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Luíza Rocha Vicente Pereira Medicina Ufes 104 Diabetes Mellitus Fisiopatologia Tipo 1: - insulino dependente - auto-anticorpos que podem atingir tanto as ilhotas como a própria insulina, de modo a não se ter insulina disponível - pode ser caracteriza como idiopática em certos caso - incapacidade de secretar insulina (pode ser em casos de câncer que se necessita a retirada do órgão) - manifestação geralmente precoce - níveis ausentes, nulos ou insignificantes de diabetes - ausência de ação da insulina - complicações agudas: cetoacidose e maior consumação alimentar - complicações crônicas: cardiopatias isquêmicas, nefropatias, neuropatia e retinopatia - uso de terapia com reposição de insulina Tipo 2: - não insulino dependente; - aumento da demanda, então pode levar a uma intolerância, dificuldade da insulina em reduzir a glicose plasmática - genético ou adquirido - a manifestação é geralmente tardia - associado a certas patologias como obesidade, infecções, hipertensão, doenças cardiovasculares 1 Luíza Rocha Vicente Pereira Medicina Ufes 104 - defeitos no transporte de glicose - pode ser causado por uma quantidade aumentada de glucagon (hormônio contrarregulador) - a insulina secretada é ineficaz - níveis elevados porém com demanda aumentada - resistência à insulina - complicações agudas: hiperglicemia e indução de quadros convulsivos e até quadros hiperosmóticos - tratamento com fármacos hipoglicemiantes No diabético temos: fígado: aumento da gliconeogênese tecido muscular: menor captura de glicose ilhotas pancreáticas: diabético tipo 2, tem-se aumento da disponibilidade de glucagon e aumento da liberação de insulina devido a uma maior demanda tecido adiposo: maior lipólise, o que aumenta a lipólise, podendo contribuir com as dislipidemias Diagnósticos: - glicemia em jejum superior a 126 mg/dL - hemoglobina glicada: superior a 6,5% (análise retrospectiva da glicemia plasmática) - TOTG - teste oral de tolerância à glicose - glicemia 2 horas após a ingestão de 75g de glicose diluída:igual ou superior a 200 mg Sinais e Sintomas: - letargia - borramento visual - mau hálito - poliúria e polidipsia - gastropatias (náusea, vômito, dor abdominal) - aumento de taxa respiratória (hiperventilação) Insulina - indicações terapêuticas: tratamento de longo prazo de diabetes tipo 1 e tratamento agudo de diabetes tipo 2 - origem: human, suína ou bovina (hoje se usa principalmente a humana que é produzida atrás de tecnologia do DNA recombinantes evitando ações de anticorpos) - vias de administração: subcutânea (preferencialmente), intramuscular, endovenosa; bomba de infusão - libera insulina continuamente programada de forma subcutânea; inalatória (muito cara) - o tipo da insulina depende do local na molécula que existe a substituição 2 Luíza Rocha Vicente Pereira Medicina Ufes 104 1) ação rápida - regular: início de ação de 0,5 a 1 hora após aplicação, duração do efeito por 6-8 horas - lispro: início de ação de 0,1 a 0,25 horas, duração de efeito por 4 horas - aspartate: início de ação de 0,1 a 0,25 horas, duração de 4 horas - gliulisina: início de ação de 0,1 a 0,25 horas, duração por 4 horas - necessidade de uso pré-prandial - permite uma concentração de insulina de ataque para contenção do pico glicêmico 2) ação intermediária - NPH: início de ação de 2 a 4 horas apó aplicação com efeito que dura de 12 a 18 horas - manutenção de um estado normoglicêmico 3) ação lenta - glardina: início de ação de 2 a 4 horas após aplicação com efeito que dura de 20 a 24 horas - detemir: início de ação após 2 a 4 horas da aplicação, efeito que dura de 20 a 23 horas - manutenção de um estado normoglicêmico 4) preparações mistas - NPH, lispro e aspartate - associação de dois tipo, uma vez que cada um deles tem uma função diferente no organismo Ação das insulinas após administração e ao longo do tempo 3 Luíza Rocha Vicente Pereira Medicina Ufes 104 Efeitos adversos: hipoglicemia, reações alérgicas, resistência à insulina, lipodistrofia (atrofia/hipertrofia do tecido adiposo local) Interações medicamentosas: hipoglicemia: etanol, antagonistas beta-adrenérgicos e salicilatos hiperglicemia: corticoides, fenitoína, clonidina e diuréticos Hipoglicemiantes - uso no tratamento de DM 2 1) Inibidores da alfa-glicosidase 2) sulfoniluréias - secretagogos - atuam na subunidade SUR1 dos canais de potássio sensíveis a ATP, isso mantém fechados os canais, levando a presença de potássio intracelular, o que leva a despolarização, abertura de canais de cálcio e secreção de insulina - primeira geração: tolbutamida, clorpropamida, tolazamida, acetato-hixamida - segunda geração: glibenclamida, glipizida, gliclazida e glimepirida; apresentam mais afinidade com receptor - fármacos utilizados em monoterapias ou em associação a metformina - cinética: absorção no trato gastrointestinal; os fármacos de primeira geração tem meia vida maior, ligam-se a proteínas plasmáticas, possuem metabolismo hepático e excreção renal - RAMs: hipoglicemia, estimula o apetite, ganho de peso, distúrbio gastrointestinais, náuseas, vômitos, reações alérgicos - Glibenclamida: não deve ser usado em pacientes com hepatopatias e nefropatias 3) Glinidas - secretagogos - atuam igual as sulfoniluréias - nateglinida, repaglinida, nateglinida - características: reduzem o risco de hipoglicemia quando comparado com as sulfoniluréias - cinética: rápida absorção pelo TGI, tempo de meia vida de apenas 1 hora, deve ser administrado 10 minutos antes das refeições, liga-se a proteínas plasmáticas, possuem metabolismo hepático e excreção renal - RAMs: as mesmas que sulfoniluréias, porém menor - podem ser utilizadas em nefropatas e idosos 4 Luíza Rocha Vicente Pereira Medicina Ufes 104 4) Biguanidas - inibidores da gliconeogênese, síntese de ácidos graxos e colesterol - grupo mais utilizado - Metformina e Fenformina - induz atividade da AMPK que leva a não formação de carboidratos endógenos, reduz-se a glicose produzida pelo fígado - aumenta a sensibilidade à insulina nos receptores periféricos - up-regulation dos receptores por maior atividade de tirosina-quinase - além de combater a diabetes, pode evitar a formação de aterosclerose - cinética: 2 horas de meia vida sendo necessário administração antes do almoço, excreção renal sem necessidade de metabolismo hepático, absorção no intestino delgado - RAMs: distúrbio gastrointestinais (náuseas, vômitos, diarreia, desconforto abdominal), gosto metálico na boca, redução da absorção de vit B12 e folato - Fenformina pode induzir um caso de acidose lática - contraindicações: nefropatas, hepatopatas, insuficiência cardíaca e doença pulmonar obstrutiva crônica e quem faz uso abusivo de etanol (esse caso pode conduzir a quadros de hipoglicemia) - 5) Análogos da amilina 6) Análogos do GLP-1 7) Inibidores de DRR-4 8) Glitazonas - sensibilizadores dos receptores de insulina - Pioglitazona, rosiglitazona e troglitazona - Mecanismo de ação: agonista de receptores nucleares PPAR-gama, regula a expressão de genes que afetam o metabolismo de carboidratos e lipídeos - aumentam a expressão de GLUTs e reduz a gliconeogênese - pode ser usado em monoterapia ou em associação com sulfoniluréias - genes alvos: maior expressão de lipoproteína lipase, maior expressão de GLUT-4, expressão aumentada de fosfoenolpiruvato carboxiquinase, maiores quantidade de proteínas transportadoras de ácidos graxos - características: redistribuição de reservas adiposas, ações anti-inflamatórias - cinética: absorção em 2 horas e tempo de meia vida de 7 horas, ligação a proteínas plasmáticas em mais de 99%, - efeito clínico máximo é após 6-12 semanas 5 Luíza Rocha Vicente Pereira Medicina Ufes 104 - RAMs: ganho de peso, retenção hídrica e insuficiência cardíaca, risco de fraturas ósseas, infarto do miocárdio, hepatotoxicidade grave, anemia, cefalei e fadiga, distúrbios gastrointestinias 9) Inibidores do SGLT2 6
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