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Universidade Federal do Rio de Janeiro| Neuroanatomia – Fernanda Daumas ENCÉFALO INTRODUÇÃO • O encéfalo é toda essa região da cabeça e possui as seguintes divisões: 1. O cérebro é composto por telencéfalo e diencéfalo e está relacionado principalmente a funções mais cognitivas (memória e aprendizado) e elaboradas. 2. O tronco encefálico é composto por mesencéfalo, ponte e bulbo. Estão mais relacionados a funções primarias e vitais como a respiração. 3. O cerebelo fica posterior ao tronco encéfalo e pos- sui relação com a coordenação motora do corpo. TRONCO ENCEFÁLICO • Recebe informação sensitiva e exerce controle mo- tor através de núcleos motores e sensitivos dos nervos cranianos. Esses núcleos tem relação com as funções do tronco encefálico. • Dos 12 pares de nervos cranianos 10 partem do tronco encefálico. • O tronco também possui circuitos(tratos) que transmitem informações da medula ao as regiões cerebrais e em direção contraria. A informação sensitiva veio da medula e necessariamente pre- cisa passar pelo tronco encefálico para chegar as regiões mais acima. • Suas funções são: controle das funções vitais (res- piração, ciclo circadiano, controle cardiovascular). Uma pancada na nuca pode levar ao desmaio pois momentaneamente o tronco encefálico pode pa- rar. SUBSTÂNCIA CINZENTA • Não possui delimitação de substancia branca ou cinzenta. Núcleos de substancia cinzenta podem estar entremeados a substancia branca. SUBSTÂNCIA BRANCA • A substancia branca pode ser chamada de tratos, fascículos ou lemniscos. • Nessa substancia irão passar os núcleos de axô- nios(tratos) grácil, cuneiforme e outros. Os neurô- nios desses tratos também podem estar fazendo sinapses com neurônios do tronco encefálico. BULBO • Se continua com a medula espinal na sua extremi- dade inferior; • Limite superior se continua com a ponte. Entre ele e a ponte é visível esse limite que é delimitado pelo sulco bulbopontino. • O bulbo é percorrido por sulcos longitudinais que delimitam a região anterior, posterior e lateral além de serem contínuos com os funículos da me- dula. FUNÇÃO • O bulbo possui a função de controlar o ritmo respi- ratório e cardíaco. Isso ocorre porque nele existem neurônios que se agrupam em núcleos, no caso núcleo respiratório e cardiovascular. Esses núcleos recebem informação do trato solitário e por fim comandam as funções vitais. • Além disso, no bulbo também existe um núcleo responsável pelo reflexo do vomito, espirro e so- luço. MORFOLOGIA EXTERNA – ANTERIOR Encéfalo Universidade Federal do Rio de Janeiro| Neuroanatomia – Fernanda Daumas ENCÉFALO 1. Pirâmides bulbares: projeções medianas do bulbo; são compostas pelos tratos corticoespinais descen- dentes. Os tratos corticoespinais são responsáveis pelos movimentos voluntários dos quatro mem- bros e do tronco. Eles ligam as áreas motoras do cérebro aos neurônios motores da medula. 2. Área de decussação das pirâmides são os cruza- mentos dos tratos. O lado direito comanda os mo- vimentos esquerdos e vice-versa. 3. Olivas: eminencias laterais as pirâmides formadas por uma grande massa de substancia cinzenta; passam informações ao cerebelo, em geral relacio- nada a coordenação motora. 4. Sulco bulbopontino 5. Fissura mediana anterior: fica entre as pirâmides 6. Sulco antero lateral: fica entre a pirâmide e a oliva 7. Sulco póstero lateral. MORFOLOGIA EXTERNA – POSTERIOR • A parte posterior é dividida em fascículo grácil e cuneiforme pelo sulco mediano posterior. Tanto a ponte como o bulbo possuem relação posterior com o cerebelo: fibras partem do bulbo para o cerebelo que podem ser os pedúnculos cerebelares ou fibras arquea- das. CORTE TRANSVERSAL • Quarto ventrículo: são cavidades dentro do encé- falo onde são produzidos e circulam o liquido cefa- lorraquidiano. • Plexo coroide: células especializadas que produ- zem o liquido. • Regiões de aferências e eferências: onde chegam e saem informação. • No bulbo saem três 3 nervos principais: glossofa- ríngeos (parte do sulco póstero lateral), nervo vago e hipoglosso (parte do sulco antero lateral). • Os axônios do núcleo olivar se estendem até o ce- rebelo. Os núcleos grácil e cuneiforme fazem parte da informa- ção proprioceptiva consciente. Via corticoespinal lateral: via motora movimentos bem elaborados de mãos e pés. Via corticoespinal anterior: movimentos relacionados a parte proximal de mãos e pés. PONTE • Situada entre o bulbo e mesencéfalo; • Grande relação com o quarto ventrículo; • Também é composto por núcleos, tratos sensitivos e motores; • Controle da respiração e equilíbrio • Seu limite inferior é o sulco bulbo pontinho infe- rior e seu limite superior é o sulco bulbopontino superior • Ela possui regiões mais protuberantes ao lado do suco basilar chamadas de eminencias pontinas SULCO BASILAR Universidade Federal do Rio de Janeiro| Neuroanatomia – Fernanda Daumas ENCÉFALO • Percorre longitudinalmente a superfície ventral da ponte e abriga a artéria basilar formada pela união das duas artérias vertebrais. SULCO BULBO-PONTINO Possui saída de alguns nervos. 1. Nervo abducente(medial) 2. Facial e intermédio: sai do mesmo plano que o ab- ducente 3. Vestibulococlear SULCO BULBO-PONTINO INFERIOR 1. Nervo troclear lateral QUARTO VENTRÍCULO • Existe uma cavidade situada entre a ponte e o bulbo ventralmente chamada de quarto ventrí- culo. Essa cavidade é continua com o canal central do bulbo que por sua vez é a continuação do canal central da medula. Também é continua cranial- mente com o aqueduto cerebral do mesencéfalo. NÚCLEOS DA PONTE 1. Núcleo motor do nervo trigêmeo 2. Núcleos sensitivos do nervo trigêmeo 3. Núcleo do nervo abducente 4. Núcleo do nervo facial 5. Núcleo do nervo vestibulococlear Partindo da ponte existe os pedúnculos cerebelares im- portante para a fixação do cerebelo, mas também são tra- tos de fibras passando ali levando informação para o cere- belo MESENCÉFALO • Interpõe-se entre o diencéfalo e a ponte. • É atravessado por um canal chamado aqueduto ce- rebral que comunica o terceiro ventrículo com o quarto ventrículo (entre cerebelo e mesencéfalo), o líquor passa por ali até chegar no terceiro ventrí- culo. • O mesencéfalo é dividido em regiões anteriores e posteriores ao aqueduto cerebral. A parte dorsal é chamada de tecto onde ficam os coliculos inferio- res e superiores. Ventralmente é a região onde fi- cam os pedúnculos cerebrais. Esses pedúnculos se dividem em regiões de tegmento e uma de pedún- culo. Tudo que é posterior ao aqueduto é o tecto e tudo anterior é pedúnculo OS PEDÚNCULOS SÃO DIVIDIDOS EM REGIÕES Tegmento: região adjacente ao aqueduto. Base: pedúnculo cerebral; projeção da estrutura toda. Entre o tegmento e base existe uma substância que é um núcleo conjunto de neurônios chamado substância negra. Conjunto de neurônios afetado quando a pessoa tem a do- ença de Parkinson é morte dos neurônios da substância nega que controlam o início e termino dos movimentos do corpo por isso há tremedeira nessa doença. O pedúnculo também conduz fibras para os tratos corticoespinais e corti- copontinos. As quatro elevações na região do teto são os coliculos inferiores (via auditiva, reflexo auditivo) e superio- res (reflexos visuais que é a visão periférica). NÚCLEOS DO MESENCÉFALO 1. Formação reticular: sono e vigília 2. Núcleo rubro: 3. Núcleo geniculado medial 4. Substancia negra De todos esses núcleos o que vemos a fresco é a substancia negra. PARKINSON • Doença neurodegenerativa que acomete os neurô- nios dessa substancia negra. Esses neurônios pro- duzem a dopamina(bem-estar). Há formação de um corpo de Levi que são várias proteínas agrega-das formando esse corpo. Elas estão mal Universidade Federal do Rio de Janeiro| Neuroanatomia – Fernanda Daumas ENCÉFALO enoveladas. No Parkinson a substancia negra fica clara devido a morte desses neurônios. • Estão relacionados a fatores ambientais como uso abusivo de pesticidas na agricultura. TRONCO ENCEFÁLICO VISTA POSTERIOR TRONCO ENCEFÁLICO VISTA ANTERIOR CEREBELO FUNÇÃO • O cerebelo é responsável pela coordenação mo- tora. Pessoas com atrofia no cerebelo ficam com coordenação motora prejudicada. Durante a infân- cia o cerebelo está em constante formação por isso é preciso a pratica de esportes nessa fase para desenvolve-lo. Doenças no cerebelo não necessari- amente causa dano cognitivo. ❖ A ataxia é uma doença que afeta o cerebelo. Em geral em adultos são decorrentes de traumas e em crianças estão relacionados a infecção, como meningite. Esses microrganismos podem além de afetar o líquor podem causar ataxia cerebelar. A hidrocefalia (excesso de liquido cefalorraquidiano) também pode afetar o cerebelo), ou questões tu- morais. ESTRUTURA • Fica situado dorsalmente ao tronco encefálico, mas dentro da caixa craniana. Entre ele e o tronco encefálico fica uma cavidade que produz e arma- zena o liquido cefalorraquidiano. Entre o terceiro ventrículo e o quarto existe um canal que comu- nica os dois: o aqueduto cerebral. Os pedúnculos da ponte são importantes para sua fixação além de serem um conjunto de axônios que partem da ponte para o cerebelo. • Assim como o telencéfalo o cerebelo possui a mesma distribuição de substancia branca e cin- zenta: possui um córtex cerebelar. A substancia cinzenta é periférica e a substancia branca é in- terna. A parte branca possui um conjunto de neu- rônios com função especifica e são os núcleos ce- rebelares. • A organização de substancia branca e cinzenta é conhecida como arvore da vida por conta de suas ramificações. • Ele também é envolto por meninges. Existe uma prega da pia-máter que é chamada de tenda do ce- rebelo, onde ele consegue se alojar. Ela separa o telencéfalo do cerebelo. • Ele é dividido em dois hemisférios: esquerdo e di- reito. A região de verme do cerebelo conecta esses dois hemisférios. Eles são subdivididos em estrutu- ras que são os lobos cerebelares: lobo anterior, posterior e floculo lobular que só pode ser obser- vado inferiormente. • Ele apresenta sulcos e fissuras. Os sulcos são cha- mados de folha do cerebelo, as fissuras são regiões mais aprofundadas. A fissura prima ou primaria di- vide o lobo anterior do posterior. DIVISÃO • Após a fissura primaria temos o lobo posterior. As outras fissuras dividem o cerebelo em lóbulos. A fissura posterior divide o lobo posterior com o lobo floculo lobular. • O cerebelo primeiramente é dividido em hemisfé- rios: direito e esquerdo. Os lobos dividem os Universidade Federal do Rio de Janeiro| Neuroanatomia – Fernanda Daumas ENCÉFALO hemisférios direito e esquerdo, enquanto os lóbu- los dividem os lobos. Os lóbulos não possuem fun- ção exata, mas são usados para mapeamento em caso de doenças neurais, por exemplo. ❖ Primeiro lóbulo no corte sagital é a língula. A fis- sura pré central separa a língula do lóbulo central. ❖ Segundo lóbulo é o cúmem. E se separa do lobo central pela fissura pré culminar ❖ Declive: entre o cúmem e o declive temos a fis- sura prima. Essa região faz parte do lobo anterior do cerebelo. ❖ Depois do declive vem o folio, entre eles tem a fis- sura pós-clival. Entre o folio e o tuber temos a fis- sura horizontal. Depois temos a pirâmide, entre eles a fissura pré-piramidal. Entre pirâmide e úvula, pós-piramidais e no final há um nódulo com a fissura póstero-lateral. O nódulo a faz parte do lobo floculo nodular. NÚCLEOS DO CEREBELO • Existem 4 pares de núcleos no cerebelo, dois de cada lado: núcleo fastigial, globoso, emboliforme e dentado. Na peça fresca é possível ver apenas o dentado e possui aspecto de serra. ❖ Fastigial: mais interno e maior ❖ Globoso: Esférico e ao lado do fastigial ❖ Emboliforme: Alongado ❖ Dentado: Em forma de serra. DIENCÉFALO • Ele circunda o terceiro ventrículo (que fica acima do quarto). Ou seja, o terceiro ventrículo está bem no meio do diencéfalo. • Ele é constituído por 4 órgãos: tálamo, hipotálamo, epitálamo e subtálamo (função relacionada ao ciclo circadiano) Esses órgãos do diencéfalo que circundam o terceiro ventrículo. ❖ Lateralmente ao tálamo sempre vemos os núcleos da base (núcleos telencefálicos) TÁLAMO • Maior órgão do diencéfalo. É um órgão par, de duas massas arredondadas. Possui substancia cin- zenta organizada em núcleos com tratos de subs- tancia branca que passam por essa substancia cin- zenta. DIVISÕES • Na região anterior observamos projeções que são os tubérculos anterior de um lado e outro. Corpo do tálamo e mais posterior temos o pulvinar do tá- lamo. Mais lateralmente corpo geniculado lateral e medial. • Lateralmente o que vai dividir o tálamo das outras estruturas laterais externamente é a capsula in- terna que é uma margem lateral do tálamo. São axônios de neurônios que estão no córtex do te- lencéfalo e não se conectam com os neurônios do tálamo, apenas passam direto e descem. • Superiormente ao tálamo temos os ventrículos la- terais que possuem paredes. As paredes que par- tem para cada hemisfério formam no meio uma faixa dupla chamada de fórnix ❖ O tálamo são duas massas pareadas conectadas por uma estrutura chamada aderência intertala- mica. ❖ As abenulas epífises ou corpo pineal fazem parte do diencéfalo, mas não do tálamo. A extremidade anterior possui eminencia: tubérculo an- terior e a posterior é maior e apresenta o pulvinar do tá- lamo. Logo atrás temos os corpos geniculados lateral me- dial • O tálamo é organizado em núcleos. A substância branca faz um formato em Y chamado de lâmina medular interna e são fibras de substancia branca que passam dentro do tálamo. Ele é dividido em outras estruturas: região medial, anterior e latero- posterior que contem pulvinar e os corpo genicula- dos. Cada região é dividida em quadrados que são grupos de neurônios que retransmitem essa infor- mação para o córtex cerebral. Ele é a estação de rádio que capta, organiza a informação e retrans- mite para as regiões corretas do corpo. se é uma Universidade Federal do Rio de Janeiro| Neuroanatomia – Fernanda Daumas ENCÉFALO informação visual ele manda para o córtex visual e assim por diante. Dentro da lâmina mediana me- dular interna existem pequenos núcleos intralami- nares com função de integração entre a função sensitiva e motora. Os núcleos medianos relacio- nado às a memoro e olfato e o reticular filtra e in- tegra as atividades dos outros núcleos. • Sua extremidade posterior que é o pulvinar apre- senta duas projeções ovoides, corpo geniculado medial (relação com a via auditiva) e lateral (rela- ção com a via visual) e eles tem a ver com a infor- mação que vem dos coliculos inferiores e superio- res que passam e são processadas por diferentes órgãos. HIPOTÁLAMO • A adeno hipófise e neuro hipófise estão abaixo do hipotálamo. A neuro hipófise apesar de estar fora dele faz parte do hipotálamo, ela é uma projeção do hipotálamo. A Adeno hipófise por ter origem embriológica diferente não faz parte dele. • Hipófise: é dividida em neuro hipófise e adeno hi- pófise. A neuro hipófise é altamente vascularizada. Nela não encontramos neurônios e sim axônios dos neurônios que estão nos seus núcleos chama- dos núcleos hipotalâmicos. Esses núcleos se proje- tam para a região vascularizada e os neurotrans- missores são liberados diretamente na corrente sanguínea. LOCALIZAÇÃO • Situado anterior no diencéfalo ao longo das pare- des do terceiro ventrículo e abaixo do sulco hipo-talâmico que separa do tálamo. E acima da hipó- fise. FUNÇÃO • Regulador da homeostasia do corpo. Nele encon- tramos o centro da fome, saciedade e cede. • Experimentos em ratos viram que algumas subs- tancias podem lesar esses núcleos do hipotálamo fazendo com que eles obtenham obesidade. • Controle da temperatura e ritmo circadiano (con- trolado também pela pineal). ESTRUTURAS • Possui quiasma óptico, tuber cinéreo, infundíbulo e corpos mamilares numa vista anterior. ❖ Corpo mamilar: duas projeções acima do tronco encefálico. ❖ Tuber cinéreo: área cinzenta e mediana ❖ Infundíbulo: abraça a neuro hipófise. Uma prega de tecido que envolve o hipotálamo. ❖ Quiasma optico: cruzamento, mais anterior de to- dos eles. • O nervo sai dos olhos levando informação visual. Passa pelo quiasma optico, e vai para o trato op- tico que leva informação ao córtex occipital primá- rio. NÚCLEOS DO HIPOTÁLAMO Universidade Federal do Rio de Janeiro| Neuroanatomia – Fernanda Daumas ENCÉFALO • Nele encontramos 12 núcleos que são divididos em quatro regiões. ❖ Região tuberal: consideramos os núcleos dorso medial, ventro medial, arqueado e infundíbulo ❖ Região Supra optica: está acima do quiasma op- tico. Núcleo pra ventricular, núcleo anterior do hi- potálamo e supra optico ❖ Região Mamilar: adjacente ao mesencéfalo que in- clui os corpos mamilares. Região mais posterior. Esse núcleo tem relação com o olfato. ❖ Região pré-óptica: anterior a região supra optica. Inclui núcleo pré optico medial e lateral. Esses núcleos estão relacionados com a homeostasia. EPITÁLAMO LOCALIZAÇÃO • Estrutura posterior ao hipotálamo e tálamo. Pode ser chamado de epífise e corpo pineal. FUNÇÃO • Produção de melatonina hormônio que regula o ci- clo circadiano. Esse hormônio é produzido princi- palmente à noite. • Também faz parte do sistema límbico que é um sistema relacionado as emoções. SUBTÁLAMO LOCALIZAÇÃO E ESTRUTURA • Pequena região do assoalho abaixo do tálamo e posterior ao hipotálamo. • Apresenta pequena quantidade de substancia branca e cinzenta. • Faz parte da via de controle de movimentos volun- tários do corpo. • Apresenta também um núcleo conhecido como núcleo subtalamico. ❖ Lesões traumáticas nessa área levam pessoas a movimentos anormais nas extremidades. ❖ Hemibalismo: movimento voluntario abrupto con- trolado pelo núcleo do subtalamo. Caso a lesão seja em apenas um lado do subtalamo chamamos de monobalismo. TELENCÉFALO Os núcleos da base estão na substância branca do telencé- falo. ENVOLTÓRIO – MENINGES • Envolvido pelas três meninges que também envol- vem a medula. ❖ A aracnoide possui filamentos ou trabéculas. As trabéculas da dura mater servem de sustentação daquele espaço. No espaço entre a aracnoide e pia mater que circula o liquido cefalorraquidiano. Nesse espaço circula grande quantidade de vasos sanguíneos. ❖ Entre dura mater e aracnoide temos o espaço sub- dural onde circula um liquido que serve para evitar atrito entre as meninges. ❖ A pia mater acompanha todas a reentrâncias dos giros do cérebro. E dá consistência a esse tecido. DURA-MATER • Formada por dois folhetos. Um interno e externo. É mais visível na região de seio sagital onde está separando os dois hemisférios cerebrais. O folheto interno acompanha o seio sagital fazendo a divi- são. Entre esses dois folhetos há grande quanti- dade de veias que são importantes para receber produto do metabolismo, mas também para reab- sorção do liquido cefalorraquidiano. Universidade Federal do Rio de Janeiro| Neuroanatomia – Fernanda Daumas ENCÉFALO ❖ Foice do cérebro: folheto interno se projetando para dividir os 2 hemisférios. • Seio sagital superior e seio sagital inferior: essas duas veias drenam o cérebro e também absorvem o liquido. O seio sagital acompanha desde a região mais anterior até a posterior • A dura mater não se fecha por completo na base do crânio onde temos o osso esfenoide e a cela turca do osso esfenoide onde se apoia a hipófise. Nessa região temos um ‘’diafragma’ para passar a região do infundíbulo. ❖ Outra estrutura parte da aracnoide e vai para en- tre os folhetos da dura mater são as granulações aracnoides. Região de fenestras em que o au- mento do liquido cefalorraquidiano aumenta a pressão nessa região e ele passa por essas fenes- tras e caem no seio sagital voltando para o sangue (reabsorção do liquido). Pessoas com problema na produção ou reabsorção do li- quido possuem hidrocefalia. Esse liquido fica nessa região comprimindo as estruturas. O liquido contem grande quan- tidade de substancias ideias que sustentam e nutrem o te- cido nervoso. Algumas bactérias se alimentam desses nutri- entes e são as causadoras da meningite. LIQUOR • Ele é produzido principalmente dentro dos ventrí- culos laterais. Vão para o terceiro ventrículo e do terceiro ventrículo vão para o quarto ventrículo pelo aqueduto cerebral. Abaixo do quarto ventrí- culo temos uma abertura chamada de abertura mediana que serve passar esse liquido para a arac- noide. Ele chega no espaço subaracnóideo e cir- cula pela medula e envolta de todo crânio. As regi- ões de granulações só ocorrem no seio sagital entre os dois folhetos da dura-máter, onde o li- quido será reabsorvido. ❖ As estruturas que produzem o liquido dentro dos ventrículos laterais são os plexos coroides. Mas pe- quenas celulas que envolvem os ventrículos cha- madas de celulas ependimárias também produzem pequena quantidade de liquido. VENTRÍCULOS • Ventrículo lateral: São separados em regiões: re- gião anterior, central, posterior(occipital) e infe- rior(temporal). • Terceiro ventrículo: na altura do diencéfalo rode- ado pelo tálamo • Quarto ventrículo: também se continua com o ca- nal central da medula. ❖ Abaixo do quarto ventrículo temos a abertura me- diana onde o liquido passa para circular no espaço subaracnóideo. ❖ Os ventrículos laterais apesar da parte lateral estar em cada hemisfério medialmente eles estão co- nectados em uma região chamada de septo pelú- cido ESTRUTURA Universidade Federal do Rio de Janeiro| Neuroanatomia – Fernanda Daumas ENCÉFALO • O telencéfalo compreende os dois hemisférios ce- rebrais: direito e esquerdo. A fissura sagital ou lon- gitudinal é incompleta. • Os Sulcos possuem importância clinica grande principalmente o sulco central. DIVISÃO • Cada hemisfério possui 5 lobos. Eles são importan- tes principalmente para determinação de tumores. Esses lobos recebem os nomes dos ossos ao qual são correspondestes com exceção do lobo insular que fica internamente ao temporal. ❖ Lobo frontal: chamado de córtex pré-frontal. Está relacionado a questões de comportamento’’ o que é certo e errado de se fazer’’. Entre o lobo frontal e parietal existe o sulco central. ❖ Lobo temporal: relacionado a fala e audição. ❖ Lobo parietal: Importante função sensitiva. Nessa região temos o giro pós central que é o giro res- ponsável pela parte somatossensorial. Entre o lobo parietal e occipital existe um sulco parieto occipi- tal. ❖ Lobo occipital: mais relacionado a visão. ❖ Lobo insular: relacionado ao sistema límbico. (foto) CÓRTEX FRONTAL • É divido em regiões: giros e sulcos. ❖ Giro frontal superior ❖ Giro frontal médio ❖ Giro frontal inferior ❖ Giro pré-central: nele temos toda a parte motora primaria. Planejamento e função. LOBO PARIETAL ❖ Giro pós central: integração de vários sentidos, ori- entação visual, fala toque e dor. LOBO PARIETAL • Possui o giro temporal superior, médio e inferior. ❖ O giro temporal contem a parte auditiva, mas tam- bém contém o hipocampo: órgão relacionado a memória recente e longo prazo. Ele é afetado nas pessoas com doença de Alzheimer.LOBO OCCIPITAL • Região onde os sonhos se originam. É dividido em cuneos e giro parieto occipital medial. LOBO INSULAR • Para observa-lo é preciso afastar o lobo temporal ❖ Possui o giro longo da insula e giro curto da insula Algumas regiões como o córtex gustativo está relacionado com mais de um lobo. Por exemplo o córtex insular e occi- pital. HOMÚNCULOS • Desenho da representação de cada uma dessas áreas do córtex no corpo. Os órgãos mais desen- volvidos são aqueles que mais tem representação no córtex motor. O homúnculo pode variar de acordo com a região representada. SUBSTÂNCIA BRANCA • A substancia branca é chamada de subcortical e fi- cam entremeadas em meio aos núcleos e se proje- tando a partir da substância cinzenta. Ela é com- posta pelos axônios de neurônios mais as celulas da glia. A substância branca pode ser dividida em alguns grupos. No meio da substancia branca podem existir grupos de neurônios com função especifica que são chamados de nú- cleos. FIBRAS DE PROJEÇÃO • As fibras de projeção (axônio do neurônio) ocor- rem entre o córtex e estruturas fora do telencé- falo. Elas podem ser a capsula interna, externa e capsula extrema. ❖ A capsula interna passa entre os núcleos da base e próximo ao tálamo. Depois dos núcleos da base te- mos uma pequena faixa de substancia branca que é a capsula externa. Depois do claustro temos a capsula extrema. FIBRAS DE ASSOCIAÇÃO • As fibras de associação ocorrem entre pontos dife- rentes do telencéfalo em um mesmo hemisfério e ajudaram no desenvolvimento dos sulcos. FIBRAS COMISSURAIS Universidade Federal do Rio de Janeiro| Neuroanatomia – Fernanda Daumas ENCÉFALO • As fibras comissurais são o corpo caloso, comissura anterior e fórnice. O corpo caloso são fibras que comunicam os dois hemisférios. As comissuras an- teriores são fibras que comunicam principalmente os hemisférios anteriores (lobo temporal). ❖ O corpo caloso é dividido em rostro, joelho, corpo e esplênio. Da parte mais anterior para posterior. Além de comunicar os hemisférios o corpo caloso tem função relacionada a fala como a denomina- ção de nomes e objetos. O esplênio está relacio- nado a problemas na leitura (alexia). Ou dificul- dade para nomear cores O corpo possui relação com informações táteis, já o Joelho organiza as in- formações cerebrais principalmente as palavras. ESTRUTURA E ÓRGÃOS INTERNOS DO TELENCÉFALO • Internamente o encéfalo apresenta algumas estru- turas além da substância branca. Uma delas é o corpo mamilar, amígdala, hipocampo e o fórnice. ❖ Fórnice: abaixo do corpo caloso. Se projeta a partir dos corpos mamilares. Existe um para cada hemis- fério. Importante para conectar o hipocampo com os corpos mamilares. ❖ Hipocampo: responsável pela memória de longo prazo. ❖ As amígdalas são grupo de neurônios arredonda- dos e regulador do comportamento sexual e agres- sivo e respostas emocionais. Não se conectam com hipocampo. ❖ O claustro é uma substância cinzenta localizado entre a capsula extrema e interna. Recebe proje- ções do córtex motor primário entre outros. Tem papel da organização de informações e consciên- cia. O giro do cíngulo, fórnice, hipocampo, amígdala fazem parte do sistema límbico. Formam nossa resposta as emo- ções. NÚCLEOS DA BASE • Os núcleos da base são um conjunto de corpos de neurônios situados em áreas subcorticais (abaixo do córtex). Eles não se conectam diretamente com a medula. • Internamente ao telencéfalo encontramos os nú- cleos da base: os principais são o núcleo caudado, putame e globo pálido. ❖ O caudado possui a forma de cauda. ❖ Globo pálido e putame ficam bem próximos e em conjunto são chamados de núcleo lentiforme. ❖ O caudado fica bem próximo aos ventrículos late- rais. ❖ Entre o núcleo caudado e putame passa a capsula interna. ❖ O globo pálido é mais medial e putame mais late- ral próximo ao claustro. Núcleo lentiforme mais o caudado forma o que chama- mos de estriado comprometido no Parkinson. FUNÇÃO DOS NÚCLEOS DA BASE • Função de regulação do tônus muscular. Início e termino dos movimentos do corpo.
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