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anatomia humana

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Unidade 1
Livro Didático 
Digital
Mariana Gisely Amarante Teixeira da Cunha
Anatomia Humana
Diretor Executivo 
DAVID LIRA STEPHEN BARROS
Diretora Editorial 
ANDRÉA CÉSAR PEDROSA
Projeto Gráfico 
MANUELA CÉSAR ARRUDA
Autora 
MARIANA GISELY AMARANTE 
TEIXEIRA DA CUNHA
Desenvolvedor 
CAIO BENTO GOMES DOS SANTOS
A AUTORA
Mariana Gisely Amarante Teixeira da Cunha
Olá. Meu nome é Mariana Gisely Amarante Teixeira da Cunha. Sou 
formada em Fisioterapia, mestre e doutora em Ciências no programa 
de pós graduação em Biologia Celular e Molecular da Fiocruz, fiz pós 
doutorado no Instituto D’or de Pesquisa e Ensino. Possuo experiência 
técnico-profissional na área de Fisioterapia e Biologia Celular e Molecular 
de mais de 10 anos anos. Passei por empresas com a Universidade Estácio 
de Sá e trabalhei por mais de 10 anos com pesquisa básica e clínica em 
Sepse na Fiocruz. Sou apaixonado pelo que faço e adoro transmitir minha 
experiência de vida àqueles que estão iniciando em suas profissões. 
Por isso fui convidada pela Editora Telesapiens a integrar seu elenco de 
autores independentes. Estou muito feliz em poder ajudar você nesta fase 
de muito estudo e trabalho. Conte comigo!
Olá. Meu nome é Manuela César de Arruda. Sou a responsável pelo 
projeto gráfico de seu material. Esses ícones irão aparecer em sua trilha 
de aprendizagem toda vez que:
ICONOGRÁFICOS
INTRODUÇÃO: 
para o início do 
desenvolvimento de 
uma nova com-
petência;
DEFINIÇÃO: 
houver necessidade 
de se apresentar um 
novo conceito;
NOTA: 
quando forem 
necessários obser-
vações ou comple-
mentações para o 
seu conhecimento;
IMPORTANTE: 
as observações 
escritas tiveram que 
ser priorizadas para 
você;
EXPLICANDO 
MELHOR: 
algo precisa ser 
melhor explicado ou 
detalhado;
VOCÊ SABIA? 
curiosidades e 
indagações lúdicas 
sobre o tema em 
estudo, se forem 
necessárias;
SAIBA MAIS: 
textos, referências 
bibliográficas e links 
para aprofundamen-
to do seu conheci-
mento;
REFLITA: 
se houver a neces-
sidade de chamar a 
atenção sobre algo 
a ser refletido ou 
discutido sobre;
ACESSE: 
se for preciso aces-
sar um ou mais sites 
para fazer download, 
assistir vídeos, ler 
textos, ouvir podcast;
RESUMINDO: 
quando for preciso 
se fazer um resumo 
acumulativo das 
últimas abordagens;
ATIVIDADES: 
quando alguma 
atividade de au-
toaprendizagem for 
aplicada;
TESTANDO: 
quando o desen-
volvimento de uma 
competência for 
concluído e questões 
forem explicadas;
SUMÁRIO
Introdução a Anatomia Humana ........................................................11
Definição.... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .11
Abordagens anatômicas............................................................................................................12
Termos anatômicos........................................................................................................................13
Variações Anatômicas................................................................................................................20
Pele e anexos.................................................................................................21
Sistema esquelético...................................................................................30
Conceito, função e divisão do esqueleto.......................................................................30
Número e classificação dos ossos....................................................................................32
Principais acidentes ósseos do esqueleto axial......................................................34
Ossos do crânio.............................................................................................................37
Vértebras cervicais......................................................................................................43
Vértebras torácicas.....................................................................................................47
Vértebras lombares....................................................................................................48
Sacro.........................................................................................................................50
Cóccix........................................................................................................................51
Costelas............................................................................................................................51
Esterno.... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .54
Principais acidentes ósseos do esqueleto apendicular...................55
Membro superior.......................................................................................55
Ossos das mãos.........................................................................................60
Membro inferior.........................................................................................61
Osso do quadril..........................................................................................63
Ossos da Coxa e da perna..............................................................64
Ossos dos pés ..........................................................................................66
Sistema articular..........................................................................................69
Conceito e classificação das articulações.................................................................69
Articulação sinovial........................................................................................................................74
Anatomia Humana8
01
LIVRO DIDÁTICO DIGITAL 
UNIDADE
Anatomia Humana 9
Você sabia que a área Fisioterapia é uma das maiores demandas 
do mercado de trabalho, e será responsável pela geração de muitos 
empregos nos próximos anos? Isso mesmo. O conhecimento da Anatomia 
Humana é fundamental para que o fisioterapeuta consiga atuar de forma 
eficaz. A anatomia é a base da formação do Fisioterapeuta. O profissional de 
excelência precisa conhecer muito bem a anatomia. Neste módulo faremos 
uma introdução à anatomia humana, focando nas principais terminologias 
anatômicas. Estudaremos a morfofisiologia da pele e anexos, dos sistemas 
esquelético e muscular. Sua principal responsabilidade é aprender os 
conceitos, as considerações gerais e as abordagens anatômicas, além 
de compreender a morfofisiologia dos sistemas esquelético e muscular 
humano, sendo capaz de correlacionar as principais estruturas anatômicas 
dos sistemas esquelético e muscular com a prática clínica. Entendeu? Ao 
longo desta unidade letiva você vai mergulhar neste universo!
INTRODUÇÃO
Anatomia Humana10
Olá. Seja muito bem-vindo à Unidade I. Nosso objetivo é auxiliar 
você no desenvolvimento das seguintes competências profissionais até o 
término desta etapa de estudos:
 • Conceituar anatomia e as abordagens anatômicas.
 • Adquirir competências específicas de observação, de 
comunicação em linguagem anatômica e de trabalho com 
modelos anatômicos.
 • Compreender a morfofisiologia dos sistema esquelético 
humano.
 • Estar apto para correlacionar as principais estruturas 
anatômicas do sistema esquelético com a prática clínica
Então? Preparado para uma viagem sem volta rumo ao conhecimento 
de Anatomia Humana? Ao trabalho!
OBJETIVOS
Anatomia Humana 11
Introdução a Anatomia Humana 
OBJETIVO
Ao término deste capítulo você será capaz de conceituar ana-
tomia humana, as abordagens, termos e variações anatômi-
cas. Isto será fundamental para o exercício de sua profissão. 
As pessoas que tentaram estudar a anatomiahumana sem a 
devida instrução tiveram problemas na atuação como Fisiote-
rapeuta. O fisioterapeuta utiliza seu conhecimento de anato-
mia no seu dia a dia de atendimento. E então? Motivado para 
desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante!
Definição
O termo “anatomia” vem da palavra grega temnein, que significa 
“cortar” (DRAKE, VOGL; MITCHEL, 2015). A Anatomia é o estudo das 
estruturas e funções do corpo Humano, que podem ser observadas 
macroscopicamente e microscopicamente (Figura 1). Neste e-book 
iremos abordar principalmente a anatomia macroscópica. O estudo da 
anatomia pode ser por meio da visualização e dissecção de cadáveres, 
visualização em modelos de plástico, ou mesmo em livros e por meio do 
ensino no computador (Em módulos de ensino a distância).
Figura 1:A Anatomia Humana estuda a macroscopia e a microscopia do corpo humano.
Fonte: @Stockphoto
Anatomia Humana12
Abordagens anatômicas
Na anatomia humana existem 3 tipos de abordagens:
 • A anatomia regional, onde o corpo é estudado por re-
giões, tais como cabeça, pescoço, tórax, abdome, dorso, 
pelve/períneo, membros superiores e membros inferiores 
(MOORE; DALLEY, 2001). 
 • A anatomia sistêmica, que estuda o corpo por meio de sis-
temas: tegumentar (pele e anexos), esquelético (ossos e 
cartilagens), articular (articulações e ligamentos associa-
dos), muscular, nervoso (que inclui o sistema nervoso cen-
tral e o sistema nervoso periférico), circulatório (sistema 
cardiovascular e linfático), digestório (composto pelos ór-
gãos responsáveis pela ingestão, mastigação, deglutição, 
digestão e absorção de alimento e a eliminação de fezes), 
respiratório (vias aéreas superiores e inferiores), urinário 
(rins, ureteres, bexiga e uretra), genital (órgãos envolvidos 
com a reprodução), endócrino (glândulas). 
 • A anatomia clínica, que enfatiza os aspectos de estruturas 
e funções do corpo humano, que tem importância para a 
prática das disciplinas da área da saúde, como medicina, 
fisioterapia, enfermagem, biomedicina e outras.
IMPORTANTE
Neste e-book iremos enfatizar a anatomia sistêmica, onde 
estudaremos de forma detalhada cada sistema. Na primei-
ra unidade estudaremos a pele e anexos, os sistemas es-
quelético e articular.
Para compreender melhor a anatomia humana, devemos ir além 
de memorizar os nomes e estruturas, devemos compreender e visualizar 
as estruturas em modelos anatômicos. Devemos sempre transpor 
conhecimento de anatomia para o dia a dia da prática clínica, avaliando o 
Anatomia Humana 13
paciente, por exemplo através da anatomia palpatória (durante o exame 
físico), da avaliação de grau de força muscular, ou da identificação das 
diferentes estruturas anatômicas em exames complementares (como 
radiografias, ultrassonografias, ressonância nuclear magnética, tomografia 
computadorizada, entre outros).
Termos anatômicos
Dentro da anatomia nós temos termos anatômicos importantes:
 • Posição Anatômica 
 • Planos anatômicos
 • Termos de posição
A posição anatômica tem grande importância para o conhecimento 
da anatomia e para uma boa avaliação do paciente. Para estar na posição 
anatômica o corpo deverá estar com (Figura 2):
 • A posição ereta
 • Os pés juntos
 • As mãos ao lado do corpo com a região palmar voltada 
para frente
 • Face olhando para frente
Anatomia Humana14
Figura 2:Posição anatômica. 
Fonte: @Commons
Para que um indivíduo fique em posição anatômica ele deve estar: 
ereto, com a face voltada para frente, olhando para frente, com os pés 
unidos, mãos ao lado do corpo com a região palmar olhando para frente. 
Os planos anatômicos atravessam o corpo humano que se encontra 
na posição anatômica, como podemos observar na figura 3. Nós temos 
o plano frontal (que divide o corpo em região anterior e posterior), o 
plano sagital (que divide o corpo em partes esquerda e direita), plano 
transversal/horizontal/axial (divide o corpo em partes superior e inferior) 
(DRAKE; VOGL; MITCHEL, 2015).
Anatomia Humana 15
Figura 3: Planos que atravessam o corpo humano. 
Fonte: @Commons
Os planos que atravessam o corpo humano são o sagital, o frontal 
ou coronal, o horizontal/transverso. 
IMPORTANTE
Nós perguntamos então, qual é a importância do conheci-
mento dos planos anatômicos? O conhecimento dos pla-
nos anatômicos é importante para a melhor compreensão 
dos movimentos articulares, que sempre ocorrem dentro 
dos planos anatômicos, bem como para o reconhecimento 
das estruturas anatômicas após a dissecção de cadáveres 
humanos (PINA, 1999).
Anatomia Humana16
Outro conhecimento importante para vocês adquirirem são os 
termos de posição (Figura 4):
 • Anterior (ventral) e posterior ou dorsal. O termo anterior 
se refere às estruturas que se encontram na região ante-
rior do corpo humano, como por exemplo os lábios. O ter-
mo posterior se refere às estruturas localizadas na região 
posterior do corpo humano, como por exemplo a coluna 
vertebral, que se encontra na região posterior ou dorsal 
do tronco. 
 • Medial ou lateral. O termo medial se refere às estruturas 
que se encontram mais próximos ao plano mediano do 
corpo. Temos como exemplo o osso conhecido como 
ulna, que se encontra na região medial do antebraço. O 
termo lateral se refere às estruturas que se encontram na 
região lateral do corpo, como por exemplo às orelhas em 
relação aos olhos. As orelhas são laterais em relação aos 
olhos e os olhos são mediais em relação às orelhas. 
 • Superior e inferior. Por exemplo, a cabeça é superior aos 
ombros e o joelho é inferior ao quadril. Cranial ou caudal, 
que se referem a estruturas que estão mais próximas da 
cabeça ou à cauda, por exemplo o membro superior é 
cranial em relação ao membro inferior, que é caudal. 
 • Proximal e distal, que se referem à estruturas que estão pró-
ximas ou distantes da origem de uma estrutura. Por exemplo, 
a mão é distal em relação ao ombro. O ombro é proximal em 
relação à mão. O ombro é uma região proximal do membro su-
perior e a mão uma região distal ao membro superior. 
 • Rostral é um termo usado particularmente na cabeça para 
descrever a posição de uma estrutura em relação ao nariz. 
 • Superficial e profundo descrevem o que está superficial 
ou profundo no corpo humano. O osso esterno é superfi-
cial em relação ao coração. A unha é superficial em rela-
ção ao osso da última falange. 
Anatomia Humana 17
Figura 4:Terminologia anatômica. 
Fonte: @Commons
Esses termos são bastante empregados para facilitar a localização 
e descrição de estruturas anatômicas. 
IMPORTANTE
Eu sei que são muitos termos, mas o conhecimento desses 
termos é importante para o reconhecimento de estruturas 
do corpo humano, tanto no cadáver do anatômico, quanto 
ao avaliarmos um paciente através do exame físico e dos 
exames de imagem.
Anatomia Humana18
Além dos termos citados acima nós temos os termos de lateralidade, 
como o Ipsilateral, que se refere à estruturas que estão do mesmo lado, como 
por exemplo a mão direita e o membro inferior direito e o termo contralateral 
que se refere à estruturas que se encontram do lado oposto no corpo 
humano. Como por exemplo, a mão direita e o pé esquerdo. Então vamos 
a uma pergunta...o olho direito é ipsilateral ou contralateral ao pé esquerdo? 
Acertou quem respondeu contralateral (MOORE; DALLEY, 2001). 
Os termos de movimento também são importantes e nós temos 
(MOORE; DALLEY, 2001): 
 • Flexão, no qual ocorre a diminuição entre o ângulo dos 
ossos ou de partes do corpo (Figura 5).
 • Extensão, no qual ocorre o inverso, ou seja, o aumento do 
ângulo entre os ossos ou partes do corpo (Figura 5). 
 • Abdução, que significa afastamento de uma parte do cor-
po do plano mediano e ocorre sempre no plano coronal 
(lembrando que o plano coronal divide o corpo em partes 
anterior e posterior).
 • Adução, onde o movimento de determinada parte do cor-
po é em direção ao plano mediano e também ocorre no 
plano coronal. 
 • Rotação,onde a estrutura é girada em torno do seu eixo 
longitudinal. Nós temos a rotação interna, onde a estrutura 
gira em direção ao plano mediano e rotação externa, onde 
a estrutura gira em direção oposta ao plano mediano. 
 • Circundução, que é a combinação da flexão, extensão, 
abdução e adução de modo que a extremidade distal da 
parte do corpo se move fazendo um círculo. 
 • Oposição, que é um movimento onde a polpa do polegar 
vai em direção a polpa de outro dedo. Esse movimento 
é utilizado para segurar um lápis, uma caneta, um talher. 
 • Protrusão e retrusão, onde a mandíbula vai para trás ou 
para frente respectivamente.
 • Elevação, no qual uma parte do corpo é movida para cima 
ou elevada. Abaixamento que é usado para definir quando 
uma parte é levada para baixo.
 • Eversão e inversão, que é o movimento da sola do pé para 
longe do plano mediano ou para próximo do plano media-
no, respectivamente. 
Anatomia Humana 19
 • Pronação e supinação, que se referem ao movimento do an-
tebraço, em torno do seu eixo longitudinal. Quando o coto-
velo está estendido, no termos na pronação a palma da mão 
olha posteriormente e o dorso da mão olha anteriormente 
ou supinação, no qual a palma da mão olha para frente e o 
dorso da mão olha para trás. Quando o cotovelo está fletido, 
na pronação a palma da mão olha para baixo e o dorso da 
mão para cima e na supinação a palma da mão olha para 
cima e o dorso da mão olha para baixo. 
Figura 5:Termos de movimento. 
Fonte: @Commons
Anatomia Humana20
Na imagem acima podemos visualizar os termos de movimento, 
utilizados para denominar os movimentos realizados por cada articulação 
do corpo humano.
Variações Anatômicas
Geralmente os livros de anatomia mostram as estruturas presentes 
no corpo humano que correspondem a grande maioria das pessoas, no 
entanto alguma vez deparamos com alguns indivíduos ou cadáveres 
humanos com variações anatômicas, ou seja, alguma estrutura não está 
condizente com o que está sendo mostrado no atlas de anatomia, o que 
denominamos variação anatômica (MOORE; DALLEY, 2001). 
RESUMINDO
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mes-
mo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você 
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, va-
mos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido 
que a anatomia é o estudo das estruturas e funções do 
corpo humano. Você poderá estudar anatomia através de 3 
abordagens: a regional, a sistêmica e a clínica. Vimos ainda 
que os termos anatômicos mais importantes são a posição 
anatômica, os planos anatômicos, os termos de posição e 
os termos de movimento. Na posição anatômica o corpo 
deverá estar ereto, com a face olhando para frente, com os 
pés unidos, e as mão ao lado do corpo com a palma das 
mãos olhando para frente. Existem 3 planos anatômicos, 
o frontal, o sagital e o transversal. Os principais termos de 
posição utilizados na descrição da localização de estrutu-
ras anatômicas são: ventral, dorsal, medial, lateral, superior, 
inferior, proximal, distal, rostral, superficial e profundo. Os 
termos de movimento são flexão, extensão, adução, abdu-
ção, rotação, circundução, oposição, protrusão, retrusão, 
elevação, eversão, inversão, pronação e supinação.
Anatomia Humana 21
Pele e anexos
OBJETIVO
Ao término deste capítulo você será capaz de entender o 
conhecimento da morfologia da pele e anexos. Isto será 
fundamental para o exercício de sua profissão. As pessoas 
que tentaram estudar a anatomia humana sem a devida 
instrução tiveram problemas na atuação como Fisiotera-
peuta. O fisioterapeuta utiliza seu conhecimento de anato-
mia no seu dia a dia de atendimento. E então? Motivado pa-
ra desenvolver esta competência? Então vamos lá. Avante!
O sistema tegumentar engloba a pele e os anexos, que são as unhas, 
as glândulas sudoríferas e sebáceas, a gordura subcutânea e a fáscia 
profunda, as junções musculocutâneas em torno dos orifícios do corpo e 
as mamas (STANDRING, 2010). Você sabia que a pele é considerada o maior 
órgão do corpo humano? Ela recobre toda a superfície externa do corpo 
humano, além do meato auditivo externo, a face lateral da membrana 
timpânica e o vestíbulo do nariz. A pele é contínua com a conjuntiva nas 
margens das pálpebras e com o revestimento dos canalículos lacrimais 
nos pontos lacrimais, com as mucosas do trato respiratório, digestivo, 
urogenital (em seus orifícios nas junções musculo cutâneas). A pele tem 
várias funções importantes (MOORE; DALLEY, 2001):
 • Proteção do corpo humano contra o ambiente externo, 
contra ferimentos, perda de líquido, proteção contra lesão 
química, radiação ultravioleta, lesão osmótica, lesão tér-
mica e agentes infecciosos (bactérias, fungos, parasitas, 
vírus e outros). Um simples corte na pele pode permitir a 
entrada de microorganismos, que podem nos infectar e 
nos deixar doentes.
 • A pele realiza a formação de vitamina D sob influencia da 
radiação ultravioleta B e de citocina e de fatores de cres-
cimento.
Anatomia Humana22
 • Controle da temperatura corporal, por ação da glându-
las sudoríparas e dos vasos sanguíneos. O nosso sangue 
mantém o calor no nosso organismo e por meio das glân-
dulas sudoríparas ocorre o suor, que é a forma que nosso 
organismo libera o calor. 
 • Sensibilidade por meio de terminações nervosas sensiti-
vas ou aferentes (receptores), que fornecem informações 
a nervos periféricos referentes ao toque, à dor e a tempe-
ratura. 
Existem dois tipos de pele (STANDRING, 2010):
 • Pele fina, pilosa, que recobre a maior parte do corpo (Fi-
gura 6).
 • Pele espessa, sem pelos, que forma as superfícies das 
palmas da mãos, das plantas dos pés e as superfícies fle-
xoras dos dedos (Figura 7). 
Figura 6: Aspecto da pele que recobre todo o corpo humano.
Fonte: @Commons
Anatomia Humana 23
Figura 7: Pele da palma da mão.
Fonte: @Commons
Além de envolver o corpo externamente, a pele também recobre os 
órgãos internos. Partindo para a anatomia microscópica, podemos dizer 
que a pele é composta por (GUYTON; HALL, 2017):
 • Epiderme, que é a camada de células mais superficial (Fi-
gura 8).
 • Derme, que é uma camada mais profunda, composta por 
tecido conectivo (Figura 8).
A epiderme é composta por epitélio escamoso estratificado, 
queratinizado, que se renova de forma contínua. As principais células 
encontradas na epiderme são os queratinócitos (Figura 9). Além disso, 
encontramos na pele os melanócitos (que produzem melanina, como 
podemos visualizar a figura 9), as células de Merkel (funcionam como 
mecanorreceptores) as células de Langerhans (células de defesa) e linfócitos. 
Os melanócitos estão presentes na epiderme, no epitélio oral, no trato uveal 
do globo ocular, em partes da orelha média e interna e nas meninges pia-
máter e aracnoide na base do cérebro. A melanina (Figura 9) produzida pelos 
melanócitos protege a pele contra os efeitos lesivos da radiação ultravioleta 
Anatomia Humana24
sobre o DNA e remove radicais livres que podem danificar as células. Na 
epiderme temos terminações nervosas sensitivas livres. Os queratinócitos 
se renovam constantemente durante toda a vida. A epiderme possui várias 
camadas da profundidade para a superfície (STANDRING, 2010):
 • Camada basal
 • Camada espinhosa
 • Camada granulosa
 • Camada clara
 • Camada cornificada
As camadas basal, espinhosa e granulosa são ativas 
metabolicamente, e nelas as células passam e mudam de forma à medida 
que se diferenciam. As camadas clara e cornificada sofrem o processo de 
queratinização ou cornificação terminal, onde os queratinócitos sofrem 
alteração de forma e conteúdo, dando origem a escamas achatadas não 
viáveis cheias de proteínas conhecidas como queratina, inclusas em uma 
matriz densa de proteínas citoplasmática para formar a queratina. 
Figura 8: Estruturas presentes na pele e os anexos. 
Fonte: @Commons
Anatomia Humana 25
Figura 9: Queratinócitos, células basais, melanócitos e melanina
Fonte: @Commons
Aepiderme avascular (que não possui vasos sanguíneos ou 
linfáticos) recebe sua nutrição da derme vascularizada subjacente, que 
recebe a vascularização por meio de artérias, que na região entre a derme 
e tecido subcutâneo forma um plexo de artérias que se anastomosam 
(rede de artérias que se bifurcam e recombinam em vários pontos). 
A derme é constituída por tecido conjuntivo irregular moderadamente 
denso. Se olharmos a derme num microscópio podemos observar 
que a camada profunda da derme é composta por fibras colágenas e 
elásticas que se entrelaçam em uma substância fundamental amorfa de 
glicosaminoglicanos, glicoproteínas e água ligada, que acomoda nervos, 
vasos sanguíneos, vasos linfáticos, apêndices dérmicos. Agora você 
deve estar se perguntando, mas porque a derme é composta por fibras 
colágenas e elásticas? Vamos lá. As fibras colágenas são extremamente 
importantes, para manter o tônus da pele, que é responsável pelo vigor e 
resistência da pele. As fibras de colágeno produzem tensão e fornecem 
linhas enrugadas na pele (MOORE; DALLEY, 2001). A derme confesse 
Anatomia Humana26
resistência à pele devido ao arranjo das fibras de colágeno e elastina. A 
derme é fundamental para a sobrevida da epiderme (STANDRING, 2010). 
Os folículos pilosos estão nas camadas mais profundas da derme 
(Figura 10). Os folículos pilosos possuem músculos eretores de pelos e 
glândulas sebáceas associadas, que produzem gordura. O folículo piloso 
contém um pelo que pode se estender profundamente adentro da 
hipoderme ou ser mais superficial dentro da derme. Os pelos são estruturas 
cornificadas filamentosas localizadas em quase toda a superfície do corpo. 
Há ciclos de crescimento e perda de pelo (STANDRING, 2010): 
 • Fase anágena: onde o pelo cresce ativamente e o folículo 
está na sua extensão máxima de desenvolvimento.
 • Fase de involução ou catágena: O crescimento do pelo 
cessa e o folículo piloso se retrai. 
Quando estamos com frio, ocorre a ação dos músculos eretores de 
pelos, que promovem a ereção dos pelos no nosso corpo. Quando ocorre 
a contração dos músculos eretores dos pelos, as glândulas sebáceas 
são comprimidas, e ocorre a liberação de sebo (gordura), na tentativa de 
manter a temperatura corporal em 36,5º graus célsius (MOORE; DALLEY, 
2001). A derme é dividida em duas zonas (STANDRING, 2010):
 • Camada papilar – superficial e estreita
 • Camada reticular – profunda
Figura 10: Folículo piloso, pelo, glândula sebácea, sebo e superfície da pele.
Fonte: @Commons
Anatomia Humana 27
A derme papilar está localizada imediatamente abaixo da epiderme. 
Tem como função a ancoragem mecânica, o suporte metabólico e a 
manutenção do trofismo da epiderme adjacente. Possui terminações 
nervosas e vasos sanguíneos. A derme é moldada em numerosas cristas 
dérmicas que se interdigitam com as cristas epidérmicas na base da 
epiderme e formam a junção dermoepidérmica. A camada reticular se 
funde com a região profunda da camada papilar. A camada reticular 
possui feixes de fibra colágenas mais espessas do que a camada papilar 
(MOORE; DALLEY, 2001; STANDRING, 2010). 
A hipoderme, se funde com a camada profunda da derme. É 
composta por tecido conectivo gorduroso frouxo. A hipoderme geralmente 
contém grande quantidade de gordura e a gordura é importante para a 
manutenção da temperatura corporal e constitui uma reserva de energia 
metabólica. O tecido gorduroso também é responsável pela proteção da 
pele das proeminências ósseas. O tecido subcutâneo também possui 
glândulas sudoríparas (que produzem o suor, que é a forma no qual 
nosso corpo elimina calor), vasos sanguíneos, linfáticos e nervos cutâneos 
(MOORE e DALLEY, 2001; STANDRING, 2010). 
As glândulas sudoríparas são um tipo de glândulas apócrinas e são 
grandes na derme e na hipoderme. As glândulas sudoríparas tem grande 
importância na termorregulação, e a sua secreção aumenta a preensão 
e a sensibilidade das palmas das mãos e da planta dos pés. O suor é 
um líquido transparente, inodoro e que contém íons de sódio e cloreto, 
potássio, cálcio, ureia, lactato, aminoácidos, imunoglobulinas, entre 
outras. A sudorese excessiva pode levar a depleção de sódio. As glândulas 
sudoríparas são capazes de produzir até dez litros de suor por dia em 
resposta a estímulos térmicos, emocionais e do paladar. As glândulas 
sudoríparas respondem à adrenalina. A termorregulação envolve o centro 
térmico localizado no hipotálamo (STANDRING, 2010). 
A pele também possui ligamentos. Os ligamentos são estruturas 
fibrosas que promovem a ligação/conexão de uma estrutura à outra, 
promovendo a sustentação, fixação. Na pele os ligamentos também são 
conhecidos como retináculos da pele, que prendem a superfície profunda 
da derme à fáscia profunda adjacente (MOORE; DALLEY, 2001). 
Anatomia Humana28
O aparelho ungueal (Figura 11) corresponde às unhas, que são 
compostas por uma camada cornificada de forma similar a camada 
cornificada da epiderme geral. As unhas contém várias camadas de 
escamas contendo queratina, que determinam a dureza da unha. As unhas 
contém uma variedade de minerais, como o cálcio. A unha possui uma 
quantidade pequena de água, mas possui uma permeabilidade à água 
maior que a epiderme. As placas ungueais estão localizadas dentro das 
dobras ungueais laterais e proximal. As dobras ungueais laterais abraçam 
as margens livres laterais da placa ungueal. A matriz ungueal é a fonte de 
placa ungueal (STANDRING, 2010). 
Figura 11: Aparelho ungueal.
Fonte: @Commons
Anatomia Humana 29
RESUMINDO
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo 
tudinho? Agora, só para termos certeza de que você real-
mente entendeu o tema de estudo deste capítulo, vamos 
resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido que 
a pele é o maior órgão do corpo humano, com a função 
de proteção do corpo humano contra o ambiente externo, 
proteção dos órgãos, auxilia na regulação da temperatura 
corporal, possui sensibilidade ao toque, a temperatura e ao 
calor. A pele possui duas camadas: a epiderme (camada 
mais superficial) e a derme (camada mais profunda).
Anatomia Humana30
Sistema esquelético
OBJETIVO
Ao término deste capítulo você será capaz de entender a 
morfologia do esqueleto axial e do esqueleto apendicular, 
onde conhecendo detalhadamente as estruturas presen-
tes em cada osso do corpo humano. Isto será fundamental 
para o exercício de sua profissão. As pessoas que tentaram 
estudar a anatomia humana sem a devida instrução tiveram 
problemas na atuação como Fisioterapeuta. O fisioterapeu-
ta utiliza seu conhecimento de anatomia no seu dia a dia 
de atendimento. E então? Motivado para desenvolver esta 
competência? Então vamos lá. Avante!
Conceito, função e divisão do esqueleto
Os ossos são tecidos vivos, formados por uma matriz sólida de 
tecido conectivo. Como todos as estruturas do nosso corpo, os ossos tem 
suas funções particulares (MOORE; DALLEY, 2001):
 • Formam um arcabouço de proteção para órgãos vitais, 
como pulmões, coração, medula espinhal, cérebro, cere-
belo, tronco encefálico e outros.
 • Além disso, fornece apoio para o corpo. 
 • São a base mecânica para o movimento do corpo.
 • Armazenam sais, como por exemplo, o cálcio.
 • Alguns ossos possuem a medula óssea, que é responsá-
vel pela produção de células sanguíneas. 
O sistema esquelético possui duas partes principais:
 • O esqueleto axial (figura 12): Composto por crânio, Vérte-
bras, sacro, cóccix, costelas, esterno.
 • Esqueleto apendicular: compreende os ossos dos mem-
bros superiores e inferiores. 
Anatomia Humana 31
Figura 12:Esqueleto axial. 
Fonte: @Commons
Na imagem acima podemos ver as estruturas que fazem parte do 
esqueleto axial em azul. Os ossos em branco fazem parte do esqueleto 
apendicular. 
Além dos ossos, o sistema esquelético é composto por cartilagem. 
Você sabe o que é a cartilagem? A cartilagem é uma forma elástica do tecido 
conectivo. As cartilagens são maleáveis e permitemcerta movimentação. 
Imagina se no tórax não existissem as cartilagens costais? O tórax seria 
extremamente rígido, e isso impediria o movimento da respiração, o que 
limitaria muito a movimentação, a expansão dos pulmões. 
Anatomia Humana32
Número e classificação dos ossos
O número total de ossos presentes na maioria dos indivíduos é 206 
ossos. No crânio nós temos 8 ossos (2 parietais, 1 occipital, 1 frontal, 2 
temporais, 1 esfenoide, 1 etmóide), na face são 14 ossos (2 zigomáticos, 
2 maxilares, 2 nasais, 1 mandíbula, 2 palatinos, 2 lacrimais, 1 vômer e 2 
conchas nasais inferiores), nos ouvidos temos 6 ossos no total (2 martelos, 
2 bigornas e 2 estribos), no pescoço temos 1 osso hióide, nas 2 cinturas 
escapulares juntas temos a 2 escápulas e 2 clavículas, no tórax temos 1 
osso esterno e 24 costelas (12 do lado direito e 12 do lado esquerdo), na 
coluna temos 33 vértebras (7 vértebras cervicais, 12 torácicas e 5 lombares, 
5 sacrais fundidas e de 1 a 4 coccígeas fundidas), cerca de 60 ossos no 
membro superior direito e 60 ossos no membro superior esquerdo (sendo 
1 úmero de cada lado, 1 rádio de cada lado, 1 ulna de cada lado, e 54 ossos 
da mão em cada lado), no membro inferior direito temos 61 ossos e 61 
ossos no membro inferior esquerdo (1 ísquio de cada lado, 1 íleo de cada 
lado, 1 púbis de cada lado, 1 fêmur de cada lado, 1 patela de cada lado, 
1 fíbula de cada lado, 1 tíbia de cada lado e 52 ossos nos pés) (MOORE; 
DALLEY, 2001; DRAKE, VOGL; MITCHEL, 2015). 
Outro conceito importante para aprendermos é a classificação 
dos ossos. Os ossos possuem classificações de acordo com a sua forma 
(MOORE; DALLEY, 2001)
 • Ossos Longos – tubulares. Exemplo: Úmero e o fêmur.
 • Ossos curtos – são cuboides. Exemplo: tarso, carpo.
 • Ossos planos – Tem função de proteção. Exemplo: ossos 
do crânio. Eles protegem o cérebro.
 • Ossos irregulares – possuem várias formas. Exemplo: os-
sos da face
 • Ossos sesamóides – Desenvolvem-se em tendões, ten-
do como papel principal a proteção dos tendões contra o 
desgaste.
 • Ossos acessórios – são ossos extras, que não estão pre-
sentes na maioria das pessoas. Podem ser identificado nos 
pés de algumas pessoas. 
Anatomia Humana 33
 • Ossos heterotópicos – são raros. São ossos que se formam 
em tecido mole. 
Os ossos apresentam os chamados acidentes ósseos, no qual 
podemos destacar (MOORE; DALLEY, 2001):
 • Côndilo
 • Crista
 • Epicôndilo
 • Fóvea
 • Forame (passagem através de um osso)
 • Fossa (depressão)
 • Sulco (depressão alongada)
 • Linha (elevação linear)
 • Maléolo (processo arredondado)
 • Incisura (indentação na margem de um osso)
 • Protuberância (projeção do osso)
 • Espinha
 • Processo espinhoso
 • Trocanter (elevação obtusa grande)
 • Tubérculo (pequena eminência elevada)
 • Tuberosidade (grande elevação arredondada)
Abaixo iremos ver de forma detalhada os acidentes ósseos 
presentes nos ossos do esqueleto axial e do esqueleto apendicular, e isso 
vai facilitar o entendimento desses conceitos. 
Anatomia Humana34
Principais acidentes ósseos do esqueleto 
axial
O esqueleto axial é composto por (DRAKE; VOGL; MITCHEL, 2015):
 • Crânio
 • 12 pares de costelas
 • Esterno
 • 33 vértebras
No corpo humano nós temos 33 vértebras, sendo 7 cervicais, 12 
torácicas, 5 lombares, 5 sacrais e de 1 a 4 coccígeas. Tanto no sacro quanto no 
cóccix as vértebras geralmente são fundidas (DRAKE; VOGL; MITCHEL; 2015).
Nós temos as vértebras típicas, que tem características similares, 
consistindo de um corpo vertebral e um arco vertebral. O corpo vertebral é 
localizado anteriormente na vértebra e é responsável pela sustentação do 
peso do corpo. O corpo vertebral aumenta de tamanho a partir da vértebra 
torácica 4 (T4) em direção caudal, onde as vértebras cervicais e torácicas tem 
corpo vertebral menor que as vértebras lombares, por exemplo (DANGELO; 
FATINNI, 2007). 
IMPORTANTE
Entre os corpos vertebrais existem os discos vertebrais e 
sua função principal é evitar o atrito de um osso ao outro, 
além de absorver impacto.
O arco vertebral está ancorado à superfície posterior do corpo 
vertebral através de dois pedículos, que formam os pilares laterais dos 
arcos vertebrais. O teto do arco vertebral é formado pelas lâminas direita e 
esquerda, que se fundem na linha média (DRAKE; VOGL; MITCHEL, 2015). 
O arco vertebral e a face posterior do corpo vertebral formam o forame 
vertebral. A sucessão de forames vertebrais formam o canal vertebral, 
onde se localiza a medula espinhal, as meninges, gordura, raízes de 
nervos espinhais e vasos sanguíneos (MOORE; DALLEY, 2001). 
Anatomia Humana 35
DEFINIÇÃO
Os forames são canais/ aberturas presentes nos ossos, pe-
lo qual passam nervos, vasos, a medula espinhal.
Além dos forames vertebrais, nós temos os forames intervetebrais, que 
são formados pela incisura vertebral inferior da vértebra acima e a incisura 
vertebral superior da vértebra abaixo. Eles são localizados lateralmente à 
vertebras e servem como local de passagem de nervos espinhais e vasos 
sanguíneos que entram e saem do canal vertebral (DRAKE; VOGL; MITCHEL, 
2015). 
O arco vertebral possui projeções como, por exemplo, o processo 
espinhoso (se projeta posteriormente a partir do arco vertebral) e o 
processo transverso (se projeta latero-posteriormente a partir do arco 
vertebral), além de processos articulares superiores e inferiores. Os 
processos transversos e o espinhoso servem como fixação para músculos 
e ligamentos e alavancas para ação muscular. Os processos articulares 
servem como ponto de articulação com vértebras vizinhas e determinam 
quais movimentos articulares podem ser permitidos (DRAKE; VOGL; 
MITCHEL, 2015; PINA, 1999). 
A coluna vertebral possui mobilidade da região cervical até a região 
lombar. O sacro e o cóccix possuem as suas vértebras fundidas e por 
isso não possuem mobilidade em suas respectivas vertebras. Você sabia 
que outra característica importante da coluna vertebral que cada região 
da coluna tem uma curvatura específica? Sim, então vamos lá aprender. 
Esse conceito é importante para o dia a dia do fisioterapeuta, seja para a 
realização de uma boa avaliação do paciente ou para o planejamento de 
um atendimento de excelência. A coluna vertebral apresenta as seguintes 
curvaturas (DANGELO; FATINNI, 2007, MOORE; DALLEY, 2001), como 
podemos visualizar na figura 13:
 • Lordose (curvatura convexa) nas regiões cervical e lombar
 • Cifose (curvatura côncava) na região torácica e na região 
sacrococcígea.
Anatomia Humana36
Figura 13:Curvaturas da coluna vertebral. 
Fonte: @Commons
Na imagem anterior podemos visualizar a lordose cervical e lombar 
e a cifose torácica e sacro-cocígea. 
VOCÊ SABIA?
Ao aumento da lordose, nós damos o nome de hiperlor-
dose e o aumento da cifose nós denominamos hipercifo-
se. Essas condições são anormais. Elas causam alterações 
posturais, que podem ser identificadas pelo fisioterapeuta 
através do exame físico e da análise de exame de ima-
gem. Outra curva anormal que a coluna pode apresentar é 
a escoliose. A escoliose é uma curvatura lateral da coluna 
vertebral. Geralmente ela é causada por uma fraqueza da 
musculatura instrínseca do dorso, uma alteração estrutural 
devido à deformidade de alguma vértebra ou uma altera-
ção do comprimento dos membros inferiores.
Anatomia Humana 37
Ossos do crânio
No crânio existem muitos ossos, que estão dispostos em ossos do 
neurocrânio (parte do crânio responsável pela proteção do cérebro e das 
meninges, do cerebelo e do tronco encefálico) e ossos da face (Figuras 14 
e 15). No neurocrânio nós temos 8 ossos (MOORE; DALLEY, 2001):
 • Osso Frontal (1); Osso parietal (2); Osso temporal (2); Osso 
occipital (1); Etmoide (1); Osso esfenoide (1)
O esqueleto da face (figuras 9 e 10)inclui a região anterior do crânio, 
as órbitas, as cavidades nasais, a maxila e a mandíbula. A mandíbula é um 
osso móvel para permitir a aberturada boca, o movimento da mastigação 
e o movimento da fala. É composto pelos ossos (MOORE; DALLEY, 2001):
 • Lacrimais (2); Ossos nasais (2); Maxilas (2) – local onde se 
alojam os dentes maxilares; Zigomático (2); Palatino (2); 
Conchas nasais inferiores (2); Mandíbula (1) – local onde se 
alojam os dentes mandibulares; Vômer (1).
Figura 14: Visão frontal dos Ossos do crânio. 
Fonte: @Commons
Anatomia Humana38
Na imagem 14 podemos ver os ossos do neurocrânio e do esqueleto 
da face.
Figura 15: Visão lateral dos Ossos do crânio. 
Fonte: @Commons
Nesta imagem podemos ver os ossos do neurocrânio e do esqueleto 
da face por uma outra perspectiva. 
Na face anterior do crânio podemos observar as seguintes estruturas 
(MOORE; DALLEY, 2001):
 • O osso frontal, que se articular inferiormente com o osso 
nasal (no násio) e com o osso zigomático. Ele se articu-
la também com os ossos lacrimal, etmoide e esfenoide e 
forma a parte superior (teto) da órbita. Ao olharmos para o 
osso frontal podemos observar a margem supra-orbital, o 
forame ou incisura supra-orbital. Temos acima da margem 
supra-orbital o arco superciliar. Dentro das óbitas temos 
as fissuras orbitais superior e inferior e os canais ópticos.
Anatomia Humana 39
 • O osso zigomático, forma a proeminência das bochechas. 
Podemos visualizar a presença do forame zigomáticofa-
cial em cada osso zigomático em suas laterais. Os ossos 
zigomáticos formam as margens ântero-laterais, paredes, 
assoalho e as margens infra-orbitais. 
 • Abaixo dos ossos nasais podemos observar as aberturas 
piriformes (em formato de pêra). Através das aberturas pi-
riformes podemos observar o septo nasal, que divide a 
cavidade nasal em lados direito e esquerdo. Em cada ca-
vidade nasal podemos visualizar as conchas nasais.
 • A maxila, que possui processos alveolares, que são o osso 
de sustentação dos dentes maxilares. A maxila forma a 
margem infra-orbital medialmente. Podemos observar 
abaixo de cada órbita um forame infra-orbital, por onde 
passam os nervos e vasos infra-orbitais. 
 • A mandíbula, possui processos alveolares, que servem de 
fixação para os dentes mandibulares. Podemos observar 
os forames mentuais por onde passam o nervo e os va-
sos mentuais logo abaixo dos segundos pré-molares. Na 
mandíbula podemos observar também a sínfise da mandí-
bula e a protuberância mentual. 
Na região lateral do crânio observamos as seguintes estruturas 
(GUYTON; HALL, 2017):
 • A fossa temporal
 • O meato acústico externo
 • A região mastoidea do osso temporal
 • As linhas temporais, que limitam superiormente e poste-
riormente a fossa temporal. 
 • O osso frontal e o zigomático limitam anteriormente a fos-
sa temporal e o arco zigomático, limita inferiormente.
Anatomia Humana40
 • O arco zigomático, formado pelo processo temporal do 
osso zigomático e do processo zigomático do osso tem-
poral. 
 • O Ptério, que é uma área importante de junções ósseas
 • Processo mastoide do osso temporal
 • O processo estiloide
 • A fossa infratemporal
 • A mandíbula, que é composta por corpo e por ramos. 
Na região posterior do osso do crânio podemos observar diversas 
estruturas importantes (DANGELO; FATINNI, 2007; MOORE; DALLEY, 2001):
 • O osso occipital
 • A protuberância occipital externa
 • A crista occipital externa
 • Forame magno
 • A linha nucal superior
 • O Lambda, que é a área de junção das suturas sagital e 
lambdoide.
Na parte superior do crânio encontramos as seguintes estruturas e 
acidentes anatômicos (DANGELO; FATINNI, 2007; MOORE; DALLEY, 2001):
 • Os túberes parietais
 • Os túberes frontais
 • A sutura coronal (que separa os ossos frontal e parietal)
 • A sutura sagital que separa os ossos parietais
 • A sutura lambdoide que separa os ossos parietal e tem-
poral do occipital
 • O bregma que é a região de junção das suturas coronal e 
sagital. 
 • O vértice, que é o ponto mais alto do crânio
Anatomia Humana 41
 • Forame parietal, no qual passa a veia emissária
 • Na região externa da base do crânio visualizamos:
 • O processo alveolar
 • Os processos palatinos
 • O palato duro
 • A espinha nasal posterior
 • A fossa incisiva 
 • Forames palatinos maior e menor
 • Os cóanos (Aberturas nasais posteriores), localizados aci-
ma da margem posterior do palato
 • Vômer que contribui para a parte óssea do septo nasal
 • O esfenoide. O osso esfenoide (Figura 15) possui as se-
guintes estruturas: a asa maior, asa menor, o processo 
pterigóide, o canal óptico (onde passa o nervo óptico e a 
artéria oftálmica), forame redondo (por onde passa o ner-
vo maxilar), forame oval (onde passa o nervo mandibular e 
a artéria meníngea acessória), o forame espinhoso (onde 
passa a artéria meníngea média), o canal pterigoide, a fis-
sura orbital superior (para a passagem dos nervos crania-
nos oculomotor, troclear, abducente e o ramo oftálmico 
do nervo trigêmeo, a artéria e a veia oftálmica). 
 • O occipital forma a região posterior da base do crânio
 • Forame magno, por onde passa a medula espinhal, as 
meninges, as artérias vertebrais, as artérias espinhais an-
terior e posterior e o nervo acessório. 
 • Temos os côndilos occipitais, que é a região do crânio que 
se articula com a coluna vertebral
 • O forame jugular, que é o local por onde passa a veia jugu-
lar interna, e os nervos cranianos glossofaríngeo e aces-
sório 
 • O meato acústico interno, por onde passam os nervos cra-
nianos facial e vestíbulococlear
Anatomia Humana42
 • Canal carótico, por onde passa a artéria carótida interna
 • Processo mastoide
 • Forame estilomastóideo, por onde passa o nervo facial e a 
artéria estilomastóidea
O osso etmoide é esponjoso. No etmoide existem duas lâminas, uma 
horizontal conhecida como lâmina crivosa e outra vertical que é dividida em 
duas partes (a parte superior é a crista etmoidal e a parte inferior é a lâmina 
perpendicular do etmoide). A lâmina perpendicular separa a cavidade nasal 
e duas fossas nasais (DANGELO; FATINNI, 2007, MOORE; DALLEY, 2001). 
Uma outra região importante do crânio é a interna da base do crânio. 
Nessa região existem 3 fossas: a fossa anterior (que aloja o polo frontal do 
cérebro), a fossa média e a fossa posterior. A fossa anterior é formada pelo 
osso frontal. A fossa média é formada pelas asas maiores do esfenoide, as 
partes escamosas e petrosa dos ossos temporais. A fossa posterior possui 
como delimitação anterior o dorso da sela do esfenoide e é formado 
amplamente pelo osso occipital. Nessas 3 fossas observamos estruturas 
importantes. Podemos observar na tabela 1, uma tabela com os dados 
sobre as estruturas importantes presentes nessas 3 fossas (DANGELO; 
FATINNI, 2007, MOORE; DALLEY, 2001).
Quadro 1 - Principais estruturas anatômicas das fossas anterior, média e posterior do crânio. 
Fossa anterior
Crista frontal
Forame cego
Crista etmoidal
Lâmina cribiforme do etmóide
Forames da lâmina cribiforme
Forames etmoidais anterior e posterior
Anatomia Humana 43
Fossa média
Sela turca, que possui 3 regiões: o tubérculo da sela (localizado ante-
riormente), a fossa hipofisal (que aloja a glândula hipófise) e o dorso 
da sela 
Processos clinóides, que circundam o leito da glândula hipófise
Temos 4 forames de cada lado da base do esfenóide: a fissura orbital 
superior, o forame redondo, o forame oval e o forame espinhoso. 
Forame lacerado
Sulco para o nervo petroso maior
Fossa posterior
Clivo
Forame magno
A crista occipital interna
Fossas cerebelares
Protuberância occipital interna
Seios transversos e sigmóides
Forame jugular
Meato acústico interno
Canal do nervo hipoglosso
Fonte: Adaptada de Moore e Dalley (2001)
Anatomia Humana44
 Vértebras cervicais
As vértebras estão localizadas na região do pescoço. A principal 
característica das vértebras cervicais é a presença de forame oval no 
processo transverso. Através do forame oval passam as artérias vertebrais 
(com exceçãoda vértebra cervical 7, C7, como podemos visualizar na 
figura 16) (MOORE; DALLEY, 2001). 
Figura 16:Sétima vértebra cervical.
Fonte: @Commons
E aí surge a dúvida, as vértebras cervicais possuem apenas essas 
características específicas? E a resposta é não. As características das 
vértebras cervicais, como podemos observar na imagem 17, são (DRAKE; 
VOGL; MITCHEL, 2015):
Anatomia Humana 45
 • Corpo vertebral pequeno, sendo maior de lado a lado do 
que ântero-posteriormente. Possui concavidade na face 
superior e convexidade na face inferior. 
 • Forame vertebral largo e triangular
 • Processos transversos possuindo forames. Possuem tam-
bém tubérculos anterior e posterior. 
 • Processos articulares, com a presença de facetas superio-
res (localizadas súpero-posteriormente) e facetas inferiores 
(localizadas ínfero-anteriormente). As facetas oblíquas es-
tão dispostas horizontalmente nos processos articulares.
 • Os Processos espinhosos da 3º à 5º vértebra cervical (C3 a 
C5) são curtos e bífidos, o processo da 6º vértebra cervical 
é longo e o da 7º vértebra é o mais longo. 
 • A 1º vértebra cervical é atípica, e seu nome é atlas (Figura 
18). A vértebra atlas suporta o peso do crânio. Possui faces 
articulares côncavas que se articulam com os côndilos 
occipitais presentes no crânio. Esta vértebra não possui 
processo espinhoso, sendo composta por arcos anterior 
e posterior. O arco posterior possui o sulco para a artéria 
vertebral, que é largo na sua face superior.
 • A 2º vértebra cervical é o áxis (Figura 19), que é uma das 
vértebras mais resistentes, por ter que sustentar o atlas e 
o crânio. A vértebra atlas gira sobre a vértebra áxis, quando 
movimentamos o nosso pescoço para olhar lateralmente. O 
áxis possui as faces articulares superiores, que são planas 
e são a região onde o atlas gira. O áxis possui um processo 
espinhoso grande e bífido e um dente ou processo odon-
tóide, que se projeta superiormente e irá se articular com 
o atlas. Você sabia que esse processo odontóide permite 
que o atlas gire, permitindo a cabeça girar para que possa-
mos olhar para os lados (MOORE; DALLEY, 2001). 
Anatomia Humana46
Figura 17: Vértebra cervical de C3 a C6. 
Fonte: @Commons
Figura 18: Vértebra cervical atlas. 
Fonte: @Commons
Anatomia Humana 47
Figura 19: Vértebra cervical áxis. 
Fonte: @Commons
Vértebras torácicas
É importante saber que as vértebras torácicas possuem fóveas 
costais, onde se articulam com as costelas. Os processos espinhosos das 
vértebras torácicas são longos e finos (MOORE; DALLEY, 2001; DRAKE, 
VOGL; MITCHEL, 2015). 
As vértebras T1 a T4 possuem algumas características das vértebras 
cervicais. A vértebra T1 é atípica, e possui processo espinhoso longo e 
horizontal. Além disso a vértebra T1 possui fóvea costal completa na 
margem superior do seu corpo, que se articula com a 1º costela e possui 
uma semifaceta na sua margem inferior que se articula com a 2º costela. 
As vértebras T9 e T12 também são atípicas e possuem tubérculos (que se 
parece com os processos acessório e mamilar das vértebras lombares) 
(MOORE e DALLEY, 2001; DRAKE; VOGL; MITCHEL, 2015). 
Anatomia Humana48
As características gerais das vértebras torácicas são (Figura 20):
 • Corpo, com formato cordiforme e com a presença de uma 
ou duas fóveas costais (que se articulam com uma ou 
duas costelas)
 • Forame vertebral, com formato circular e é menor que os 
forames presentes nas vértebras cervicais e lombares.
 • Processos transversos longos, que se estendem póstero-
-lateralmente. 
Figura 20: Vértebra torácica típica. 
Fonte: @Commons
Vértebras lombares
As vértebras lombares são maiores que as demais, pois suportam 
mais o peso do corpo em relação às vértebras cervical e torácica. As suas 
principais características, que podem ser observadas na figura 21, são 
(MOORE; DALLEY, 2001; DRAKE; VOGL; MITCHEL, 2015):
Anatomia Humana 49
 • Elas não apresentam fóvea costal para a articulação com 
as costelas. 
 • Seu processo transverso é longo e fino, com exceção dos 
processos transversos de L5 (5º vértebra lombar), que são 
maciços e em forma de cone, e é o local de fixação dos 
ligamentos ileolombares.
 • Seu corpo vertebral é cilíndrico e o forame vertebral tem 
forma triangular e é maior que o das vértebras torácicas.
 • Existe um grande espaço entre os componentes poste-
riores do arco vertebral (lâmina e processo espinhoso ad-
jacente). Durante a flexão da coluna esses espaços são 
aumentados e permitem a realização de procedimentos 
clínicos, como anestesia e punção de líquor. 
Figura 21: Vértebra lombar típica. 
Fonte: @Commons
Anatomia Humana50
Sacro
O sacro (Figuras 22 e 23) é um osso único de formato triangular e 
que apresenta suas vértebras fundidas. Ele se articula superiormente com 
a vértebra L5 e inferiormente com o cóccix. Articula-se com os ossos do 
quadril nos lados direito e esquerdo, através de suas faces auriculares, 
que possuem forma de L (DRAKE; VOGL; MITCHEL, 2015). 
O sacro possui 4 pares de forames sacrais em sua região anterior e 4 
pares de forames sacrais em sua região posterior. Através desses forames 
passam os ramos anteriores e posteriores dos nervos espinhais de S1 a S4 
(DRAKE; VOGL; MITCHEL, 2015).
Figura 22: Sacro. 
Fonte: @Commons
Anatomia Humana 51
Cóccix
É um pequeno osso com forma triangular, que possui suas vértebras 
fundidas (Figura 23). Ele se articula com o sacro superiormente. Não possui 
arco vertebral, e nem forame vertebral (MOORE; DALLEY, 2001). 
Figura 23: Sacro e Cóccix. 
Fonte: @Commons
Costelas
Você sabia que no corpo humano existem 12 pares de costelas? 
Sim, existem. E todas elas se articulam com as vértebras torácicas. Apenas 
as 7 primeiras costelas (Figura 24 e 25) se articulam verdadeiramente com 
Anatomia Humana52
o esterno, e são denominadas costelas verdadeiras. As outras 5 costelas 
são denominadas costelas falsas (Figura 24 e 25).
IMPORTANTE
As costelas falsas são a costela 8, 9, 10, 11 e 12. As carti-
lagens costais das costelas 8 a 10 articulam-se anterior-
mente com as cartilagens costais das costelas acima. E a 
cartilagem costal da 7º costela se articula diretamente com 
o esterno e as outras cartilagens costais se ancoram na car-
tilagem da 7º costela. As costelas 9 e 10 não tem conexão 
anterior com as outras costelas e nem com o esterno e por 
isso são chamadas de costelas flutuantes.
Figura 24: Costelas
Fonte: @Commons
Nesta imagem podemos visualizar as 12 costelas. As primeiras 7º 
costelas são verdadeiras. As demais costelas são costelas falsas.
Os principais acidentes ósseos presentes das costelas típicas (da 3º 
a 9º costela) são (MOORE; DALLEY, 2001):
 • Cabeça - que é cuneiforme e possui duas facetas articula-
res, que são separadas pela crista da cabeça. 
Anatomia Humana 53
 • Colo – é a região que liga a cabeça ao corpo no nível do 
tubérculo.
 • Tubérculo – localizado na junção do colo e corpo.
 • Corpo – é fino, achatado e encurvado. No corpo podemos 
observar uma estrutura denominado ângulo da costela. 
Na sua face interna observamos o sulco da costela.
 • As costelas atípicas (1º e 2º e da 10º a 12º) possuem as 
seguintes características (MOORE; DALLEY, 2001):
 • A 1º costela é a mais larga, mais curta, e mais encurva-
da das sete costelas verdadeiras. Possui faceta única na 
sua cabeça. Possui dois sulcos por onde passam os vasos 
subclávios e um tubérculo do músculo escaleno anterior 
e uma crista. 
 • A 2º costela é mais estreita, menos encurvada e mais lon-
ga que a primeira costela. Ela possui duas facetas na sua 
cabeça e uma tuberosidade.
 • Da 10º a 12º costela há apenas uma faceta em suas ca-
beças.
 • A 11º e 12º costelas são curtas e não possuem colos ou 
tubérculos.
Esterno
É um osso plano e alongado. O esterno está ilustrado na figura 25. O 
esterno está localizado na região anterior do tórax. As principais estruturas 
anatômicas do esterno são (MOORE eDALLEY, 2001; DRAKE, VOGL e 
MITCHEL, 2015; DANGELO e FATINNI, 2007)
 • Superiormente podemos observar a incisura clavicular e a 
incisura jugular.
 • Possui 7 incisuras costais, onde as costelas se articulam.
 • A parte superior do esterno possui o manúbrio, que é se-
parado do corpo do esterno (inferiormente) pela sínfise ma-
Anatomia Humana54
nubrioesternal (ângulo do esterno, formado pela junção do 
manúbrio e do corpo do esterno).
 • Na região inferior do esterno temos o processo xifoide.
Figura 25: Costelas e o esterno. 
Fonte: @Commons
Na imagem 25 podemos visualizar as 12 costelas e o esterno. As 
primeiras 7º costelas são verdadeiras. As demais costelas são costelas falsas.
Principais acidentes ósseos do esqueleto apendicular
Membro superior
É composto pelo cíngulo do membro superior (cujos integrantes são 
a clavícula e a escápula), pelo úmero (localizado no braço), pelo rádio e pela 
ulna (localizados no antebraço), pelos ossos do carpo (mão), os metacarpos 
(mão) e as falanges (dedos das mãos) (MOORE e DALLEY, 2001).
Anatomia Humana 55
A clavícula é um osso longo, que possui uma curvatura e conecta o 
membro superior ao tronco. Na sua face superior temos o tubérculo deltoide 
(Figura 26). Na sua face inferior (Figura 27) temos o tubérculo conóide, o 
sulco do músculo subclávio, a impressão do ligamento costoclavicular e a 
linha trapezóidea, próximo da extremidade costoclavicular (DRAKE; VOGL; 
MITCHEL, 2015). 
Figura 26: Vista superior da clavícula esquerda. 
Fonte: @Commons
Figura 27: Vista superior da clavícula esquerda. 
Anatomia Humana56
Fonte: @Commons
A escápula (Figura 28) tem o formato triangular e possui os seguintes 
acidentes anatômicos (DRAKE; VOGL; MITCHEL, 2015):
 • Face costal, que forma a fossa subescapular.
 • A face posterior, é dividida pela espinha da escápula, pos-
suindo a fossa supra-espinhal e a infra-espinhal.
 • Acrômio, que é a extremidade da espinha da escápula. No 
acrômio existe a face articular da clavícula.
 • Cavidade glenoidal, localizada na face lateral da escápula. 
Ela se articula com a cabeça do úmero. Ela é rasa e o que 
mantém a cabeça do úmero fixa dentro da cavidade gle-
noidal são os ligamentos e os músculos. 
 • Processo coracóide, localizado acima da escápula.
 • Margens medial, lateral e superior da escápula.
 • Ângulos superior, lateral e inferior. 
 • Incisura da escápula localizada na margem superior da 
escápula.
Anatomia Humana 57
Figura 28: Escápula esquerda. 
Fonte: @Commons
O úmero (Figura 29) é um osso longo, o maior do membro superior. 
No úmero podemos observar (MOORE; DALLEY, 2001):
 • Cabeça, localizada na extremidade proximal. Ela é esférica 
e se articula com a escápula na fossa glenóide ou glenoidal. 
 • Colo anatômico do úmero, localizado no sulco que circun-
da a cabeça do úmero.
 • Tubérculos maior (encontrado na face lareal do úmero) e 
menor (na margem medial do úmero), localizados tam-
bém na extremidade proximal do úmero. 
 • Sulco intertubercular, que separa os tubérculos.
 • O colo cirúrgico do úmero é a parte estreita e distal aos 
tubérculos.
 • Corpo do úmero. Nele encontramos a tuberosidade para o 
músculo deltoide e o sulco do nervo radial.
 • Cristas supra-epicondilater lateral e medial, localizados na 
extremidade inferior do úmero.
Anatomia Humana58
 • Os epicôndilos lateral e medial, localizados também na 
extremidade inferior do úmero. 
 • Côndilo do úmero, que é composto pela tróclea (medial) 
e pelo capítulo (lateral). No côndilo temos as fossas do 
olecrano, coronóide e radial. 
IMPORTANTE
O local mais comum de fratura do úmero é no colo cirúr-
gico.
Figura 29: Podemos ver nas imagens acima o úmero. (A) vista anterior e (B) vista posterior
Fonte: @Commons
A ulna (Figura 30) se localiza na região medial do antebraço. Ela 
é o osso mais estável do antebraço. Na extremidade proximal da ulna 
Anatomia Humana 59
encontramos (MOORE e DALLEY, 2001): O olecrano, A incisura troclear, O 
processo coronóide, A incisura radial, A tuberosidade da ulna, A crista e a 
fossa do músculo supinador, Margem interóssea.
A ulna (Figura 30) também possui corpo, e na extremidade distal 
podemos observar as seguintes estruturas (DRAKE; VOGL; MITCHEL, 
2015): Cabeça e processo estiloide. Outro osso que encontramos no 
antebraço é o rádio. No rádio podemos observar as seguintes estruturas:
 • Cabeça, colo e tuberosidade do rádio, localizados na 
extremidade proximal.
 • Corpo.
 • Processo estiloide (localizado na extremidade distal).
 • Na face posterior da extremidade distal tem a presença 
do sulco para os músculos extensores do antebraço, o 
tubérculo dorsal do rádio, o sulco para o músculo extensor 
longo do polegar e o sulco para os músculos extensor 
radial curto do carpo e extensor radial longo do carpo.
Figura 30: Ulna 
 
Fonte: @Commons
Na imagem 30 temos a visão anterior (A) e medial (B) da ulna.
Anatomia Humana60
Ossos das mãos
Os ossos da mão são os ossos do carpo (Figura 31), os metacarpos 
(Figuras 31 e 32) e as falanges (Figuras 31 e 32). Os ossos do carpo estão 
fixados uns aos outros por meio dos ligamentos interósseos. Os ossos 
carpais estão dispostos em fileiras proximais e distais. Os ossos carpais 
da fileira proximal são (de lateral para medial) (DANGELO; FATINNI, 2007): 
Escafóide (possui um tubérculo, chamado tubérculo do escafoide), 
Semilunar, Piramidal, Pisiforme.
Os ossos carpais da fileira distal são (de lateral para medial): Trapézio 
(possui o tubérculo do trapézio), Trapezóide, Capitato, Hamato (possui o 
hámulo do hamato).
Figura 31: Ossos da mão. 
Fonte: @Commons
Anatomia Humana 61
Os ossos coloridos são os ossos do carpo. A- escafoide, B-Semilunar, 
C-Piramidal, D-Pisiforme, E-Trapézio, F-Trapezóide, G-Capitato e 
H-Hamato.
Na mão nós temos os metacarpos, que são ossos localizados 
entre os ossos do carpo e as falanges dos dedos. Cada mão tem 5 
metacarpos. Os metacarpos possuem uma cabeça que se articula com 
as falanges (localizada na extremidade distal), um corpo e uma base 
(localizada na extremidade proximal) que se articula com os ossos do 
carpo. Nos dedos nós temos a presença de três falanges, com exceção 
do primeiro dedo (polegar), que possui apenas duas falanges. Cada 
falange contém uma cabeça (localizada distalmente), um corpo e 
uma base (localizada proximalmente). Nas extremidades das falanges 
temos o leito ungueal, que é uma superfície achatada, onde fica a unha 
(MOORE; DALLEY, 2001; DRAKE; VOGL; MITCHEL, 2015; DANGELO; 
FATINNI, 2007).
Membro inferior
Os ossos que compõem o membro inferior (Figura 32) são os do 
cíngulo do membro inferior (ossos do quadril), o fêmur, a tíbia, a fíbula, os 
ossos do pé (tarsos, metatarsos e as falanges).
Anatomia Humana62
Figura 32: Ossos do corpo humano. 
Fonte: @Commons
Anatomia Humana 63
Osso do quadril
O osso do quadril (Figura 32) é a fusão dos ossos íleo, ísquio e púbis. 
O osso do quadril conecta o esqueleto axial com o membro inferior. Os 
ossos do quadril são unidos anteriormente através da sínfise púbica. A pelve 
óssea é formada pelo osso do quadril e pelo sacro e cóccix. No osso do 
quadril temos o forame obturado (que é formado pela fusão dos ossos púbis 
e ísquio) e o acetábulo, que é uma cavidade onde se articula a cabeça do 
fêmur, formando a articulação do quadril (contém partes do ísquio, do ílio e 
do púbis) (MOORE; DALLEY, 2001; DRAKE, VOGL; MITCHEL, 2015).
O ílio compõe a maior parte do osso do quadril. Possui uma face 
póstero lateral em forma de asa. Ao visualizarmos o íleo podemos observar 
a presença de (DANGELO; FATINNI, 2007):
 • Espinha ilíaca ântero-superior e a espinha ilíaca ântero-
inferior.
 • A crista ilíaca.
 • A espinha ilíaca póstero-superior.
 • A tuberosidade ilíaca.
 • A incisura isquática maior.
 • As incisuras glúteas.
 • A fossa ilíaca
 • A face auricular (que se articula com a face auricular do 
sacro)
O ísquio está localizadona parte póstero-inferior do quadril. O corpo 
do ísquio se funde com os ossos púbis e ílio. O ramo do ísquio, se une ao 
ramo inferior do púbis e forma o ramo ísquiopúbico. Ao visualizar o púbis 
observamos as seguintes estruturas (DANGELO; FATINNI, 2007):
 • Corpo do ísquio.
 • Ramo do ísquio.
 • O forame obturado.
Anatomia Humana64
 • Incisura isquiática maior.
 • Espinha isquiática.
 • Incisura isquiática menor.
O púbis compõe a parte ântero-medial do osso do quadril. Compõe 
a parte anterior do acetábulo. Ao olharmos para o púbis visualizamos as 
seguintes estruturas (MOORE e DALLEY, 2001):
 • O corpo do púbis
 • A crista púbica
 • Os tubérculos púbicos
 • Ramo superior
 • Linha pectínea do púbis
Ossos da Coxa e da perna
Na coxa nós temos o osso mais longo do corpo, o fêmur (Figura 32). 
Ao olharmos o fêmur podemos observar as seguintes estruturas (MOORE; 
DALLEY, 2001):
 • A cabeça do fêmur na sua extremidade proximal
 • O colo do fêmur, que é a região que fixa a cabeça do fê-
mur ao corpo do fêmur. Em idosos, com osteoporose, há 
grande incidência de fraturas de colo do fêmur. 
 • Trocanter menor, localizado na face póstero medial da 
junção do colo com o corpo do fêmur.
 • Trocanter maior, projetada póstero superiormente na jun-
ção do colo com o corpo do fêmur.
 • Linha intertrocantérica (região onde o colo se une ao cor-
po do fêmur).
 • A crista intertrocantérica, que une os trocanteres poste-
riormente. Na crista temos o tubérculo quadrado.
 • Tuberosidade glútea.
Anatomia Humana 65
 • O corpo do fêmur, que possui a linha áspera, que se lo-
caliza no terço médio do corpo do fêmur. A linha áspera 
contém os lábios medial e lateral. Temos também o fora-
me nutrício.
 • Na extremidade distal do fêmur temos os epicôndilos late-
ral e medial, as linhas supracondilares direita e esquerda, 
os côndilos medial e lateral, a fossa intercondilar (entre os 
côndilos, na região posterior do fêmur), a face patelar (an-
teriormente) e a linha intercondilar.
Na perna nós temos dois ossos, a tíbia e a fíbula (Figura 32). A tíbia 
sustenta o peso do corpo. A fíbula é um osso responsável por manter a 
sustentabilidade da articulação talocrural (DRAKE; VOGL; MITCHEL, 2015). 
A tíbia está localizado na região ântero-medial da perna. Possui uma 
extremidade proximal grande, onde estão os côndilos medial e lateral da 
tíbia, que é a região onde a tíbia se articula com o fêmur. Os acidentes 
ósseos encontrados na tíbia são (MOORE; DALLEY, 2001):
 • Temos as margens anterior, medial e interóssea.
 • Os côndilos medial e lateral e o platô tibial lateral e medial 
(na extremidade proximal).
 • Os tubérculos da eminência intercondilar (na extremidade 
proximal).
 • O ápice da cabeça.
 • A tuberosidade anterior da tíbia (na extremidade proximal).
 • Área intercondilar posterior.
 • No corpo da tíbia temos: a linha do músculo sóleo e o fo-
rame nutrício.
 • Na extremidade distal nós temos: o maléolo medial, o sul-
co para o tendão do músculo tibial posterior. 
A fíbula está localizada na região póstero lateral da perna. Sua 
principal função além da citada anteriormente é a fixação de músculos. 
Anatomia Humana66
Na fíbula podemos visualizar os seguintes acidentes ósseos (DRAKE; 
VOGL; MITCHEL, 2015):
 • Cabeça da fíbula (que se articula com a tíbia)
 • Corpo da fíbula
 • Maléolo lateral (na região distal da fíbula)
Ossos dos pés 
Os ossos do pé são os ossos do tarso, os metatarsos e as falanges 
(figura 33). 
Vale a pena ressaltar que os ossos das mãos são os ossos do carpo 
e os metacarpos e os ossos dos pés são os tarsos e os metatarsos.
Nos pés temos 7 ossos do tarso (DRAKE; VOGL; MITCHEL, 2015; 
DANGELO; FATINNI, 2007; MOORE; DALLEY, 2001): 
 • O calcâneo (que é o mais forte e resistente osso do pé, 
que se articula com o tálus e com o cubóide). O calcâneo 
possui o sustentáculo do tálus, a tróclea fibular, a tubero-
sidade do calcâneo.
 • O tálus (que possui corpo, colo e cabeça). A cabeça do 
tálus se articula com o sustentáculo do tálus no osso cal-
câneo. No corpo do tálus podemos visualizar os tubércu-
los lateral e medial. 
 • O navicular (localizado entre a cabeça do tálus, e os três 
ossos cuneiformes). Possui em sua estrutura a tuberosida-
de navicular. 
 • O cuboide, que possui a tuberosidade do cuboide e um 
sulco para o tendão do músculo fibular longo.
 • O cuneiforme medial.
 • Cuneiforme intermédio.
 • Cuneiforme lateral. 
Anatomia Humana 67
Figura 33: Ossos dos pés. 
Fonte: @Commons
Podemos visualizar as falanges com cor cinza claro. Em cinza escuro 
estão os metatarsos. Os ossos do carpo estão em colorido e com letras. 
A-Calcâneo, B- Tálus, C- Cubóide, D- Navicular, E- Cuneiforme lateral, F- 
Cuneiforme intermediário, G- Cuneiforme medial.
No pé nós temos também os metatarsos, que conectam os ossos 
do tarso com as falanges proximais dos dedos do pé. Cada metatarso 
possui uma cabeça (distalmente), um corpo e uma base (proximalmente). 
As falanges se articulam com a cabeça dos metatarsos. O hálux (que é 
o primeiro e maior dedo do pé) possui apenas duas falanges, que são 
maiores e mais largas. Os outros dedos dos pés possuem 3 falanges 
cada. Cada falange é composta por uma base (proximalmente), um corpo 
e uma cabeça, localizada distalmente (MOORE; DALLEY, 2001; DRAKE; 
VOGL; MITCHEL, 2015).
Anatomia Humana68
RESUMINDO
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mes-
mo tudinho? Agora, só para termos certeza de que você 
realmente entendeu o tema de estudo deste capítulo, va-
mos resumir tudo o que vimos. Você deve ter aprendido 
que o esqueleto humano é dividido em esqueletos axial 
e apendicular. O esqueleto axial é composto pelo crânio, 
pelas costelas, pelas vértebras e pelo esterno. Enquanto 
que o esqueleto apendicular é formado pelos ossos dos 
membros superior e inferior. Nos membros inferiores temos 
a escápula, o úmero, a ulna, o rádio, os ossos do carpo, 
metacarpos e falanges. Nos membros inferiores temos os 
ossos do quadril, o fêmur, a tíbia, a fíbula, os ossos do tarso, 
os metatarsos e as falanges. Os ossos tem como funções: 
protegem os órgãos vitais (como coração, pulmão, órgãos 
do Sistema Nervoso), fornece apoio para o corpo, são a 
base mecânica para os movimentos, armazenam sais, pro-
duzem células sanguíneas (numa região conhecida como 
medula óssea).
Anatomia Humana 69
Sistema articular
OBJETIVO
Ao término deste capítulo você será capaz de entender o 
conceito e a classificação das articulações do corpo huma-
no. Isto será fundamental para o exercício de sua profissão. 
As pessoas que tentaram estudar a anatomia humana sem 
a devida instrução tiveram problemas na atuação como Fi-
sioterapeuta. O fisioterapeuta utiliza seu conhecimento de 
anatomia no seu dia a dia de atendimento. E então? Moti-
vado para desenvolver esta competência? Então vamos lá. 
Avante!
Conceito e classificação das articulações
As articulações são os pontos de junção entre dois ou mais ossos. 
Elas possuem grau variado de mobilidade, algumas têm mobilidade 
restrita e outras permitem grande mobilidade. Como exemplo nós temos 
a articulação do quadril, que possui uma grande mobilidade, permitindo 
movimentos em vários planos anatômicos. 
As articulações são classificadas, de acordo com a composição das 
estruturas presentes nelas em: articulação sinovial, articulação fibrosa e 
articulação cartilagínea (DRAKE; VOGL; MITCHEL, 2015). 
As articulações fibrosas são caracterizadas pela presença de tecido 
fibroso unindo as estruturas ósseas que se articular. Temos como exemplo 
as suturas do crânio, que unem os ossos do crânio. Existem 3 tipos de 
articulações fibrosas (DRAKE; VOGL; MITCHEL, 2015):
 • Suturas
 • Gonfoses
 • Sindesmoses
As suturas (Figura 34) são articulações restritas ao crânio. Nas 
suturas, os ossos do crânio são unidos por uma camada de tecido 
conjuntivo. As gonfoses são uma junção onde um processo em forma 
Anatomia Humana70de cavilha se articula dentro de um soquete. A gonfose é a articulação 
que ocorre entre um dente e seu alvéolo (Figura 35), que são mantidos 
unidos pelo colágeno do periodonto, que conecta o cemento dentário 
ao osso alveolar. A gonfose não é uma articulação que ocorre entre duas 
estruturas ósseas. As sindesmoses são articulações fibrosas verdadeiras 
que ocorrem entre ossos. Essa articulação possui um ligamento interósseo, 
um cordão fibroso mais delgado ou uma membrana aponeurótica mais 
densa. São exemplos de sindesmose a articulação rádio-ulnar unida pela 
membrana interóssea, a articulação tibiofibular unida por um ligamento 
interósseo e a parte posterior da articulação sacroilíaca (Figura 31) que 
possui uma membrana aponeurótica mais densa em sua parte posterior 
(DANGELO; FATINNI, 2007; MOORE; DALLEY, 2001). 
Figura 34: Suturas do crânio. 
Fonte: @Commons
Anatomia Humana 71
Figura 35: Articulação entre o dente e o alvéolo. 
Fonte: @Commons
Figura 36: Articulação sacrilíaca. 
Fonte: @Commons
Anatomia Humana72
As articulações cartilagíneas são unidas por cartilagem hialina ou 
por fibrocartilagem. Nós temos articulações cartilagíneas temporárias, 
conhecida como cartilagíneas primárias (sincondroses). Um exemplo 
de articulação cartilagínea primária é a que ocorre no osso em 
desenvolvimento, no qual a epífise do osso e o corpo do osso são unidos 
por uma lâmina ou disco epifisário (Figura 37). Nós temos as articulações 
cartilagíneas secundárias (sínfises), unidas por fibrocartilagem. Um 
exemplo de articulação secundária é a articulação que ocorre entre as 
vértebras, que são unidas pelo disco intervertebral. O disco intervertebral 
(Figura 38) é responsável por evitar o atrito entre as vértebras, pela 
resistência e pela absorção do impacto. Ele permite a mobilidade da 
coluna vertebral (DANGELO; FATINNI, 2007; MOORE; DALLEY, 2001). 
Figura 37: Disco epifisário do joelho de um rato. 
Fonte: @Commons
Nesta imagem podemos visualizar: 1. Disco epifisário 2. Cartilagem 
articular 3. Meniscos 4. Trabéculas ósseas 5. Medula óssea 6. Espículas 
ósseas.
Anatomia Humana 73
Figura 38: Disco intervertebral.
Fonte: @Commons
Durante o começo da vida fetal, os ossos do corpo humano são 
compostos por uma quantidade grande de cartilagem. Posteriormente 
essa cartilagem é substituída por osso. Nos adultos as cartilagens 
persistem nas superfícies das articulações sinoviais e das articulações 
cartilagíneas. A cartilagem é um tecido conjuntivo com grande 
capacidade de suportar carga. As células encontradas na cartilagem 
são os condroblastos e os condrócitos. A cartilagem hialina articular 
está presente nas articulações sinoviais. A cartilagem hialina possui uma 
superfície resistente e extremamente lisa, sendo banhada por líquido 
sinovial. Essas características permitem a movimentação da articulação 
sem que haja atrito. As fibrocartilagens contém uma quantidade maior de 
colágeno do tipo 1, e essa característica as diferem dos outros tipos de 
cartilagem. (DRAKE; VOGL; MITCHEL, 2015).
Anatomia Humana74
Articulação sinovial
A articulação sinovial (Figura 39) difere das articulações fibrosas e 
cartilagíneas porque possui (MOORE; DALLEY, 2001):
 • cápsula articular, 
 • cartilagem articular, 
 • cavidade articular, 
 • membrana sinovial e líquido sinovial. 
Figura 39: Articulação sinovial.
Fonte: @Commons
 
Anatomia Humana 75
A cápsula articular mantém as estruturas ósseas unidas e protege 
a articulação. Ela é composta por fibras de colágeno branco e está 
inserida em torno das extremidades dos ossos que estão se articulando. 
A cápsula é perfurada por vasos sanguíneos e nervos. E ela é revestida 
por membrana sinovial. Geralmente a capsula articular possui ligamentos 
capsulares, que são espessamentos locais de feixes paralelos de fibras 
colágenas (DRAKE; VOGL; MITCHEL, 2015). 
A membrana sinovial reveste as cápsulas articulares, as superfícies 
ósseas, os ligamento intracapsulares, as bolsas e bainhas tendíneas. 
Ela não reveste os discos ou meniscos intra-articulares. A cartilagem 
articular é denominada como menisco ou disco. Os discos/meniscos são 
fibrocartilaginosos e estão localizados entre as superfícies articulares onde 
a congruência é pequena. O termo menisco se refere a discos incompletos 
(exemplo o menisco do joelho). Os discos completos são encontrados nas 
articulações esterno-clavicular. As cartilagens intra-articulares fornecem 
amortecimento de choque, melhora a adaptação entre as superfícies 
ósseas, facilita a realização de movimentos combinados, retringe a 
translação de articulações como a do joelho e promove uma melhor 
distribuição de peso sobre as maiores áreas de superfície. Além disso a 
cartilagem e o líquido sinovial não permitem o atrito entre as extremidades 
ósseas que se articulam, protegendo o osso do desgaste ósseo (DRAKE; 
VOGL; MITCHEL, 2015). 
O líquido sinovial está localizado dentro das articulações sinoviais, 
bolsas e bainhas de tendões. O líquido sinovial é um dialisado do plasma 
sanguíneo, composto por ácido hialurônico e por proteína. é responsável 
pela lubrificação da articulação e permite a mobilidade articular. O líquido 
sinovial contém células de defesa. A cavidade articular é a região entre 
os ossos e que é envolta pela cápsula articular. Existem seis tipos de 
articulações sinoviais (suas principais características estão resumidas na 
tabela 2) (DANGELO; FATINNI, 2007; MOORE; DALLEY, 2001):
 • Articulações planas (Figura 40)
 • Articulações em dobradiça (Figura 40)
 • Elipsoide 
Anatomia Humana76
 • Articulações selares (Figura 40)
 • Articulações bicondilares (Figura 40)
 • Articulações esferoideas (Figura 40)
 • Articulações trocoideas (Figura 40)
Com base nos movimentos as articulações podem ser classificadas 
como (DRAKE; VOGL; MITCHEL, 2015):
 • Uniaxiais: quando os movimentos ocorrem apenas em um 
plano.
 • Biaxiais: quando os movimentos ocorrem em dois planos.
 • Multiaxiais: quando realiza os movimentos em três planos. 
Quadro 2: Principais características das articulações sinoviais. 
Tipo Características Eixos Movimentos Exemplos
Articulações 
planas
As faces opostas 
dos ossos são 
planas
Uniaxial 
(um eixo)
Deslizamento
Articulação 
acromioclavicular
Articulações 
em 
dobradiça
A cápsula articular 
é fina e frouxa, 
e os ligamentos 
sustentam a 
articulação
Uniaxial
Flexão e 
extensão
Articulação entre 
a ulna e o úmero 
(articulação do 
cotovelo)
Articulações 
elipsoides
Consiste de 
uma superfície 
convexa oval que 
se articula com 
uma concavidade 
elíptica
Biaxiais 
(dois eixos)
Permitem os 
movimentos 
em dois 
eixos: fkexão-
extensão, 
adução e 
abdução 
(que quando 
combinados 
geram o 
movimento de 
circundução
Articulações 
radiocarpais e 
metacarpofalângicas.
Anatomia Humana 77
Tipo Características Eixos Movimentos Exemplos
Articulações 
selares
As faces opostas 
dos ossos tem 
forma de sela
Biaxiais 
(dois eixos)
Permite 
movimentos 
em dois eixos
Articulação 
carpometacarpal do 
polegar
Articulações 
bicondilares
Dois côndilos 
convexos se 
articulam com 
superfícies 
côncavas ou planas
São 
predo-
minante-
mente 
uniaxiais
Flexão e 
extensão
Articulação do joelho
Articulações 
esferóideas
Ocorre entre a face 
esferoidal de um 
osso e um soquete 
de outro osso
Multiaxiais 
(vários 
eixos)
Flexão, 
extensão, 
abdução, 
adução, 
rotação medial, 
rotação lateral 
e circundução
Articulação do quadril
Articulações 
trocódeas
Um processo 
ósseo arredondado 
se articula dentro 
de um manguito 
ou anel
Uniaxiais Rotação
Articulação 
atlantoaxial 
Adaptada de Moore e Dalley (2001), Drake, Vogl e Mitchel (2015)
Anatomia Humana78
Figura 40: Tipos de articulações sinoviais.
Fonte: @Commons
As articulações planas possuem superfícies ósseas chatas. Elas 
são ligeiramente curvas. Realizam o movimento de deslizamento. Um 
exemplo de articulação plana

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