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Amostragem e pesquisa qualitativa_ ensaio teórico e metodológico - Álvaro Pires

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Amostragem e pesquisa qualitativa: ensaio teórico e metodológico -
Álvaro P. Pires (pgs. 77-105 / 154-211)1
Significado escolhido para o termo “amostra”: “resultado de qualquer operação visando
constituir o corpus empírico de uma pesquisa”. É uma definição ampla.
PREMISSAS:
1. A qualidade científica de uma pesquisa não depende do tipo de amostra, e também
não mais da natureza dos dados (quantitativo ou qualitativo), mas sim do fato de ela
ser, no conjunto “bem construída”
2. As “escolhas técnicas mais ‘empíricas’ são inseparáveis das escolhas técnicas mais
‘teóricas’ de construção do objeto” (BOURDIEU, 1992: 197)
3. A função da metodologia não consiste em ditar regras absolutas de saber-fazer, mas
principalmente em ajudar o analista a refletir para adaptar o mais possível seus
métodos, as modalidades de amostragem e a natureza dos dados, aos objeto de sua
pesquisa em via de construção
1. Questões técnicas e metodológicas gerais sobre a amostragem
Dois tipos de dados: as letras e os números
Letras - qualitativo
Números - quantitativo
No qualitativo se enfatiza mais as relações entre amostra e objeto, do que as regras técnicas
de amostragem.
Falsa impressão que o método quantitativo tem a vantagem de ser mais rigoroso, embora com
o risco de ser menos pertinente; enquanto o procedimento qualitativo seria mais pertinente, ao
preço, todavia, de uma falta de rigor. Não se deve confundir rigidez com rigor.
1 PIRES, A. P. Amostragem e pesquisa qualitativa: ensaio teórico e metodológico. In: POUPART, T. et
al. (Orgs). A pesquisa qualitativa: enfoques epistemológicos e metodológicos. 1. ed. Petrópolis:
Vozes, 2008. p. 154-215.
As estruturas convencional e aberta de pesquisa
Estrutura fechada/convencional
impossível pesquisar toda a população - amostra bem definida: uma amostra (400
estudantes), retirada de uma população empiricamente limitada (universidade X, em 1980,
nos Estados Unidos)
Estrutura completa pois de uma lado a pesquisa comporta dois patamares empíricos (passa de
uma amostragem operacional A a uma população P), e, de outro lado, a pesquisa busca
também obter resultados teóricos (empiricamente fundamentados), que ultrapassam a sua
população (universidade X, em 1980, etc). Esses resultados se aplicariam, por exemplo, a
todos os estudantes universitários nos Estados Unidos, e inclusive a todos os estudantes nos
países ocidentais.
“Se a pesquisa for bem conduzida, esses resultados teóricos terão, certamente, um
fundamento empírico. Nesse sentido, eles são mais do que hipóteses a priori; eles são
esclarecimentos teóricos, empiricamente fundamentados, e virtualmente passíveis de serem
aplicados noutro lugar.” (p. 159)
Ganha-se no plano heurístico, mas perde-se no plano das nuanças empíricas.
Estrutura aberta;paradoxal
Ex. 1: análise de todos os casos conhecidos de suicídios entre 1946 e 1951 na Nova Zelândia.
Por terem considerado todos os casos, eles não têm necessidade de fazer uma generalização
empírica (de sua amostra para a população), antes de proceder à generalização
analítico-teórica: eles passam diretamente do nível empírico ao nível teórico.
Ao invés de descrever o procedimento de amostragem (não houve amostra, no sentido
operacional do termo), o analista descreve seu corpus empírico: ele especifica do que ele é
composto e quais são as suas características.
O paradoxo aparente dessa modalidade consiste em: não existe aqui um procedimento
operacional de amostragem, porém pode-se dizer também que esse corpus empírico constitui
amostra, no sentido amplo. O paradoxo se deve também ao fato de que o pesquisador dá a
entender que ele pesquisou toda a sua população, o que significa dizer que ele não tem
necessidade de generalizar (para a sua população), mas, no entanto, ele produz, mesmo assim,
uma (outra) forma de generalização (analítico-teórica).
A noção de amostra
Estrutura fechada: pensa-se em escolha ou seleção. Estrutura aberta: a ideia de amostra não
vem naturalmente à mente; a ideia de seleção dos casos é, em parte, absorvida pela idéia de
escolha do caso ou do objeto (...) acompanhada daquela de totalidade da base empírica
relativamente a enunciados teóricos (mais do que a ideia de seleção). (p. 162)
“trata-se de pesquisar isto para basear aquilo; é a ideia de extrapolar, deslocar, transcender,
colocar em relação, ou ainda dar uma ideia ou um esclarecimento sobre alguma outra coisa
com a ajuda de um ou de vários elementos de uma sociedade de uma determinada época, por
meio de um indivíduo que nela tenha vivido (...). O objetivo da amostra (no sentido amplo)
consiste, portanto, em dar base a um conhecimento ou um questionamento, que ultrapassa os
limites das unidades e mesmo do universo de análise, servindo para produzi-lo.” (p. 163)
A noção de população
“a “população” é um conceito, e não uma circunstância natural, e que os contornos desse
conceito são dados pelas diferentes finalidades de nossa pesquisa.” (p. 164)
“É dizer também que os conceitos de amostra e de população “vagueiam” ou se modificam
em função de nosso projeto de conhecimento, o qual também muda de nível: passamos do
nível empírico - consistindo em saber se nossa sopa na panela X, em tal dia, estava muito
salgada - ao nível teórico, visando dar-nos um conhecimento geral do que é uma sopa de
corações de palmitos (universo geral).” (p. 165)
Seleção sem critério por um período de tempo (sem intenção, talvez, de fazer amostragem) →
explicação posterior do que foi encontrado: o material servindo de base para pesquisa
tornou-se, retroativamente, a sua amostra.
|-> pesquisa de Goffman (1974) - hospitais psiquiátricos
As noções de “universo de análise” e de “universo geral”
Sjoberg e Nett (1968: 129-130) e Rose (1982: 56-65): universo de análise corresponde à
noção clássica de população (ao nível empírico); e universo geral, ao universo do fenômeno
ao qual a teoria se aplica ou se refere. (p. 166)
Universo de análise: “o universo sobre o qual o pesquisador trabalha, ou que ele tem ao seu
alcance” (p. 166)
|-> toda pesquisa empírica tem um universo de análise, mas nem toda pesquisa
empírica retira uma amostra operacional (pesquisa aberta)
Exemplos de pesquisa quantitativa e qualitativa CONVENCIONAL/FECHADA
PESQUISA QUALITATIVA
princípio da saturação - quando a informação se tornava claramente repetitiva, ela
considerava que a informação para seu subperíodo estava saturada e que ela poderia encerrar
a coleta de dados nesse período.
⇒ Segunda etapa da pesquisa de Martel: fez incursões intermitentes, mas sistemáticas, em
todos os 20 anos (ou seja, em 1910, 1930, 1950, 1970) para identificar, se necessário, as
mudanças nas representações. Para cada um desses anos, o princípio da saturação foi mais
uma vez aplicado.
Generalização qualitativa: indução empírica-analítica
Em ambos os modelos de pesquisa, a generalização empírica é apenas uma etapa
intermediária do processo global de generalização.
Exemplos de pesquisa quantitativa e qualitativa PARADOXAL/ABERTA
pulei: p. 171/85-175/87
2. A amostragem e alguns tipos de amostras na pesquisa qualitativa
A amostragem por caso único das microunidades sociais
Consiste em começar simplesmente apresentando seus tipos, a partir de exemplos de
pesquisa, e em examinar, em seguida, sua caracterização conceitual.
A AMOSTRA DE ATOR
A AMOSTRA DE MEIO, GEOGRÁFICO OU INSTITUCIONAL
A AMOSTRA DE ACONTECIMENTO (OU DE ENREDO)
pulei: 176/88 - 194/96
A amostragem por casos múltiplos das microunidades sociais
Duas formas - entrevistas de vários indivíduos e “estudos coletivos de casos” (amostras por
contraste-aprofundamento). As pesquisas baseadas em documentos são similares, em
diversos níveis, às pesquisas por entrevistas.
O EIXO DAS REPRESENTAÇÕES SOCIAIS E DAS EXPERIÊNCIAS DE
VIDA
Eixo 1: o específico e o geral
Interesse pelo A ←-----------------------------------------------------→ B Interesse pelo
específico geral
Eixo 2: os comportamentos e a sociedade
Interesse pelos C ←-----------------------------------------------------→ D Interesse pela
comportamentossociedade
Eixo 3: a descrição em profundidade e a comparação ou acumulação
Interesse pela E ←-----------------------------------------------------→ F Interesse pela
descrição em comparação ou
profundidade acumulação
Eixo 4: as representações sociais e as experiências de vida ou os depoimentos
Interesse pelos sistemas G ←-------------------------→ H Interesse pelas experiências
de valores, as de vida, as práticas
representações sociais ou os depoimentos
profissionais sociais, as
atitudes, as ideologias, etc.
“Um primeiro grupo de pesquisas visa, sobretudo, “aprender e dar conta dos sistemas de
valores, normas, representações, símbolos próprios a uma cultura, ou a uma subcultura”
(MICHELAT, 1975: 230). Pretende-se conhecer as ideologias ou atitudes dos indivíduos
pertencentes a diferentes classes sociais, diversos meios, partidos políticos, etc. O estatuto
conferido ao entrevistado é o de um indivíduo que é o “portador da cultura e das subculturas
às quais ele pertence e das quais ele é representativo” (ibid.: 232; grifo meu). Ele é uma
espécie de base de uma constelações do sistema de valores societário.” (p. 194)
“As pesquisas do segundo grupo se interessam, sobretudo, pelas experiências de vida, pelas
instituições e pelas práticas sociais em geral. O estatuto do entrevistado é, portanto, outro,
Cada indivíduo é menos o portador de um subsistema de valores, do que um informante, no
sentido estrito do termo: necessita-se dele para obter algumas informações sobre o objeto.”
(p. 194)
Questionamentos: a certeza do informante sobre um fato deve sempre ser vista como uma
forma de crença. É também preciso dosar esse dúvida - deve-se, de um lado, estar atento, e
mesmo desconfiado, em relação às representações, e, de outro lado, garantir certos
conhecimentos, sob pena de renunciar à pesquisa de um “conhecimento aproximado”. (p.
195)
O princípio de diversificação
“Dar um panorama mais completo possível dos problemas ou situações, uma visão do
conjunto, ou ainda, um retrato global de um problema de pesquisa. Daí, portanto, a ideia de
diversificar os casos, de modo a incluir a maior variedade possível, independentemente de
sua frequência estatística.” (p. 197)
1. A diversificação externa (intergrupo) ou contraste
Se aplica quando a finalidade teórica consiste em apresentar um retrato global da questão.
A amostra é escolhida a partir de critérios de diversificação
2. A diversificação interna (intragrupo)
Quando pretende-se apresentar um “retrato geral”, mas somente no interior de um grupo
restrito e homogêneo de indivíduos. Ex: A imagem da justiça penal entre as operárias e os
operários quebequenses;
Trata-se mais de um estudo exaustivo ou em profundidade de um grupo restrito, do que uma
visão global de um grupo heterogêneo.
⇒ Cuidado: A diversificação externa é, por assim dizer, vertical, e não permite esgotar a
diversificação interna (dita horizontal). Quanto mais se estende o contraste (eixo vertical),
mais é difícil atingir a saturação, no interior de cada grupo considerado.
O princípio da saturação
Saturação teórica e saturação empírica (ou do “conhecimento”).
“A saturação empírica designa, assim, o fenômeno pelo qual o pesquisador julga que os
últimos documentos, entrevistas ou observações não trazem mais informações
suficientemente novas, ou diferentes, para justificar uma ampliação do material empírico.”
(p.198)
-> não se pode pedir ao princípio da saturação o nenhuma pesquisa pode fazer: dar conta do
real em sua totalidade
- funções capitais: “do ponto de vista operacional, ela indica em qual momento o pesquisador
deve parar a coleta dos dados, evitando-lhe, assim, um desperdício inútil de provas, tempo e
dinheiro; de um ponto de vista metodológico, ela permite generalizar os resultados para o
conjunto do universo de análise (população) ao qual o grupo analisado pertence
(generalização empírico-analítica).” (p. 198)
“O processo de saturação empírica exige que se tenha tentado, durante a coleta dos dados,
maximizar a diversificação interna ou intragrupo. A diversificação interna é particularmente
importante nas pesquisas comportanto entrevistas. Por outro lado, ela não se aplica,
necessariamente, às pesquisas exclusivamente documentais. Neste caso, é simplesmente a
ausência de temas novos que produz a saturação (cf. MARTEL, 1994)".
A AMOSTRA POR CONTRASTE
Trata-se, idealmente falando, de garantir a presença, na amostra, de ao menos um
representante (de preferência, dois) de cada grupo pertinente em relação ao objeto de
investigação.
● variáveis gerais - quantitativa (idade, sexo, etc)
● variáveis específicas, relacionadas diretamente ao problema pesquisado e cuja
pertinência é conhecida pelo pesquisador, ou então, simplesmente presumida.
Normalmente, com 40 ou 50 entrevistas já se atinge o ponto de saturação.
A AMOSTRA POR HOMOGENEIZAÇÃO
Pesquisa de grupo relativamente homogêneo, isto é, “um meio organizado pelo mesmo
conjunto de relações socioculturais” (BERTAUX, 1980: 205). (p. 200)
O controle da diversidade externa se faz pela própria escolha do objeto.
- uma vez que o pesquisador tenha escolhido o grupo específico, com base em quais
critérios deverá, então, escolher seus informantes?
R: aplicação do princípio da diversificação interna - pegar os informantes mais
diversos possíveis no grupo, a fim de maximizar a análise extensiva do grupo
escolhido. Algumas variáveis gerais devem ser consideradas, mas habitualmente são
as variáveis particulares ao grupo (e à problemática) que contam mais (diferentes
papéis, anos de experiência, etc). Se necessário,pode-se reduzir, ou reajustar o
tamanho do grupo (...) Mas, também se pode iniciar a pesquisa e, após uma melhor
determinação do objeto, buscar a diversificação dos informantes. (p. 200/201)
Nesse modelo de amostra, é muito difícil prever o número de entrevistas. Se variáveis
estratégicas tiverem sido estabelecidas pela constituição da amostra, o número e o
encruzamento delas darão uma ideia aproximada do número de entrevistas (uma ou duas para
cada subcategoria). Mas, uma vez iniciada a pesquisa, isso pode se transformar radicalmente,
em função da orientação que tomo a construção do objeto.
Quando se obtém a saturação empírica, cessa-se a coleta de dados.
Em geral, as pesquisas que recorrem à amostra por homogeneização permitem descrever a
diversidade interna de um grupo e autorizam a generalização empírica por saturação.
DUAS ESTRATÉGIAS DE CONTRASTE REDUZIDO
Duas estratégias - grau de comparação externa, sem buscar necessariamente dar uma visão
completa ou exaustiva do assunto.
Deseja-se obter uma certa diversificação externa, e, ao mesmo tempo, desenvolver mais a
fundo a análise de pelo menos um dos subgrupos considerados.
A amostra por contraste-aprofundamento
Estudo coletivo de casos - zona cinza entre o caso único e o multicasos.
São um pouco como estudos de caso único, realizados de modo a se completar ou a
estabelecer uma comparação.
IDEIAS-MESTRAS:
1. comparação entre certo número (reduzido) de casos
2. cada caso tem um certo volume de material empírico e é objeto de uma descrição em
profundidade
3. casa caso é exposto de uma forma relativamente autônoma
→ diversas peças de um mosaico / constelação de casos sobre uma problemática determinada
Ex: diferentes situações do mesmo gênero (tomada de reféns) - roubo de banco, sequestro de
avião, sequestro por grupo religioso, pai que rapta o próprio filho etc - pesquisa pelo menos
dois desses casos (não se acumulam casos de um mesmo tipo) - descrição aprofundada de
cada um deles com comparações
A amostra por contraste-saturação
Entrevistas ou documentos. Não precisa ultrapassar 50 ou 60 entrevistas. (mas depende do
objeto da pesquisa).
Entrevista e posterior saturação empírica (casos-tipo)
A AMOSTRA POR BUSCA DE CASO NEGATIVO
É uma prova que anula as hipóteses explicativas do pesquisador - exceção ao seu modo de
ver e de apresentar as coisas
“A pesquisa por busca do caso negativo consiste em formular uma hipótese para explicar o
problema, e tentar, em seguida,“destruí-la”, procurando provas contrárias (casos negativos);
isto é, capazes de questioná-la. A pesquisa termina, quando se consegue encontrar uma
formulação da explicação que resista a todos os casos conhecidos, sem exceção.” (p. 205)
São muito raras. É uma resposta radical dos pesquisadores qualitativos à crítica que
argumentava que era impossível generalizar e verificar hipóteses a partir da pesquisa
qualitativa.

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