Buscar

culpa reciproca e força maior - terminação contratual e proteção face a dispensa pós estácio

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

38 TERMINAÇÃO CONTR. E PROTEÇÃO EM FACE DA DISPENSA 
 
 
 
 
 
 
 
Introdução 
Nesta aula abordaremos as hipóteses de extinção do contrato de trabalho por 
meio da culpa recíproca, força maior, factum principis, aposentadoria, morte e 
extinção da empresa. 
 
Objetivo: 
Analisar as hipóteses de terminação dos contratos de trabalho nas hipóteses de 
terminação por culpa recíproca, força maior, factum principis, aposentadoria, 
morte e extinção da empresa. 
39 TERMINAÇÃO CONTR. E PROTEÇÃO EM FACE DA DISPENSA 
 
 
 
Conteúdo 
 
 
Culpa recíproca 
Culpa recíproca 
 
 
Conforme o artigo 484 da CLT, a culpa recíproca se configura quando 
ambas as partes dão ensejo a extinção do contrato de trabalho, pela 
prática de atos tipificados legalmente como de justa causa (art. 482 e 
483, CLT), Ocorrendo, assim, uma falta gravíssima capaz de impossibilitar a 
continuidade do contrato de trabalho. Em regra, a culpa recíproca é 
reconhecida judicialmente, uma vez que as partes se julgam sempre com razão. 
 
São requisitos da culpa recíproca: 
1. Duas faltas, uma do empregado, outra do empregador; 
2. Nexo de causalidade entre as duas; 
3. Concomitância da culpa recíproca - ato e reflexo; 
4. Proporcionalidade entre as faltas praticadas. 
 
 
Culpa recíproca: legislação x direitos 
Legislação 
• Artigo 484, art. 18, Parágrafo 2º, Lei nº 8.036/90 e Súmula nº 14, TST; 
• Saldo de salário; 
• Férias vencidas + 1/3. 
 
 
 
Direito 
• FGTS + 20%; 
• 50% Férias integrais + 1/3; 
• 50% Décimo-terceiro; 
• 50% Aviso prévio. 
 
 
40 TERMINAÇÃO CONTR. E PROTEÇÃO EM FACE DA DISPENSA 
 
 
 
“Art. 484-A. O contrato de trabalho poderá ser extinto por acordo entre 
empregado e empregador, caso em que serão devidas as seguintes verbas 
trabalhistas: 
I - por metade: 
a) o aviso prévio, se indenizado; e 
b) a indenização sobre o saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço, 
prevista no § 1o do art. 18 da Lei no 8.036, de 11 de maio de 1990; 
II - na integralidade, as demais verbas trabalhistas. 
§ 1º A extinção do contrato prevista no caput deste artigo permite a 
movimentação da conta vinculada do trabalhador no Fundo de Garantia do Tempo 
de Serviço na forma do inciso I-A do art. 20 da Lei no 8.036, de 11 de maio de 
1990, limitada até 80% (oitenta por cento) do valor dos depósitos. 
§ 2º A extinção do contrato por acordo prevista no caput deste artigo não 
autoriza o ingresso no Programa de Seguro-Desemprego.” 
40 TERMINAÇÃO CONTR. E PROTEÇÃO EM FACE DA DISPENSA 
 
 
 
Força maior 
O conceito de força maior conjuga a inevitabilidade do evento conjugada com a 
ausência de culpa do empregador. Segundo a doutrina, a previsão relativa à 
forca maior é a exceção da exceção, pois quem corre o risco da atividade 
empresarial é o empregador. Assim, os arts. 501 a 504 da CLT reduzem pela 
metade as indenizações rescisórias. 
 
Ocorrendo a hipótese de forca maior nós teremos uma modalidade de 
terminação do contrato cujos efeitos correspondem aos de uma dispensa 
atenuada, vale dizer, serão devidos todos os direitos, mas, no entanto, a 
indenização pelo tempo de serviço será calculada na base e 20% do valor 
depositado, e não 40%, ou seja, pela metade. 
 
Extinção de estabelecimento x força maior 
Se a forca maior alcançar, somente, um dos estabelecimentos, tal fato não está 
a significar a impossibilidade de continuação do contrato, pois que, conforme 
previsto no art. 469, §2º da CLT, na hipótese de extinção de um único 
estabelecimento, permanecendo a atividade desenvolvida em outros, a empresa 
poderá transferir o empregado. O que o direito do trabalho busca, 
essencialmente, é proteger a continuidade da relação de emprego. 
 
• Tratando-se do estável decenal (raro em face da revogação da 
estabilidade celetista desde 05.10.88), aplica-se os arts. 477 e 478 CLT. 
• Com contrato prazo determinado: Metade da indenização prevista no art. 
479, CLT. 
• Com contrato prazo indeterminado: Decai para 20% o percentual 
rescisório – art. 18, 2º da Lei 8.036/90. 
 
Factum principis 
Considera a autoridade como responsável (municipal, estadual ou federal) pela 
paralisação temporária ou definitiva do trabalho – art. 486, da CLT. 
41 TERMINAÇÃO CONTR. E PROTEÇÃO EM FACE DA DISPENSA 
 
 
 
• Súmula nº 44 do TST: Não há previsão legal para redução de outras verbas 
rescisórias, como salário, férias e outras, mas apenas a indenizatória. Sendo 
esta a posição majoritária da doutrina, ou seja, apenas a indenização de 40% 
sobre os depósitos do FGTS, para os contratos indeterminados, (20% – art. 18, 
2º da Lei nº 8.036/90), e se contrato determinado nos moldes do art. 479, CLT. 
 
 
 
Aposentadoria 
1 - A aposentadoria por invalidez gera a suspensão do contrato de trabalho 
(CLT, art. 475). Caso o empregado recupere a capacidade para o trabalho, terá 
assegurado o direito a função que exercia à época da aposentadoria, facultado, 
no entanto, ao empregador, indenizá-lo, nos termos do 477 e 478, estável 497 
(leia-se: pela rescisão do contrato, à época do retorno). 
 
2 - Em relação à aposentadoria por invalidez, o TST não considera o seu efeito 
como de extinção do contrato de trabalho, conforme a Súmula nº 160, mas sim 
como de suspensão. 
Atenção 
Havendo comprovação de falsa alegação do motivo de força 
maior é garantido aos empregados estáveis a reintegração e a 
complementação da indenização já percebida aos não estáveis, 
assegurando a ambos ao pagamento da remuneração atrasada – 
arts. 486 e 504 CLT. 
42 TERMINAÇÃO CONTR. E PROTEÇÃO EM FACE DA DISPENSA 
 
 
Todavia, a Súmula nº 217 do STF dispõe: Após cinco anos a aposentadoria se 
tornaria definitiva. Pois a antiga Lei da Previdência determinava que após cinco 
anos, a aposentadoria por invalidez se convertia em definitiva. Gerava, por seu 
turno, a extinção do contrato de trabalho. Hoje, mesmo após cinco anos 
permanece provisória, já que, a qualquer tempo, poderá ser reconsiderada, se 
o empregado recuperar a capacidade. 
Os efeitos da aposentadoria espontânea ou voluntária era de extinção do 
contrato de trabalho, mas por força da ADIN nº 1.721-3 o STF considerou o 
§3º do art. 453 da CLT inconstitucional. Sob tal fundamento o TST editou a OJ 
361, SDI-1, cancelando a Súmula nº 295 (aposentadoria compulsória – art. 14, 
da Lei nº 8036/90), e a OJ nº 177, SDI- 1. 
3 - Aposentadoria espontânea. Unicidade do contrato de trabalho. Multa de 
40% do FGTS sobre todo o período (DJ 20, 21 e 23.05.2008) 
A aposentadoria espontânea não é causa de extinção do contrato de trabalho 
se o empregado permanece prestando serviços ao empregador após a 
jubilação. Assim, por ocasião da sua dispensa imotivada, o empregado tem 
direito à multa de 40% do FGTS sobre a totalidade dos depósitos efetuados no 
curso do pacto laboral. 
Nesse sentido, cabe transcrever o seguinte julgado: 
“Previdência social: aposentadoria espontânea não implica, por si só, extinção 
do contrato de trabalho. 1. Despedida arbitrária ou sem justa causa (CF, art. 
7º, I): viola a garantia constitucional o acórdão que, partindo de premissa 
derivada de interpretação conferida ao art. 453, caput, da CLT (redação 
alterada pela L. 6.204/75), decide que a aposentadoria espontânea extingue o 
contrato de trabalho, mesmo quando o empregado continua a trabalhar na 
empresa após a concessão do benefício previdenciário. 2. A aposentadoria 
espontânea pode ou não ser acompanhada do afastamento do empregado de 
seu trabalho: só há readmissão quando o trabalhador aposentado tiver 
encerrado a relação de trabalho e posteriormente iniciado outra; caso haja 
continuidadedo trabalho, mesmo após a aposentadoria espontânea, não se 
pode falar em extinção do contrato de trabalho e, portanto, em readmissão. 3. 
Precedentes (ADIn 1.721-MC, Ilmar Galvão, RTJ 186/3; ADIn 1.770, Moreira 
43 TERMINAÇÃO CONTR. E PROTEÇÃO EM FACE DA DISPENSA 
 
 
Alves, RTJ 168/128)” (STF, 1ª Turma, RE 449.420-5/PR, Rel. Min. Sepúlveda 
Pertence, DJU 14.10.2005). 
 
 
Extinção da empresa 
O Direito do Trabalho protege o direto adquirido e o contrato dos empregados 
em relação a qualquer alteração na estrutura jurídica da empresa e na 
mudança na propriedade da empresa não afetará os contratos de trabalho dos 
respectivos empregados (arts. 10 e 448, CLT). 
 
Trata da solidariedade, nos casos de grupo econômico – art. 2º, § 2º, CLT. 
Aliás, seguindo o princípio protetor como corolário do princípio da continuidade 
da relação de emprego, dispõe o § 2°, do art. 469, da CLT, que é permitida a 
transferência quando ocorrer extinção do estabelecimento em que trabalhar o 
empregado. 
 
Contudo, ocorrendo o encerramento das atividades do estabelecimento 
empresarial em sua totalidade, não mais existindo filiais, deixa de existir o 
vínculo empregatício, pois não há mais a relação de emprego. Inclusive, esse 
efeito entende-se que até mesmo o empregado estável, já que impossibilita a 
sua continuação ou reintegração no emprego. 
 
Com isso, cessam de imediato as garantias provisórias de emprego da gestante, 
do integrante de CIPA, do dirigente sindical, do acidentado e demais garantias 
decorrentes de lei, convenção ou acordo coletivo de trabalho ou sentença 
normativa. Mas, o empregador não se exime de suas obrigações contratuais, 
pois a extinção regular ou irregular da empresa acarreta a rescisão do contrato, 
por isso o empregador é considerado o responsável pela verbas resilitórias. 
44 TERMINAÇÃO CONTR. E PROTEÇÃO EM FACE DA DISPENSA 
 
 
 
Rescisão por extinção 
Súmula 44 do TST - AVISO PRÉVIO. CESSAÇÃO DA ATIVIDADE. CLT, ART. 
487. “A cessação da atividade da empresa, com o pagamento da indenização 
simples ou em dobro, não exclui, por si só, o direito do empregado ao aviso 
prévio”. Súmula mantida pelo Pleno do TST (Res. nº 121, de 28.10.2003). Res. 
nº 41, de 08.06.1973 - DO-GB de 14.06.1973 - Republ. no DJU, 02 ago. 1973. 
 
DIREITO DO EMPREGADO NA RESCISÃO: 
Por ocasião da extinção da empresa, são devidas as verbas rescisórias 
correspondentes a uma dispensa sem justa causa, levando em consideração o 
tempo de trabalho do empregado, tais como: 
 
a) Aviso prévio; 
b) Saldo de salários; 
c) Férias vencidas acrescidas de 1/3 constitucional - (se for o caso); 
d) Férias proporcionais acrescidas de 1/3 constitucional; 
e) 13º salário vencido - (se for o caso); 
f) 13º salário proporcional; 
g) Multa do FGTS (40%); 
h) Entrega das guias do FGTS; 
i) Entrega do formulário do Seguro-desemprego. 
 
 
Súmula n° 173 do TST - “Extinto, automaticamente, o vínculo empregatício 
com a cessação das atividades da empresa, os salários só são devidos até a 
data da extinção”. 
 
 
Atenção 
Um prejuízo ou mesmo modificará o recebimento do benefício 
previdenciário do segurado, o qual será mantido até a 
recuperação de sua capacidade para o trabalho, de acordo com 
45 TERMINAÇÃO CONTR. E PROTEÇÃO EM FACE DA DISPENSA 
 
 
 
 
 
Morte do empregador 
O falecimento do empregador não gera a extinção do contrato de trabalho, pois 
a relação de emprego não goza do atributo da pessoalidade com relação ao 
empregador. A única exceção admitida pela lei será o caso de morte do 
empregador, empresa individual, cabe a terminação por justo motivo, 
dispensado o empregado do aviso prévio, mas é ele quem pede demissão. Na 
morte do empregador pessoa física, o contrato se tornou impossível, sem culpa 
do empregado, dispensa imotivada, salvo aviso prévio pela impossibilidade de 
sua execução. 
 
Já em caso de morte do empregado considera-se igual ao pedido de demissão, 
salvo quanto ao aviso prévio pela impossibilidade de execução. 
 
Atividade proposta 
Marcilio foi admitido para trabalhar na Indústria químico-farmacêutica e em 
15/03/2013 , ele e vários colegas, foram comunicados do termino do contrato 
de trabalho e nada receberam. Inconformados ingressaram com ação 
trabalhista e a empresa reclamada alegou que não teve como pagar as verbas 
trabalhistas aos seus empregados em razão das dificuldades financeiras pelas 
quais vem passando, desde que a União e o INPI (Instituto Nacional da 
Propriedade Industrial) decidiram conceder a patente do principal medicamento 
produzido pela empresa a uma multinacional francesa. A ré relatou ainda que o 
produto em questão representava 85% de seu faturamento. Foram juntados 
vários documentos comprobatórios de suas alegações. Argumentou que havia 
ocorrido factum principis e objetivou fosse está a hipótese configurada para a 
extinção do contrato de trabalho. Analise a legislação em vigor e esclareça se 
avaliação da perícia médica da Previdência Social. 
 
As Súmulas do TST nºs 339 e 369 estabelecem que não 
há estabilidade ao cipeiro e ao dirigente sindical quando do 
encerramento da atividade empresarial. 
46 TERMINAÇÃO CONTR. E PROTEÇÃO EM FACE DA DISPENSA 
 
 
 
considera a ocorrência de factum principis e qual a consequência para o 
pagamento das verbas trabalhistas? 
 
Chave de resposta: O parágrafo 1º do artigo 486 da CLT determina que, 
havendo alegação do factum principis por parte do empregador, o Tribunal do 
Trabalho deverá notificar a pessoa de direito público apontada como 
responsável pela paralisação, para que, no prazo de 30 dias, exponha os seus 
argumentos, passando a integrar o processo. Isso é necessário, tendo em vista 
que a indenização será paga pela autoridade governamental. No caso concreto 
há fortes indícios da ocorrência desta terminação que caracteriza-se pelo ato 
unilateral da autoridade pública - municipal, estadual ou federal - capaz de 
alterar relações jurídicas privadas já constituídas, atendendo ao interesse 
público. Especificamente no âmbito trabalhista, esse ato, administrativo ou 
legislativo, impossibilita a continuidade da atividade da empresa, em caráter 
temporário ou definitivo. O artigo 486 da CLT prevê que, nessa situação, o 
empregado terá direito a receber indenização pelo fim do contrato, mas quem 
arcará com o valor será a autoridade responsável. O fato do príncipe é uma 
espécie de força maior, na forma disposta no artigo 501 da CLT. Ou seja, trata- 
se de acontecimento inevitável, para o qual o empregador não concorreu. 
 
Atividade proposta 
Marcilio foi admitido para trabalhar na Indústria químico-farmacêutica e em 
15/03/2016, ele e vários colegas, foram comunicados do termino do contrato 
de trabalho e nada receberam. Inconformados ingressaram com ação 
trabalhista e a empresa reclamada alegou que não teve como pagar as verbas 
trabalhistas aos seus empregados em razão das dificuldades financeiras pelas 
quais vem passando, desde que a União e o INPI (Instituto Nacional da 
Propriedade Industrial) decidiram conceder a patente do principal medicamento 
produzido pela empresa a uma multinacional francesa. A ré relatou ainda que o 
produto em questão representava 85% de seu faturamento. Foram juntados 
vários documentos comprobatórios de suas alegações. Argumentou que havia 
ocorrido factum principis e objetivou fosse está a hipótese configurada para a 
47 TERMINAÇÃO CONTR. E PROTEÇÃO EM FACE DA DISPENSA 
 
 
 
extinção do contrato de trabalho. Analise a legislação em vigor e esclareça se 
considera a ocorrência de factum principis e qual a consequência para o 
pagamento das verbastrabalhistas? 
 
Referências 
CASSAR, Vólia Bomfim. Direito do trabalho. 8. ed. Niterói: Impetus, 2013. 
DELGADO GODINHO, Maurício. Curso de direito do trabalho, 2013. 
OLIVEIRA, Aristeu de. Manual de prática trabalhista. 47. ed: Atlas, 2012. 
 
 
Exercícios de fixação 
Questão 1 
Considerando as previsões da CLT sobre rescisão do contrato de trabalho, é 
INCORRETO afirmar: 
a) No caso de morte do empregador constituído em empresa individual, é 
facultado ao empregado rescindir o contrato de trabalho. 
b) No caso de paralisação temporária ou definitiva do trabalho, motivada por ato 
de autoridade municipal, estadual ou federal, ou pela promulgação de lei ou 
resolução que impossibilite a continuação da atividade, prevalecerá o 
pagamento da indenização, que ficará a cargo do governo responsável. 
c) Havendo culpa recíproca no ato que determinou a rescisão do contrato de 
trabalho, não há que se falar em recebimento de indenização. 
d) Nos contratos que tenham termo estipulado, o empregador que, sem justa 
causa, despedir o empregado, será obrigado a pagar-lhe, a título de 
indenização, e por metade, a remuneração a que teria direito até o término do 
contrato. 
e) Aos contratos por prazo determinado que contiverem cláusula assecuratória do 
direito recíproco de rescisão antes de expirado o termo ajustado, aplicam-se, 
caso seja exercido tal direito por qualquer das partes, os princípios que regem a 
rescisão dos contratos por prazo indeterminado. 
48 TERMINAÇÃO CONTR. E PROTEÇÃO EM FACE DA DISPENSA 
 
 
 
 
Questão 2 
Extinção da empresa. Hipótese em que é devida a indenização substitutiva. A 
existência da empresa é pressuposto para que o salário seja devido. Ocorrendo 
o fechamento do estabelecimento, desaparece o direito do empregado às 
vantagens decorrentes da estabilidade provisória, porquanto a dispensa, nesta 
hipótese, não encontra obstáculo legal, porque não revela impedimento ou 
fraude, por parte do empregador, e reveste-se de motivo econômico. Tal, 
contudo, não ocorre quando a demissão ocorreu em virtude do encerramento 
da atividade apenas de filial da empresa demandada, hipótese em que a 
atividade da empresa não foi encerrada, mas apenas foi fechado um de seus 
estabelecimentos. 2. Revista conhecida, mas desprovida. (RR-346325/97, Ac. 
3ª T., Rel. Min. Francisco Fausto, DJ, 28 abr. 2009, p. 395). Com base no 
julgado acima, marque a resposta incorreta: 
a) Ocorrendo o fechamento do estabelecimento, desaparece o direito do 
empregado às vantagens decorrentes da estabilidade provisória. 
b) Quando a demissão ocorreu em virtude do encerramento da atividade apenas 
de filial da empresa, o empregado deve ser transferido. 
c) No caso de morte do empregador constituído em empresa individual, é 
facultado ao empregado rescindir o contrato de trabalho. 
d) Extinto, automaticamente, o vínculo empregatício com a cessação das 
atividades da empresa, os salários são só devidos após a data da extinção. 
e) A cessação da atividade da empresa, com o pagamento da indenização simples 
ou em dobro, não exclui, por si só, o direito do empregado ao aviso prévio. 
Súmula nº 44 do TST - AVISO PRÉVIO. CESSAÇÃO DA ATIVIDADE. CLT, ART. 
487. A cessação da atividade da empresa, com o pagamento da indenização 
simples ou em dobro, não exclui, por si só, o direito do empregado ao aviso 
prévio. 
 
Questão 3 
TRT-RN /FCC/ 21ª REGIÃO /Analista - Execução de Mandados/ 2003. 
O factum principis ocorre quando há... 
49 TERMINAÇÃO CONTR. E PROTEÇÃO EM FACE DA DISPENSA 
 
 
 
a) Falência da empresa. 
b) Fxtinção da empresa. 
c) Extinção da empresa por motivo de força maior. 
d) Paralisação temporária do trabalho por motivo de força maior. 
e) Paralisação temporária ou definitiva do trabalho por intervenção do Estado. 
 
 
Questão 4 
Paulo Alegria manteve vínculo empregatício com Clara das Neves, empresária 
individual que explorava o ramo de produção e vendas de brindes, durante o 
período de cinco meses e quinze dias, quando houve extinção da empresa 
individual, em razão da morte da titular. Sobre a situação proposta, considere 
as assertivas abaixo em vista da doutrina majoritária e responda. 
I. Extinto o contrato de trabalho, em razão da morte do empregador e 
consequente cessação das atividades da empresa, o empregado tem direito ao 
saldo salarial dos dias trabalhados no mês da rescisão, indenização do aviso 
prévio, 07/12 avos de 13º salário proporcional, 07/12 avos de férias 
proporcionais com 1/3, saque dos depósitos do FGTS com a indenização 
rescisória de 40%. 
II. Extinto o contrato de trabalho, em razão da morte do empregador e 
consequente cessação das atividades da empresa, o empregado não tem direito 
à indenização do aviso prévio, mas faz jus ao saldo salarial dos dias trabalhados 
no mês da rescisão, 05/12 avos de 13º salário proporcional, 05/12 avos de 
férias proporcionais com 1/3 e saque dos depósitos do FGTS sem a indenização 
rescisória de 40%. 
III. Extinto o contrato de trabalho, em razão da morte do empregador e 
consequente cessação das atividades da empresa, o empregado tem direito ao 
saldo salarial dos dias trabalhados no mês da rescisão, 06/12 avos de 13º 
salário proporcional; 06/12 avos de férias proporcionais com 1/3 e ao saque dos 
depósitos do FGTS, sem a indenização rescisória de 40%. 
IV. A morte do empregador, pessoa física ou empresário individual, nem 
sempre provoca o fim do empreendimento econômico, pois este pode ser 
mantido em funcionamento pelos respectivos herdeiros. Nesta hipótese, o 
50 TERMINAÇÃO CONTR. E PROTEÇÃO EM FACE DA DISPENSA 
 
 
 
trabalhador tem a faculdade legal de rescindir o contrato de trabalho, tendo 
direito ao recebimento das seguintes verbas: 06/12 avos de 13º salário 
proporcional, 06/12 avos de férias proporcionais com 1/3 e ao saque dos 
depósitos do FGTS sem a indenização rescisória de 40%. 
a) As assertivas I e IV são corretas 
b) As assertivas I e II são corretas 
c) Apenas a assertiva III é correta 
d) Nenhuma assertiva é correta 
e) As assertivas II e IV são corretas 
 
 
Questão 5 
Marialva da Silva manteve vínculo de emprego com Dorvalino das Dores, 
empresário individual, dedicado ao comércio de cosméticos, durante dois meses 
e quatorze dias. Pediu demissão, mas como não conseguiu outra colocação 
trinta dias depois da saída resolveu retornar ao antigo emprego, sendo 
readmitida. Trabalhou então durante sete meses e quinze dias, quando houve 
extinção da empresa, em razão da morte do titular. À luz das disposições legais 
que regulam a matéria, considere as assertivas abaixo: 
I - A morte do empregador, que seja pessoa física ou empresário individual, 
nem sempre provoca o fim do empreendimento econômico, pois este pode ser 
mantido em funcionamento pelos respectivos herdeiros. 
II - Extinto o contrato de trabalho, em razão da morte do empregador e 
consequente cessação das atividades da empresa, a empregada tem direito, 
dentre outros, à indenização do aviso prévio, 13º salário proporcional, férias 
proporcionais à razão de 11/12 e respectivo terço constitucional. 
III - Extinto o contrato de trabalho, em razão da morte do empregador e 
consequente cessação das atividades da empresa, a empregada tem direito, 
dentre outros, a 13º salário proporcional, a férias proporcionais à razão de 8/12 
e respectivo terço constitucional. 
IV - Extinto o contrato de trabalho, em razão da morte do empregador e 
conseqüente cessação das atividades da empresa, a empregada não tem direito 
50 TERMINAÇÃO CONTR. E PROTEÇÃO EM FACE DA DISPENSA 
 
 
 
à indenização do aviso prévio. Tem direito, contudo, a 13º salário proporcional 
e a fériasproporcionais. 
a) I e IV 
b) I e II 
c) I e III 
d) Nenhuma 
e) III e IV 
51 TERMINAÇÃO CONTR. E PROTEÇÃO EM FACE DA DISPENSA 
 
 
 
 
 
Aula 3 
Exercícios de fixação 
Questão 1 - C 
Justificativa: Art. 484, CLT, C/C Súmula nº 14, TST 
 
 
Questão 2 - E 
Justificativa: Súmula nº 173 do TST. 
 
 
Questão 3 - E 
Justificativa: Art. 486 da CLT. 
 
 
Questão 4 - A 
Questão 5 - B 
	Introdução
	Conteúdo
	Terminologia
	Extinção
	Cessação
	Terminação
	ruptura contratual:
	Arnaldo Sussekind
	Vólia Bonfim
	Ao longo desta aula vamos estudar separadamente cada uma das hipóteses de terminação do contrato de trabalho e suas consequências para empregado e empregador.
	Extinção contratual – princípios aplicáveis
	Imperatividade das Normas Trabalhistas
	Indisponibilidade dos Direitos Trabalhistas
	Inalterabilidade Contratual
	Primazia da realidade
	Princípio da continuidade da relação de emprego
	Constituição Federal de 1988
	Princípio das presunções favoráveis ao trabalhador
	Princípio da norma mais favorável
	Restrições à extinção contratual
	Restrições a contrato a termo
	Estabilidade e garantias de emprego
	Interrupção e suspensão do contrato de trabalho
	Extinção contratual – evolução jurídica na Brasil
	Antigo modelo celetista
	O FGTS e a liberação do mercado de trabalho
	Atividade proposta
	Referências
	Exercícios de fixação
	Questão 1
	Considere as seguintes proposições e responda:
	Questão 2
	Questão 3
	Questão 4
	Questão 5
	Aula 1
	Exercícios de fixação
	Introdução
	Conteúdo
	Extinção dos contratos por tempo determinado
	Extinção Normal
	Características
	Exemplo
	Extinção Anormal
	Característica
	Exemplo
	Atividade proposta
	Atividade proposta
	Contratos por prazo determinado
	Rescisão de contrato por parte do empregador
	Serão devidas as seguintes verbas trabalhistas:
	Atividade proposta
	Aprenda Mais
	Referências
	Exercícios de fixação
	Questão 1
	Questão 2
	Questão 3
	Questão 4
	Questão 5
	Aula 2
	Exercícios de fixação
	Introdução
	Conteúdo
	Culpa recíproca
	São requisitos da culpa recíproca:
	Culpa recíproca: legislação x direitos
	Legislação
	Direito
	Força maior
	Extinção de estabelecimento x força maior
	Aposentadoria
	Extinção da empresa
	Rescisão por extinção
	DIREITO DO EMPREGADO NA RESCISÃO:
	Morte do empregador
	Atividade proposta
	Atividade proposta
	Referências
	Exercícios de fixação
	Questão 1
	Questão 2
	Questão 3
	Questão 4
	Questão 5
	Introdução
	Conteúdo
	Demissão por justa causa
	Conceito
	Atividade proposta
	Do desaparecimento dos sujeitos
	Da dispensa por justa causa
	Sistemas da justa causa
	GENÉRICO
	TAXATIVO
	MISTO
	SUBJETIVOS
	OBJETIVOS
	Pressupostos
	Ausência de perdão tácito
	Comunicação da dispensa
	Rescisão indireta
	Exemplo
	Rescisão de Contrato de Trabalho
	Da dispensa por justa causa
	Referências
	Exercícios de fixação
	Questão 1
	Questão 2
	Questão 3
	Questão 4
	Questão 5
	Aula 4
	Exercícios de fixação
	Introdução
	Conteúdo
	Pagamento de rescisórios
	Atividade proposta
	Homologação
	Multas
	Suspensão Contratual:
	Prazo para pagamentos
	Prazo para pagamento das verbas rescisórias – art. 477 e o art. 467 da CLT
	Formas de pagamentos
	Estatais: exclusão da pena do art. 477 e 467 da CLT
	A quem se aplica o Art. 467
	Aplicação de Ofício pelo Juiz
	Referências
	Exercícios de fixação
	Questão 1
	A respeito do pagamento das verbas rescisórias, assinale a alternativa correta.
	Questão 2
	Questão 3
	Questão 4
	Questão 5
	Aula 5
	Exercícios de fixação
	Atividade Proposta
	Aula 6: Aviso prévio
	Introdução
	Conteúdo
	Aviso Prévio
	Natureza jurídica
	Aviso prévio proporcional, prazo e retratação, e renúncia
	Aviso prévio proporcional
	Prazo e retratação
	Renúncia
	Efeitos
	II – O cálculo da multa de 40% do FGTS deverá ser feito com base no saldo da conta vinculada na data do efetivo pagamento das verbas rescisórias, desconsiderada a projeção do aviso prévio indenizado, por ausência de previsão legal.
	Finalidade
	Base de cálculo do aviso prévio
	Cabimento
	Pergunta-se:
	Contrato a termo, estabilidade e contribuições previdenciárias
	Referências
	Exercícios de fixação
	Questão 1
	Questão 2
	Questão 4
	Questão 5
	Atividades Propostas
	Aula 6
	Exercícios de fixação
	Introdução
	Conteúdo
	Estabilidade e garantia do emprego
	Atividade proposta
	Aprenda Mais
	Referências
	Exercícios de fixação
	Questão 1
	Questão 2
	Questão 3
	Questão 4
	Questão 5
	Aula 7
	Exercícios de fixação
	Introdução
	Conteúdo
	Fundo de garantia por tempo de serviço - FGTS
	O que é o FGTS?
	Natureza jurídica
	Arnaldo Süssekind
	Fábio Leopoldo de Oliveira
	Amauri Mascaro Nascimento
	Délio Maranhão
	Marthins Catharino
	Sérgio Pinto Martins
	O novo prazo prescricional de cobrança de verbas de FGTS
	Prescrição do FGTS
	PROCEDIMENTOS PARA SAQUE DO FGTS:
	Expurgo inflacionário
	Expurgo Inflacionário
	Aprenda Mais
	Material complementar: Acórdão: TST - Sex, 13 Set 2013 09:27:00) - Processo: RR-14740 58.1996.5.01.0063:
	Referências
	Exercícios de fixação
	Questão 1
	Questão 2
	Questão 3
	Questão 4
	Questão 5
	Aula 8
	Exercícios de fixação

Outros materiais