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Exame de imagem diagnóstico que permite visualizar em tempo real qualquer órgão ou tecido do corpo; • Procedimento de rotina; • Antes: exame físico, raio x e laparotomia exploratória; • Não invasivo; • Não utiliza radiação ionizante. Objetivos: Obtenção de imagens acuradas, referentes: • Tamanho; • Forma; • Arquitetura interna; • Ecotextura; • Contorno de órgãos. A ultrassonografia baseia-se na produção de imagens pelo uso de ondas de alta frequência. Conceitos: • Ondas sonoras: vibrações que penetram o ouvido humano, produzindo sensações auditivas; o Frequência entre 20 Hz até 20000 Hz: ▪ 20Hz: infrassom; ▪ 20.000 Hz: ultrassom (vibração sonora com frequência superior a 20.000 Hz, ou seja, inaudível ao ouvido humano). • Frequência: número de vezes que uma onda é repetida por segundo. • Eco: repetição de um som que se dá pela reflexão de uma onda sonora por uma superfície ou um objeto (reflexão do som). • Ultrassonografia: grafia do ultrassom; • Grafia: representação escrita de uma palavra ou som; • Ultrassom: vibração sonora com frequência superior a 20000 Hz, inaudível ao ouvido humano. Ultrassonografia: representação imaginológica das vibrações sonoras. Histórico: 1794: • Estudos em morcegos – desviavam de obstáculos mesmo não enxergando e capturavam suas presas no ar. Se eram impedidos de ouvir, não conseguiam caçar nem se orientar no vôo. 1880: • Descoberta do efeito piezelétrico – 1ª Guerra Mundial (1914 – 1918): geradores de sons para orientação embaixo d’água: emitir e receber ondas ultrassonográficas. 1940: • Utilizado pela primeira vez em medicina diagnóstica. 1970: • Início da aplicação da ultrassonografia em tempo real e imagens em escala de cinza. ultrassonografia 1980: • Início da utilização da técnica em reprodução animal; 1982: • Desenvolvimento da técnica em reprodução de bovinos; • Uso via transretal. 1983: • Uso da ultrassonografia para diagnóstico trans-abdominal em cães. Equipamento: Transdutor: • Emite e receber as ondas de ultrassom que serão posteriormente decodificadas; • Construído com materiais de propriedades piezelétrica; • Converte uma forma de energia em outra. Efeito piezelétrico: • Carga elétrica é aplicada a um cristal piezelétrico; • O material se deforma e cria uma onda sonora e quando as ondas sonoras são aplicadas aos cristais piezelétricos, eles produzem um sinal elétrico; • Transforma energia elétrica em sonora e vice-versa. Tipos de transdutores: • Linear: múltiplos cristais dispostos em linha; • Convexo e micro-convexo: variações do modelo linear. Formação da imagem: • Formada a partir de ecos que retornam dos tecidos ao transdutor; • Analisador pelo computador; • Transformados em imagem – escala de cinza. Características das ondas: Frequência: nº de ondas por segundo (ciclos). • A frequência é expressa em milhões de ciclos por segundo; • Ultrassom: 2 a 15 MHz → 2 a 15.000.000 ciclos/s. Comprimento: distância em que o fenômeno se repete; Amplitude: intensidade sonora. Frequência e comprimento de onda são inversamente proporcionais • A profundidade com que a onda sonora penetra em tecidos moles é diretamente relacionada com a frequência utilizada; • Ondas de alta frequência são mais atenuadas que as de baixa frequência; • Melhorando a resolução, com o aumento da frequência, ocorrerá um menor penetração de onda de ultrassom. Frequência do transdutor: • Cães de médio porte – 5 MHz; • Cães e gato de pequeno porte – 7,5 MHz; • Cães de grande porte – 3,5 MHz. Velocidade: • Taxa na qual o som se propaga por um meio acústico; • Constante para cada material, dependendo de suas propriedades elásticas e densidade; • Com exceção do ar, pulmão e osso, os demais tecidos e órgãos possuem densidades muito próximas; o Aparelhos calibrados – 1.540m/s10. Atenuação: • Redução da intensidade em função da distância percorrida; • Quanto maior a distância percorrida, maior será a atenuação; • Quanto mais distante for a interface que reflete o eco, mais fraco será o eco de retorno. Interação do som com os tecidos: Impedância acústica: • Capacidade que os tecidos possuem de resistir ou impedir a transmissão do som; • Depende da densidade física do tecido e da velocidade do som através dele; • As diferenças de impedância acústica entre um tecido e outro determinam quanto da onda sonora é refletido (ecos); • Zonas de mudança de impedância – espelho – havendo a reflexão. Frequência alta Baixo comprimento de onda Melhor resolução Frequência ALTA Penetração MENOR Frequência BAIXA Penetração MAIOR Pulmão: milhares de interfaces ar/tecido refletem mais de 99% das ondas. Janela acústica: • Conseguir driblar os impedimentos naturais à passagem do som; • Mudança de decúbito do paciente; • Mudança da angulação do feixe sonoro; • Utilização de estruturas adjacentes com características ideais. Modos de disposição dos ecos: Modo A – Amplitude: • A profundidade na qual os ecos são originados é disposta em picos, originando uma linha vertical e a altura dos picos representa a amplitude de retorno dos ecos. Modo M – Movimento: • Representação gráfica de estruturas em movimento; • A partir de uma imagem em modo B, a região a ser avaliada pelo modo M é escolhida, geralmente representada na tela como uma linha; • Quando o feixe sonoro uma estrutura fixa, permanece reta, mas ao atravessar uma estrutura em movimento surge uma curva correspondente ao deslocamento dessa estrutura; • O brilho dos pontos é proporcional à força dos ecos, como no modo B. Doppler: • Informações em tempo real; • Medir e avaliar se há fluxo sanguíneo, seu sentido e velocidade nas artérias e veias; • Efeito Doppler – princípio físico que se verifica a alteração da frequência das ondas sonoras refletidas quando o objeto (corpo) refletor se move em relação a uma fonte de onda sonora; • Transdutor – capta o movimento de objeto analisado: frequência incidente sobre o objeto; o Aumento da reposta quando ambos se aproximam e redução quando se afastam. Caracterização tecidual: Anecogênico: ausência de ecos – preto; Ecogênico: presença de ecos – branco ao cinza; Hiperecogênico: ecos brilhantes, estruturas altamente reflexivas – branco; Hipoecogênico: ecos esparsos, reflexão intermediária (cinza); Isoecogênico: estruturas com a mesma ecotextura ou ecogenicidade.
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