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A promoção da saúde refere-se à ações sobre os condicionantes e determinantes sociais da saúde dirigidas a impactar favoravelmente a qualidade de vida. Caracteriza-se fundamentalmente por uma composição inter e intrassetorial. A Lei Orgânica da Saúde nº8080, de setembro de 1990, descreve em seu 3º artigo que os fatores determinantes em saúde são: moradia, alimentação, saneamento básico, meio ambiente, trabalho, renda, educação, transporte, lazer e o acesso aos bens e serviço essenciais. A promoção da saúde não está relacionada ao patológico. Engloba ações intersetoriais que impactam a renda, educação, a moradia, as condições de trabalho, com o intuito de aliviar o sofrimento humano. É sob esse aspecto, do sofrimento humano, que a promoção de saúde se vincula diretamente ao campo da saúde mental. Há o lugar da saúde mental hospitalar enquanto integrante da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), composta por serviços que foram desenvolvidos para atender demandas específicas de saúde mental: Há também o lugar de saúde mental enquanto componente indissociável do ser humano, atentando para o completo bem-estar, satisfação, prazer e felicidade. A promoção de saúde mental não é própria de uma equipe especializada, mas é do interesse de todos! Objetivos da Política Nacional de Promoção da Saúde (PNPS): Promoção de saúde Promoção de saúde Prevenção de doença≠ Promoção de saúde mental no hospital: saúde e política Qual o lugar da promoção de saúde mental no ambiente hospitalar? Enfermarias especializadas em Hospitais Gerais e Serviços Hospitalares de Referência para atenção às pessoas em sofrimento mental e com necessidades de saúde decorrentes do uso de álcool e outras drogas Promoção de saúdeMudança de hábitos de vida Empoderamento Educação Promover saúde mental é permitir a subjetividade, incluindo os aspectos sociais, culturais, econômicos e políticos, compreendendo a saúde humana como complexa e mutável. Ações para promoção de saúde mental no ambiente hospitalar: - Permissão e concretização de pequenas escolhas dos usuários; - Desenvolvimento de novos espaços de trocas e aprendizado; - Possibilitar o profissional de saúde espaços para convivência e cuidados com a saúde mental; - Permitir ao cuidador e trabalhador dividir suas angústias e dor. - Ao usuário, permitir pensar uma nova rotina, favorecendo o desenvolvimento de novas habilidades e a realização de pequenos desejos. Muitas dessas ações podem ser concretizadas por meio das ferramentas disponibilizadas pela PNH. Referência: FRIZZO, Heloisa Cristina Figueiredo; DE QUEIROZ, Leidiane Fernandes . Promoção de Saúde Mental em Contextos Hospitalares e Cuidados Paliativos. In: Terapia ocupacional em contextos hospitalares e cuidados paliativos[S.l: s.n.], 2018. Acolhimento; Visita aberta; Clínica ampliada; Escuta qualificada; Vínculo; Empoderamento; Educação em saúde; Ambiência; Apoio social, entre outras tecnologias leves. Entre as ferramentas possíveis, pode-se citar: 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. São exemplos de práticas focadas na saúde e no cuidar em ambiente hospitalar, as ações de incentivo à prática do aleitamento materno, de estímulo ao parto natural, visita aberta e brinquedoteca hospitalar. Nos processos de cuidados paliativos, principalmente, também deve se pensar em saúde mental! Contextualizando o olhar para o fim da vida, a promoção de saúde mental dentro dos cuidados paliativos tem a conotação de tornar mais leve e suportável a vida daqueles que se deparam com a finitude. A Resolução COFFITO nº 429, de 08 de julho de 2013, destaca a alteração do terapeuta ocupacional no âmbito hospitalar sob a perspectiva da promoção de saúde pautada na concepção de integralidade e humanização. Políticas públicas que se comunicam com a saúde mental: - Política Nacional de Promoção à Saúde (PNPS); - Política Nacional de Saúde Mental (PNSM); - Política Nacional de Atenção Básica (PNAB); - Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares (PNPIC). Terapeuta ocupacional na promoção de saúde mental em contexto hospitalar O profissional de contexto hospitalar, independente de sua especialidade, desenvolve uma postura de promoção da saúde capaz de transitar sobre o olhar humano em sua completude. Os terapeutas ocupacionais são profissionais aptos a compreender a complexidade e mutabilidade da saúde humana, debruçando-se sobre os mais diversos aspectos para promover saúde mental em qualquer que seja o contexto. São incorporados na avaliação terapêutica, aspectos específicos com relação à identificação de fatores de risco relacionados à saúde mais geral e ao bem-estar, como padrões de alimentação e sono, uso de drogas, atividades de lazer e bem- estar e a natureza geral do indivíduo. Ao promover o bom desempenho de determinadas ocupações, o terapeuta ocupacional propicia condições para a promoção de saúde mental na busca de retomada das condições de saúde e bem- estar. Desenvolvimento da postura e conduta (sensibilização dos profissionais; respeito às singularidades; escuta; acolhimento); Ação focada (grupos de atividades; ambiência hospitalar; programa de educação em saúde). Estratégias para a implantação de práticas promotoras de saúde mental em terapia ocupacional no contexto hospitalar: Fase I: - Mapeamento do perfil do hospital/cliente/grupo, podendo valer-se de avaliações de qualidade de vida e saúde mental; - Diagnóstico terapêutico ocupacional; - Definição da estratégia-ação; - Identificação dos apoiadores. Fase II: - Desenvolvimento da proposta de saúde mental: 1. 2. Referência: FRIZZO, Heloisa Cristina Figueiredo; DE QUEIROZ, Leidiane Fernandes . Promoção de Saúde Mental em Contextos Hospitalares e Cuidados Paliativos. In: Terapia ocupacional em contextos hospitalares e cuidados paliativos[S.l: s.n.], 2018. Até meados do séc. XVII, os hospitais gerais funcionavam como um espaço asilar, de caridade e assistência espiritual, um lugar de repouso para o processo de adoecimento e morte. O contato com os pacientes clínicos no hospital geral oferece uma visão ampla da importância de aumentarmos os cuidados com a saúde mental. Referência: ABUMUSSE, Luciene Vaccaro de Morais. Terapia Ocupacional em Saúde Mental No Contexto do Hospital Geral: Raciocínio Clínico. In: Terapia ocupacional em contextos hospitalares e cuidados paliativos[S.l: s.n.], 2018. T.O em saúde mental no contexto do Hospital Geral: raciocínio clínico A partir do séc. XVIII, as influências ideológicas da sociedade da época culminaram também em mudanças conceituais, transformaram o hospital em um local onde se prezava pela cura e pesquisa. Tendo em vista a necessidade de ajuda para a manutenção da autonomia, dos papeis sociais, das relações e dos vínculos, ampliando assim para além do papel vivido na internação, o de "paciente". Submersos na instituição hospitalar, os pacientes vivem a rotina e suas vicissitudes, a separação de familiares, amigos e pessoas de sua convivência, as mudanças de planos escolares ou profissionais, a alteração de sua rotina e hábitos, a presença de dor física, exames invasivos, assim como pela tristeza da perda da saúde e pelo medo da finitude da vida. Nesse contexto, não bastam o diagnóstico e o tratamento biológico, há a necessidade de uma atuação multiprofissional, que tenha como base um trabalho integrado em equipe. Fase III: - Reavaliação das práticas; - Divulgação dos resultados e indicadores; - Construção de novas práticas e aperfeiçoamento das antigas. Essas mudanças ocorridas no séc. XVIII contribuíram para o hospital geral ser um espaço para cuidados de pessoas com transtornos psiquiátricos. Foi no contexto 2ª Guerra Mundial que se tornou mais concreta a possibilidade de tratamento dos transtornos psiquiátricos nos hospitais gerais. Foi no contexto 2ª Guerra Mundial que se tornou mais concreta a possibilidade de tratamento dos transtornos psiquiátricos nos hospitais gerais. Atualmente, já no contexto dos hospitais gerais, a avaliação e o diagnóstico precoce dos transtornos psiquiátricos e psicossociaissão fundamentais, pois as comorbidades psiquiátricas influenciam no curso das doenças clínicas. O terapeuta ocupacional, hoje, atende em situações específicas de demandas de saúde mental nos hospitais gerais, atuando nos ambulatórios e enfermarias clínicas ou cirúrgicas, integrando as equipes assistenciais ou oferecendo consultoria especializada, dessa forma, geralmente, compondo equipes multiprofissionais nos Serviços de Interconsulta de Saúde Mental. Terapia Ocupacional e suas ações de saúde mental no hospital geral O terapeuta ocupacional no hospital geral precisa ter seu foco na ajuda da situação de crise com a saúde e o impacto desta crise no cotidiano. Buscando ajudar na difícil articulação entre manter hábitos e rotinas individuais e a necessidade de alguma adaptação a tempo, espaço e dinâmica institucional. Assim como manter relações do ambiente externo e estabelecê-las também dentro do hospital, ou ainda permitir ser cuidado e manter-se autônomo e envolvido no tratamento.
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