fazer um confronto entre todas as 
partes que compõem o texto. 
 
Além disso, é fundamental apreender as informações 
apresentadas por trás do texto e as inferências a que ele 
remete. Esse procedimento justifica-se por um texto ser 
sempre produto de uma postura ideológica do autor 
diante de uma temática qualquer. 
 
Semântica 
 
É o estudo do significado das palavras e de suas 
modificações de sentido. 
 
 Polissemia - Consiste no fato de uma palavra poder 
assumir vários significados, de acordo com o 
contexto em que está inserida. 
 
 João era o cabeça da empresa. (cabeça: líder) 
Maria bateu a cabeça no vidro. (cabeça: parte do 
corpo) 
 
 Denotação - É o uso de palavras em seu sentido 
próprio, real. 
 
Dói-me a cabeça. 
Fábia comprou um espelho. 
 
 Conotação - É o uso de palavras em seu sentido 
figurado, subjetivo. 
Ele é o cabeça da turma. 
Os olhos são o espelho da alma. 
 
 Questões de concurso comentadas 
 
1. (CESPE/2011/FUB/Nível Médio) 
 
Texto para o item seguinte- 
Há gente no Brasil interessada em importar dos 
Estados Unidos da América (EUA) o Teach for America, o mais 
bem-sucedido programa feito para atrair os melhores 
estudantes de ensino médio para a carreira de professor. No 
Brasil, os professores têm saído da parte menos qualificada da 
pirâmide — justamente aquela habitada por 20% dos alunos 
com o mais baixo rendimento escolar do país. Qualquer 
iniciativa para mudar isso será mais do que bem-vinda. 
O Teach for America consegue atrair os mais 
talentosos alunos para a docência oferecendo-lhes algo bem 
concreto. Depois de dois anos no papel de professor de escola 
pública — tempo mínimo de estada no programa —, esses 
jovens ingressam quase que automaticamente em algumas 
das maiores empresas americanas, com as quais o Teach for 
America estabeleceu uma produtiva parceria. Para as empresas, 
recrutar gente que passou por lá significa encurtar o 
complicado processo de busca por bons profissionais. Pela 
estreita peneira do programa só passam os realmente capazes. 
Para se ter uma ideia, apenas os alunos de ótimo boletim têm 
direito à inscrição e, ainda assim, 85% deles ficam de fora... 
 
Considerando aspectos lexicais e tipológicos do texto, 
julgue o item subsequente. 
 
Noà te to,à oà o uloà pe ei a à ℓ.18) é empregado em 
sentido figurado. 
  Comentário: 
Como já estudamos, no sentido figurado (ou conotativo), 
as palavras possuem um valor subjetivo. No texto, o 
te oà pe ei a àfoiàusadoà o àoàsig ifi adoàdeà seleç o ,à
portanto está no sentido figurado. 
Gabarito: Certo 
 
2. (Eletrobras / NCE) A frase abaixo em que a palavra 
febre está empregada em sentido figurado é. 
 
a) A febre não é um mal, afirmam os cientistas. 
b) Há uma nova febre na África que está matando os 
gorilas. 
c) Em geral, a febre vem após uma infecção no organismo. 
d) Há uma febre de pesquisas em todo o mundo. 
e) A febre é uma alta de temperatura do corpo. 
  Comentário: 
No sentido figurado (conotativo) as palavras possuem um 
alo à su jeti o.à Naà alte ati aà d à oà te oà fe e à est à
usadoà o àoàsig ifi adoàdeà desejoàa de te . 
Nasàde aisàalte ati as,àoà o uloà fe e à àe p egadoà
em sentido real, ou seja, denotativo. 
Gabarito: D 
 
Como ler e interpretar bem um texto 
 
Basicamente, deve-se alcançar dois níveis de leitura: a 
informativa de reconhecimento e a interpretativa. A 
primeira deve ser feita de maneira cautelosa por ser o 
primeiro contato com o novo texto. Dessa leitura, 
extraem-se informações sobre o conteúdo abordado e 
1 
4 
7 
10 
13 
16 
19 
7
Apostila preparatória para o concurso da Polícia Federal – Agente Administrativo 2013/2014 
 
 
Todos os Direitos Reservados – www.autodidataeditora.com.br – Proibida a cópia e distribuição 
prepara-se o próximo nível de leitura. Durante a 
interpretação propriamente dita, cabe destacar palavras-
chave e passagens importantes, bem como usar uma 
palavra para resumir a ideia central de cada parágrafo. 
Esse tipo de procedimento aguça a memória visual, 
favorecendo o entendimento. 
 
Não se pode desconsiderar que, embora a interpretaçãoseja subjetiva, há limites. A preocupação deve ser a 
captação da essência do texto, a fim de responder às 
interpretações que a banca considerou como pertinentes. 
 
No caso de textos literários, é preciso conhecer a ligação 
daquele texto com outras formas de cultura, outros textos 
e manifestações de arte da época em que o autor viveu. 
Se não houver essa visão global dos momentos literários e 
dos escritores, a interpretação poderá ficar 
comprometida. Aqui não se podem dispensar as dicas que 
aparecem na referência bibliográfica da fonte e na 
identificação do autor. 
 
A última fase da interpretação concentra-se nas 
perguntas e opções de resposta. Aqui são fundamentais 
as marcações de palavras como não, exceto, errada, 
respectivamente etc. que fazem diferença na escolha 
adequada. Muitas vezes, em interpretação, trabalha-se 
com o conceito do mais adequado , isto é, o que 
responde melhor ao questionamento proposto. Por isso, 
uma resposta pode estar certa para responder à 
pergunta, mas não ser a adotada como gabarito pela 
banca examinadora por haver uma outra alternativa mais 
completa. 
 
Ainda cabe ressaltar que algumas questões apresentam 
um fragmento do texto transcrito para ser a base de 
análise. Nunca deixe de retornar ao texto, mesmo que, 
aparentemente, pareça ser perda de tempo. A 
descontextualização de palavras ou frases, certas vezes, é 
também um recurso para instaurar a dúvida no candidato. 
Leia a frase anterior e a posterior para ter ideia do sentido 
global proposto pelo autor, dessa maneira a resposta será 
mais consciente e segura. 
 Dicas de estudo: 
Abaixo passaremos algumas dicas sobre como estudar 
para questões de interpretação de textos e também 
algumas técnicas para usar durante a prova: 
 
1) Deixe seu cérebro bem treinado: resolva o maior 
número possível de questões de interpretação de 
texto da banca organizadora da prova e também das 
provas anteriores do órgão ao qual você prestará o 
concurso. Um exemplo de site onde você poderá 
encontrar questões é o 
www.questoesdeconcursos.com.br. Nesse site você 
poderá selecionar as questões por assunto, banca, 
ano, etc., ou então procurar no Google questões de 
interpretação de textos, enfim, questões para você 
exercitar não faltarão. 
2) Cronometre o tempo de resolução: lembre- -se de 
que você terá um tempo determinado para resolver a 
prova. Sendo assim, divida o número de questões 
pelo tempo que a banca disponibiliza para a 
realização da prova. Dessa forma você descobrirá o 
tempo médio de cada questão. Não esqueça que 
você deve deixar parte dele reservado para 
preencher o gabarito e também fazer a leitura e 
releitura dos textos de interpretação. Você estará 
bem treinado quando conseguir, em seus treinos, 
resolver cada questão dentro do tempo médio. 
Não adianta você gabaritar as questões durante os 
seus estudos, se você levar o dobro do tempo que 
terá disponível no dia da prova. 
3) Aumente seu vocabulário: imprima as provas e tenha 
uma caneta marca texto sempre à mão. Destaque 
qualquer palavra que você não saiba o significado, 
procure o seu significado no dicionário, anote os 
significados perto da palavra e guarde essas provas. 
Depois de um tempo, leia as provas novamente e veja 
se você lembra dos significados. 
4) Durante a prova: leia o texto e preste atenção 
também no título, na referência bibliográfica da fonte 
e no nome do autor, essas informações, muitas vezes, 
darão dicas importantes para reforçar a ideia central 
do texto. 
5) As pistas estão no texto. Esse é o único tipo de 
uestão e ue vo ê pode ola : todas as pistas 
para resolver as questões estão no próprio texto, por 
isso, em nossa opinião, é a parte mais fácil da prova, 
uma vez que não exige do candidato pré-
memorizações de assuntos, apenas raciocínio. É uma 
das poucas questões em que não há perigo de você 
se deparar com um assunto que não estudou ou não 
decorou. 
6) Recursos visuais: após ler atentamente o texto uma 
vez, leia as perguntas de interpretação e, em seguida, 
releia o texto, procurando nele as informações que 
tornam cada alternativa Correta ou Incorreta. Você 
pode sublinhar, no texto, o trecho que reforça o 
julgamento de cada alternativa, colocando, ao lado, a 
sua sugestão de resposta. Por exemplo 1A (questão 1, 
alternativa A), 1B (questão 1, alternativa B). Isso 
facilitará a localização da informação, caso você 
tenha que reler o texto uma terceira vez, para chegar 
à conclusão correta. 
  Questão de concurso comentada 
 
1. (CESPE/2013/CNJ/ Analista Judiciário/ Área 
Administrativa) Um dos maiores méritos da sabedoria 
grega consistiu, justamente, em apresentar a moderação, 
ou bom senso, como a virtude suprema. No frontispício 
do templo de Apolo, em Delfos, uma das inscrições 
célebres era: nada em excesso. Aquele que exerce seu 
direito sem moderação acaba por perdê-lo. Do mesmo 
8
Apostila preparatória para o concurso da Polícia Federal – Agente Administrativo 2013/2014 
 
 
Todos os Direitos Reservados – www.autodidataeditora.com.br – Proibida a cópia e distribuição 
modo, a exigência excessiva por um mal sofrido 
transforma o exercício do direito em uma manifestação 
de vingança pura e simples. Nesse caso, a justiça muda de 
lado: ela se desloca para o lado do adversário. [...] 
 
Considerando as ideias e os aspectos linguísticos do texto 
acima, julgue o item seguinte. 
 
Depreende-se do texto que, de acordo com os gregos, o 
exercício do direito é uma virtude suprema. 
  Comentário: 
O item está incorreto pois, de acordo com o texto temos: 
U à dosà aio esà itosà daà sa edo iaà g egaà o sistiu,à
justamente, em apresentar a moderação, ou bom senso, 
como a virtude suprema. à 
Gabarito: Errado 
 
2. (CESPE/2013/TRT/ 10ª REGIÃO (DF e TO)/ Técnico 
Judiciário) 
 
O Tribunal Regional do Trabalho da 10.ª Região (TRT), 
após autorização da presidenta, efetuou a doação de 
di e sosà e uipa e tos,à ha adosà deà passí eisà deà
desfazi e to ,à aà duasà e tidades:à C e he Magia dos 
Sonhos e Associação dos Deficientes de Brasília, 
consideradas pela administração do tribunal como 
legalmente aptas a receber os bens. 
A medida é de grande importância porque 
equipamentos considerados obsoletos ou de baixo 
rendimento para o TRT — como impressoras, teclados e 
computadores — podem ser muito úteis para instituições 
voltadas ao trabalho social, que não teriam como obtê-los 
a não ser pela via da doação. 
Esse ato integra o rol de ações relacionadas à 
responsabilidade social do tribunal, intensificado a cada 
gestão. 
Internet: <www.trt10.jus.br> (com adaptações). 
 
Em relação às ideias e estruturas linguísticas do texto 
acima, julgue o item a seguir. 
 
De acordo com os sentidos do texto, os equipamentos 
foram doados porque estavam com defeitos de 
fabricação. 
  Comentário: 
O item está incorreto pois, de acordo com o texto temos: 
áà edidaà àdeàg a deài po t iaàpo ueàe uipa e tosà
considerados obsoletos ou de baixo rendimento para o 
TRT [...] podem ser muito úteis para instituições voltadas 
aoà t a alhoà so ialà [...]. à “e doà assi , os equipamentos 
foram doados por serem considerados obsoletos ou de 
baixo rendimento e não porque estavam com defeitos de 
fabricação. 
Gabarito: Errado 
3. (CESPE / 2012 / Câmara dos Deputados / Analista 
/ Técnico em Material e Patrimônio) 
O conceito atual de engenheiro — pessoa diplomada 
e legalmente habilitada a exercer alguma das múltiplas 
atividades da engenharia — é recente, ou seja, data da segunda 
metade do século XVIII. O primeiro estabelecimento de ensino 
onde se ministrou um curso regular de engenharia, com a 
diplomação de profissionais com esse título, parece ter sido 
fundado, em Paris, em 1747. Na mesma época, também em 
Paris, foi criada a escola que formava engenheiros de minas. 
Em 1818, fundou-se, em Londres, o Instituto de Engenheiros 
Civis, com a principal finalidade de defender e prestigiar o 
significado da profissão, ainda desprezada e mal 
compreendida,mesmo nos centros mais avançados do mundo. 
Antes dessa época, muita gente houve que se ocupou de 
diversas tarefas que, hoje, são atribuições do engenheiro. Os 
construtores antigos, entretanto, mesmo tendo realizado obras 
difíceis e audaciosas, se baseavam, principalmente, em uma 
série de regras práticas e empíricas, embora tivessem, 
evidentemente, em muitos casos, exata noção de estabilidade, 
de equilíbrio de forças, de centro de gravidade, entre outras. As 
obras que fizeram, muitas das quais até hoje causam 
admiração, são muito mais fruto do empirismo e da intuição do 
que de cálculo e de uma verdadeira engenharia, como 
entendida atualmente. Pode-se dizer que a engenharia científica 
só teve início quando se chegou a um consenso de que tudo 
aquilo que se fazia em bases empíricas e intuitivas era, na 
realidade, regido por leis físicas e matemáticas, que importava 
descobrir e estudar. Leonardo da Vinci e Galileu, nos séculos 
XV e XVII, podem ser considerados os precursores da 
engenharia científica. 
Pedro Carlos da Silva Telles. História da engenharia no 
Brasil. Internet: <www.ebah.com.br> (com adaptações). 
 
Com referência ao texto acima, julgue o item a seguir. 
Depreende-se da leitura do texto que o autor, relevando 
os critérios com que a e ge ha iaà ie tífi a à ℓ.à à foià
definida, aproxima as atividades exercidas por 
o st uto esàa tigos à ℓ.à àdasà ealizadasà o à aseàe à
leis da física e da matemática. 
 Comentário: 
Os critérios apontados no texto, que buscam definir a 
e ge ha iaà ie tífi a ,à não aproximam as atividades 
e e idasà po à o st uto esà a tigos à dasà ealizadasà o à
aseà e à leisà daà físi aà eà daà ate ti a.à Oà t e hoà Os 
o st uto esà…à o oàe te didaàatual e te à ℓ.à àa 23) 
apresenta ideia bem contrária ao que afirma o enunciado. 
Gabarito: Errado 
4. (CESPE / 2012 / STJ / Analista Judiciário / Área 
Judiciária / Conhecimentos Básicos) 
Fundada por Ptolomeu Filadelfo, no início do século 
III a.C., a biblioteca de Alexandria representa uma 
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epígrafe perfeita para a discussão sobre a materialidade 
da comunicação. As escavações para a localização da 
biblioteca, sem dúvida um dos maiores tesouros da 
Antiguidade, atraíram inúmeras gerações de arqueólogos. 
Inutilmente. Tratava-se então de uma biblioteca 
imaginária, cujos livros talvez nunca tivessem existido? 
Persistiam, contudo, numerosas fontes clássicas que 
descreviam o lugar em que se encontravam centenas de 
milhares de rolos. E eis a solução do enigma. O acervo da 
biblioteca de Alexandria era composto por rolos e não por 
livros — pressuposição por certo ingênua, ou seja, 
atribuição anacrônica de nossa materialidade para épocas 
diversas. Em vez de um conjunto de salas com estantes 
dispostas paralelamente e enfeixadas em um edifício 
próprio, biblioteca de Alexandria consistia em uma série 
infinita de estantes escavadas nas paredes da tumba de 
Ramsés. Ora, mas não era essa a melhor forma de 
colecionar rolos, preservando-os contra as intempéries? 
Os arqueólogos que passaram anos sem encontrar a 
biblioteca de Alexandria sempre a tiveram diante dos 
olhos, mesmo ao alcance das mãos. No entanto, jamais 
poderiam localizá-la, já que não levaram em consideração 
a materialidade dos meios de comunicação dominante na 
época: eles, na verdade, procuravam uma biblioteca 
estruturada para colecionar livros e não rolos. Quantas 
bibliotecas de Alexandria permanecem ignoradas devido à 
negligência com a materialidade dos meios de 
comunicação? 
O conceito de materialidade da comunicação supõe 
a reconstrução da materialidade específica mediante a 
qual os valores de uma cultura são, de um lado, 
produzidos e, de outro, transmitidos. Tal materialidade 
envolve tanto o meio de comunicação quanto as 
instituições responsáveis pela reprodução da cultura e, 
em um sentido amplo, inclui as relações entre meio de 
comunicação, instituições e hábitos mentais de uma 
época determinada. Vejamos: para o entendimento de 
uma forma particular de comunicação — por exemplo, o 
teatro na Grécia clássica ou na Inglaterra elizabetana; o 
romance nos séculos XVIII e XIX; o cinema e a televisão no 
século XX; o computador em nossos dias —, o estudioso 
deve reconstruir tanto as condições históricas quanto a 
materialidade do meio de comunicação. Assim, no teatro, 
a voz e o corpo do ator constituem uma materialidade 
muito diferente da que será criada pelo advento e difusão 
da imprensa, pois os tipos impressos tendem, ao 
contrário, a excluir o corpo do circuito comunicativo. Já os 
meios audiovisuais e informáticos promovem um certo 
retorno do corpo, mas sob o signo da virtualidade. 
Compreender, portanto, como tais materialidades influem 
na elaboração do ato comunicativo é fundamental para se 
entender como chegam a interferir na própria ordenação 
da sociedade. 
João C. de C. Rocha. A matéria da materialidade: como localizar a biblioteca de 
Alexandria? In: João C. de C. Rocha (Org.). Interseções: a materialidade da 
comunicação. Rio de Janeiro: Imago; EDUERJ, 1998, p. 12, 14-15 (com adaptações) 
 
Com relação às ideias e estruturas linguísticas do texto, 
julgue os itens a seguir. 
5. Infere-se do texto que a descoberta arqueológica da 
tumba de Ramsés precede as investigações de 
arqueólogos acerca da biblioteca de Alexandria. 
 Comentário: 
O erro consiste no e p egoàdaàpala aà p e ede ,àaà ualà
atribui ao enunciado o sentido de que a descoberta da 
tumba de Ramsés aconteceu ANTES das investigações 
para localização da biblioteca de Alexandria. Na verdade a 
tumba de Ramsés foi descoberta DURANTE essas 
investigações, conforme informa o trecho do texto: E à
vez de um conjunto de salas com estantes dispostas 
paralelamente e enfeixadas em um edifício próprio, a 
biblioteca de Alexandria consistia em uma série infinita de 
estantes escavadas nas paredes da tumba de Ramsés. 
Gabarito: Errado 
6. De acordo com o texto, após muitos anos de pesquisa 
frustrada, baseada em pressupostos culturais 
equivocados, os arqueólogos encontraram as ruínas da 
biblioteca de Alexandria e os rolos que constituíam seu 
acervo. 
 Comentário: 
As investigações baseavam-se em numerosas fontes 
clássicas que descreviam o lugar onde poderiam ser 
encontrados centenas de milhares de rolos (eis a 
pressuposição: eram rolos e não livros) que constituíam a 
biblioteca de Alexandria. O texto não afirma sobre a 
existência dos rolos, mas fala em evidências. Também, 
não descreve a Biblioteca em ruínas. 
Gabarito: Errado 
 
7. (CESPE/2012/Instituto Rio Branco) 
Desde 1934 — Lampião à solta, Antônio Silvino 
preso no Recife, Sinhô Pereira arribado para os lados de Minas 
Gerais — Clarival Valladares despertava para o mundo de 
significados que o cangaceiro carregava penduradas, 
afiveladas, cravadas ou costuradas no conjunto do traje e nos 
equipamentos, como ainda hoje se vê no aguadeiro das feiras 
do Marrocos, as cartucheiras envernizadas e bem ajoujadas ao 
corpo, a não deverem homenagem — senão a requerê-la — à 
guarda de um Ibn-Saud. Com a população portuguesa drenada 
para a aventura da Índia, foi o moçárabe, em boa parte, que 
veio povoar o Brasil. Presença viva na cultura brasileira, a 
árabe, por suas muitas composições, teve aulas a dar em maior 
número a um sertão de 500 mm de chuva anual que a uma 
faixa litorânea de fáceis 1.500 mm. O que Valladares percebeu 
foi a raiz pastoril da estética do cangaço, encantando-se por ver 
que a do guerreiro ia muito além da que pontuava as alfaias 
magras do pastor, por não se ver empobrecida pelo teto 
limitador da funcionalidade, capaz de explicar tudo na 
vestimenta do vaqueiro. Para ele, assim: 
O traje do cangaceiro é um dos exemplos 
demonstrativosdo comportamento arcaico brasileiro. Ao invés 
de procurar camuflagem para a proteção do combatente, é 
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adornado de espelhos, moedas, metais, botões e recortes 
multicores, tornando-se um alvo de fácil visibilidade até no 
escuro. Lembremo-nos, entretanto, que, no entendimento do 
comportamento arcaico, o homem está ligado e dependente ao 
sobrenatural, em nome do qual ele exerce uma missão, lidera 
um grupo, desafia porque se acredita protegido e inviolável e, 
de fato, desligado do componente da morte. Esta explicação, 
embora sumária, de algum modo justifica a incidência da 
superfluidade ornamental no traje do cangaceiro, que, antes 
de sua implicação mística, deriva do empírico traje do 
vaqueiro. 
 
Frederico Pernambucano de Mello. Estrelas de couro — a estética do 
cangaço. São Paulo: Escrituras, 2010, p. 48-9 (com adaptações). 
 
Em relação às ideias do texto, julgue os itens que se 
seguem. 
8. Pelas relações estabelecidas no texto, conclui-se que a 
cultura árabe influenciou a cultura brasileira do sertão. 
 Comentário: 
A veracidade do que afirma o enunciado pode ser 
comprovada com a seguinte passagem do texto: 
"Presença viva na cultura brasileira, a árabe, por suas 
muitas composições, teve aulas a dar em maior número a 
um sertão..." 
Gabarito: Certo 
9. Pela análise da vestimenta do cangaceiro, pretende-se 
demonstrar o caráter profundamente místico desse 
o ate teà depe de teàaoàso e atu al ,à ueà o t astaà
o à oà a uei o,à a a te izadoà peloà tetoà limitador da 
fu io alidade ,à se à ual ue à a seioà ísti oà ouà
submissão às crenças relacionadas ao sobrenatural. 
 Comentário: 
Estaà expli aç o, embora sumária, de algum modo 
justifica a incidência da superfluidade ornamental no traje 
do cangaceiro, que, antes da sua implicação 
mística, deriva do empírico traje de vaqueiro ℓ. -33)  
Ou seja, a vestimenta do cangaceiro DERIVA do traje do 
vaqueiro e não CONTRASTA com ele, conforme afirma o 
enunciado. 
Gabarito: Errado 
 
10. (CESPE / 2011 / IFB / Cargos de Nível Médio) 
 
Viver em ambiente sem gravidade faz coisas 
curiosas com o corpo — afinal, toda a fisiologia evoluiu na 
presença de gravidade. Nos primeiros dias no espaço, 
astronautas sentem enjoo, uma condição tratada no 
ja g oàdaàNá“áà o oà o s i iaàdoàest ago .ààFluidosà
corporais que, na Terra, ficam assentados, sobem para a 
cabeça, deixando os astronautas com as pernas finas e os 
rostos inchados, eliminando rugas e fazendo as 
tripulações parecerem anos mais jovens, ainda que 
temporariamente. 
Por outro lado, muitos astronautas se sentem 
congestionados no espaço e perdem parte dos sentidos 
do olfato e do paladar. Além disso, sem a gravidade, 
ossos e músculos também começam a se desgastar. Para 
cada mês no espaço, os astronautas perdem em torno de 
2% da massa óssea e, por isso, a tripulação costuma 
passar pelo menos duas horas do dia se exercitando. 
 
 The Guardian. In: O Estado de S.Paulo, 31/10/2010 (com 
adaptações). 
 
Acerca dos sentidos e das estruturas linguísticas do texto 
acima, julgue o item a seguir. 
 
O principal objetivo do texto é enumerar os efeitos 
causados no organismo humano pela falta de gravidade. 
  Comentário: 
As primeiras linhas do texto introduzem essa ideia de 
enumeração dos efeitos causados no organismo humano 
pela falta de gravidade. As linhas subsequentes apontam 
esses efeitos, tais como: fluídos corporais que deixam as 
pernas finas e os rostos inchados; perda dos sentidos do 
olfato e paladar; desgaste de ossos e músculos. 
Gabarito: Certo 
 
Texto para questão seguinte: 
 
O principal agente de transmissão das infecções 
hospitalares são os próprios profissionais de saúde. A 
maioria das contaminações ocorre pela falta de um 
h itoàà si oàdeàhigie e.àà Po ààp essaààouààat àààpo àààfaltaààà
de costume, alguns profissionais não lavam as mãos 
deà à à fo aà à à ade uada ,à à dizà à oà à i fe tologistaà à à Pauloàà
Olzon, da Universidade Federal de São Paulo. A 
experiência do Hospital Albert Einstein mostra como o 
problema pode ser resolvido de maneira simples. Até 
2004, apenas metade dos profissionais da instituição 
cumpria o ritual completo de higienização das mãos 
exigido no ambiente hospitalar — a lavagem antes e 
depois de tocar no paciente. Com a instalação de um 
porta-gel antisséptico ao lado de cada leito, 80% dos 
funcionários passaram a fazer a limpeza como 
convém. 
 
Adriana Dias Lopes. In: Veja, 27/10/2010 (com 
adaptações). 
 
11. (CESPE / 2011 / IFB / Cargos de Nível Médio) 
Com relação às ideias e às estruturas linguísticas do texto 
acima, julgue o item seguinte. 
 
Infere-se, a partir da leitura do texto, que, até 2004, não 
havia porta-géis instalados ao lado de todos os leitos do 
Hospital Albert Einstein. 
 
 
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 Comentário: 
áà e p ess oà at à à u à o e ti oà te po alà e p egadoà
pa aà a a à aà o de à dosà fatosà aà li haà doà te po.à
Sendo assim, sabemos que, antes de 2004, os 
profissionais da saúde não faziam a higienização 
adequada das mãos e, após essa data, passaram a realizá-
la satisfatoriamente. A razão da mudança no hábito 
desses profissionais se deve ao fato de o procedimento de 
higiene ter sido facilitado com a instalação dos porta-géis 
próximo a todos os leitos do hospital. Logo, a conclusão a 
que chegamos é que esses porta-géis não existiam para 
todos os leitos antes do ano 2004. 
Gabarito: Certo 
 
12. (CESPE / 2011 / Correios / Agente de Correios / 
Operador de Triagem e Transbordo) 
 
Que tipo de gente joga lixo na rua pela janela do 
carro ou deixa a praia emporcalhada quando sai? Uma 
das respostas corretas é: um tipo que está se tornando 
mais raro. Sim. A atual geração de adultos foi criança em 
um tempo em que jogar papel de bala ou caixa vazia de 
biscoitos pela janela do carro quase nunca provocava uma 
bronca paterna. Foi adolescente quando amassar o maço 
vazio de cigarros e chutá-lo para longe não despertava, na 
audi ia,à e hu aà eaç oàespe ial,àal àdeàu à aiàse à
pe aà deà pauà assi à aà Chi a .à à Chegouà à idadeà adultaà
dando como certo que aquelas pessoas de macacão com 
a sigla do serviço de limpeza urbana estampada nas 
costas precisam trabalhar e, por isso, deve contribuir 
sujando as ruas. Bem, isso mudou. O espírito do nosso 
tempo pode não impedir, mas, pelo menos, não impele 
mais ninguém com algum grau de conexão com o atual 
estágio civilizatório da humanidade a se livrar de detritos 
em lugares públicos sem que isso tenha um peso, uma 
consequência. É feio. É um ato que contraria a ideia tão 
prevalente da sustentabilidade do planeta e da 
preciosidade que são os mananciais de água limpa, as 
porções de terra não contaminadas e as golfadas de ar 
puro. E, no entanto, as pessoas ainda sujam, e muito, as 
cidades impunemente. 
 
Veja, 9/3/2011, p. 72-3 (com adaptações). 
Com base na leitura do texto, é correto afirmar que 
 
a) sujar ruas, calçadas ou praias, no estágio civilizatório 
atual, gera implicações financeiras. 
b) o comportamento atual do brasileiro, pautado na 
ideia de sustentabilidade e preservação do planeta, 
tem impedido o descarte de lixo em lugares 
inapropriados. 
c) as novas gerações são mais conscientes da 
necessidade de preservar o meio ambiente. 
d) jogar lixo nas ruas sempre foi alvo de recriminação, 
seja no âmbito familiar, seja no governamental. 
e) a profissão de gari deixaria de existirse não houvesse 
lixo nas ruas. 
 
 Comentário: 
a) Incorreta. O texto afirma que hoje já não há estímulos 
para que as pessoas continuem descartando o lixo que 
produzem no chão. A irresponsabilidade desse ato não 
pesa no bolso, pesa na consciência, no enfrentamento 
com as forças naturais desenfreadas pela destruição do 
p p ioà eioào deà i eàesseà idad o . 
b) Incorreta. As ações que estão sendo realizadas, visando 
a sustentabilidade e preservação do meio ambiente, não 
têm conseguido impedir o descarte de lixo em lugares 
inapropriados, mas, sim, têm estimulado para que essa 
prática seja extinta. Essa informação está concentrada na 
forma do verbo impelir (ℓ. 8), que significa estimular. 
Logo, a leitura rápida e desatenciosa pode confundir o 
candidato na hora de responder a questão. 
c) Correta. Logo no início do texto, fica subentendido isto: 
ueà asà o asà ge aç esà s oà aisà o s ie tesà daà
e essidadeà deà p ese a à oà eioà a ie te .à O a,à seà oà
autor acusa a geração atual de poluir o planeta e ainda 
afirma que este tipo de gente está se tornando rara, 
significa que isso está acontecendo porque as novas 
gerações estão sendo educadas com vistas à preservação 
do meio ambiente. 
d) Incorreta. O ato de jogar lixo na rua não era 
recriminado quando a atual geração de adultos era 
criança ou adolescente. 
e) Incorreta. O autor fala sobre a profissão de gari de 
forma irônica, relatando o que pensa a geração atual de 
adultos de acordo com a educação ambiental (ou falta 
dela) que receberam quando crianças. 
 Gabarito: Certo 
13. (CESPE / 2011 / CBM-ES / Oficial Bombeiro Militar 
Combatente) 
Em pleno sertão do Cariri, no sul do Ceará, um 
meio de transporte causa estranheza na paisagem árida. 
Cobrindo os 14 quilômetros que separam Crato e Juazeiro 
do Norte, um misto de metrô e ônibus transporta 
passageiros. Trata-se do primeiro veículo leve sobre trilho 
(VLT) do Brasil, um tipo de transporte coletivo capaz de 
melhorar o trânsito nas cidades sem acarretar tantos 
malefícios ao ambiente. Além de custar menos que o 
metrô, transporta muito mais passageiros que o ônibus e 
é até 93% menos poluente que este. 
Descendentes dos velhos bondes, esses 
eí ulosà ode osà eà aisà e des à à de e à ga ha ààà
espaço também em outras cidades do Nordeste, que já 
estudam implantar VLTs – que circulariam sobre 
antigas linhas abandonadas pertencentes à Rede 
Ferroviária Federal (RFFSA). Trata-se de uma forma 
sustentável e barata de restabelecer essas rotas e 
melhorar o transporte dos moradores de toda a região. 
 
Revista Vida Simples, dez./2010, p. 65 (com adaptações). 
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Considerando o texto acima, julgue o seguinte item. 
 
Da leitura do texto, infere-se que o veículo leve sobre 
trilho é muito menos poluente que o metrô e o ônibus. 
  Comentário: 
Releia o trecho: 
Além de custar menos que o metrô, transporta muito 
mais passageiros que o ônibus e é até 93% menos 
poluente que este . 
No texto, o referente do pronome demonstrativo este é 
sempre o mais próximo ou último citado (no caso, a 
pala aà i us .à Casoà oà auto quisesse se referir à 
pala aà et ,à de e iaà e p ega à oà p o o eà a uele .à
Portanto, a partir da leitura do texto, infere-se que o 
veículo leve sobre trilho é muito menos poluente que o 
ônibus. Em relação ao metrô, ele tem menos custo. 
Gabarito: Errado 
Texto para as questões seguintes. 
 
Cachorro se parece mesmo é com criança: vive o 
agora, alegra-se com o simples prazer de uma 
caminhada, corre, pula, brinca, diariamente. Aliás, o que 
mais incomoda o homem no comportamento canino é a 
constante alegria do seu melhor amigo. Em geral, não 
estamos acostumados a viver 24 horas por dia de puro 
prazer, ainda mais quando levamos uma vida de 
cachorro. Sentimo-nos, talvez, desrespeitados pela 
impertinência de um contentamento desmesurado, 
principalmente quando algo ou alguém patrocinou-nos 
alguma desventura. 
 
Laudimiro Almeida Filho. Vida de cachorro. In: 
Acontessências. 
Brasília: Gráfica e Editora Positiva, 1999, p. 37 (com 
adaptações). 
 
14. (CESPE / 2011 / Correios / Agente de Correios / 
Atendente Comercial) 
áà e p ess oà doà seuà elho à a igo à ℓ.5) remete a um 
ditado popular. Assinale a opção correspondente a esse 
ditado. 
 
a) Cão que ladra não morde. 
b) Cão picado de cobra tem medo de linguiça. 
c) Cão feroz, dono atroz. 
d) Quem não tem cão caça com gato. 
e) O cão é o melhor amigo do homem. 
  Comentário: 
áà e p ess oà doà seuà elho à a igo à e eteà aoà ditadoà
popula à Oà oà à oà elho àa igoà doàho e ,à uma vez 
ueà a igo à à aà pala a-chave para se estabelecer a 
relação semântica desejada, a qual não aparece nas 
demais alternativas. 
Gabarito: E 
15. (CESPE / 2011 / Correios / Agente de Correios / 
Atendente Comercial) 
De acordo com o texto, o comportamento dos cachorros 
 
a) evidencia que eles gostariam de ser crianças. 
b) revela o carinho deles pelas crianças. 
c) assemelha-se ao das crianças. 
d) provoca medo nas crianças. 
e) irrita as crianças. 
  Comentário: 
O texto descreve como é o comportamento dos cachorros 
(correm, pulam, brincam, vivem o presente e alegram-se 
facilmente). Esses comportamentos são comparados ao 
das crianças, estabelecendo entre eles uma relação de 
semelhança. 
Gabarito: C 
 
 
 
Aula 2 – Tipologia textual 
 
 Texto Literário: expressa a opinião pessoal do autor, 
que é transmitida por meio de figuras; é impregnado 
de subjetivismo. Predomina a conotação. 
Ex: um romance, um conto, uma poesia... 
 Texto não literário: preocupa-se em transmitir uma 
mensagem de forma clara, objetiva, informativa, 
com sentido real. Predomina a denotação. 
Ex: uma notícia de jornal, uma bula de 
medicamento. 
Tipos de composição 
 Descrição: descrever é representar verbalmente um 
objeto, uma pessoa, um lugar, mediante a indicação 
de aspectos característicos, de pormenores 
individualizantes. Requer observação cuidadosa, 
para tornar aquilo que vai ser descrito um modelo 
inconfundível. Não se trata de enumerar uma série 
de elementos, mas de captar os traços capazes de 
transmitir uma impressão autêntica. Por isso, impõe-
se o uso de palavras específicas, exatas. 
 
 Narração: é um relato organizado de 
acontecimentos reais ou imaginários. São seus 
elementos constitutivos: personagens, 
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circunstâncias, ação; o seu núcleo é o incidente, o 
episódio, e o que a distingue da descrição é a 
presença de personagens atuantes que estão quase 
sempre em conflito. 
Elementos envolvidos na Narração: 
a) Quem? Personagem. 
b) Quê? Fatos, enredo. 
c) Quando? A época em que ocorreram os 
acontecimentos. 
d) Onde? O lugar da ocorrência. 
e) Como? O modo como se desenvolveram os 
acontecimentos. 
f) Por quê? A causa dos acontecimentos. 
 
 Dissertação: dissertar é apresentar ideias, analisá-
las; é estabelecer um ponto de vista baseado em 
argumentos lógicos; é estabelecer relações de causa 
e efeito. Aqui não basta expor, narrar ou descrever, 
é necessário explanar e explicar. O raciocínio é que 
deve imperar nesse tipo de composição e, quanto 
maior a fundamentação argumentativa, mais 
brilhante será o desempenho. 
 Questões de concurso Comentadas 
 
(CESPE / 2012 / Instituto Rio Branco / Diplomata) 
Fragmento I 
1 Macunaíma 
No fundo do mato-virgem nasceu Macunaíma, herói 
da nossa gente. Era preto retinto e filho do medo da noite. 
Houve um momento em que o silêncio foi tão grande 
escutando o murmurejo do Uraricoera,que a índia tapanhumas 
pariu uma criança feia. Essa criança é que chamaram de Macunaíma. 
Já na meninice fez coisas de sarapantar. De primeiro 
passou mais de seis anos não falando. Si o incitavam a falar 
exclamava: 
— Ai! Que preguiça!... 
e não dizia mais nada. Ficava no canto da maloca, trepado no 
jirau de paxiúba, espiando o trabalho dos outros e 
principalmente os dois manos que tinha, Maanape já velhinho 
e Jiguê na força do homem. 
 
Fragmento II 
9 Carta pras icamiabas 
Às mui queridas súbditas nossas, Senhoras Amazonas. 
Trinta de Maio de Mil Novecentos e Vinte e Seis, 
São Paulo. 
Senhoras: 
Não pouco vos surpreenderá, por certo, o endereço e 
a literatura desta missiva. Cumpre-nos, entretanto, iniciar estas 
linhas de saudade e muito amor, com desagradável nova. É 
bem verdade que na boa cidade de São Paulo — a maior do 
universo, no dizer de seus prolixos habitantes — não sois 
o he idasà o oà i a ia as ,à ozà espú ia,à si oà ueà pelo 
apelativo de Amazonas; e de vós, se afirma, cavalgardes 
ginetes belígeros e virdes da Hélade clássica; e assim sois 
chamadas. Muito nos pesou a nós, Imperator vosso, tais 
dislates da erudição, porém heis de convir conosco que, assim, 
ficais mais heroicas e mais conspícuas, tocadas por essa plátina 
respeitável da tradição e da pureza antiga. 
(...) 
Macunaíma, Imperator 
Mário de Andrade. Macunaíma, o herói sem nenhum 
caráter. Rio de Janeiro: Agir, 2008, p. 13, 97 e 109. 
Considerando os aspectos linguísticos e a estrutura da 
narrativa nos fragmentos apresentados, extraídos da 
obra Macunaíma, o Herói Sem Nenhum Caráter, julgue os 
itens subsequentes. 
1. Ambos os fragmentos apresentam a estrutura textual 
típica da narrativa, recurso empregado pelo autor como 
forma de manter a coerência dos fatos narrados. 
 Comentário: 
Apenas o fragmento I apresenta a estrutura textual típica 
da narrativa com os elementos: enredo, personagens, 
narrador, tempo, espaço. O fragmento II é uma carta e 
apresenta linguagem dissertativa/argumentativa. 
Gabarito: Errado 
2. Osàt e hosà filhoàdoà edoàdaà oite à ℓ. àeà Fi a aà oà
canto da maloca, trepado no ji auàdeàpa iú a à ℓ. -11) 
exemplificam a linguagem conotativa que caracteriza o 
fragmento I. 
 Comentário: 
Os dois fragmentos apresentam sentidos e linguagens 
diferentes: 
 "Ficava no canto da maloca, trepado no jirau de 
paxiúba" = sentido literal, linguagem denotativa, do 
dicionário. 
 Filhoà doà edoà daà oite à =à “e tidoà figu ado,à
linguagem conotativa. 
Gabarito: Errado 
3. (CESPE / 2012 / STJ / Técnico Judiciário / 
Telecomunicações e Eletricidade) 
A um coronel que se queixava da vida de quartel, um 
jornalista disse: 
- E o senhor não sabe como é chato militar na 
imprensa. 
Sírio Possenti. Os humores da língua. São 
Paulo: Mercado de Letras, 1998, p. 86. 
 
Com relação às ideias e aos aspectos linguísticos do 
trecho acima, julgue o item a seguir. 
Oà e p egoà doà o uloà hato ,à ujoà se tidoà à
pejorativo, é inadequado ao gênero do texto em questão. 
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 Comentário: 
Oà o uloà hato à o stituiàpa teàdeàu aàfalaà i di adaà
pelo travessão) e reproduz linguagem informal. Tendo-se 
em vista a indicação da fonte como texto de humor, a 
linguagem informal não é inadequada. 
Gabarito: Errado. 
4. (CESPE / 2012 / Advocacia-Geral da União / 
Procurador Federal de 2.ª categoria) 
Texto A 
O sistema de cotas — no qual um determinado 
número de vagas, seja na universidade ou em uma 
empresa privada, é destinado a afro-descendentes — faz 
parte de um conjunto de políticas de ação afirmativa. 
Como o objetivo é corrigir desvantagens provocadas pela 
defasagem socioeconômica e educacional dos negros, 
costuma ser praticado durante um período de tempo 
determinado, ou seja, até que as distorções sejam 
corrigidas. 
Vários países adotam sistema. In: Correio Braziliense, 
/ / ,à Te aàdoàdia ,àp.à à o àadaptaç es .à 
Texto B 
Ora, parece-me fora de dúvida que o problema da 
desproporção da presença de afro-descendentes nas 
universidades tem raiz anterior: a falta de acesso a um 
ensino fundamental (e médio) público, de boa qualidade, 
que habilite qualquer dos excluídos, sejam negros, 
indígenas, pobres ou trabalhadores vindos das classes 
sociais menos favorecidas, a concorrer, em paridade com 
osà e - as idos ,àaàu aà agaà asàu i e sidades.àÉ,àe à
suma, a correção da profunda desigualdade social e 
econômica da sociedade brasileira que está a merecer das 
autoridades uma solução. Não resolve o problema da 
discriminação a garantia de acesso à universidade aos que 
não tiveram assegurado o ensino básico em escolas 
públicas, com a mesma qualidade do que é oferecido na 
maioria das escolas particulares e confessionais. 
Tratar do problema de acesso à educação no Brasil, 
país de grandes desigualdades econômicas e sociais, é o 
mesmo que tratar da exclusão social. O problema tem, na 
verdade, raiz na desigualdade, e forçoso é convir que 
também o descendente de branco, mas pobre, não 
ingressa na universidade, especialmente nas públicas. O 
afro-descendente, se não tem acesso ao ensino superior, 
não é porque é negro, mas porque é, em geral, pobre. 
Sendo pobre, continuará freqüentando escolas públicas 
que não lhe darão condições para uma posterior 
formação universitária. Quem duvida de que, assegurado 
a todos — afro-descendentes ou não — o acesso ao 
ensino básico de qualidade, a luta por uma vaga na 
universidade não seria mais justa e menos 
discriminatória? 
Mônica Sifuentes. A quota de afro-descendentes nas universidades. In: 
Correio Braziliense,à Di eitoà&àJustiça ,à / / ,àp.à à o à
adaptações). 
Em relação aos textos A e B, julgue o item a seguir: 
O texto A é expositivo, aproxima-se da linguagem 
conceitual da definição, enquanto o texto B é 
argumentativo e defende uma ideia contrária à adoção da 
medida conceituada no texto A. 
 Comentário: 
O texto A - é expositivo, conceitua o que é um siste aàdeà
otas . 
O texto B – dissertativo-argumentativo e defende ideia 
o t aàaoàsiste aàdeà otas:àE .:à N oà esol eàoàp o le aà
da discriminação a garantia de acesso à universdade aos 
que não tiveram assegurado o ensino médio em escolas 
públicas, com a mesma qualidade do que é oferecido na 
maioria das escolas pa ti ula esàeà o fessio ais. 
Gabarito: Certo 
 
5. (CESPE / 2012 / MPE/PI / Analista Ministerial / Área 
Documentação) 
Na era das redes sociais, algumas formas de 
comunicação arcaicas ainda dão resultado. O canadense Harold 
Hackett que o diga. Morador da Ilha Príncipe Eduardo, uma 
das dez províncias do Canadá, ele enviou mais de 4.800 
mensagens em uma garrafa e recebeu 3.100 respostas de 
pessoas de várias partes do mundo. De acordo com a BBC, o 
canadense envia as mensagens desde 1996. 
O seu método é simples. Harold utiliza garrafas de 
suco de laranja e se certifica de que as mensagens estão com 
data. Antes de enviá-las, checa o sentido dos ventos — que 
devem rumar de preferência para oeste ou sudoeste. Algumas 
cartas demoraram 13 anos para voltar para ele. 
As respostas vieram de regiões como África, Rússia, 
Holanda, Reino Unido, França, Irlanda e Estados Unidos da 
América. Ele acabou fazendo amigos com as mensagens, 
c ia doà í ulos à— recebeu até presentes e cartões de Natal. 
O canadense diz que continua adorando se comunicar 
dessa maneira e afirma que o método chega a ser, muitas vezes, 
aisà efi az àdoà ueàaà o u i aç oàpo àFa e ookàeàT itte . 
Intencionalmente, nunca coloca o número de telefone 
nas mensagens, para recebê-las de volta da mesma maneira. 
 
Amanda Camasmie. Canadense prova que comunicação em alto mar é 
eficaz. In: Época Negócios. Internet: 
<http://colunas.epocanegocios.globo.com> (com adaptações). 
 
O textoapresenta caracerísticas narrativas e dissertativas. 
 Comentário: 
O texto é narrativo porque conta a história do canadense 
Harold Hackett, situando o leitor no tempo e espaço da 
narrativa. Ao mesmo tempo, possui traços de texto 
dissertativo, pois deixa transparecer pontos de vista do 
auto à a e aàdosà fatosà a ados,à taisà o o:à Na era das 
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redes sociais, algumas formas de comunicação arcaicas 
ainda dão resultado à ℓ.à - à/à O seu método é simples à
ℓ. . 
Gabarito: Certo 
 
6. (CESPE - 2008 - INSS - Analista - Direito) 
 
Tempo livre 
A questão do tempo livre — o que as pessoas 
fazem com ele, que chances eventualmente oferece o seu 
desenvolvimento — não pode ser formulada em 
generalidade abstrata. A expressão, de origem recente — 
aliás, antes se dizia ócio, e este era um privilégio de uma 
vida folgada e, portanto, algo qualitativamente distinto e 
muito mais grato —opõe-se a outra: à de tempo não-livre, 
aquele que é preenchido pelo trabalho e, poderíamos 
acrescentar, na verdade, determinado de fora. 
O tempo livre é acorrentado ao seu oposto. Essa 
oposição, a relação em que ela se apresenta, imprime-lhe 
traços essenciais. Além do mais, muito mais 
fundamentalmente, o tempo livre dependerá da situação 
geral da sociedade. Mas esta, agora como antes, mantém 
as pessoas sob um fascínio. Decerto, não se pode traçar 
uma divisão tão simples entre as pessoas em si e seus 
papéis sociais. (...) Em uma época de integração social 
sem precedentes, fica difícil estabelecer, de forma geral, o 
que resta nas pessoas, além do determinado pelas 
funções. Isso pesa muito sobre a questão do tempo livre. 
Mesmo onde o encantamento se atenua e as pessoas 
estão ao menos subjetivamente convictas de que agem 
por vontade própria, isso ainda significa que essa vontade 
é modelada por aquilo de que desejam estar livres fora do 
horário de trabalho. 
A indagação adequada ao fenômeno do tempo 
li eàse ia,àhoje,àesta:à Co àoàau e toàdaàp oduti idadeà
no trabalho, mas persistindo as condições de não-
liberdade, isto é, sob relações de produção em que as 
pessoas nascem inseridas e que, hoje como antes, lhes 
prescrevem as regras de sua existência, o que ocorre com 
oà te poà li e? à ... à “eà seà uidasseà deà espo de à à
questão sem asserções ideológicas, tornar-se-ia imperiosa 
a suspeita de que o tempo livre tende em direção 
contrária à de seu próprio conceito, tornando-se paródia 
deste. Nele se prolonga a não-liberdade, tão 
desconhecida da maioria das pessoas não-livres como a 
sua não-liberdade em si mesma. Podemos esclarecer isso 
de maneira simples por meio da ideologia do hobby. Na 
naturalidade da pergunta sobre qual hobby se tem, está 
subentendido que se deve ter um, provavelmente 
também já escolhido de acordo com a oferta do negócio 
doàte poà li e.àLi e dadeào ga izadaà à oe iti a:à áiàdeà
ti se não tens um hobby, se não tens ocupação para o 
tempo livre! Então tu és um pretensioso ou antiquado, 
um bicho raro, e cais em ridículo perante a sociedade, a 
qual te impinge o que deve se à oà teuà te poà li e. à Talà
coação não é, de nenhum modo, somente exterior. Ela se 
liga às necessidades das pessoas sob um sistema 
funcional. No camping — no antigo movimento juvenil, 
gostava-se de acampar — havia protesto contra o tédio e 
o convencionalismo burguês. O que os jovens queriam era 
sair, no duplo sentido da palavra. Passar a noite a céu 
aberto equivalia a escapar da casa, da família. Essa 
necessidade, depois da morte do movimento juvenil, foi 
aproveitada e institucionalizada pela indústria do 
camping. Ela não poderia obrigar as pessoas a comprar 
barracas e motor homes, além de inúmeros utensílios 
auxiliares, se algo nas pessoas não ansiasse por isso; mas 
a própria necessidade de liberdade é funcionalizada e 
reproduzida pelo comércio; o que elas querem lhes é, 
mais uma vez, imposto. Por isso, a integração do tempo 
livre é alcançada sem maiores dificuldades; as pessoas 
não percebem o quanto não são livres lá onde mais livres 
se sentem, porque a regra de tal ausência de liberdade 
lhes foi abstraída. 
T. W. Adorno. Palavras e sinais, modelos críticos 2. Maria Helena 
Ruschel (Trad.). Petrópolis: Vozes, 1995, p. 70-82 (com 
adaptações). 
Julgue certo ou errado: 
 
De acordo com a tipologia textual, o texto classifica-se 
como descritivo-narrativo, visto que descreve como as 
pessoas se comportam na sociedade em relação ao tempo 
livre e narra como os jovens, no antigo movimento 
juvenil, protestavam contra o tédio e o convencionalismo 
burgueses. 
  Comentário: 
É um texto dissertativo, visto que fala sobre um fato 
estabelecendo pontos de vista baseados em argumentos. 
Gabarito: Errado. 
7. (CONESUL/ Assistente Administrativo -2008) 
Instrução: Leia atentamente o texto a seguir para 
responder à questão: 
Os bem vizinhos de Naziazeno Barbosa assistem ao pega 
com o leiteiro. Por detrás das cercas, mudos, com a 
mulher e um que outro filho espantado já de pé àquela 
hora, ouvem. Todos aqueles quintais conhecidos têm o 
mesmo silêncio. Noutras ocasiões, quando era apenas a 
briga com a mulher, esta, como um último desaforo de 
vítima, dizia-lhe: Olha, que os vizinhos estão ouvindo . 
Depois, à hora da saída, eram aquelas caras curiosas à 
janela, com os olhos fitos nele, enquanto ele 
cumprimentava . 
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O leiteiro diz-lhe aquelas coisas, despenca-se pela 
escadinha que vai do portão até à rua, toma as rédeas do 
burro e sai a galope, fustigando o animal, furioso, sem 
olhar para nada. Naziazeno ainda fica um instante ali 
sozinho. (A mulher havia entrado.) Um ou outro olhar de 
criança fuzila através das frestas das cercas. As sombras 
têm uma frescura que cheira a ervas úmidas. A luz é 
doirada e anda ainda por longe, na copa das árvores, no 
meio da estrada avermelhada. 
Naziazeno encaminha-se então para dentro de casa. Vai 
até ao quarto. A mulher ouve-lhe os passos, o barulho de 
abrir e fechar um que outro móvel. Por fim, ele aparece no 
pequeno comedouro, o chapéu na mão. Senta-se à mesa, 
esperando. Ela lhe traz o alimento. Ele não aceita mais 
desculpas... Naziazeno não fala. A mulher havia-se 
sentado defronte dele, enquanto ele toma o café. Vai nos 
deixar ainda sem leite... Ele engole o café, nervoso, com os 
dedos ossudos e cabeçudos quebrando o pão em pedaços 
miudinhos, sem olhar a mulher. É o que tu pensas. 
Temores... Cortar um fornecimento não é coisa fácil. 
Porque tu não viste então o jeito dele quando te declarou: 
Lhe dou mais um dia! (Adaptado de: MACHADO, Dyonélio. 
Os Ratos). 
Pelas características apresentadas, o texto todo é 
a) um depoimento de Naziazeno. 
b) uma narração em 1ª pessoa. 
c) uma narração em 3ª pessoa. 
d) apenas uma descrição. 
e) um misto de descrição e de dissertação. 
  Comentários. 
Descrição é o ato de se descrever uma imagem, sem 
movimento; narração, por sua vez, é um relato 
organizado de acontecimentos reais ou imaginários; 
dissertação é a forma de apresentar-se discussão sobre 
um fato ou tema, sempre voltado ao emprego de 
argumentos. 
O texto tem característica narrativa e é narrado em 
terceira pessoa, pois Naziazeno profere apenas algumas 
palavras em brevíssimo diálogo com a esposa durante 
toda a narrativa. Portanto trata-se de narrativa em 
terceira pessoa. 
Gabarito: C 
8. (CESPE / 2011 / EBC / Cargos de Nível Médio / 
Conhecimentos Básicos) 
No Brasil, falar em mídia pública parece não despertar 
simpatia. Isso ocorre devido ao fato de o debate sobre o 
tema ter sido apagado durante quasetodo o século XX. 
Não por caso o país desenvolveu um sistema de 
comunicação de perfil majoritariamente comercial — 
principalmente sob o incentivo do regime militar, após os 
anos 60 — e relegou o projeto de um sistema público de 
comunicação ao esquecimento, que subsistiu apenas por 
meio de algumas experiências isoladas. Como explica o 
professor Murilo César Ramos, da Universidade de 
Brasília, a radiodifusão no Brasil nasceu pública, na forma 
da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, criada por Edgard 
Roquette-Pinto e Henrique Moritze em 1923, mas foi 
muito cedo transformada em um sistema comercial 
lu ati o.àà Quando a televisão chegou, nos anos 50 do 
século passado, já chegou comercial, privatizada e 
desregulamentada ao extremo, e assim permanece até 
hoje. O público não comercial sempre foi marginal e assim 
seà a t à osàdiasàatuais ,àa alisaàRa os. 
 
Em relação ao texto acima, julgue o item a seguir. 
 
O texto é predominantemente dissertativo, mas há nele 
fragmentos de teor narrativo. 
  Comentários. 
O texto dissertativo consiste na exposição de um ponto de 
vista. O texto narrativo, por sua vez, relata fatos, por meio 
de um narrador, localizando o leitor no tempo e no 
espaço, de forma a (re)construir uma história. No caso do 
texto em discussão, o autor argumenta sobre a falta de 
simpatia dos brasileiros em relação ao assunto mídia 
pública, ao passo que também cita uma passagem 
narrativa de cunho histórico – a chegada da televisão ao 
Brasil. 
Gabarito: Certo 
 
9. (CESPE/ 2011/ EBC/ Cargos de Nível Médio/ 
Conhecimentos Básicos) 
Quando se fala em sistema público de 
comunicação, pensa-se justamente em um conjunto de 
mídias públicas (nos diversos suportes, como rádio, 
televisão, Internet etc.) que operam de modo 
integrado e sistêmico, tendo como horizonte o interesse 
dos cidadãos. Para o professor Laurindo Leal Filho, da 
Universidade de São Paulo, um dos pioneiros na pesquisa 
sobre mídia pública no Brasil, esse não é um conceito 
fe hado.à Po à p i ípio,à todoà oà siste aà deà o u i aç oà
deveria ser público, uma vez que a sua missão é prestar 
um serviço público. Nesse sentido, poderiam até variar as 
formas de financiamento, mas o controle deve ser da 
sociedade. De algum modo, é o que acontece em alguns 
países onde órgãos reguladores estabelecem as diretrizes 
para o todo o setor das comunicações eletrônicas. 
De maneira mais restrita, costumamos chamar de 
público o sistema não comercial e, de alguma forma, 
independente do Estado. E aí temos inúmeras 
nuanças: de sistemas ditos públicos, mas que sofrem 
forte controle estatal, até outros em que essa relação 
àààt ue ,àe pli aàLealàFilho. 
 
Com base no texto acima, julgue o item a seguir. 
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O trecho de citação da fala do professor da Universidade 
de São Paulo é predominantemente narrativo. 
  Comentário: 
O trecho de citação da fala do professor da Universidade 
de São Paulo é predominantemente dissertativo, uma vez 
que expõe seu ponto de vista sobre a temática textual e 
apresenta fundamentações em defesa dele. 
Gabarito: Errado 
 
10. (CESPE/ 2011/ FUB / Cargos de Nível Médio) 
Há gente no Brasil interessada em importar dos 
Estados Unidos da América (EUA) o Teach for America, o 
mais bem-sucedido programa feito para atrair os 
melhores estudantes de ensino médio para a carreira de 
professor. No Brasil, os professores têm saído da parte 
menos qualificada da Pirâmide — justamente aquela 
habitada por 20% dos alunos com o mais baixo 
rendimento escolar do país. Qualquer iniciativa para 
mudar isso será mais do que bem-vinda. 
O Teach for America consegue atrair os mais 
talentosos alunos para a docência oferecendo-lhes algo 
bem concreto. Depois de dois anos no papel de professor 
de escola pública — tempo mínimo de estada no 
programa —, esses jovens ingressam quase que 
automaticamente em algumas das maiores empresas 
americanas, com as quais o Teach for America 
estabeleceu uma produtiva parceria. Para as empresas, 
recrutar gente que passou por lá significa encurtar o 
complicado processo de busca por bons profissionais. 
Pela estreita peneira do programa só passam os 
realmente capazes. Para se ter uma ideia, apenas os 
alunos de ótimo boletim têm Direito à inscrição e, 
ainda assim, 85% deles ficam de fora. É essa rigorosa 
seleção que atrai os próprios estudantes. Sobreviver a ela 
é um sinal claro de excelência, algo que faz todo mundo 
querer ostentar um carimbo do Teach for America no 
currículo. 
No final, uma parcela deles acaba optando 
pela carreira de professor, coisa que jamais haviam 
pensado antes. A maioria, no entanto, acaba deixando o 
programa depois dos dois anos previstos, mas não sem 
antes causar um impacto gigantesco no nível do ensino. 
Os estudantes certamente irão beneficiar-se desse 
empurrão ao longo de toda a vida escolar. Mais do que 
isso: muitos dos que já passaram pelo Teach for 
America continuam envolvidos com educação, em 
diferentes graus e áreas de atuação. Por tudo isso, não 
faria mal ao Brasil trilhar caminho parecido. 
 
Mônica Weinberg. Tomara que dê certo. Internet: <veja.abril.com.br> 
(com adaptações). 
Considerando aspectos lexicais e tipológicos do texto, 
julgue o item subsequente. 
Há, no texto, elementos que permitem classificá-lo como 
dissertativo-argumentativo. 
  Comentário: 
O texto dissertativo-argumentativo tem como objetivo 
expor uma opinião a respeito de determinado tema e 
argumentar no sentido de influir, persuadir o ponto de 
vista do leitor, com vistas a mudar seu comportamento. 
Assim acontece no texto em questão: o autor, já no 
primeiro parágrafo, anuncia o seu tema e logo vai 
enumerando uma série de fatores que envolvem o leitor 
de tal forma a acreditar que aquela ideia é, de fato, 
vantajosa. Ele fala da precariedade da realidade 
educacional brasileira (trabalhando com estatísticas), do 
programa Teach for America, que foi bem-sucedido nos 
EUA e explica em detalhes a forma de aplicação do 
programa. Por fim, o autor conclui sua exposição com 
u aà a tada à e àsugesti a,àte i a doàdeà o e e àoà
leitor a respeito da ideia que defende. Ele diz: Po àtudoà
isso, não faria mal ao Brasil trilhar cami hoàpa e ido. 
Gabarito: Certo 
 
11. (CESPE / 2010 / MPU / Técnico Administrativo) 
As projeções sobre a economia para os próximos 
dez anos são alentadoras. Se o Brasil mantiver 
razoável ritmo de crescimento nesse período, chegará 
ao final da próxima década sem extrema pobreza. 
Algumas projeções chegam a apontar o país como a 
primeira das atuais nações emergentes em 
condições de romper a barreira do 
subdesenvolvimento e ingressar no restrito mundo rico. 
Tais previsões baseiam-se na hipótese de que o 
país vai superar eventuais obstáculos que impediriam 
a economia de crescer a ritmo continuado de 5% ao 
ano, em média. Para realizar essas projeções, o 
Brasil precisa aumentar a sua capacidade de 
poupança doméstica e investir mais para ampliar a 
oferta e se tornar competitivo. 
No lugar de alta carga tributária e estrutura de 
impostos inadequada, o país deve priorizar 
investimentos que expandam a produção e contribuam 
simultaneamente para o aumento de produtividade, 
como é o caso dos gastos com educação. É dessa forma 
que são criadas boas oportunidades de trabalho, 
geradoras de renda, de maneira sustentável. 
 
O Globo, Editorial, 12/7/2010 (com adaptações). 
Com relação às ideias e aspectos linguísticos do texto, 
julgue o item seguinte. 
 
Pelas estruturas

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