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Anatomia - Encéfalo

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Universidade Federal do Rio de Janeiro| Neuroanatomia – Fernanda Daumas 
 ENCÉFALO 
 
INTRODUÇÃO 
 
• O encéfalo é toda essa região da cabeça e possui 
as seguintes divisões: 
1. O cérebro é composto por telencéfalo e diencéfalo 
e está relacionado principalmente a funções mais 
cognitivas (memória e aprendizado) e elaboradas. 
2. O tronco encefálico é composto por mesencéfalo, 
ponte e bulbo. Estão mais relacionados a funções 
primarias e vitais como a respiração. 
3. O cerebelo fica posterior ao tronco encéfalo e pos-
sui relação com a coordenação motora do corpo. 
TRONCO ENCEFÁLICO 
 
• Recebe informação sensitiva e exerce controle mo-
tor através de núcleos motores e sensitivos dos 
nervos cranianos. Esses núcleos tem relação com 
as funções do tronco encefálico. 
• Dos 12 pares de nervos cranianos 10 partem do 
tronco encefálico. 
• O tronco também possui circuitos(tratos) que 
transmitem informações da medula ao as regiões 
cerebrais e em direção contraria. A informação 
sensitiva veio da medula e necessariamente pre-
cisa passar pelo tronco encefálico para chegar as 
regiões mais acima. 
• Suas funções são: controle das funções vitais (res-
piração, ciclo circadiano, controle cardiovascular). 
Uma pancada na nuca pode levar ao desmaio pois 
momentaneamente o tronco encefálico pode pa-
rar. 
SUBSTÂNCIA CINZENTA 
• Não possui delimitação de substancia branca ou 
cinzenta. Núcleos de substancia cinzenta podem 
estar entremeados a substancia branca. 
SUBSTÂNCIA BRANCA 
• A substancia branca pode ser chamada de tratos, 
fascículos ou lemniscos. 
• Nessa substancia irão passar os núcleos de axô-
nios(tratos) grácil, cuneiforme e outros. Os neurô-
nios desses tratos também podem estar fazendo 
sinapses com neurônios do tronco encefálico. 
BULBO 
• Se continua com a medula espinal na sua extremi-
dade inferior; 
• Limite superior se continua com a ponte. Entre ele 
e a ponte é visível esse limite que é delimitado 
pelo sulco bulbopontino. 
• O bulbo é percorrido por sulcos longitudinais que 
delimitam a região anterior, posterior e lateral 
além de serem contínuos com os funículos da me-
dula. 
FUNÇÃO 
• O bulbo possui a função de controlar o ritmo respi-
ratório e cardíaco. Isso ocorre porque nele existem 
neurônios que se agrupam em núcleos, no caso 
núcleo respiratório e cardiovascular. Esses núcleos 
recebem informação do trato solitário e por fim 
comandam as funções vitais. 
• Além disso, no bulbo também existe um núcleo 
responsável pelo reflexo do vomito, espirro e so-
luço. 
MORFOLOGIA EXTERNA – ANTERIOR 
Encéfalo 
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 ENCÉFALO 
 
1. Pirâmides bulbares: projeções medianas do bulbo; 
são compostas pelos tratos corticoespinais descen-
dentes. Os tratos corticoespinais são responsáveis 
pelos movimentos voluntários dos quatro mem-
bros e do tronco. Eles ligam as áreas motoras do 
cérebro aos neurônios motores da medula. 
2. Área de decussação das pirâmides são os cruza-
mentos dos tratos. O lado direito comanda os mo-
vimentos esquerdos e vice-versa. 
3. Olivas: eminencias laterais as pirâmides formadas 
por uma grande massa de substancia cinzenta; 
passam informações ao cerebelo, em geral relacio-
nada a coordenação motora. 
4. Sulco bulbopontino 
5. Fissura mediana anterior: fica entre as pirâmides 
6. Sulco antero lateral: fica entre a pirâmide e a oliva 
7. Sulco póstero lateral. 
 
MORFOLOGIA EXTERNA – POSTERIOR 
• A parte posterior é dividida em fascículo grácil e 
cuneiforme pelo sulco mediano posterior. 
 Tanto a ponte como o bulbo possuem relação posterior 
com o cerebelo: fibras partem do bulbo para o cerebelo 
que podem ser os pedúnculos cerebelares ou fibras arquea-
das. 
 
CORTE TRANSVERSAL 
 
• Quarto ventrículo: são cavidades dentro do encé-
falo onde são produzidos e circulam o liquido cefa-
lorraquidiano. 
• Plexo coroide: células especializadas que produ-
zem o liquido. 
• Regiões de aferências e eferências: onde chegam e 
saem informação. 
• No bulbo saem três 3 nervos principais: glossofa-
ríngeos (parte do sulco póstero lateral), nervo vago 
e hipoglosso (parte do sulco antero lateral). 
• Os axônios do núcleo olivar se estendem até o ce-
rebelo. 
 Os núcleos grácil e cuneiforme fazem parte da informa-
ção proprioceptiva consciente. Via corticoespinal lateral: via 
motora movimentos bem elaborados de mãos e pés. Via 
corticoespinal anterior: movimentos relacionados a parte 
proximal de mãos e pés. 
PONTE 
• Situada entre o bulbo e mesencéfalo; 
• Grande relação com o quarto ventrículo; 
• Também é composto por núcleos, tratos sensitivos 
e motores; 
• Controle da respiração e equilíbrio 
• Seu limite inferior é o sulco bulbo pontinho infe-
rior e seu limite superior é o sulco bulbopontino 
superior 
• Ela possui regiões mais protuberantes ao lado do 
suco basilar chamadas de eminencias pontinas 
SULCO BASILAR 
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• Percorre longitudinalmente a superfície ventral da 
ponte e abriga a artéria basilar formada pela união 
das duas artérias vertebrais. 
SULCO BULBO-PONTINO 
Possui saída de alguns nervos. 
1. Nervo abducente(medial) 
2. Facial e intermédio: sai do mesmo plano que o ab-
ducente 
3. Vestibulococlear 
SULCO BULBO-PONTINO INFERIOR 
1. Nervo troclear lateral 
QUARTO VENTRÍCULO 
• Existe uma cavidade situada entre a ponte e o 
bulbo ventralmente chamada de quarto ventrí-
culo. Essa cavidade é continua com o canal central 
do bulbo que por sua vez é a continuação do canal 
central da medula. Também é continua cranial-
mente com o aqueduto cerebral do mesencéfalo. 
NÚCLEOS DA PONTE 
1. Núcleo motor do nervo trigêmeo 
2. Núcleos sensitivos do nervo trigêmeo 
3. Núcleo do nervo abducente 
4. Núcleo do nervo facial 
5. Núcleo do nervo vestibulococlear 
 Partindo da ponte existe os pedúnculos cerebelares im-
portante para a fixação do cerebelo, mas também são tra-
tos de fibras passando ali levando informação para o cere-
belo 
MESENCÉFALO 
• Interpõe-se entre o diencéfalo e a ponte. 
• É atravessado por um canal chamado aqueduto ce-
rebral que comunica o terceiro ventrículo com o 
quarto ventrículo (entre cerebelo e mesencéfalo), 
o líquor passa por ali até chegar no terceiro ventrí-
culo. 
• O mesencéfalo é dividido em regiões anteriores e 
posteriores ao aqueduto cerebral. A parte dorsal é 
chamada de tecto onde ficam os coliculos inferio-
res e superiores. Ventralmente é a região onde fi-
cam os pedúnculos cerebrais. Esses pedúnculos se 
dividem em regiões de tegmento e uma de pedún-
culo. 
Tudo que é posterior ao aqueduto é o tecto e tudo anterior 
é pedúnculo 
OS PEDÚNCULOS SÃO DIVIDIDOS EM REGIÕES 
 
Tegmento: região adjacente ao aqueduto. 
Base: pedúnculo cerebral; projeção da estrutura toda. 
 Entre o tegmento e base existe uma substância que é um 
núcleo conjunto de neurônios chamado substância negra. 
Conjunto de neurônios afetado quando a pessoa tem a do-
ença de Parkinson é morte dos neurônios da substância 
nega que controlam o início e termino dos movimentos do 
corpo por isso há tremedeira nessa doença. O pedúnculo 
também conduz fibras para os tratos corticoespinais e corti-
copontinos. As quatro elevações na região do teto são os 
coliculos inferiores (via auditiva, reflexo auditivo) e superio-
res (reflexos visuais que é a visão periférica). 
NÚCLEOS DO MESENCÉFALO 
1. Formação reticular: sono e vigília 
2. Núcleo rubro: 
3. Núcleo geniculado medial 
4. Substancia negra 
De todos esses núcleos o que vemos a fresco é a substancia 
negra. 
PARKINSON 
• Doença neurodegenerativa que acomete os neurô-
nios dessa substancia negra. Esses neurônios pro-
duzem a dopamina(bem-estar). Há formação de 
um corpo de Levi que são várias proteínas agrega-das formando esse corpo. Elas estão mal 
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enoveladas. No Parkinson a substancia negra fica 
clara devido a morte desses neurônios. 
• Estão relacionados a fatores ambientais como uso 
abusivo de pesticidas na agricultura. 
 
TRONCO ENCEFÁLICO VISTA POSTERIOR 
 
TRONCO ENCEFÁLICO VISTA ANTERIOR 
 
CEREBELO 
FUNÇÃO 
• O cerebelo é responsável pela coordenação mo-
tora. Pessoas com atrofia no cerebelo ficam com 
coordenação motora prejudicada. Durante a infân-
cia o cerebelo está em constante formação por 
isso é preciso a pratica de esportes nessa fase para 
desenvolve-lo. Doenças no cerebelo não necessari-
amente causa dano cognitivo. 
❖ A ataxia é uma doença que afeta o cerebelo. Em 
geral em adultos são decorrentes de traumas e 
em crianças estão relacionados a infecção, como 
meningite. Esses microrganismos podem além de 
afetar o líquor podem causar ataxia cerebelar. A 
hidrocefalia (excesso de liquido cefalorraquidiano) 
também pode afetar o cerebelo), ou questões tu-
morais. 
ESTRUTURA 
• Fica situado dorsalmente ao tronco encefálico, 
mas dentro da caixa craniana. Entre ele e o tronco 
encefálico fica uma cavidade que produz e arma-
zena o liquido cefalorraquidiano. Entre o terceiro 
ventrículo e o quarto existe um canal que comu-
nica os dois: o aqueduto cerebral. Os pedúnculos 
da ponte são importantes para sua fixação além de 
serem um conjunto de axônios que partem da 
ponte para o cerebelo. 
• Assim como o telencéfalo o cerebelo possui a 
mesma distribuição de substancia branca e cin-
zenta: possui um córtex cerebelar. A substancia 
cinzenta é periférica e a substancia branca é in-
terna. A parte branca possui um conjunto de neu-
rônios com função especifica e são os núcleos ce-
rebelares. 
• A organização de substancia branca e cinzenta é 
conhecida como arvore da vida por conta de suas 
ramificações. 
• Ele também é envolto por meninges. Existe uma 
prega da pia-máter que é chamada de tenda do ce-
rebelo, onde ele consegue se alojar. Ela separa o 
telencéfalo do cerebelo. 
• Ele é dividido em dois hemisférios: esquerdo e di-
reito. A região de verme do cerebelo conecta esses 
dois hemisférios. Eles são subdivididos em estrutu-
ras que são os lobos cerebelares: lobo anterior, 
posterior e floculo lobular que só pode ser obser-
vado inferiormente. 
• Ele apresenta sulcos e fissuras. Os sulcos são cha-
mados de folha do cerebelo, as fissuras são regiões 
mais aprofundadas. A fissura prima ou primaria di-
vide o lobo anterior do posterior. 
DIVISÃO 
• Após a fissura primaria temos o lobo posterior. As 
outras fissuras dividem o cerebelo em lóbulos. A 
fissura posterior divide o lobo posterior com o 
lobo floculo lobular. 
• O cerebelo primeiramente é dividido em hemisfé-
rios: direito e esquerdo. Os lobos dividem os 
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hemisférios direito e esquerdo, enquanto os lóbu-
los dividem os lobos. Os lóbulos não possuem fun-
ção exata, mas são usados para mapeamento em 
caso de doenças neurais, por exemplo. 
❖ Primeiro lóbulo no corte sagital é a língula. A fis-
sura pré central separa a língula do lóbulo central. 
❖ Segundo lóbulo é o cúmem. E se separa do lobo 
central pela fissura pré culminar 
❖ Declive: entre o cúmem e o declive temos a fis-
sura prima. Essa região faz parte do lobo anterior 
do cerebelo. 
❖ Depois do declive vem o folio, entre eles tem a fis-
sura pós-clival. Entre o folio e o tuber temos a fis-
sura horizontal. Depois temos a pirâmide, entre 
eles a fissura pré-piramidal. Entre pirâmide e 
úvula, pós-piramidais e no final há um nódulo com 
a fissura póstero-lateral. O nódulo a faz parte do 
lobo floculo nodular. 
NÚCLEOS DO CEREBELO 
• Existem 4 pares de núcleos no cerebelo, dois de 
cada lado: núcleo fastigial, globoso, emboliforme e 
dentado. Na peça fresca é possível ver apenas o 
dentado e possui aspecto de serra. 
❖ Fastigial: mais interno e maior 
❖ Globoso: Esférico e ao lado do fastigial 
❖ Emboliforme: Alongado 
❖ Dentado: Em forma de serra. 
 
DIENCÉFALO 
• Ele circunda o terceiro ventrículo (que fica acima 
do quarto). Ou seja, o terceiro ventrículo está bem 
no meio do diencéfalo. 
• Ele é constituído por 4 órgãos: tálamo, hipotálamo, 
epitálamo e subtálamo (função relacionada ao 
ciclo circadiano) Esses órgãos do diencéfalo que 
circundam o terceiro ventrículo. 
❖ Lateralmente ao tálamo sempre vemos os núcleos 
da base (núcleos telencefálicos) 
TÁLAMO 
• Maior órgão do diencéfalo. É um órgão par, de 
duas massas arredondadas. Possui substancia cin-
zenta organizada em núcleos com tratos de subs-
tancia branca que passam por essa substancia cin-
zenta. 
DIVISÕES 
• Na região anterior observamos projeções que são 
os tubérculos anterior de um lado e outro. Corpo 
do tálamo e mais posterior temos o pulvinar do tá-
lamo. Mais lateralmente corpo geniculado lateral e 
medial. 
• Lateralmente o que vai dividir o tálamo das outras 
estruturas laterais externamente é a capsula in-
terna que é uma margem lateral do tálamo. São 
axônios de neurônios que estão no córtex do te-
lencéfalo e não se conectam com os neurônios do 
tálamo, apenas passam direto e descem. 
• Superiormente ao tálamo temos os ventrículos la-
terais que possuem paredes. As paredes que par-
tem para cada hemisfério formam no meio uma 
faixa dupla chamada de fórnix 
❖ O tálamo são duas massas pareadas conectadas 
por uma estrutura chamada aderência intertala-
mica. 
❖ As abenulas epífises ou corpo pineal fazem parte 
do diencéfalo, mas não do tálamo. 
 A extremidade anterior possui eminencia: tubérculo an-
terior e a posterior é maior e apresenta o pulvinar do tá-
lamo. Logo atrás temos os corpos geniculados lateral me-
dial 
• O tálamo é organizado em núcleos. A substância 
branca faz um formato em Y chamado de lâmina 
medular interna e são fibras de substancia branca 
que passam dentro do tálamo. Ele é dividido em 
outras estruturas: região medial, anterior e latero-
posterior que contem pulvinar e os corpo genicula-
dos. Cada região é dividida em quadrados que são 
grupos de neurônios que retransmitem essa infor-
mação para o córtex cerebral. Ele é a estação de 
rádio que capta, organiza a informação e retrans-
mite para as regiões corretas do corpo. se é uma 
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informação visual ele manda para o córtex visual e 
assim por diante. Dentro da lâmina mediana me-
dular interna existem pequenos núcleos intralami-
nares com função de integração entre a função 
sensitiva e motora. Os núcleos medianos relacio-
nado às a memoro e olfato e o reticular filtra e in-
tegra as atividades dos outros núcleos. 
• Sua extremidade posterior que é o pulvinar apre-
senta duas projeções ovoides, corpo geniculado 
medial (relação com a via auditiva) e lateral (rela-
ção com a via visual) e eles tem a ver com a infor-
mação que vem dos coliculos inferiores e superio-
res que passam e são processadas por diferentes 
órgãos. 
HIPOTÁLAMO 
• A adeno hipófise e neuro hipófise estão abaixo do 
hipotálamo. A neuro hipófise apesar de estar fora 
dele faz parte do hipotálamo, ela é uma projeção 
do hipotálamo. A Adeno hipófise por ter origem 
embriológica diferente não faz parte dele. 
• Hipófise: é dividida em neuro hipófise e adeno hi-
pófise. A neuro hipófise é altamente vascularizada. 
Nela não encontramos neurônios e sim axônios 
dos neurônios que estão nos seus núcleos chama-
dos núcleos hipotalâmicos. Esses núcleos se proje-
tam para a região vascularizada e os neurotrans-
missores são liberados diretamente na corrente 
sanguínea. 
LOCALIZAÇÃO 
• Situado anterior no diencéfalo ao longo das pare-
des do terceiro ventrículo e abaixo do sulco hipo-talâmico que separa do tálamo. E acima da hipó-
fise. 
FUNÇÃO 
• Regulador da homeostasia do corpo. Nele encon-
tramos o centro da fome, saciedade e cede. 
• Experimentos em ratos viram que algumas subs-
tancias podem lesar esses núcleos do hipotálamo 
fazendo com que eles obtenham obesidade. 
• Controle da temperatura e ritmo circadiano (con-
trolado também pela pineal). 
 
 
 
ESTRUTURAS 
 
 
• Possui quiasma óptico, tuber cinéreo, infundíbulo 
e corpos mamilares numa vista anterior. 
❖ Corpo mamilar: duas projeções acima do tronco 
encefálico. 
❖ Tuber cinéreo: área cinzenta e mediana 
❖ Infundíbulo: abraça a neuro hipófise. Uma prega 
de tecido que envolve o hipotálamo. 
❖ Quiasma optico: cruzamento, mais anterior de to-
dos eles. 
• O nervo sai dos olhos levando informação visual. 
Passa pelo quiasma optico, e vai para o trato op-
tico que leva informação ao córtex occipital primá-
rio. 
NÚCLEOS DO HIPOTÁLAMO 
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 ENCÉFALO 
 
 
• Nele encontramos 12 núcleos que são divididos 
em quatro regiões. 
❖ Região tuberal: consideramos os núcleos dorso 
medial, ventro medial, arqueado e infundíbulo 
❖ Região Supra optica: está acima do quiasma op-
tico. Núcleo pra ventricular, núcleo anterior do hi-
potálamo e supra optico 
❖ Região Mamilar: adjacente ao mesencéfalo que in-
clui os corpos mamilares. Região mais posterior. 
Esse núcleo tem relação com o olfato. 
❖ Região pré-óptica: anterior a região supra optica. 
Inclui núcleo pré optico medial e lateral. 
Esses núcleos estão relacionados com a homeostasia. 
 
EPITÁLAMO 
LOCALIZAÇÃO 
• Estrutura posterior ao hipotálamo e tálamo. Pode 
ser chamado de epífise e corpo pineal. 
FUNÇÃO 
• Produção de melatonina hormônio que regula o ci-
clo circadiano. Esse hormônio é produzido princi-
palmente à noite. 
• Também faz parte do sistema límbico que é um 
sistema relacionado as emoções. 
SUBTÁLAMO 
LOCALIZAÇÃO E ESTRUTURA 
• Pequena região do assoalho abaixo do tálamo e 
posterior ao hipotálamo. 
• Apresenta pequena quantidade de substancia 
branca e cinzenta. 
• Faz parte da via de controle de movimentos volun-
tários do corpo. 
• Apresenta também um núcleo conhecido como 
núcleo subtalamico. 
❖ Lesões traumáticas nessa área levam pessoas a 
movimentos anormais nas extremidades. 
❖ Hemibalismo: movimento voluntario abrupto con-
trolado pelo núcleo do subtalamo. Caso a lesão 
seja em apenas um lado do subtalamo chamamos 
de monobalismo. 
TELENCÉFALO 
Os núcleos da base estão na substância branca do telencé-
falo. 
ENVOLTÓRIO – MENINGES 
• Envolvido pelas três meninges que também envol-
vem a medula. 
❖ A aracnoide possui filamentos ou trabéculas. As 
trabéculas da dura mater servem de sustentação 
daquele espaço. No espaço entre a aracnoide e 
pia mater que circula o liquido cefalorraquidiano. 
Nesse espaço circula grande quantidade de vasos 
sanguíneos. 
❖ Entre dura mater e aracnoide temos o espaço sub-
dural onde circula um liquido que serve para evitar 
atrito entre as meninges. 
❖ A pia mater acompanha todas a reentrâncias dos 
giros do cérebro. E dá consistência a esse tecido. 
DURA-MATER 
• Formada por dois folhetos. Um interno e externo. 
É mais visível na região de seio sagital onde está 
separando os dois hemisférios cerebrais. O folheto 
interno acompanha o seio sagital fazendo a divi-
são. Entre esses dois folhetos há grande quanti-
dade de veias que são importantes para receber 
produto do metabolismo, mas também para reab-
sorção do liquido cefalorraquidiano. 
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 ENCÉFALO 
 
 
❖ Foice do cérebro: folheto interno se projetando 
para dividir os 2 hemisférios. 
• Seio sagital superior e seio sagital inferior: essas 
duas veias drenam o cérebro e também absorvem 
o liquido. O seio sagital acompanha desde a região 
mais anterior até a posterior 
• A dura mater não se fecha por completo na base 
do crânio onde temos o osso esfenoide e a cela 
turca do osso esfenoide onde se apoia a hipófise. 
Nessa região temos um ‘’diafragma’ para passar a 
região do infundíbulo. 
❖ Outra estrutura parte da aracnoide e vai para en-
tre os folhetos da dura mater são as granulações 
aracnoides. Região de fenestras em que o au-
mento do liquido cefalorraquidiano aumenta a 
pressão nessa região e ele passa por essas fenes-
tras e caem no seio sagital voltando para o sangue 
(reabsorção do liquido). 
 Pessoas com problema na produção ou reabsorção do li-
quido possuem hidrocefalia. Esse liquido fica nessa região 
comprimindo as estruturas. O liquido contem grande quan-
tidade de substancias ideias que sustentam e nutrem o te-
cido nervoso. Algumas bactérias se alimentam desses nutri-
entes e são as causadoras da meningite. 
LIQUOR 
• Ele é produzido principalmente dentro dos ventrí-
culos laterais. Vão para o terceiro ventrículo e do 
terceiro ventrículo vão para o quarto ventrículo 
pelo aqueduto cerebral. Abaixo do quarto ventrí-
culo temos uma abertura chamada de abertura 
mediana que serve passar esse liquido para a arac-
noide. Ele chega no espaço subaracnóideo e cir-
cula pela medula e envolta de todo crânio. As regi-
ões de granulações só ocorrem no seio sagital 
entre os dois folhetos da dura-máter, onde o li-
quido será reabsorvido. 
❖ As estruturas que produzem o liquido dentro dos 
ventrículos laterais são os plexos coroides. Mas pe-
quenas celulas que envolvem os ventrículos cha-
madas de celulas ependimárias também produzem 
pequena quantidade de liquido. 
 
VENTRÍCULOS 
• Ventrículo lateral: São separados em regiões: re-
gião anterior, central, posterior(occipital) e infe-
rior(temporal). 
• Terceiro ventrículo: na altura do diencéfalo rode-
ado pelo tálamo 
• Quarto ventrículo: também se continua com o ca-
nal central da medula. 
❖ Abaixo do quarto ventrículo temos a abertura me-
diana onde o liquido passa para circular no espaço 
subaracnóideo. 
❖ Os ventrículos laterais apesar da parte lateral estar 
em cada hemisfério medialmente eles estão co-
nectados em uma região chamada de septo pelú-
cido 
ESTRUTURA 
 
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 ENCÉFALO 
 
• O telencéfalo compreende os dois hemisférios ce-
rebrais: direito e esquerdo. A fissura sagital ou lon-
gitudinal é incompleta. 
• Os Sulcos possuem importância clinica grande 
principalmente o sulco central. 
DIVISÃO 
• Cada hemisfério possui 5 lobos. Eles são importan-
tes principalmente para determinação de tumores. 
Esses lobos recebem os nomes dos ossos ao qual 
são correspondestes com exceção do lobo insular 
que fica internamente ao temporal. 
❖ Lobo frontal: chamado de córtex pré-frontal. Está 
relacionado a questões de comportamento’’ o que 
é certo e errado de se fazer’’. Entre o lobo frontal 
e parietal existe o sulco central. 
❖ Lobo temporal: relacionado a fala e audição. 
❖ Lobo parietal: Importante função sensitiva. Nessa 
região temos o giro pós central que é o giro res-
ponsável pela parte somatossensorial. Entre o lobo 
parietal e occipital existe um sulco parieto occipi-
tal. 
❖ Lobo occipital: mais relacionado a visão. 
❖ Lobo insular: relacionado ao sistema límbico. 
(foto) 
CÓRTEX FRONTAL 
• É divido em regiões: giros e sulcos. 
❖ Giro frontal superior 
❖ Giro frontal médio 
❖ Giro frontal inferior 
❖ Giro pré-central: nele temos toda a parte motora 
primaria. Planejamento e função. 
LOBO PARIETAL 
❖ Giro pós central: integração de vários sentidos, ori-
entação visual, fala toque e dor. 
LOBO PARIETAL 
• Possui o giro temporal superior, médio e inferior. 
❖ O giro temporal contem a parte auditiva, mas tam-
bém contém o hipocampo: órgão relacionado a 
memória recente e longo prazo. Ele é afetado nas 
pessoas com doença de Alzheimer.LOBO OCCIPITAL 
• Região onde os sonhos se originam. É dividido em 
cuneos e giro parieto occipital medial. 
LOBO INSULAR 
• Para observa-lo é preciso afastar o lobo temporal 
❖ Possui o giro longo da insula e giro curto da insula 
 Algumas regiões como o córtex gustativo está relacionado 
com mais de um lobo. Por exemplo o córtex insular e occi-
pital. 
HOMÚNCULOS 
• Desenho da representação de cada uma dessas 
áreas do córtex no corpo. Os órgãos mais desen-
volvidos são aqueles que mais tem representação 
no córtex motor. O homúnculo pode variar de 
acordo com a região representada. 
SUBSTÂNCIA BRANCA 
• A substancia branca é chamada de subcortical e fi-
cam entremeadas em meio aos núcleos e se proje-
tando a partir da substância cinzenta. Ela é com-
posta pelos axônios de neurônios mais as celulas 
da glia. A substância branca pode ser dividida em 
alguns grupos. 
 No meio da substancia branca podem existir grupos de 
neurônios com função especifica que são chamados de nú-
cleos. 
FIBRAS DE PROJEÇÃO 
• As fibras de projeção (axônio do neurônio) ocor-
rem entre o córtex e estruturas fora do telencé-
falo. Elas podem ser a capsula interna, externa e 
capsula extrema. 
❖ A capsula interna passa entre os núcleos da base e 
próximo ao tálamo. Depois dos núcleos da base te-
mos uma pequena faixa de substancia branca que 
é a capsula externa. Depois do claustro temos a 
capsula extrema. 
FIBRAS DE ASSOCIAÇÃO 
• As fibras de associação ocorrem entre pontos dife-
rentes do telencéfalo em um mesmo hemisfério e 
ajudaram no desenvolvimento dos sulcos. 
FIBRAS COMISSURAIS 
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 ENCÉFALO 
 
• As fibras comissurais são o corpo caloso, comissura 
anterior e fórnice. O corpo caloso são fibras que 
comunicam os dois hemisférios. As comissuras an-
teriores são fibras que comunicam principalmente 
os hemisférios anteriores (lobo temporal). 
❖ O corpo caloso é dividido em rostro, joelho, corpo 
e esplênio. Da parte mais anterior para posterior. 
Além de comunicar os hemisférios o corpo caloso 
tem função relacionada a fala como a denomina-
ção de nomes e objetos. O esplênio está relacio-
nado a problemas na leitura (alexia). Ou dificul-
dade para nomear cores O corpo possui relação 
com informações táteis, já o Joelho organiza as in-
formações cerebrais principalmente as palavras. 
ESTRUTURA E ÓRGÃOS INTERNOS DO TELENCÉFALO 
• Internamente o encéfalo apresenta algumas estru-
turas além da substância branca. Uma delas é o 
corpo mamilar, amígdala, hipocampo e o fórnice. 
❖ Fórnice: abaixo do corpo caloso. Se projeta a partir 
dos corpos mamilares. Existe um para cada hemis-
fério. Importante para conectar o hipocampo com 
os corpos mamilares. 
❖ Hipocampo: responsável pela memória de longo 
prazo. 
❖ As amígdalas são grupo de neurônios arredonda-
dos e regulador do comportamento sexual e agres-
sivo e respostas emocionais. Não se conectam com 
hipocampo. 
❖ O claustro é uma substância cinzenta localizado 
entre a capsula extrema e interna. Recebe proje-
ções do córtex motor primário entre outros. Tem 
papel da organização de informações e consciên-
cia. 
 O giro do cíngulo, fórnice, hipocampo, amígdala fazem 
parte do sistema límbico. Formam nossa resposta as emo-
ções. 
NÚCLEOS DA BASE 
• Os núcleos da base são um conjunto de corpos de 
neurônios situados em áreas subcorticais (abaixo 
do córtex). Eles não se conectam diretamente com 
a medula. 
• Internamente ao telencéfalo encontramos os nú-
cleos da base: os principais são o núcleo caudado, 
putame e globo pálido. 
❖ O caudado possui a forma de cauda. 
❖ Globo pálido e putame ficam bem próximos e em 
conjunto são chamados de núcleo lentiforme. 
❖ O caudado fica bem próximo aos ventrículos late-
rais. 
❖ Entre o núcleo caudado e putame passa a capsula 
interna. 
❖ O globo pálido é mais medial e putame mais late-
ral próximo ao claustro. 
 Núcleo lentiforme mais o caudado forma o que chama-
mos de estriado comprometido no Parkinson. 
FUNÇÃO DOS NÚCLEOS DA BASE 
• Função de regulação do tônus muscular. Início e 
termino dos movimentos do corpo.

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