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Ataque isquêmico transitório ▪ Definição O conceito atual de Ataque Isquêmico Transitório (AIT) ainda é tema de debate. Até bem pouco tempo atrás, a definição de AIT era a de um déficit neurológico encefálico focal ou retiniano, súbito e reversível, de causa vascular isquêmica, que durasse menos do que 24 horas (80% dos casos duram menos do que 1 hora) e sem evidência de lesão isquêmica nos exames de imagem. De acordo com as diretrizes de 2014 da American Heart Association/American Stroke Association (AHA/ASA), o diagnóstico de AIT não depende mais da duração do déficit, isto é, 24 horas). A definição atual retira o critério temporal, já que de 30 a 50% dos pacientes com sintomas com duração inferior a 24 horas apresentavam lesão isquêmica detectável por Ressonância Magnética (RM) na sequência de difusão. A definição atual de AIT é a de déficit neurológico (encefálico, medular ou retiniano) agudo, de origem vascular, transitório, sem lesão tecidual à neuroimagem. ▪ Temporalidade A imensa maioria dos AITs reverte-se em até 60 minutos, e a duração é de 1 a 10 minutos em 80% dos casos, portanto a maioria dos pacientes já se recuperou do déficit quando chega ao hospital. A principal causa de AIT é a oclusão do vaso por material embólico proveniente de placa de ateroma proximal ao vaso ocluído ou por êmbolo de origem cardíaca. ▪ Sintomas transitórios AITs em que sintomas transitórios sucessivos não se repetem por ocorrer disfunção em territórios arteriais diferentes sugerem etiologia cardíaca como fonte de êmbolos. O AIT deve ser conduzido como emergência médica, pois 10 a 20% dos pacientes poderão evoluir com um AVCI em 90 dias, 50% destes nas primeiras 48 horas e cerca de 1 terço desenvolverá um AVC em um período de 5 anos. Medidas terapêuticas podem minimizar esse risco.
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