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Alcool x Barbiturato

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Álcool x Barbiturato (GABA)
Primeiro slide 
· Ação inibitória do álcool e do barbiturato
O álcool é uma droga psicotrópica, isto é, uma substancia que atua no sistema nervoso central do organismo, causando modificações fisiológicas ou de comportamento. É considerado uma droga dose-dependente por apresentar diferentes ações em diferentes dosagens. Em quantidades moderadas, essa droga apresenta uma função estimulante que causa euforia, desinibica, alegria; porem, é verdadeiramente encaixada na classe de drogas depressoras, pois bloqueia consideravelmente o funcionamento normal do sistema nervoso. O córtex cerebral possui uma função integradora de estímulos e ações; função essa que é inibida sob o efeito do álcool. Resultado disso? Pensamentos desorganizados e confusos, perda de equilíbrio e atenção, de memoria, perdas motoras, letargia, confusão, amnesia, perda de sensações, dificuldade de respiração e ate a morte. O álcool, assim como outras drogas, é um potencial desregulador dessa balança; porem, é considerada uma droga depressora, pois tende a aumentar as neurotransmissores inibitórias, diminuir as neurotransmissores excitatórias ou combinar as duas ações. O acido gama-aminobutirico (GABA) é o principal transmissor inibitório do nosso cérebro e um dos mais afetados com a ingestão do álcool. O GABA fica armazenado em vesículas na extremidade distal do neurônio, ate que um estimulo promova a fusão dessas vesículas com a fenda pré-sináptica e o conteúdo dessas vesículas seja liberado no espaço sináptico, nos neurônios pós-sinápticos, estão incrustados receptores GABAaérgicos ( alfa-GABA e beta-GABA), aos quais estão acoplados canais de cloro e associados receptores benzodiazepínico, o que forma um complexo funcional. O acoplamento de transmissor ao seu receptor promove um aumento na frequência de abertura desses canais de cloro, permitindo um maior influxo deste íon para o meio intracelular, tornando-o mais negativo, promovendo hiperpolarização neuronal, essa hiperpolarização da membrana diminui a probabilidade desta gerar um potencial de ação. Depois de algum tempo, o GABA se desprende de seu receptor e é retirado da fenda sináptica por bombas de recaptação, que os transportam para o neurônio pré-sináptico.
Segundo slide
inibição do barbiturato pelo álcool 
Uma interação muito relevante é potencialização do efeito depressor do SNC do álcool por ansiolíticos, hipnóticos e sedativos. A depressão resultante desta interação é bem maior que a simples soma dos efeitos. Consistindo, com frequência, grave ameaça à vida. Nessas circunstâncias, a morte pode advir por falência cardiovascular, depressão respiratória ou grave hipotermia. A intoxicação por álcool aumenta a sensibilidade aos efeitos depressores gerais dos barbituratos. Ambas as substâncias têm efeito depressor porque inibem o disparo neuronal, o qual está diretamente ligado ao canal de cloreto ativado por  γ-aminobutirato, que interage com as duas substâncias. As doses normalmente prescritas de barbituratos são letais quando aliadas ao etanol.
O álcool inibe o metabolismo dos barbituratos, aumentando assim o tempo que esta substância permanece ativa no corpo. Isso ocorre porque a hidroxilação de barbituratos pelo sistema citocromo P450 NADPH-dependente do retículo endoplasmático do fígado é evitada pelo etanol; assim, menos compostos hidrossolúveis dos barbituratos são formados para serem eliminados pelos rins e bile. Os níveis sanguíneos altos de barbituratos provocam uma maior depressão do SNC.
Terceiro slide
 Tolerância cruzada:
INTERAÇÃO ENTRE ÁLCOOL E BARBITURATOS
O consumo crônico de álcool altera a sensibilidade aos barbituratos e induz os citocromos P450 do retículo endoplasmático do fígado envolvidos nas reações de hidroxilação de drogas. Desta forma, o alcoólatra consegue metabolizar os barbituratos mais rapidamente. Um cenário clínico comum é o de que o alcoólatra tem problemas para dormir mesmo após o consumo de várias pílulas contendo barbituratos, porque seu corpo tem capacidade aumentada de metabolizar essa substância. Assim, ele consome cada vez mais pílulas, ingerindo em seguida etanol, o que pode acarretar um estado de coma, com depressão do sistema respiratório, podendo chegar à letalidade.
 
CONCLUSÃO - A mistura de álcool e barbituratos, ambos depressores do SNC, é potencialmente perigosa, visto que o etanol provoca uma permanência de níveis altos de barbituratos no sangue durante um período prolongado, o que potencializa os efeitos desta substância no corpo, ou seja, eleva exponencialmente a depressão do sistema nervoso central, o que pode ocasionar coma ou letalidade

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