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ANÁLISE LABORATORIAL DE AUTOANTICORPOS

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1 SA2 – Reumatologia – Laís Reis 
LABORATÓRIO EM REUMATOLOGIA 
 
AUTO ANTICORPOS 
São imunoglobulinas que reconhecem antígenos 
presentes nas células e nos órgãos do próprio individuo 
 
Está presente em várias doenças reumatológicas: 
- Lúpus eritematoso sistêmico 
- Esclerose sistêmica 
- Síndrome de Sjorgen 
- Artrite Reumatoide 
- Síndrome do Anticorpo antifosfolípide 
 
- A presença de auto anticorpos não é específica de auto 
imunidade, deve ser interpretada dentro de um contexto 
clinico especifico 
Ex: hipotireoidismo de Hashimoto 
 
- Autoanticorpos naturais: geralmente polirreativos e não 
tem antígeno específico, com baixos títulos, baixa avidez e 
não sabe-se porque acontece, se são apenas uma quebra 
de tolerância, mas não vai ter doença com o tempo. 
 
AUTO-ANTICORPOS MARCADORES DE DOENÇA 
A ocorrência desses anticorpos em indivíduos hígidos é 
extremamente improvável 
 
FATOR ANTINÚCELO (FAN) 
- Exame de dosagem de substâncias no núcleo da célula 
- Geralmente usa-se células de tumor de laringe (CÉLULAS 
HELP 2), pois essas estão se proliferando 
- Esse exame pesquisa autoanticorpos presentes no 
núcleo, mas também no nucléolo, membrana celular, 
organelas citoplasmáticas e aparelho mitótico 
- Pega-se o soro e acrescenta corante 
O que observar? 
- Presença ou ausência de autoanticorpos 
- Concentração do autoanticorpos no soro, quantas vezes 
foi preciso diluir para o anticorpo sumir? (titulação) 
- Padrão de fluorescência: essa é a de maior relevância, 
pois o padrão morfológico pode sugerir algumas 
especificidades, por exemplo, quais organelas foram 
encontradas autoanticorpos e pra onde esse era dirigido 
 
Tipos de FAN: 
 
FAN é positivo na maioria das condições reumatológicas 
autoimunes, mas também em diversas condições 
inflamatórias crônicas, neoplasias e até em indivíduos 
saudáveis. Por isso, deve-se atentar a clínica em FAN 
positivo 
FAN positivo é pouco específico, necessitando de uma 
interpretação integrada do título, padrão de 
imunofluorescência e contexto clinico 
Exemplos de relevância: 
- Nuclear homogêneo: Anti DNA nativo – LES 
- Pontilhado fino: Ro e La – Síndrome de Sjorgen e LES 
- Citoplasmático pontilhado reticulado: Anti Mitocôndria – 
Cirrose Biliar Primária 
 
 
 
 
 
 
 
2 SA2 – Reumatologia – Laís Reis 
 
 
 
 
FONTE: 3º CONSENSO BRASILEIRO PARA PESQUISA DE 
AUTOANTICORPOS EM CÉLULAS HELP-2 
 
ANTI ENA (ANTÍGENOS NUCLEARES EXTRAÍDOS) 
- Antígenos celulares extraíveis a partir de tecidos 
homogeneizados em soluções salinas. Esses são 
marcadores de doença específicos e podem ser dosados 
pelo SUS 
Ex: Anti RO/SS-A, Anti LA/SS-B, Anti-RNP, Anti-Sm, Anti-
Scl-70, anti JO1, entre outros 
 
Anti-SM 
- Específico do LES 
- Frequência de 10-15% em indivíduos caucasoides e 30-
40% em negros 
Anti-RNP 
- Pode ser marcador de LES, mas quando aparece sozinho 
é marcador da Doença Mista do Tecido Conjuntivo 
(DMTC) 
 
Anti SS-A (RO) 
- Presente na Síndrome de Sjorgen e no LES 
- Na SS primária: presente em 75% dos pacientes 
- No LES: presente em 50% dos pacientes 
*Paciente grávida com LES e RO e LA positivos deve ter 
gravidez acompanhada, já que pode ocorrer passagem 
pela placenta desse autoanticorpos, ocorrendo lúpus 
cutâneo neonatal e bloqueio cardíaco completo congênito 
 
Anti SS-B (LA) 
- Quase sempre associados ao anti RO na SS primária (40-
50%), no LES (10-15%), no bloqueio cardíaco congênito 
(90%) e no Lúpus neonatal (70%) 
 
FATOR REUMATOIDE 
Anticorpos que reconhecem epítopos presentes na fração 
cristalizável da molécula de IgG, a maioria desses 
anticorpos é da classe M, porém são encontrados FR em 
classe IgG e IgA 
- Presente em 70-90% dos pacientes com Artrite 
Reumatoide, no entanto não é específico dessas doença 
- Após os 65 anos pode ser FR+ em até 25% das pessoas 
 
Doenças associadas a FR positivo: 
Autoimune: AR; Sd Sjorgen; DMTC; Esclerodermia; 
Vasculites; Cirrose Biliar primária 
Infecções crônicas: Endocardite subaguda; Tuberculose; 
Hanseníase; Sífilis; Hepatite B; Hepatite C 
Outras patologias: Sarcoidose; Silicose; Malignidade; 
Fibrose Pulmonar idiopática; Idade >65 anos 
 
ATENÇÃO: Algumas doenças infecciosas podem estimular 
a produção de FR, o que prova que nem sempre FR+ é 
diagnóstico de autoanticorpos. Tratando essas como AR, 
diminuirá a imunidade por causa dos medicamentos e 
consequentemente piora o quadro infeccioso. 
 
ANTICORPOS CONTRA PEPTÍDEOS CITRULINADOS 
CÍCLICOS (Anti CCP) 
Citrulina: aminoácido neutro que não é codificado 
geneticamente, as proteínas contendo citrulina surgem 
por meio de uma modificação pós translação, onde uma 
reação enzimática converte resíduos de arginina em 
citrulina. 
- Presença de anti CCP: específica para AR (70-80% para 
AR estabelecida e 50% na AR inicial) 
- Quando se compara ao FR, a Anti CCP surge mais 
precoce e tem maior especificidade 
 
Anti Estreptolisina O (ASLO) 
- Surge quando paciente faz uma faringoamigdalite pelo 
streptococcus ou quando tem contato com sreptococcus, 
assim é produzido um anticorpo 
- Pode estar presente na Febre Reumática, quando se tem 
inflamação de repetição 
- Presença de ASLO quer dizer que teve-se contato com o 
Streptococcus

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