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Fundamentos do Serviço Social e suas Influências

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Aula 1- Fundamentos Teóricos e Metodológicos do Serviço Social
O Serviço Social surge e se expande como parte de uma estratégia de contenção de classes subalternas. Além desse fato ate o Movimento de Reconceituação o Serviço Social apareceu como uma profissão que transvestiu por atividades burocratizadas.O Serviço Social é gestado no universo do pensamento cristão e mais tarde vai secularizar nos quadros do pensamento conservador europeu que defendia a ótica da harmonia. Em seguida incorpora a vertente empirista das ciências humanas.
No Brasil a emergência e institucionalização do Serviço Social como especialização do trabalho ocorre nos anos 20 e 30 sob influencia católica europeia. Nas décadas de 40 e 50. O Servico Social brasileiro recebe influencia norte americana, marcada pelo tecnicismo. O movimento de renovação na profissão que ocorre nos anos 60 e 70 se expressa em termos tanto de reatualização do tradicionalismo profissional, quanto de uma busca de ruptura com o conservadorismo.nos anos 80 inaugura-se o debate com a ética no serviço social, buscando-se romper com a ética da neutralidade e com o tradicionalismo filosófico fundado na ética neotomista e no humanismo cristão.assume-se claramente no código de ética profissional aprovado em 1996, a ideia de “compromisso com a classe trabalhadora”, trazendo também a ruptura com o corporativismo profissional inaugurando a percepção do valor da denuncia inclusive a formulada por usuários. Nos anos 90 verificam no âmbito do Serviço Social os efeitos do neoliberalismo da flexibilização da economia e reestruturação no mundo do trabalho e da retração dos direitos sociais. Em 1965 na America Latina, surge o Movimento de Reconceituacao de Serviço Social, que compreendeu um questionamento sobre o objeto, objetivos, ideologia e referencias teórico e metodológicos.
 Aula 2- o Serviço e o Projeto Positivista de Sociedade
O Positivismo, filosofia criada por Auguste Comte  no século XIX,  surge num contexto marcado  pela queda do antigo regime de base agrária e surgimento  do Capitalismo. Constitui-se como um caminho contrarrevolucionário que visava à manutenção da ordem e progresso  para garantir a civilização. Na ideia de progresso, está implícito o conservadorismo, pois os anseios individuais devem ser controlados para garantir a “harmonia” social.
“Na perspectiva positivista, tanto a explicação como a descrição supõem uma representação das relações sociais de forma bastante parcializada, empírica, tentado ordenar  fatos sensíveis, mas submetendo-se a eles.” (FALEIROS, 1982, p.65)
Na perspectiva positivista, não havia questionamentos, e sim a procura de leis, observa-se o mundo ao invés de inventá-lo.
Para Comte, a humanidade passa por três estados que são incompatíveis entre si:
O estado teleológico – físico: em que o espírito humano explica o fenômeno por meio de vontades transcendentes ou agentes sobrenaturais. Neste estágio, a imaginação se sobrepõe à razão, inventando um ser absoluto que explica todas as coisas e soluciona problemas.
O estado metafísico ou abstrato: os fenômenos são explicados por meio de forças ou entidades ocultas e abstratas. A imaginação  ainda predomina sobre a razão, as divindades foram substituídas  por entidades ou conceitos abstratos como os de essência, alma etc.
O estado positivo – científico: os fenômenos são explicados por meio de leis experimentalmente demonstradas.
O Positivismo no Brasil foi divulgado aproximadamente no século XIX por Luiz Pereira Barros Pinto. Os Positivistas eram alunos de direito, pertencentes a classe burguesa e os alunos das aulas técnicas e militar, que defenderam que a burguesia deveria participar do comando político do país substituindo os monarcas e os latifundiários. Aparecendo no Serviço Social em oposição ao conhecimento que se baseava na subjetiva interpretação pessoal da situação. A presença dessa perspectiva positivista no Serviço social fez com que a profissão passasse a se preocupar mais com o “como” do que com “o que”.
 Serviço Social e o Positivismo
• O Positivismo aparece no Serviço Social em oposição ao conhecimento que se baseava  na subjetiva  interpretação pessoal da situação – problema verificado no psicologismo filosófico. 
• A presença desta perspectiva no Serviço Social fez com que a profissão  passasse a se preocupar  mais com o “como” do que  com “o quê”, acentuando-se consequentemente a sua tendência à neutralidade (MACEDO, 1986, p. 43)
• Fundamentada na perspectiva Positivista, a prática do Serviço Social se caracterizava como instrumento da sociedade para alcançar determinado nível de bem-estar.
Aula 3- A Perspectiva Funcionalista no Serviço Social
- A estrutura social é o  objeto de sua investigação. O processo de institucionalização  está na origem da estrutura.
- A institucionalização traduz os elementos culturais mais gerais, valores e símbolos, as normas de ações que se inscrevem nos papéis concretos que são vividos na ação social.
- Para Parsons, as funções se efetuam pela estrutura. Para o sistema cuja função é a integração social temos as seguintes estruturas:
Papel desempenhado pelos atores;
As coletividades;
As normas;
Os valores;
Os recursos da instituição.
O primeiro uso dessa noção foi feito em antropologia por B. Malinovski, considerado o pai do funcionalismo. Os postulados que ele apresenta são os seguintes:
A função e concebida em relação a todo o sistema social;
Todos os elementos sociais e culturais preenchem funções sociológicas;
Os elementos acima referidos são indispensáveis ao funcionalismo
Merton diz que ao lado do estudo das funções é preciso examinar as disfunções que atrapalham o sistema.
A função permite analisar certas situações e fornecer observações que a causalidade, no sentido de relações de necessidade entre causa e efeito, não poderia fornecer.
Parsons enumera quatro funções que estão encarregadas de fazer face aos problemas que ocorrem com maior frequência em uma estrutura, visando manter o seu equilíbrio.
Função de estabilidade normativa (a mais estática das funções).
Função de integração, que coordena os elementos do sistema.
Função dos objetivos  e serem alcançados.
Função de adaptação de que o sistema dispõe para atingir os seus objetivos.
Para Durkheim, o indivíduo, como membro da sociedade, não é totalmente  livre para tomar suas próprias decisões morais mas, num certo sentido, “coagido” a aceitar as orientações comuns à sociedade da qual faz parte.
Educação tem um caráter integrador. A sociedade não pode sobreviver, a não ser que exista entre seus membros homogeneidade suficiente: a educação perpetua e reforça essa homogeneidade, fixando de antemão, na alma da criança, as similitudes essências exigidas pela vida coletiva.    
Os métodos usados na visão sistêmica do Serviço Social podem ser reduzidos a três opções básicas: Estudo da situação do problema.
Diagnostico social.
Intervenção social e avaliação.
 Aula 4- Serviço Social e a Perspectiva Critico Dialética
Netto (1994) afirma que o pensamento de Marx se desenrola em um percurso que obedece a uma lógica com o objetivo de compreender a sociedade burguesa, seus passos vão se alternando de acordo com um amadurecimento como teórico e dirigente revolucionário. A sociedade burguesa se funda na exploração da maioria pela minoria, tendo mecanismos que ocultam estes atributos, sendo a alimentação e a reificação conectadas ao “fetichismo da mercadoria”. A sociedade burguesa não pode existir sem eles, que acabam por criar uma aparência coisificada da realidade social. Esta aparência mistifica os fenômenos sociais: ela esconde que os fenômenos são processos, mostra-os em forma de coisas, alheias aos homens e às suas relações, por exemplo: o capital, que é uma relação social , aparece como dinheiro , equipamentos, etc. a contradição é real: sociedade burguesa, ao mesmo tempo que abre a possibilidade para tomar o ser social tal como ele é, bloqueia esta apreensão.
A filosofia de Marx parte do estudo dialético do homem como ser histórico no mundo.
Ohomem passa a ser visto como um conjunto de suas relações sociais.
Homem-: ser social- forma real de organizações humanas existentes ao longo da historia.
 Aula 5- Serviço Social e Abordagem Fenomenológica
 
A palavra fenomenologia significa “estudo dos fenômenos” e por extensão, “ciência dos fenômenos”. A fenomenologia propõe a compreensão do ser humano como sujeito e não mais do objeto. Nessa perspectiva o homem deve ser visto na sua totalidade, sendo que só assim poderá compreender a si mesmo. É na estrutura universal e na experiência concreta do vivido que ela busca compreender o homem. É uma ciência voltada para o vivido, propõe-se a estudar a realidade social concreta, compreensiva e interpretativa
A fenomenologia não parte de fatos, mas de idealidades intelegíveis, de significados puros, os quais se apresentam como independente das contingencias e dos próprios fatos. Na perspectiva fenomenológica devemos abandonar as premissas, todos os princípios, todos os modos de pensar e voltar as próprias coisas, como estas se apresentam na sua pureza original. Em outros termos, devemos prescindir do caráter existencial das coisas, voltando nossa atenção para a essência das mesmas.

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