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Prevenção Primária: o profissional deverá atuar na educação e conscientização da população sobre os cuidados básicos para a manutenção da saúde e identificar e acompanhar as patologias de maior ocorrência na população, tendo como objetivo diminuir as possibilidades de evolução ou agravamento, prevenindo contra a necessidade de atendimento aos níveis secundários e terciários. Prevenção Secundária: seria focalizar as patologias de maior prevalência, atender à população para identificar o mais cedo possível as ocorrências patológicas, estabelecer uma relação profissional multidisciplinar e promover condições para que portadores de alterações possam desenvolver as suas atividades sociais. Prevenção Terciária: trabalha- se com a reabilitação das alterações já instaladas de um grupo na população. - No Brasil, a origem do PSF (Programa de Saúde da Família), remonta a criação do PACS em 1991, como parte do processo de reforma do setor da saúde, com intenção de aumentar a acessibilidade ao sistema de saúde e incrementar as ações de prevenção e promoção da saúde. Diversas pesquisas indicaram que unidades básicas de saúde, funcionando adequadamente, de forma resolutiva, oportuna e humanizada, são capazes de resolver, com qualidade, cerca de 85% dos problemas de saúde da população. O restante das pessoas precisará, em parte, de atendimento em ambulatórios de especialidades e apenas um pequeno número necessitará de atendimento hospitalar. - Em 1994 o Ministério da Saúde, lançou o PSF como política nacional de atenção básica, com caráter organizativo e substituitivo, fazendo frente ao modelo tradicional de assistência primária. - O PSF é tido como uma das principais estratégias de reorganização dos serviços e de reorientação das práticas profissionais neste nível de assistência, promoção da saúde, prevenção de doenças e reabilitação. do Profissional de Saúde do Profissional de Saúde Níveis de Prevenção em Saúde Estratégia de Saúde da Família - (ESF) - Para a implantação das Equipes de Saúde da Família: Equipe multiprofissional responsável por, no máximo, 4.000 habitantes (média recomendada é de 3.000). A equipe básica é formada por no mínimo: médico, enfermeiro, auxiliar ou técnico de enfermagem e Agentes Comunitários de Saúde (em número máximo de 1 ACS para cada 400 pessoas no urbano e 1 ACS para cada 280 pessoas no rural). Todos os integrantes devem ter jornada de trabalho de 40 horas semanais. - De acordo com a Portaria Nº648, de 28 de Março de 2006, ficou definido as características do processo de trabalho de Saúde da Família: Manter atualizado o cadastramento das famílias e dos indivíduos e utilizar os dados para a análise da situação de saúde considerando as características sociais, econômicas, culturais, demográficas e epidemiológicas do território; Definição precisa do território de atuação, mapeamento e reconhecimento da área adstrita, que compreenda o segmento populacional determinado, com atualização contínua; Diagnóstico, programação e implementação das atividades segundo critérios de risco à saúde, priorizando solução dos problemas de saúde mais frequentes; Não estão listadas todas as características! - A Portaria nº 154, de 24 de janeiro de 2008, instituiu a criação dos Núcleos de Apoio Saúde da Família (NASF), atendendo a uma das maiores reivindicações dos profissionais da Saúde da Família: a inserção de áreas co- relatas às atividades dos profissionais da Atenção Básica. - A proposta da Portaria que cria os NASF, tem como objetivo, ampliar a abrangência e o escopo das ações de atenção básica, melhorar a qualidade e a resolutividade da atenção à saúde. - Os núcleos são constituídos por equipes compostas por profissionais de diferentes áreas de conhecimento, e atuarão em parceria com os profissionais das equipes de Saúde da Família, atuando diretamente no apoio as equipes e na unidade na qual o NASF está cadastrado. - Os núcleos são compostos por no mínimo cinco profissionais, definidos pelos gestores municipais, dentre as seguintes ocupações: médico acupunturista, assistente social, professor de educação física, farmacêutico, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, médico ginecologista, médico homeopata, nutricionista, médico pediatra, psicólogo, médico psiquiatra e terapeuta ocupacional. - A operacionalização do NASF adota o conceito de matriciamento. Este processo contribui para organização de uma linha de cuidado contínua, rompendo com a fragmentação do cuidado, que prejudica a integralidade da atenção. Núcleo de Apoio da Saúde da Família – NASF - O matriciamento auxilia as equipes a pensar sua atuação, conhecer sua rede e ampliar seus conhecimentos e possibilidades de ação, já que permite o compartilhamento de sabores no encontro de múltiplos profissionais. - As possibilidades de atuação do NASF: Sala de Espera. Palestras em eventos de saúde Visitas domiciliares. Reuniões de casos clínicos com equipe de SF. Capacitação dos Acs. Projeto Terapêutico Singular (PTS). - Os CAPs são serviços públicos de saúde mental, destinados a atender indivíduos com transtornos mentais relativamente graves. Esse serviço é uma substituição as internações em hospitais psiquiátricos, e tem como maior objetivo tratar a saúde mental de forma adequada, oferecendo atendimento a população, realizando o acompanhamento clínico e promovendo a reinserção social dos usuários pelo acesso ao trabalho e ao lazer, afim de fortalecer os laços familiares e comunitários. - O CAPS oferece três modalidades de tratamento que variam de acordo com a necessidade do indivíduo. Atendimento Intensivo: atendimento diário oferecido quando a pessoa se encontra com grave sofrimento psíquico precisando de atenção contínua. Esse atendimento pode ser domiciliar, se necessário. Semi-intensivo: atendido até doze dias no mês, oferecida quando o sofrimento e a desestruturação psíquica da pessoa diminuíram, melhorando as possibilidades de relacionamento. Não intensivo: quando a pessoa não precisa de suporte da equipe para viver em seu território e realizar suas atividades na família e/ou no trabalho, podendo ser atendido até três dias no mês. - Tipos de CAPS: CAPS 1 – Cidades de pequeno porte, que devem dar cobertura para toda clientela com transtornos mentais severos durante o dia (adultos, crianças, adolescentes e pessoas com problemas devido ao uso de álcool e outras drogas). Características: Constituir-se em serviço ambulatorial de atenção Matriciamento é um modo de produzir saúde em que equipes complementam suas atividades, num processo de construção compartilhada, afim de tratar das dificuldades de uma pessoa por meio de uma proposta de intervenção pedagógica e terapêutica conjunta. Centro de Atenção Psicossocial - CAPS diária destinado a crianças e adolescentes com transtornos mentais; Possuir capacidade técnica para desempenhar o papel de regulador da porta de entrada da rede assistencial no âmbito do seu território e/ou do módulo assistencial, definido na Norma Operacional de Assistência à Saúde (NOAS), de acordo com a determinação do gestor local; Responsabilizar-se, sob coordenação do gestor local, pela organização da demanda e da rede de cuidados em saúde mental de crianças e adolescentes no âmbito do seu território. - A assistência prestada ao paciente no CAPS 1 inclui as seguintes atividades: Atendimento individual (medicamentoso, psicoterápico, de orientação, entre outros); Atendimento em grupos (psicoterapia, grupo operativo, atividades de suporte social, entre outros); Atendimentoem oficinas terapêuticas executadas por profissional de nível superior ou médio; Visitas e atendimentos domiciliares; Atendimento à família; Atividades comunitárias enfocando a integração da criança e do adolescente na família, na escola, na comunidade ou quaisquer outras formas de inserção social; Desenvolvimento de ações inter-setoriais, principalmente com as áreas de assistência social, educação e justiça; - Os pacientes assistidos em um turno (4 horas) receberão uma refeição diária; os assistidos em dois turnos (8 horas) receberão duas refeições diárias. Recursos Humanos: - A equipe técnica mínima para atuação no CAPS 1, para o atendimento de 15 crianças ou adolescentes por turno, tendo como limite máximo 25 pacientes por dia, será composta por: 1 médico psiquiatra, neurologista ou pediatra com formação em saúde mental; 1 enfermeiro; 4 profissionais de nível superior entre as seguintes categorias profissionais: psicólogo, assistente social, enfermeiro, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, pedagogo ou outro profissional necessário ao projeto terapêutico; 5 profissionais de nível médio: técnico e/ou auxiliar de enfermagem, técnico administrativo, técnico educacional e artesão. - O Programa Saúde na Escola (PSE), visa a integração e articulação permanente da educação e da saúde, proporcionando melhoria da qualidade de vida da população brasileira. Programa Saúde nas Escolas - O PSE tem como objetivo contribuir para a formação integral dos estudantes por meio de ações de promoção, prevenção e atenção à saúde, com vistas ao enfrentamento das vulnerabilidades que comprometem o pleno desenvolvimento de crianças e jovens da rede pública de ensino. - O PSE é constituído por cinco componentes: Avaliação das condições de saúde das crianças, adolescentes e jovens que estão na escola pública; Promoção da saúde e de atividades de prevenção; Educação permanente e capacitação dos profissionais da educação, da saúde e de jovens; Monitoramento e avaliação da saúde dos estudantes; Monitoramento e avaliação do programa. - O programa está estruturado em quatro blocos: 1º Consiste na avaliação das condições de saúde, envolvendo estado nutricional, incidência precoce de hipertensão e diabetes, saúde bucal, acuidade visual e auditiva e avaliação psicológica do estudante. 2º Trata da promoção da saúde e da prevenção, que trabalhará as dimensões da construção de uma cultura de paz e combate às diferentes expressões de violência, consumo de álcool, tabaco e outras drogas. Também neste bloco há uma abordagem à educação sexual e reprodutiva, além de estímulo à atividade física e práticas corporais. 3º É voltado à educação permanente e capacitação de profissionais e de jovens. 4º Prevê o monitoramento e a avaliação da saúde dos estudantes por intermédio de duas pesquisas. A primeira é a Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (Pense), em parceria com o IBGE, que contempla todos os itens da avaliação das condições de saúde e perfil socio-econômico das escolas públicas e privadas nas 27 capitais brasileiras. - O resultado dessa pesquisa servirá para que as escolas e as equipes de saúde tenham parâmetro para a avaliação da comunidade estudantil. - Todas as ações do programa são possíveis de serem realizadas nos municípios cobertos pelas ESFs. Na prática, o que ocorrerá será a integração das redes de educação e do Sistema Único de Saúde. Os municípios interessados devem manifestar sua vontade em aderir ao programa.
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