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1 Gabriela Galvão – 19.1 AVALIAÇÃO DO CRESCIMENTO: de 0 a 2 anos CRESCIMENTO Diz respeito ao tamanho corporal. É dependente do tamanho e número das células. É considerado um dos melhores indicadores de saúde e deve ser sempre registrado na caderneta de saúde. É muito importante principalmente até os 2 anos, e depende de aspectos genéticos, hormonais, psicossociais, nutricionais e patológicos. No entanto, entre estes, os fatores nutricionais e hormonais são predominantes para o crescimento até os 2 primeiros anos. o A partir dos 3, fatores hormonais e genéticos. AVALIAÇÃO NUTRICIONAL Deve ser feita a partir de: 1. Classificação do Estado Nutricional; 2. Avaliação Antropométrica; 3. Indicadores Antropométricos; 4. Gráficos de Crescimento. Anamnese da mãe: avaliar seu pré- natal, uso de drogas, alimentação, agentes infecciosos, hipertensão grave, HPV, entre outros. Antecedentes Obstétricos e Neonatais: idade gestacional, intercorrências na gestação, peso, estatura, perímetro cefálico do nascimento, internamento e intercorrências neonatais. Todas essas medidas devem levar em conta a idade cronológica da criança, e a idade deve ser corrigida se prematuro. Peso ao nascer <2,5Kg: é prematuro ou sofreu déficit de crescimento intra- uterino (DCIU). Esse DCIU causa risco do baby não conseguir se alimentar direito a curto e longo prazo. Buscar antecedentes alimentares da criança: o Aleitamento materno exclusivo ou uso de fórmula ou leite integral. o Se houve uso de mamadeira ou copinho. o Introdução de novos alimentos, consistência. o Número de refeições, horários variação dos alimentos, quantidades, local da refeição. o Sucos, alimentos ultra processados, adição de açúcar e sal. Antecedentes Familiares: estatura dos pais, dislipidemias, obesidade, HAS, diabetes. Hábitos de sono: quantas horas de sono, cochilos diurnos, onde dorme, se acorda de madrugada ou tem terror noturno ou sonambulismo, leito compartilhado. Atividades lúdicas ou atividades físicas programadas: frequência, duração e intensidade. Tempo de telas: videogames, jogos eletrônicos, TV, tablet, computador ou celular. Ao final, avaliar antropometria associado aos gráficos de crescimento. 2 Gabriela Galvão – 19.1 ANTROPOMETRIA Peso o A criança tem que estar despida. o Uso de balança mecânica ou digital, sempre quando estabiliza. Quando já pode ficar de pé, muda para a balança de pé mesmo. o A criança a termo nasce com aproximadamente 3,3kg (2,5 a 4kg), e pode perder até 10% disso nos 4 a 5 primeiros dias de vida. Isso é recuperado em torno do 10º ao 8º dia de vida. → Se perder mais do que 10%, atentar-se para a alimentação. o No 4º/5º mês a criança dobra esse peso. Com 12 meses triplica (deve ter ao redor de 10kg) e aos 2 anos ele já quadruplicou. ➢ O peso adequado é entre as curvas +2 e -2. O gráfico também indica peso elevado (acima de +2), peso baixo (entre -2 e -3) e peso muito baixo (abaixo de -3). Comprimento/Estatura o Altura da criança quando está deitada. o É medido usando uma régua antropométrica, que é fixa na cabeça e móvel nos pés. o Acima de 2 anos, a altura é medida com a criança em pé contra uma parede. o O bebê a termo nasce com 50cm em média e ganha 25cm no primeiro ano de vida, sendo: → 3,5cm/mês no primeiro trimestre → 2cm/mês no segundo trimestre → 1,5cm/mês no terceiro trimestre → 1,2cm/mês no quarto trimestre ➢ A estatura adequada é entre as curvas +2 e -2. O gráfico também indica altura elevada (acima de +2), altura baixa (entre -2 e -3) e altura muito baixa (abaixo de -3). Perímetro Cefálico o É conferida até os 2 anos, segundo a caderneta. o Usando uma fita métrica não extensível, posicioná-la na 3 Gabriela Galvão – 19.1 glabela, logo acima da sobrancelha, até a proeminência occipital. o É importante pois reflete de forma indireta o crescimento do cérebro e também é importante na indicação de microcefalia (por infecção congênita do Zika Vírus). o A primeira medição deve ser feita entre 24h após o nascimento e até 6 dias e 23h de vida (dentro da primeira semana), de acordo com a OMS. o O normal, nessa faixa etária, é de 35 cm. O tamanho mínimo para não considerar microcefalia é 31,9cm para meninos e 31,5cm para meninas. o Cresce 12cm no primeiro ano, passando a medir cerca de 47cm. ➢ O perímetro cefálico adequado é entre as curvas +2 e -2. O gráfico também indica PC abaixo do esperado (menor que -2) e PC acima do esperado (acima de +2). IMC o É a relação entre peso e altura: P/altura2. ➢ O IMC adequado é entre as curvas +2 e -2. O gráfico também indica magreza (entre -2 e -3), magreza acentuada (menor que -3), obesidade (entre +2 e +3) e obesidade grave (acima de +3). Entre 1 e 2 significa sobrepeso! Essas medidas são utilizadas para crianças de 0 a 5 anos, pelo Ministério da Saúde. A partir de 5 anos começa a fase do “estirão”, então o peso vai sendo desconsiderado. Curvas de Crescimento o São gráficos que podem ser feitos de duas formas: 1. Pelo Percentil → valores ordenados de forma crescente. A distribuição é sempre norma, simétrica, em curva de Gauss. Valores de tendência central são os mais observados na população normal. É como se fossem 100 valores, independente do tamanho da amostra. 2. Pelo Escore Z → baseado no número de desvio padrão a partir da mediana. É como está na caderneta.
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