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A Teoria da Modificabilidade Cognitiva Estrutural de Reuven Feuerstein

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A TEORIA DA MODIFICABILIDADE COGNITIVA 
ESTRUTURAL DE REUVEN FEUERSTEIN 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Segundo Tzaban (2009) a adequação do ser humano no ambiente em que está 
inserido é essencial para o seu desenvolvimento cognitivo, sendo essa adaptação de acordo 
com suas necessidades considerada pelo mesmo de aprendizagem. 
O autor ressalta posteriormente sobre a ideia de Reuven no qual diz: "[...] a 
capacidade do individuo para usar a experiência prévia em sua adaptação a situações 
novas.", assim o indivíduo ao conhecer uma situação nova o mesmo utiliza conhecimentos 
que já possui sobre certas situações parecidas e utiliza esse conhecimento em outra situação 
a fim de obter os mesmos resultados. 
Tzaban, nos leva a refletir sobre dois tipos de modos de aprendizagem cognitivo 
sendo o primeiro onde o indivíduo não possui grande dificuldade para aprender, pois emite 
esquemas para fixar e aumentar seu conhecimento, já o segundo ele tem certa dificuldade 
para aprender, mas consegue aprender de forma mais lenta e baixa, mas não é impossível. 
 O autor define o que é a estrutura cognitiva: 
 
Imagina-se então o emaranhado complexo de relações que nossa estrutura mental 
faz entre milhões de objetos da realidade, todas as possíveis conexões entre as 
características, signos e significados de tudo aquilo que percebemos pelos 
sentidos, visto que não há outros modos de coleta de dados conhecidos 
cientificamente até aqui. Toda essa rede de relações forma o que chamamos de 
Estrutura Cognitiva. 
 
Vale ressaltar que essa adaptação citada anteriormente pelo autor tem um conceito 
que deve ser aprendido que é a questão de que essa adaptação não é uma acomodação. E 
algumas características são citadas como a repetição que causa desequilíbrio, a 
desconstrução de um conceito já estabelecido e a construção com um novo conceito e o 
amadurecimento dessas competências. 
O ser humano é levado a questão de que o desenvolvimento biológico se dá em 
estágios sendo que o mesmo indivíduo aos 5 anos não será o mesmo aos 22 anos, pois se 
submete a diferentes situações, culturas e meios. 
O autor relata sobre a privação cultural que é a resistência a mudanças dizendo que: 
 
Quanto menos necessidade (provocada pelo contexto social) tem a pessoa (não 
importa a idade) de acomodar, de agir, de operar mentalmente sobre os objetos da 
realidade, mais rígida será sua estrutura cognitiva, meramente assimiladora, no 
sentido de só “ver” no novo aquilo que já conhece. Tal rigidez, provocada pela 
ausência de experiências de aprendizagem estimuladoras da mobilização 
cognitiva, será denominada Privação Cultural por Feuerstein, com outros 
adendos, como veremos mais adiante. 
 
Existe dois níveis de aprendizagem a local (é a aprendizagem decorativa no qual 
obtemos a informação, mas não usamos ela para reflexão e/ou assimilações) e a de 
modificabilidade cognitiva estrutural (ao contrário da local essa aprendizagem ressalta a 
chegada da informação e a utilização da mesma por meio de assimilações e/ou usar esse 
conhecimento para ir à um pensamento além do normal). 
Reuven adapta o pensamento de Vygotsky assim: 
 
[...]para Feuerstein, implica uma série de posturas e ações específicas do 
mediador com vistas sobretudo ao desenvolvimento da modificabilidade 
cognitiva estrutural, pela ativação de funções cognitivas e operações mentais. 
 
Segundo Feuerstein existem fatores distais ou distantes que seriam: fatores 
genéticos, orgânicos, a maturidade do indivíduo, emocional da família, envolvimento com 
o ambiental, fatores econômicos e a exposição à diferentes culturas. Sendo influentes no 
desenvolvimento cognitivo do indivíduo, mas determinante para Reuven será se tem ou não 
a EAM (Experiência de Aprendizagem Mediada). 
Diferente de outros pensadores Reuven vê que a mediação é intencionalmente e 
significamente ativar cognição estrutural da realidade ressaltando a regulação de como essa 
intervenção está sendo feita. 
O mediador é ressaltado sua importância onde: 
 
O mediador, segundo Feuerstein, tem o objetivo de gerar modificabilidade, ou 
como já dissemos, capacidade do indivíduo para usar a experiência prévia em sua 
adaptação a situações novas. Para tanto, o mediado precisa, de maneira 
autônoma, coletar informações (características físicas e/ou conceituais, 
simbólicas, relações intrínsecas e extrínsecas) a respeito dos objetos presentes 
(situação nova) de tal maneira que consiga relacioná-las aos seus esquemas já 
formados, de modo a rever relações pré-estabelecidas e modificá-las para 
adaptar-se ao novo, já que afinal, não é a mesma realidade. Uma vez que o sujeito 
se torna capaz de, por conta própria, modificar continuamente seus padrões de 
organização da realidade (esquemas), ele tenderá a adaptar-se cognitiva e 
emocionalmente melhor em diversas circunstâncias de sua vida, visto que se 
torna mais inteligente, no sentido cunhado por Feuerstein. 
 
 
O autor embasado por Sasson diz a aprendizagem efetiva deve ter três condições a 
multidimensionalidade (o esquema ao se relacionar afeta a estrutura como toda), criar 
tendência à autotransformação (somos eternos aprendizes no qual antigos conceitos e 
pensamentos estão sendo expostos e modificados à novas situações) e a criação de 
autoperpetuação (conhecer você para ter certas atitudes). 
O autor relata a comparação de Feuerstein com Vygotsky, dizendo que: 
No entanto, ainda segundo Gomes (2002) embasado por Kozulin (2000), Feuerstein, 
assim como Vygotsky, só vê o desenvolvimento das fases da estrutura e dos níveis da 
inteligência como causados pela intervenção cultural dos mediadores e não apenas pela 
maturação biológica. 
Operações mentais são adaptadas à forma de como as coisas são executadas sendo 
possível a variação. E informações e dados devem ser coletados para ser usada 
posteriormente e comparados à critérios de mediação, tendo funções como cita o autor: 
Segundo Sasson e Macionk (2006), são funções do mediador: 
1 – Filtrar e selecionar estímulos/experiências. 
2 – Organizar e enquadrar estímulos/experiências num quadro de referência 
espaço-temporal. 
3 – Regular a intensidade, a frequência e a ordem em que aparecem os vários 
estímulos. 
4 – Relacionar novos estímulos/experiências a eventos prévios e que possam 
ocorrer no futuro. 
5 – Estabelecer relações (causa-efeito, meio-fim, identidade, similaridade, 
diferença, exclusividade etc.) entre os estímulos percebidos. 
6 – Regular e adaptar as respostas do aprendiz ao estímulo ao qual ele está 
exposto. 
7 – Promover a representação mental e a antecipação dos possíveis efeitos e 
consequências de diferentes respostas a estímulos dados. 
8 – Interpretar e atribuir significado e valor. 
9 – Suscitar motivação, interesse e curiosidade para relacionar-se e responder a 
vários estímulos. 
O mediador segundo o autor deve ter como base três condições, a intenção de 
mediar e transmitir seu conhecimento de forma adequada, ser consciente de sua intenção e 
conseguir encontrar o melhor caminho (canal) para facilitar o seu entendimento e 
compreensão, possuindo assim uma reciprocidade. 
Algumas ações são impostas ao mediador sendo: 
Segundo Sasson (2006), o mediador planeja suas ações basicamente respeitando três 
fases: 
1º - Mediador atuante, media a experiência com questionamento incessante para o 
mediado coletar informações, trabalhar com elas e chegar à resposta. 
2º - Mediador observa resposta, regulando conduta (estimula ou dá limites) e 
dando retorno avaliativo sobre como o mediado está se saindo. 
3º - Mediador pouco atuante, media novamente, avaliando modificabilidade 
(aprendizagem) e permitindo trabalho autônomo. Estimula metacognição do 
mediado (reflexão sobre suas ações e pensamentos, sobre a razão do sucesso ou 
fracasso, sempre de modo otimista). 
Sendo de aspecto importante o mediador ser compreensivo e entendersobre as 
diferentes formas de mudanças de desenvolvimento dos seres. 
O estudo de Reuven nos anima sendo possível a melhor compreensão de certas 
atitudes e situações do nosso cotidiano, contudo em uma forma mais psicológica e 
instrumental afim das mudanças. 
 
 
 
 
 
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA: 
GONÇALVES, C. E. de S.; VAGULA, E. Modificabilidade cognitiva estrutural de 
Reuven Feuerstein: uma perspectiva educacional voltada para o desenvolvimento 
cognitivo autônomo. In: Seminário de Pesquisa em Educação da Região Sul, IX, 2012. 
Disponível em: anpedsul/9anpedsul/paper/viewFile/1106/376.

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