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processo do trabalho - conceito, características, autonomia, organização da justiça do trabalho TGPT pós estácio

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9 
 
 
 
 
 
 
Introdução 
Nesta primeira aula iremos iniciar nossos estudos de Teoria Geral do Processo 
do Trabalho apresentando um conceito para a disciplina, assim como seus 
fundamentos e características. A seguir, examinaremos as Fontes do Direito 
do Trabalho e os princípios do direito do trabalho dentro do atual contexto da 
flexibilização. 
 
Objetivos: 
1. Conhecer a evolução do Processo do Trabalho no Brasil; 
2. Compreender sua autonomia e as singularidades, como a organização 
da Justiça do Trabalho. 
10 
 
 
 
Conteúdo 
 
Conceito de direito processual do trabalho 
A função básica do direito processual é a solução dos conflitos de interesses 
por meio de prestação jurisdicional. 
 
Na ótica de José Augusto Rodrigues Pinto, “Direito processual do trabalho é o 
conjunto de princípios e normas jurídicas destinados a regular a atividade dos 
órgãos jurisdicionais do Estado na solução dos dissídios individuais ou 
coletivos, entre empregadores e empregados. Pelo ordenamento jurídico 
brasileiro, a competência dos órgãos jurisdicionais trabalhistas vai algo além 
do conceito do Direito Processual do Trabalho, graças à extensão feita a 
outros conflitos, oriundos de relações de trabalho em que são sujeitos não 
necessariamente o empregado e o empregador (Constituição Federal de 
1988, art. 114, e CLT, art. 652, III). Desse modo, é bom ter-se em vista, na 
conceituação do Direito Processual do Trabalho, essa possibilidade de 
extensão ao que se denomina outras controvérsias provindas de relação de 
trabalho”. 
 
 
Para Amauri Mascaro do Nascimento, Direito Processual do Trabalho é o ramo 
do “Direito Processual destinado à solução jurisdicional dos conflitos 
trabalhistas. As normas jurídicas nem sempre são cumpridas 
espontaneamente, daí a necessidade de se pretender, perante os tribunais, o 
seu cumprimento, sem o que a ordem jurídica tornar-se-ia um caos. A 
atuação dos tribunais também é ordenada pelo direito, mediante leis 
coordenadas num sistema, destinadas a determinar a estrutura e o 
funcionamento dos órgãos do Estado, aos quais é conferida a função de 
resolver os litígios ocorridos na sociedade, bem como os atos que podem ser 
praticados não só por esses órgãos, mas também pelas partes em juízo”. 
11 
 
 
 
Na versão de Sergio Pinto Martins, Direito Processual do Trabalho representa 
“o conjunto de princípios, normas e instituições destinados à atividade dos 
órgãos jurisdicionais na solução dos conflitos individuais ou coletivos entre 
trabalhadores e empregadores”. 
 
No entender de Carlos Henrique Bezerra Leite, “O Direito Processual do 
Trabalho como ramo da ciência jurídica, constituído por sistema de normas, 
princípios, regras e instituições próprias, que tem por objeto promover a 
pacificação justa dos conflitos decorrentes das relações de emprego e de 
trabalho, bem como regular o funcionamento dos órgãos que compõem a iça 
do Trabalho”. 
 
Podemos afirmar que o direito processual do trabalho é um ramo da ciência 
jurídica. O direito processual constitui uma das diversas formas de 
investigação da ciência do direito. Do ponto de vista metodológico, o direito 
processual do trabalho integra o elenco de disciplinas de direito público, que, 
por sua vez, abrange o direito processual. 
 
 
Da autonomia do direito processual do trabalho 
A autonomia de um ramo da ciência jurídica pode ser identificada por 
diversos critérios, entretanto, dois são os mais conhecidos e o primeiro leva 
em conta: a extensão da matéria, a existência de princípios comuns, a 
observância de método próprio; o segundo critério baseia-se nos elementos 
componentes da relação jurídica, isto é, os sujeitos, o objeto e o vínculo 
obrigacional que os integra. 
 
No que concerne ao direito processual do trabalho, duas correntes 
doutrinárias distintas se apresentam. 
 
De um lado, os monistas, que defendem que o direito processual é simples 
desdobramento do processo civil, não possuindo princípios e institutos 
12 
 
 
 
próprios. Entre os autores brasileiros, destaca-se Valentim Carrion, para quem 
“o direito processual se subdivide em processual penal e processual civil (em 
sentido lato, ou não penal)”. As subespécies deste são o processual 
trabalhista, processual eleitoral etc. Todas as subespécies do direito 
processual civil se caracterizam por terem em comum a teoria geral do 
processo; separam-se dos respectivos direitos materiais (direito civil, direito 
do trabalho etc.) porque seus princípios e institutos são diversos. São direitos 
instrumentais que possuem os mesmos princípios e os estudam (celeridade, 
oralidade, simplicidade, instrumentalidade, publicidade etc.). 
 
Assim, do ponto de vista jurídico, a afinidade do direito processual do 
trabalho com o direito processual comum (civil, em sentido lato) é muito 
maior (de filho para pai) do que com o direito do trabalho (que é objeto de 
sua aplicação). 
 
O direito processual do trabalho não possui princípio próprio algum, pois 
todos os que o norteiam são do processo civil (oralidade, celeridade etc.); 
apenas deu (ou pretendeu dar) a alguns deles maior ênfase e relevo. O 
princípio de “em dúvida pelo mísero” não pode ser levado a sério, pois, em 
caso de dúvida na interpretação dos direitos materiais, será uma questão de 
direito do trabalho e não de direito processual. E as dúvidas de direito 
processual se resolvem por outros meios: ”ônus das provas, plausibilidade, 
fontes de experiência comum, pela observação do que ordinariamente 
acontece (CPC, art. 375) ou contra quem possuía maior facilidade de provar, 
etc”. 
 
Por outro lado, os dualistas propugnam a existência de autonomia do direito 
processual do trabalho em relação ao direito processual civil. Entre os 
dualistas destacam-se Amauri Mascaro Nascimento, Sergio Pinto Martins, 
Mozart Victor Russomano, Humberto Theodoro Junior, José Augusto 
Rodrigues Pinto, Wagner Giglio e Coqueijo Costa. 
13 
 
 
 
Salvo melhor juízo, o direito processual do trabalho dispõe de autonomia em 
relação ao direito processual civil (ou direito processual não penal). Com 
efeito, o direito processual do trabalho dispõe de vasta matéria legislativa, 
possuindo título próprio na Consolidação das Leis do Trabalho, que, inclusive, 
confere ao direito processual civil o papel de mero coadjuvante. Existem 
princípios peculiares do direito processual do trabalho, como os princípios da 
proteção, da finalidade social, da indisponibilidade, da busca da verdade real, 
da normatização coletiva e conciliação. 
 
Reconhece esta corrente doutrinária que o direito processual do trabalho não 
possui métodos tipicamente próprios, pois a hermenêutica, que compreende a 
interpretação, a integração e a aplicação das normas jurídicas processuais, é 
a mesma da teoria geral do direito processual. Todavia, a própria finalidade 
social do direito processual do trabalho exige do intérprete uma postura 
comprometida com o direito material do trabalho e com a realidade 
econômica e social, o que lhe impõe a adoção da técnica da interpretação 
teleológica, buscando sempre a verdade real, e, com isso, promovendo a 
justiça social no campo das relações decorrentes do conflito entre o capital e 
o trabalho. Ademais, o direito processual do trabalho possui institutos 
próprios, como, por exemplo: uma justiça especializada, com juízes 
especializados e o poder normativo exercido originariamente pelos tribunais 
do trabalho. 
 
O direito do trabalho dispõe, atualmente, de autonomia didática, pois a 
disciplina tem sido ofertada separadamente nas grades curriculares; da 
autonomia jurisdicional,não, apenas no Brasil (CF, art. 114), mas, também, 
em outros países, como: Alemanha, Argentina, Uruguai, México e Espanha, 
de autonomia doutrinária, pois são inúmeras as obras, nacionais e 
estrangeiras, versando apenas direito processual do trabalho. 
14 
 
 
 
Organização da Justiça do Trabalho 
 
Órgãos do Poder Judiciário brasileiro 
A concepção moderna de Estado impede que haja superposição de poderes, o 
que geraria o arbítrio e a tirania. Surge então a chamada teoria da tripartição 
dos Poderes do Estado. 
 
O exercício do poder passa, assim, a ser implementado por três órgãos 
distintos, independentes e harmônicos entre si. Esses órgãos são chamados 
de Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário. 
 
O Poder Judiciário, como um dos três Poderes clássicos do Estado, vem 
assumindo a cada dia uma função fundamental na efetivação do Estado 
Democrático de Direito. (Carlos Henrique Bezerra Leite. Curso de direito 
processual do trabalho. 9. ed. São Paulo: LTr, 2009). 
 
De acordo com o art. 92 da Constituição Federal de 1988, com a nova 
redação dada pela Emenda Constitucional nº 45/2004, o Poder Judiciário 
brasileiro é integrado pelos seguintes órgãos: 
 
I. O Supremo Tribunal Federal; 
II. O Conselho Nacional de Justiça; 
III. O Superior Tribunal de Justiça; 
IV. Os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais; 
V. Os Tribunais e Juízes do Trabalho; 
VI. Os Tribunais e Juízes Eleitorais; 
VII. Os Tribunais e Juízes Militares; 
VIII. Os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios. 
 
 
O Supremo Tribunal Federal, os Tribunais Superiores e o Conselho Nacional 
de Justiça têm sede na Capital Federal, sendo certo que os dois primeiros têm 
jurisdição em todo o território nacional. 
15 
 
 
 
 
 
Quanto à organização do Poder Judiciário, a grande novidade introduzida pela 
EC nº 45/2004 foi, sem dúvida, o Conselho Nacional de Justiça, que é, em 
última análise, uma forma mitigada de controle externo administrativo e 
financeiro da atuação dos órgãos que compõem o próprio Poder Judiciário. 
 
O STF entende que o Conselho Nacional de Justiça é órgão de natureza 
administrativa, com atribuições de controle da atividade administrativa, 
financeira e disciplinar da magistratura, sendo sua competência relativa 
apenas aos órgãos e juízes situados, hierarquicamente, abaixo do Supremo 
Tribunal Federal, já que seus atos e decisões administrativas estão sujeitos a 
seu controle jurisdicional, por força do art. 102, caput, inciso I, “r” da CF. 
Portanto, o Conselho Nacional de Justiça não tem nenhuma competência 
sobre o Supremo Tribunal Federal. 
 
 
Organização da Justiça do Trabalho nas Constituições 
brasileiras 
A Organização da Justiça do Trabalho no Brasil foi inspirada no sistema 
paritário, do governo fascista da Itália, que mantinha um ramo especializado 
do Judiciário na solução de conflitos trabalhistas, em cuja composição 
figuravam representantes do Estado (juízes togados), da classe empresarial e 
da classe trabalhadora (juízes classistas). 
 
Embora a Itália tivesse abandonado esse sistema paritário no período “pós- 
guerra”, o Brasil manteve a mesma estrutura da Justiça do Trabalho desde a 
Constituição de 1934, (art. 122) até a Emenda Constitucional nº 24, de 
09.12.1999, que extinguiu a chamada representação classista. 
 
Na Constituição de 1934, art. 122, a Justiça do Trabalho não era 
independente, pois estava vinculada ao Poder Executivo. Mas nascia aí a 
marca da representação classista paritária. 
16 
 
 
 
 
 
Em 1937, art. 139, a nova Constituição Federal passou a dar maior autonomia 
à Justiça do Trabalho, mas silenciou quanto à sua inserção no Poder 
Judiciário. Entretanto, o Supremo Tribunal Federal (RE nº 6.310, DJU, 30 set. 
1943) reconheceu o caráter jurisdicional da Justiça do Trabalho ao admitir 
recurso extraordinário contra decisão do CNT (atualmente TST). 
 
Somente em 1946 a Constituição Federal, no art. 94, inciso V, tornou 
inequívoca a integração no Poder Judiciário da Justiça do Trabalho. O art. 
122, dessa Constituição, também estabeleceu a estrutura da Justiça do 
Trabalho. 
 
Em 1967, o art. 133, da nova Constituição Federal, estabeleceu quais eram os 
órgãos da Justiça do Trabalho, indicando de que forma se daria a substituição 
por juízes de direito, no caso de inexistência de Juntas de Conciliação e 
Julgamento nas Comarcas, por lei ordinária. A Emenda Constitucional nº 
01/69 manteve a mesma estrutura organizacional, no que foi seguida pela 
Constituição de 1988. 
 
 
Organização da Justiça do Trabalho após a EC nº 24/99 
A Emenda Constitucional nº 24, de 09.12.1999, extinguiu a representação 
classista em todos os graus de jurisdição (1º, 2º e 3º graus). Assim, a Justiça 
do Trabalho passou por uma grande reformulação quanto à sua composição e 
organização. 
 
Portanto, a Justiça do Trabalho passou a ser integrada pelos seguintes 
órgãos: 
 
I. O Tribunal Superior do Trabalho; 
II. Os Tribunais Regionais do Trabalho; e 
III. Juízes do Trabalho. 
17 
 
 
 
 
 
Vale lembrar que, desde a sua criação, a Justiça do Trabalho está estruturada 
em três graus de jurisdição, a saber: 
 
a) No primeiro grau funcionam as Varas do Trabalho (antes da EC nº 
24/1999, Juntas de Conciliação e Julgamento); 
b) No segundo grau funcionam os Tribunais Regionais do Trabalho - 
TRT); 
c) No terceiro grau funciona o Tribunal Superior do Trabalho (TST). 
 
 
Composição e funcionamento do TST 
Com a EC nº 45/2004, que acrescentou o art. 111-A ao Texto Constitucional, 
o Tribunal Superior do Trabalho passou a ser integrado por vinte e sete 
Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de 
sessenta e cinco anos, nomeados pelo Presidente da República após a 
aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo: 
 
I. Um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva 
atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho 
com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no 
art. 94; 
II. Os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos 
da magistratura da carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior. 
 
Junto ao Tribunal Superior do Trabalho funcionam: 
 
 
I. A Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do 
Trabalho, cabendo-lhe, dentre outras funções, regulamentar os cursos 
oficiais para o ingresso e promoção na carreira; 
II. O Conselho Superior da Justiça do Trabalho, cabendo-lhe exercer, na 
forma da lei, a supervisão administrativa, orçamentária, financeira e 
18 
 
 
 
patrimonial da Justiça do Trabalho de primeiro e segundo graus, como 
órgão central do sistema, cujas decisões terão efeito vinculante. 
 
O Tribunal Pleno é constituído pelos Ministros da Corte. Para o seu 
funcionamento é exigida a presença de, no mínimo, quatorze Ministros, sendo 
necessário a maioria absoluta quando a deliberação tratar de: I - escolha dos 
nomes que integrarão a lista destinada ao preenchimento de vaga de Ministro 
do Tribunal; II - aprovação de Emenda Regimental; III - eleição dos Ministros 
para os cargos de direção do Tribunal; IV - aprovação, revisão ou 
cancelamento de Súmula ou de Precedente Normativo; e V - declaração de 
inconstitucionalidade de lei ou de ato normativo do Poder Público. 
 
Integram o Órgão Especial o Presidente e o Vice-Presidente do Tribunal, o 
Corregedor-Geral da Justiça do Trabalho, os sete Ministros mais antigos 
incluindo os membros da direção, e os sete Ministros eleitos pelo Tribunal 
Pleno. O quorum mínimo para o seu funcionamentoé de oito Ministros. 
 
A Seção especializada em dissídios coletivos é constituída do Presidente e 
Vice-Presidente do Tribunal, o Corregedor-Geral da Justiça do Trabalho e 
mais seis Ministros. O quorum para o seu funcionamento é de cinco Ministros. 
 
A Seção especializada em dissídios individuais é composta de vinte e um 
Ministros, sendo o Presidente e o Vice-Presidente do Tribunal, o Corregedor- 
Geral da Justiça do Trabalho e mais dezoito Ministros, e funciona em 
composição plena ou dividida em duas subseções para o julgamento dos 
processos de sua competência. O quorum exigido para o funcionamento da 
Seção de dissídios individuais plena é de onze Ministros. 
 
A subseção I especializada em dissídios individuais é integrada por quatorze 
Ministros: o Presidente e o Vice-Presidente do Tribunal, o Corregedor-Geral 
da Justiça do Trabalho e mais onze Ministros, preferencialmente os 
19 
 
 
 
Presidentes de Turma, sendo exigida a presença de, no mínimo, oito Ministros 
para o seu funcionamento. 
 
Integram a Subseção II da Seção especializada em dissídios individuais o 
Presidente e o Vice-Presidente do Tribunal, o Corregedor-Geral da Justiça do 
Trabalho e mais sete Ministros, sendo exigida a presença de, no mínimo, seis 
Ministros para o seu funcionamento. 
 
As Turmas são constituídas, cada uma, por três Ministros, sendo presididas 
pelo Ministro mais antigo integrante do colegiado. Para o julgamento nas 
Turmas, é necessário a presença de três Magistrados. Para compor o quorum, 
o Presidente da Turma poderá convocar, mediante prévio entendimento, 
Ministro de outra Turma. 
 
 
Composição e funcionamento dos TRTs 
O art. 112, da CF, em sua redação original, previa “pelo menos um Tribunal 
Regional do Trabalho em cada Estado e no Distrito Federal”. 
 
A EC nº 45/2004, dando nova redação ao dispositivo em exame, suprimiu a 
obrigatoriedade da instalação de pelo menos um TRT em cada Estado e no 
Distrito Federal. 
 
Estabelece o art. 674, da CLT, que o território nacional é dividido em vinte e 
quatro Regiões. Atualmente, existem 24 TRTs. Em São Paulo são dois: um na 
Capital e outro em Campinas. Com a nova redação do art. 112 da CF não é 
mais obrigatória a criação dos TRTs nos Estados do Tocantins, Acre, Roraima 
e Amapá. 
 
Os juízes dos TRTs são nomeados pelo Presidente da República e seu número 
varia em função do volume de processos examinados pelo Tribunal. 
20 
 
 
 
De acordo com o art. 115 da CF, com redação dada pela EC nº 45/2004, os 
Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes, 
recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo 
Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos 
de sessenta e cinco anos, sendo: 
 
I. Um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva 
atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho 
com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no 
art. 94 da CF; 
II. Os demais, mediante promoção de juízes do trabalho por antiguidade e 
merecimento, alternadamente. 
 
Compete aos TRT, originariamente, processar e julgar as ações de sua 
competência originária, tais como dissídios coletivos, mandados de segurança 
e ações rescisórias; em grau recursal, o TRT julga os recursos das decisões 
das Varas do Trabalho. 
 
 
Composição das Varas do trabalho 
As Varas do Trabalho são órgãos de primeira instância da Justiça do Trabalho. 
A jurisdição da Vara do Trabalho é local, pois abrange, geralmente, um ou 
alguns municípios. Cabe à lei fixar a competência territorial das Varas do 
Trabalho. 
 
Com a extinção da representação classista, a composição das Varas do 
Trabalho (antigas JCJs) sofreu substancial alteração, na medida em que a 
jurisdição na primeira instância da Justiça do Trabalho passou a ser exercida 
por um juiz singular, conforme o art. 116 da CF. 
 
Cada Vara compõe-se de um Juiz do Trabalho titular e um Juiz do Trabalho 
substituto, ambos nomeados pelo Presidente do TRT, após aprovação em 
21 
 
 
 
concurso público. O Juiz titular é fixo em uma Vara do Trabalho; o Juiz 
substituto, não. 
 
Compete às Varas do Trabalho, em linhas gerais, processar e julgar as ações 
oriundas das relações de trabalho (CF, art. 114, I a IX) e aquelas que, por 
exclusão, não sejam da competência originária dos tribunais trabalhistas. 
 
 
Os juízes de direito investidos de jurisdição trabalhista 
Em comarcas onde não existir Vara do Trabalho, a lei pode atribuir a função 
jurisdicional trabalhista aos Juízes de Direito (CLT, art. 668). O art. 112 da CF, 
com nova redação dada pela EC nº 45/2004, dispõe que a “Lei criará Varas 
da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por sua 
jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o respectivo 
Tribunal Regional do Trabalho”. 
 
 
Atividade proposta 
Como se deu a formação paritária na Justiça do Trabalho e em que período? 
 
 
 
 
Material complementar 
Leia o capítulo1 do livro “Direito processual do trabalho”, de Carlos 
Henrique Bezerra Leite, LTr e “Curso de direito processual do 
trabalho”, de Renato Saraiva, Editora Método. 
Faça os exercícios propostos e estude os gabaritos, eles 
complementam a aula. 
Avalie se você assimilou o conteúdo proposto. 
Tire suas dúvidas no Fórum e participe do debate proposto. 
Solucione o caso concreto proposto como atividade. 
Leia a chamada para a aula seguinte. 
22 
 
 
 
Referências 
LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direito processual do trabalho. 
São Paulo: LTr, 2012. 
 
MARTINS, Sérgio Pinto. Direito processual do trabalho. São Paulo, Atlas, 
2012. 
 
SARAIVA, Renato. Curso de direito processual do trabalho. São Paulo, 
Método: 2013. 
 
TEIXEIRA FILHO, Manoel Antônio. Curso de direito processual do 
trabalho, São Paulo: LTr, 2009, v. I e II. 
 
 
Exercícios de fixação 
Questão 1 
Quando o intérprete busca os objetivos que norteiam a edição da lei, ele está 
fazendo uso da interpretação lógica. 
 
a) Certo 
b) Errado 
 
 
Questão 2 
Os TRT, que têm sua criação definida por lei, compõem-se, no mínimo, de 
sete juízes, garantida a representação de um quinto, dentre advogados e 
membros de Ministério Público do Trabalho. 
 
a) Certo 
b) Errado 
23 
Questão 3 
 
 
O TRT tem competência para apreciar os dissídios coletivos que envolvam as 
categorias no âmbito da respectiva região, e o TST, aqueles que ultrapassam 
os limites de competência de algum tribunal regional ou que possuam caráter 
nacional. 
 
a) Certo 
b) Errado 
 
 
Questão 4 
A Justiça do Trabalho, atualmente, é dividida em vinte e quatro Regiões, cada 
qual possuindo um TRT e tantas varas do trabalho quantas criadas por lei, 
nas quais exercem sua jurisdição os juízes do trabalho, segundo os limites de 
competência territorial próprios. Os TRT podem funcionar 
descentralizadamente, constituindo câmaras regionais, e instalar juízos 
itinerantes, observados os limites territoriais da respectiva jurisdição a que 
estão vinculados. 
 
a) Certo 
b) Errado 
 
 
Questão 5 
São fontes formais do direito processual do trabalho: 
 
 
a) As leis federais, a Consolidação das Leis do Trabalho, as convenções e 
acordos coletivos de trabalho. 
b) Apenas as leis federais e a Consolidação das Leis do Trabalho. 
c) As leis federais, estaduais ou municipais e a Consolidação das Leis do 
Trabalho. 
d) As leis federais, a Consolidação das Leis do Trabalho e os costumes. 
e) As leis federais, estaduais ou municipais, a Consolidação das Leisdo 
Trabalho e os costumes. 
24 
Questão 6 
 
 
Com a extinção da representação classista no Brasil, como passou a funcionar 
as Varas do Trabalho em primeiro grau de jurisdição? 
 
Questão 7 
Acerca de nulidade no processo trabalhista, assinale a alternativa INCORRETA: 
I. O ato que ofende comando de natureza cogente e colide com o interesse 
público configura nulidade absoluta, a qual, desde que arguida pela parte 
interessada, poderá ser decidida em qualquer grau de jurisdição; 
II. No mandado de segurança, o Ministério Público participará, 
obrigatoriamente, na primeira instância, sob pena de nulidade absoluta 
do feito; 
III. Não será proclamada a nulidade de ato que possa ser repetido ou cuja 
falta possa ser suprida, de modo que restará eficaz, a despeito de 
inobservância da forma ou olvidada a sua prática; 
IV. A arguição de nulidade deve ser sempre expressa, na primeira 
oportunidade processual de manifestação da parte nos autos, não se 
podendo substituir por mero protesto. 
a) A opção I é a incorreta. 
b) A opção II é a incorreta. 
c) A opção III é a incorreta. 
d) A opção IV é a incorreta. 
 
Questão 8 
Como se dá a escolha e nomeação do Juiz do Tribunal Regional do Trabalho? 
 
 
Questão 9 
O Tribunal Superior do trabalho é integrado de quantos Ministros? Como se 
processa a escolha deles? 
 
Questão 10 
Em relação o art. 115, da /CRFB, é correto afirmar que existe pelo menos um 
TRT em cada Estado da Federação e no Distrito Federal? 
25 
 
 
 
Aula 1 
 
 
Atividade proposta 
 
A formação paritária na Justiça do Trabalho no Brasil teve como modelo a 
formação paritária do Governo fascista da Itália, que em todos os graus da 
Justiça do Trabalho admitia a participação de juízes leigos, representantes 
classistas, dos empregadores e trabalhadores. Esta composição foi aplicada 
no Brasil no período de 1934 até a EC nº 24 de 09.12.1999. 
 
Exercícios de fixação 
 
Questão 1 - A 
 
Pode-se afirmar que o método lógico de interpretação tem como pressuposto o 
conteúdo da norma e não a relação desta com o contexto em que se insere. 
 
Questão 2 - A 
 
Nos termos do art. 115 da CRFB. 
 
Questão 3 - A 
 
Nos termos do art. 115, §1º, da CRFB. 
 
 
Questão 4 - A 
 
Conforme dispõe o art. 115, §§ 1º e 2º, da CRFB. 
 
 
Questão 5 - E 
Segundo a doutrina e a jurisprudência, bem como a Lei de Introdução às 
Normas do Direito Brasileiro (Lei nº. 12.376, de 30.12.2010), arts. 1º ao 5º. 
 
Questão 6 
 
No Brasil, com a extinção da representação classista (representantes de 
empregados e empregadores) pela EC 24/1999, a formação colegiada, paritária, 
foi extinta e as Varas do Trabalho, antes Juntas de Conciliação e Julgamento, 
passaram a funcionar monocraticamente, ou seja, apenas com um juiz togado, 
admitindo-se a sua substituição por juiz substituto, nos impedimentos ausências 
ou suspeição, nos termos do art. 116 da CRFB. 
 
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Questão 7 
 
Com relação à nulidade do ato, também no processo do trabalho, deveremos 
seguir a regra descrita no CPC, ou seja, deve ser arguida pela parte a quem 
aproveite, na primeira oportunidade que a parte interessada tiver que falar nos 
autos, CPC arts. 243/250, CLT, art.769. Note que a CLT também regula as 
nulidades nos mesmos termos do CPC, arts. 794 a 798. 
 
 
Questão 8 
 
A escolha do juiz de segundo grau se dá em listas tríplices por antiguidade e 
merecimento dentre juízes do primeiro grau de jurisdição, com mais de dois 
anos de carreira, art. 93 da CRFB, sendo nomeado pelo Presidente da 
República, art. 115 da CRFB. 
 
 
Questão 9 
 
Segundo o art. 111-A, da CRFB, o TST compor-se-á de vinte e sete Ministros, 
escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e 
cinco anos, nomeados pelo Presidente da República, após aprovação pela 
maioria absoluta do Senado Federal, sendo um quinto dentre advogados com 
mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério 
Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o 
disposto no art. 94/CF. Os demais Ministros dentre juízes dos Tribunais 
Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da carreira, indicados pelo 
próprio Tribunal Superior. 
 
Questão 10 
A EC 45/2004 deu nova redação ao art. 115, da CRFB, dispondo sobre os 
TRTs, pois excluiu a obrigatoriedade de criação de pelo menos um TRT em 
cada Estado da Federação. Assim, os Estados de Tocantins, Roraima, Acre e 
Amapá não tiveram a criação de TRT, pois não têm processos suficientes em 
andamento.

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