Buscar

Apostila - Avaliação de Riscos Ambientais

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 103 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 103 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 103 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Avaliação de 
Riscos Ambientais
Antonio Fernando Silveira Alves
APRESENTAÇÃO
É com satisfação que a Unisa Digital oferece a você, aluno(a), esta apostila de Avaliação de Riscos 
Ambientais, parte integrante de um conjunto de materiais de pesquisa voltado ao aprendizado dinâmi-
co e autônomo que a educação a distância exige. O principal objetivo desta apostila é propiciar aos(às) 
alunos(as) uma apresentação do conteúdo básico da disciplina.
A Unisa Digital oferece outras formas de solidificar seu aprendizado, por meio de recursos multidis-
ciplinares, como chats, fóruns, aulas web, material de apoio e e-mail.
Para enriquecer o seu aprendizado, você ainda pode contar com a Biblioteca Virtual: www.unisa.br, 
a Biblioteca Central da Unisa, juntamente às bibliotecas setoriais, que fornecem acervo digital e impresso, 
bem como acesso a redes de informação e documentação.
Nesse contexto, os recursos disponíveis e necessários para apoiá-lo(a) no seu estudo são o suple-
mento que a Unisa Digital oferece, tornando seu aprendizado eficiente e prazeroso, concorrendo para 
uma formação completa, na qual o conteúdo aprendido influencia sua vida profissional e pessoal.
A Unisa Digital é assim para você: Universidade a qualquer hora e em qualquer lugar!
Unisa Digital
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................... 5
1 CONTEXTO HISTÓRICO ..................................................................................................................... 7
1.1 Histórico Mundial ............................................................................................................................................................8
1.2 Grandes Acidentes ..........................................................................................................................................................9
1.3 Consequências .............................................................................................................................................................13
1.4 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................13
1.5 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................14
2 RISCO AMBIENTAL .............................................................................................................................. 15
2.1 Conceito de Risco .........................................................................................................................................................15
2.2 Outros Conceitos Básicos ..........................................................................................................................................17
2.3 Tipos de Risco .................................................................................................................................................................26
2.4 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................31
2.5 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................31
3 TÉCNICAS DE IDENTIFICAÇÃO DE PERIGOS ................................................................... 33
3.1 Relação das Técnicas de Identificação de Perigos ............................................................................................33
3.2 Análise Preliminar de Perigos (APP) – Preliminary Hazard Analysis (PHA) ...............................................34
3.3 Análise de Perigos e Operabilidade – HazOp (Hazard and Operability Study) .......................................43
3.4 Análise “E se...” (“What if...?”) ......................................................................................................................................54
3.5 Lista de Verificação (Checklist) .................................................................................................................................55
3.6 Análise de Modos de Falhas e Efeitos (AMFE) – Failure Modes and Effects Analysis (FMEA) ..............57
3.7 Análise Histórica de Acidentes ................................................................................................................................64
3.8 Inspeção de Segurança ..............................................................................................................................................64
3.9 Análise de Árvore de Falhas (AAF) – Fault Tree Analysis (FTA) ......................................................................64
3.10 Análise de Árvore de Eventos (AAE) – Event Tree Analysis (ETA) ...............................................................71
3.11 Análise de Causas e Consequências ...................................................................................................................72
3.12 Resumo do Capítulo .................................................................................................................................................73
3.13 Atividades Propostas ................................................................................................................................................73
4 ESTUDO DE ANÁLISE DE RISCO AMBIENTAL (EAR) .................................................... 75
4.1 Etapas de um Estudo de Análise de Risco (EAR) ...............................................................................................75
4.2 Caracterização do Empreendimento e da Região ...........................................................................................77
4.3 Identificação dos Perigos e Consolidação de Cenários de Acidentes ......................................................78
4.4 Estimativa dos Efeitos Físicos e Análises de Vulnerabilidade .......................................................................78
4.5 Estimativa de Frequências.........................................................................................................................................84
4.6 Estimativa e Avaliação de Riscos.............................................................................................................................85
4.7 Avaliação dos Riscos ....................................................................................................................................................89
4.8 Gerenciamento de Riscos .........................................................................................................................................90
4.9 Comunicação de Riscos..............................................................................................................................................95
4.10 Resumo do Capítulo ................................................................................................................................................96
4.11 Atividades Propostas ...............................................................................................................................................96
RESPOSTAS COMENTADAS DAS ATIVIDADES PROPOSTAS ..................................... 97
REFERÊNCIAS ...........................................................................................................................................105
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
5
INTRODUÇÃO
Este material busca apresentar a você, aluno(a) da área de Ciências Exatas, na modalidade a distân-
cia, os conceitos a respeito de Avaliação de Riscos Ambientais como parte importante da área Ambiental. 
Este é um tema de extrema importância e muito utilizado na área de Gestão Ambiental. O Estudo 
de Análisede Riscos (EAR) mantém uma correlação com os estudos de EIA/RIMA. Em algumas situações, 
o EAR acaba sendo um dos elementos do processo de Licenciamento Ambiental e do EIA/RIMA. 
Durante o desenvolvimento desta disciplina, iremos abordar conceitos importantes, como Técnicas 
de Identificação de Perigos, Avaliação de Riscos Ambientais, entre outros. 
Entre os objetivos principais desta disciplina, esperamos que você, ao concluir esta disciplina, esteja 
apto a aplicar os conceitos aqui apresentados, como identificar e aplicar a(s) técnica(s) mais adequada(s) 
de identificação de perigos para cada situação e desenvolva a habilidade para efetuar um Estudo de Aná-
lise de Riscos, percorrendo todas as etapas desse processo.
Entre os documentos oficiais que apresentaremos nesta apostila, iremos nos fundamentar basica-
mente em dois documentos, sendo um deles elaborado pela CETESB e outro desenvolvido pela FEPAM. 
Em geral, esses documentos são referências para outros estados, mas, caso você venha a desenvolver 
atividades correlatas a esta área, verifique antes se o seu estado não possui um documento com parâme-
tros específicos. 
Aproveitamos a oportunidade, para orientá-lo(a) em relação às leituras complementares indicadas 
nesta apostila. Tivemos a atenção especial de indicar textos importantes para você e que complemen-
tarão os estudos aqui apresentados. Entre esses textos indicados, gostaríamos de destacar o texto que 
fala sobre Contabilidade Ambiental do BNDES. Indicamos também a leitura de sites, sendo dois deles 
muito importantes. O primeiro é o site do órgão responsável pela área de Riscos Ambientais nos EUA (a 
tradução desse site utilizando a ferramenta “tradutor” do Google funciona muito bem), e o segundo, um 
site com um software gratuito para efetuar os cálculos mais complexos para a Avaliação de Riscos. Não 
deixe também de consultar os links indicados nas referências bibliográficas no final desta apostila. Entre 
eles, relacionamos 10 links contendo um curso completo de Gestão de Riscos Ambientais, elaborado pela 
empresa D.N.V. para utilização do Ministério do Meio Ambiente. 
Antonio Fernando Silveira Alves
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
7
CONTEXTO HISTÓRICO1
Caro(a) aluno(a), neste capitulo iremos abor-
dar as origens dos estudos de análise de riscos, fa-
zendo uma ligação com o estudo de análise de 
riscos ambientais. Aproveitando o embasamento 
histórico, faremos um breve relato dos grandes 
acidentes ambientais mundiais ocorridos a partir 
dos anos 1960, cuja gravidade e impactos gera-
dos levaram à implementação das primeiras leis 
e normas baseadas em análise de riscos ambien-
tais, com o objetivo de minimizar o potencial de 
acidentes ambientais e suas consequências.
No Brasil, o órgão responsável no âmbi-
to federal pela elaboração das leis e normas é o 
Ministério do Meio Ambiente (MMA) e seus ór-
gãos vinculados, como o Instituto Brasileiro do 
Meio Ambiente e Recursos Renováveis (IBAMA), 
e colegiados, como o Conselho Nacional do Meio 
Ambiente (CONAMA). No entanto, as Secretarias 
Estaduais de Meio Ambiente, por meio de seus 
órgãos vinculados, também possuem autonomia 
para efetuar essa normatização, de acordo com 
as particularidades de cada região. Na esfera es-
tadual, merecem destaque a CETESB, Companhia 
de Tecnologia de Saneamento Ambiental de São 
Paulo, a FEPAM, Fundação Estadual de Proteção 
Ambiental Henrique Luiz Roessler, do Rio Grande 
do Sul, e o INEA, Instituto Estadual do Ambiente, 
do Rio de Janeiro, que foi criado em 4 de outu-
bro de 2007 e instalado em 12 de janeiro de 2009, 
unificando e ampliando a ação dos três órgãos 
ambientais vinculados à Secretaria de Estado do 
Ambiente do Rio de Janeiro (SEA): a Fundação Es-
tadual de Engenharia e Meio Ambiente (FEEMA), 
a Superintendência Estadual de Rios e Lagoas 
(SERLA) e o Instituto Estadual de Florestas (IEF). 
Antes de efetuar essa abordagem histórica, 
vamos comentar brevemente alguns conceitos, 
sobre os quais estabeleceremos as teorias aqui 
apresentadas. Esses conceitos serão definidos 
precisamente nos capítulos posteriores. 
Em sua dissertação de mestrado, Berrêdo 
Viana (2010) afirma que palavras como impacto, 
avaliação, ambiente e risco não foram cunhadas 
propositadamente para expressar um conceito 
preciso, esclarecedor, como nas outras ciências. 
Foram apropriadas do vernáculo e fazem parte do 
jargão profissional desse campo, criando diversas 
ambiguidades na sua interpretação. 
Ao efetuar um estudo sobre o tema central 
desta disciplina, observamos, por meio da pes-
quisa bibliográfica, que estes e outros termos ora 
são tratados como sinônimos, ora são definidos 
de forma distinta. Entre esses termos, vamos des-
tacar três palavras e três expressões, que dividire-
mos em dois grupos. O primeiro grupo inclui as 
palavras: Risco, Perigo e Dano. O segundo grupo 
inclui as expressões Análise de Riscos e Avalia-
ção de Riscos e Gerenciamento de Riscos. Note 
AtençãoAtenção
Os conceitos e metodologias estabelecidos 
nesta apostila estão baseados nas referências 
do IBAMA, CETESB e FEPAM. Os modelos de Es-
tudo de Análise de Riscos (EAR) utilizados pela 
FEPAM e CETESB estão direcionados ao seg-
mento industrial, e a avaliação de riscos aplica-
-se à população externa da indústria, não in-
cluindo, portanto, a avaliação dos riscos à saúde 
e à segurança dos trabalhadores ou danos aos 
bens patrimoniais das instalações analisadas.
Entende-se por consequências externas os da-
nos causados às pessoas (mortes ou lesões) nas 
áreas circunvizinhas, situadas além dos limites 
físicos da instalação.
Antonio Fernando Silveira Alves
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
8
que dependendo do contexto, esses termos pare-
cem semelhantes. Porém, de acordo com o enfo-
que que adotaremos nesta apostila, esses termos 
irão representar significados distintos.
Berrêdo Viana (2010) verificou que a litera-
tura mundial acaba por utilizar as expressões ava-
liação de risco, gerenciamento de riscos e análise 
de risco como sinônimos, devido às diferenças 
nas traduções e discrepâncias entre os países. Por 
exemplo, segundo Kirchhoff (2004), no Canadá a 
avaliação de risco engloba a análise de risco, en-
quanto que nos Estados Unidos a análise de riscos 
é algo abrangente, com diversas etapas, e, entre 
estas, a avaliação de risco. 
No desenvolvimento dos conceitos utiliza-
dos nesta apostila, iremos utilizar o ponto de vista 
americano, uma vez que aparenta ser o mais co-
mum, além de que a literatura nacional adotada 
nos documentos oficiais dos órgãos citados tende 
a essa escolha, como poderemos observar mais 
adiante, ao detalharmos os trabalhos da CETESB 
e da FEPAM.
Dessa forma, asseguramos que todos os re-
ferenciais teóricos adotados nesta apostila estão 
baseados nos documentos oficiais editados pelos 
órgãos citados.
1.1 Histórico Mundial
As indústrias de processo, há mais de 40 
anos, demonstraram as primeiras preocupações 
em relação às possíveis falhas e perigos oriundos 
de suas atividades, onde observaram que essas 
falhas poderiam causar perda de vida e de pro-
priedade.
A indústria alimentícia dos Estados Unidos 
manifestou esse interesse ainda nos anos 1920. 
Já na década de 1930, pesquisadores de labora-
tórios de toxicologia, na indústria, iniciaram ava-
liações das propriedades tóxicas de produtos po-
tencialmente perigosos.
Em 1931, o pesquisador H. W. Heinrich efe-
tuou uma pesquisa sobre os custos de um aciden-
te em termos de Seguro Social e introduziu, pela 
primeira vez, a filosofia de “acidentes com danos 
à propriedade”, ou seja, acidentes sem lesão, em 
relação aos acidentes com lesão incapacitante.
A partir desse momento, diversos estudos 
sobre acidentes industriais com danos à proprie-
dade multiplicaram-se, com o objetivo de estimar 
os custos derivados das perdas.
No final dos anos 1960 surgiram vários rela-
tórios sobre segurança nas plantas químicas, tais 
como Safety and Management, pela Association 
of British Chemical Manufactures(ABCM), 1964, 
e Safe and Sound, pelo British Chemical Industry 
Safety Coucil (BCISCl), 1969, ambos na Grã-Breta-
nha. Também, nos Estados Unidos, Frank Bird Jr. 
fundamentou sua teoria de “Controle de Danos” 
(1966), a partir da análise de uma série de aciden-
tes ocorridos numa empresa metalúrgica ameri-
cana.
Além disso, o desenvolvimento das tec-
nologias utilizadas pelas indústrias resultou em 
grandes mudanças nas indústrias químicas e pe-
troquímicas, tais como alterações nas condições 
de pressão e temperatura, tendo como conse-
quência um aumento na energia armazenada 
nos processos, representando, portanto, um pe-
rigo maior. Ao mesmo tempo, as instalações de 
processo começaram a crescer, quase dez vezes 
mais, em tamanho. Também, começaram a ope-
rar em fluxo contínuo, aumentando o número de 
interligações com outras plantas, para a troca de 
subprodutos, tornando, dessa forma, os proces-
sos mais complexos.
Simultaneamente, outros temas emergiram 
no contexto social, tais como a poluição ambien-
tal, e começaram a se tornar motivo de preocu-
pação para o público e para os governos. Como 
consequência, a indústria foi obrigada a examinar 
os efeitos de suas operações sobre o público ex-
Avaliação de Riscos Ambientais
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
9
terno e, em particular, a analisar mais cuidadosa-
mente os possíveis perigos decorrentes de suas 
atividades.
Basicamente até o início da década de 
1970, o foco principal em relação à segurança nas 
indústrias centrava-se na segurança dos equipa-
mentos e do projeto em questão. Assim, a ênfase 
concentrava-se na produção, em detrimento dos 
aspectos de saúde e segurança. A preocupação 
ambiental era praticamente ignorada e esse tema 
quase não era mencionado nas discussões de in-
vestimentos das empresas. Também não havia in-
terferências externas, seja do poder público ou da 
população. Os governos não impunham grandes 
exigências de controle para a poluição ambiental.
No entanto, a partir da década de 1970, 
devido à grande repercussão das consequências 
dos acidentes industriais que causaram a morte 
de milhares de pessoas e impactos de grandes 
dimensões ao meio ambiente, esse tema veio à 
tona de forma mais contundente, mobilizando os 
governos e a população.
Em 1970, no Canadá, John A. Fletcher, pros-
seguindo a obra iniciada por Bird, propôs o esta-
belecimento de programas de “Controle Total de 
Perdas”, objetivando reduzir ou eliminar todos os 
acidentes que pudessem interferir ou paralisar 
um sistema.
Em 1972, criou-se uma nova mentalidade 
baseada nos trabalhos desenvolvidos pelo enge-
nheiro Willie Hammer, especialista em Seguran-
ça de Sistemas, o qual empregou a experiência 
adquirida na Força Aérea e nos programas espa-
ciais norte-americanos para desenvolver diversas 
técnicas a serem aplicadas na indústria, a fim de 
preservar os recursos humanos e materiais dos 
sistemas de produção.
Em paralelo, a indústria nuclear começou 
a desenvolver suas atividades de consultoria na 
área de confiabilidade, e as indústrias passaram a 
adotar técnicas desenvolvidas pelas autoridades 
de energia atômica na avaliação de riscos maiores 
e na estimativa de taxas de falhas de instrumen-
tos de proteção.
1.2 Grandes Acidentes
Bhopal
É bem provável que você já tenha ouvido 
falar sobre esse acidente ambiental, pois foi e ain-
da é muito comentado na mídia mundial, devido 
às circunstâncias em que ocorreu e à grande ex-
tensão de sua gravidade e danos à população e 
ao meio ambiente.
Esse acidente ocorreu numa unidade da 
Union Carbide, situada nos arredores da cidade de 
Bhopal, na Índia. Na madrugada de 03/12/1984, 
uma nuvem tóxica de isocianato de metila cau-
sou a morte de milhares de pessoas. 
O isocianato de metila é um produto utiliza-
do na fabricação de inseticidas, comercialmente 
conhecidos como “Sevin” e “Temik”, da família dos 
carbamatos, utilizados como substitutos de pra-
guicidas organoclorados, como o DDT.
Em condições normais, o isocianato de me-
tila é líquido à temperatura de 0 ºC e pressão de 
2,4 bar. 
A causa provável do acidente foi atribuída 
à entrada de água num dos tanques do comple-
xo industrial, causando a elevação da pressão dos 
tanques de armazenamento a mais de 14 bar e da 
temperatura dos reservatórios para aproximada-
mente 200 ºC, causando assim uma reação alta-
mente exotérmica.
Os vapores emitidos deveriam ter sido neu-
tralizados em torres de depuração; porém, como 
uma dessas torres se encontrava desativada, o sis-
tema não funcionou possibilitando a liberação do 
produto para a atmosfera.
Antonio Fernando Silveira Alves
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
10
Este é conhecido como a maior catástrofe 
da indústria química. O número de mortes esti-
madas gira em torno de 4.000 pessoas, além de 
causar a intoxicação de cerca de 200.000 pessoas.
Figura 1 – Foto das instalações da Union Carbide no dia do desastre ambiental.
Fonte: http://www.greenpeace.org/international/en/multimedia/photos/a-view-of-the-abandoned-pestic/
Saiba maisSaiba mais
Saiba maisSaiba mais
Bhopal, Índia. O pior desastre químico da história 
1984-2002
Leia este documento para saber um pouco mais 
sobre esse acidente ambiental, que teve grande 
repercussão mundial na época.
 
Disponível em: 
http://www.greenpeace.org.br/bhopal/docs/Bho-
pal_desastre_continua.pdf
Flixborough
Aproximadamente às 17 horas do dia 
01/06/1974, ocorreu uma explosão na planta 
de produção de caprolactama da fábrica Nypro 
Ltda., situada em Flixborough, Inglaterra. A explo-
são ocorreu devido ao vazamento de ciclohexa-
no, causado pelo rompimento de uma tubulação 
temporária instalada como “by-pass” devido à re-
moção de um reator para a realização de serviços 
de manutenção. O vazamento formou uma nu-
vem de vapor inflamável que entrou em ignição, 
resultando uma violenta explosão seguida de um 
incêndio que destruiu a planta industrial.
Avaliação de Riscos Ambientais
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
11
A ruptura da tubulação de 20 polegadas 
foi atribuída a um projeto mal elaborado, uma 
vez que a estrutura instalada para a sustentação 
do duto não suportou a sua movimentação, em 
função da pressão e da vibração a que o tubo foi 
submetido durante a operação.
Estimou-se que cerca de 30 toneladas de 
ciclohexano vazaram, formando rapidamente 
uma nuvem de vapor inflamável, a qual encon-
trou uma fonte de ignição entre 30 e 90 segundos 
após o início do vazamento. Os efeitos da sobre-
pressão ocorrida foram estimados como sendo 
equivalentes à explosão de uma massa variando 
entre 15 e 45 toneladas de TNT.
Ocorreram danos catastróficos nas edifica-
ções próximas, situadas ao redor de 25 metros do 
centro da explosão. Além da destruição da planta, 
em função do incêndio ocorrido, 28 pessoas mor-
reram e 36 foram gravemente feridas. Ocorreram 
ainda impactos nas vilas situadas nas proximida-
des da planta, afetando 1.821 residências e 167 
estabelecimentos comerciais. As perdas foram 
estimadas em US$ 412 milhões.
Esse acidente tornou-se um marco na ques-
tão da avaliação de riscos e prevenção de perdas 
na indústria química. O acidente levou ao estabe-
lecimento do Advisory Committee on Major Ha-
zards (ACMH), na Inglaterra, que durou de 1975 a 
1983 e introduziu uma legislação para controle de 
riscos maiores nas indústrias.
Seveso
Por volta das 12h30 do dia 10/06/1976, 
numa planta industrial situada em Seveso, uma 
província de Milão, Itália, ocorreu a ruptura do 
disco de segurança de um reator, que resultou na 
emissão para a atmosfera de uma grande nuvem 
tóxica.
O reator fazia parte do processo de fa-
bricação de TCP (triclorofenol) e a nuvem tó-
xica formada continha vários componen-
tes, entre eles o próprio TCP, etilenoglicol e 
2,3,7,8-tetraclorodibenzoparadioxina (TCDD). A 
nuvem se espalhou numa grande área, contami-
nando pessoas, animais e o solo na vizinhança da 
unidade industrial.
A planta operava em regime de batelada e, 
no momento do acidente, encontrava-separalisa-
da para o final de semana. No entanto, o reator 
continha material a uma elevada temperatura. 
Provavelmente, a presença de etilenoglicol com 
hidróxido de sódio causou uma reação exotérmi-
ca descontrolada, fazendo com que a pressão in-
terna do vaso excedesse a pressão de ruptura do 
disco de segurança, causando a emissão. A reação 
ocorrida, associada a uma temperatura entre 400 
e 500 °C, contribuiu para a formação do TCDD.
O reator não possuía um sistema automá-
tico de resfriamento e como a fábrica se encon-
trava com poucos funcionários, já que paralisaria 
suas operações no final de semana, não foram 
desencadeadas ações de resfriamento manual 
do reator para minimizar a reação ocorrida. Dessa 
forma, a emissão ocorreu durante cerca de 20 mi-
nutos, até que um operador conseguisse paralisar 
o vazamento.
Toda a vegetação nas proximidades da 
planta morreu de imediato devido ao contato 
com compostos clorados. No total, 1.807 hecta-
res foram afetados. A região denominada Zona A, 
com uma área de 108 hectares possuía uma alta 
concentração da dioxina TCDD (240 µg/m²).
Foram evacuadas 736 pessoas da região, 
sendo que 511 retornaram para as suas casas no 
final de 1977, mas as que moravam na Zona A 
perderam suas residências, em função do nível de 
contaminação ainda existente nessa área, a qual 
permaneceu isolada por muitos anos. Toda a ve-
getação e solo contaminados foram removidos e 
as edificações tiveram que ser descontaminadas. 
Os custos estimados na operação de evacuação 
das pessoas e na remediação das áreas conta-
minadas foram da ordem de US$ 10 milhões. Os 
efeitos imediatos à saúde das pessoas se limita-
ram ao surgimento de 193 casos de cloroacne 
(doença de pele atribuída ao contato com a dio-
xina). Os efeitos à saúde de longo prazo ainda são 
monitorados. 
Antonio Fernando Silveira Alves
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
12
Esse acidente gerou um profundo impacto 
na Europa, ainda sob o impacto do acidente de 
Flixborough na Inglaterra, em 1974, e originou o 
desenvolvimento da Diretiva de Seveso – EC Di-
rective on Control of Industrial Major Accident 
Hazards –, em 1982.
Cidade do México
Na manhã de 19/11/1984, por volta das 
5h35 ocorreu a explosão de uma nuvem de vapor 
e uma série de BLEVEs na base de armazenamen-
to e distribuição de Gás Liquefeito de Petróleo 
(GLP) da empresa PEMEX, localizada no bairro de 
San Juanico, Cidade do México.
A base recebia GLP de três refinarias dife-
rentes por meio de gasoduto. A capacidade prin-
cipal de armazenamento da base era de 16.000 
m³ (aproximadamente 8.960.000 kg) de GLP, dis-
tribuídos em: duas esferas com capacidade in-
dividual de 2.400 m³, quatro esferas menores de 
1.600 m³ de capacidade individual e 48 cilindros 
horizontais (capacidades individuais variando de 
36 m³ a 270 m³). No momento do acidente, a PE-
MEX estava com o armazenamento em torno de 
11.000 m³ de GLP.
A catástrofe iniciou-se com o vazamento de 
gás devido à ruptura de uma tubulação de 8 po-
legadas de diâmetro que transportava o gás de 
uma das esferas para os reservatórios cilíndricos. 
A sala de controle da PEMEX registrou por volta 
das 5h30 uma queda de pressão em suas insta-
lações e também em um duto localizado a 40 km 
de distância, porém a sala de controle não conse-
guiu identificar a causa dessa queda de pressão. A 
liberação aconteceu por 5-10 minutos, formando 
DicionárioDicionário
BLEVE: do original inglês Boiling Liquid Expanding 
Vapor Explosion. Fenômeno decorrente da explo-
são catastrófica de um reservatório, quando um 
líquido nele contido atinge uma temperatura bem 
acima da sua temperatura de ebulição à pressão 
atmosférica com projeção de fragmentos e de ex-
pansão adiabática (CETESB, 2003).
uma imensa nuvem de gás inflamável, a qual foi 
levada por um vento de destino sudoeste, aju-
dado pela inclinação do terreno, até encontrar a 
fonte de ignição e explodir. Nesse caso, a fonte 
de ignição direta foi o flare instalado inadequada-
mente ao nível do solo, pois, no entendimento da 
empresa, dada a força dos ventos no local, a insta-
lação do flare a uma altura mais elevada compro-
meteria a sua eficiência.
A explosão da nuvem atingiu cerca de 10 
residências e iniciou o incêndio nas instalações 
da base. A vizinhança pensou tratar-se de um 
terremoto devido ao forte barulho da explosão. 
Por volta das 5h45 da manhã ocorreu o primeiro 
BLEVE, após um minuto outro BLEVE aconteceu, 
sendo o mais violento dessa catástrofe, gerando 
uma bola de fogo com mais de 300 m de diâme-
tro. Ocorreram mais de 15 explosões, BLEVE nas 
quatro esferas menores e em muitos dos reser-
vatórios cilíndricos, explosões dos caminhões-
-tanque e botijões, chuva de gotículas de GLP, 
transformando tudo que atingiam em chamas; 
alguns reservatórios e pedaços das esferas trans-
formaram-se em verdadeiros projéteis, atingindo 
edificações e pessoas.
Os trabalhos de extinção do fogo e preven-
ção de novas explosões terminaram às 23 horas. 
As consequências desse acidente foram trágicas: 
morte de 650 pessoas, mais de 6.000 feridos e 
destruição total da base.
Vila Socó – Cubatão
Este é outro exemplo de um acidente am-
biental que provavelmente você tenha conheci-
mento. Infelizmente, o Brasil não deixou de sofrer 
com os problemas decorrentes de um grande aci-
dente ambiental.
Por volta das 22h30 do dia 24/02/1984, mo-
radores da Vila Socó (atual Vila São José), Cubatão/
SP, perceberam o vazamento de gasolina em um 
dos oleodutos da Petrobras, que ligava a Refinaria 
Presidente Bernardes ao Terminal de Alemoa.
A tubulação passava em região alagadiça, 
em frente à vila constituída por palafitas. Na noi-
http://www.cetesb.sp.gov.br/gerenciamento-de-riscos/An%C3%A1lise-de-Risco-Tecnol%C3%B3gico/16-Gloss%C3%A1rio
Avaliação de Riscos Ambientais
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
13
te do dia 24, um operador alinhou inadequada-
mente e iniciou a transferência de gasolina para 
uma tubulação (falha operacional) que se encon-
trava fechada, gerando sobrepressão e ruptura 
da mesma, espalhando cerca de 700 mil litros de 
gasolina pelo mangue. Muitos moradores, visan-
do a conseguir algum dinheiro com a venda de 
combustível, coletaram e armazenaram parte do 
produto vazado em suas residências. Com a mo-
vimentação das marés, o produto inflamável es-
palhou-se pela região alagada e cerca de 2 horas 
após o vazamento aconteceu a ignição seguida 
de incêndio. O fogo se alastrou por toda a área 
alagadiça superficialmente coberta pela gasolina, 
incendiando as palafitas.
O número oficial de mortos é de 93, porém 
algumas fontes citam um número extraoficial su-
perior a 500 vítimas fatais (baseado no número 
de alunos que deixou de comparecer à escola e 
à morte de famílias inteiras sem que ninguém re-
clamasse os corpos), dezenas de feridos e a des-
truição parcial da vila.
1.3 Consequências 
Esses acidentes caracterizaram-se por ex-
trapolar as divisas das indústrias, projetando-se 
nas populações e meio ambiente a posteriori, com 
efeitos de médio e longo prazo.
Como consequência, essas discussões le-
varam ao surgimento das primeiras leis e regula-
mentações sobre segurança industrial e controle 
ambiental nos principais países industrializados. 
1.4 Resumo do Capítulo
Caro(a) aluno(a), neste capítulo você pôde verificar que a preocupação com a questão ambiental é 
algo relativamente recente no contexto industrial, pois até a década de 1970 esse tema era praticamente 
ignorado pelas grandes indústrias. A preocupação à época restringia-se a minimizar as perdas e danos 
relativos ao processo industrial, praticamente inexistindo a preocupação com os danos causados à po-
pulação e ao meio ambiente.
Devido à repercussão das consequências dos acidentes ambientais ocorridos nos anos 1970, esse 
tema veio à tona e tornou-se objeto de extrema importância para os governos, originando, assim, as pri-
meiras normas e legislações ambientais. 
Você também conheceu e aprendeu um pouco mais sobre alguns dos principaisacidentes ambien-
tais ocorridos em diversos países do mundo, onde foram expostas as causas e consequências, e também 
teve ciência dos documentos que servirão de base para os conceitos e referenciais teóricos que serão 
estudos no decorrer desta disciplina, cujo teor será discutido nos próximos capítulos.
Antonio Fernando Silveira Alves
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
14
1. Faça uma pesquisa e comente sobre a aplicação do Estudo de Análise de Riscos (EAR) em ou-
tras áreas da ciência.
2. Faça uma pesquisa e comente sobre outros acidentes ambientais que tiveram grande reper-
cussão mundial.
3. Comente sobre os riscos da utilização da energia nuclear e faça uma reflexão posicionando-se 
em relação à sua utilização no Brasil. Você é a favor ou contra? Apresente seus argumentos, 
justifique. Dê consistência à sua posição!
4. Faça uma pesquisa e comente sobre alguns acidentes nucleares e suas consequências para a 
população e o meio ambiente. 
1.5 Atividades Propostas
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
15
Caro(a) aluno(a), neste capítulo iremos efe-
tuar uma breve discussão sobre o emprego das 
palavras Risco, Perigo e Dano, e em seguida apre-
sentar as definições que serão utilizadas e as clas-
sificações e definições para os diversos tipos de 
risco. 
Como afirmado no capítulo anterior, encon-
tramos na literatura diversos significados para a 
palavra risco. Também é comum aplicarmos a pa-
lavra risco em nosso cotidiano nos mais variados 
contextos e com significados distintos.
Como exemplo, podemos citar o emprego 
da palavra risco, que utilizamos com o sentido 
probabilístico, matemático, a partir do qual essa 
palavra representa certa chance de algo aconte-
cer. Dessa forma, entendemos que o risco é con-
siderado elevado quando algum fato nos parece 
certo ou tem grande chance de acontecer, e con-
sideramos um fato com risco baixo quando obser-
vamos que a chance desse fato correr é reduzida.
Sob a ótica ambiental, é costumeiro obser-
var os efeitos das substâncias químicas conside-
radas poluentes sobre o homem ou, mais ampla-
mente, sobre o meio ambiente. Os efeitos podem 
decorrer das emissões contínuas ou intermiten-
tes provenientes das indústrias, das diversas for-
mas de transporte ou, genericamente, da ativida-
de antrópica. É possível estimar e avaliar o risco 
dessas atividades, bem como propor formas de 
gerenciamento desse risco.
RISCO AMBIENTAL2
2.1 Conceito de Risco
Formalmente, o risco, tratado dentro da 
visão mencionada, é definido como a combi-
nação entre a frequência de ocorrência de um 
acidente e a sua consequência. A adequada 
composição desses fatores possibilita estimar o 
risco de um empreendimento, sendo o estudo de 
análise de risco a ferramenta utilizada para esse 
fim.
Com a estimativa realizada, é possível com-
parar as diversas formas de expressão do risco 
com padrões previamente estabelecidos, fazen-
do-se então a avaliação do risco, sendo, portanto, 
possível decidir sobre a viabilidade ambiental de 
um empreendimento.
O emprego predominante do estudo de 
análise de risco acontece durante o licencia-
mento ambiental de fontes potencialmente 
geradoras de acidentes ambientais.
Risco segundo a Society for Risk Analysis é: 
o potencial de realização de consequências ad-
versas indesejadas para a saúde ou vida humana, 
para o ambiente ou para bens materiais.
AtençãoAtenção
Antrópico: é um termo usado em Ecologia que 
se refere a tudo aquilo que resulta da atuação 
humana.
Por exemplo: ação antrópica é a ação do ho-
mem sobre o habitat e as modificações dela 
resultantes.
Antonio Fernando Silveira Alves
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
16
Risco pode ser definido como a probabili-
dade de uma comunidade sofrer consequências 
econômicas, sociais ou ambientais, em uma área 
particular e durante um tempo de exposição de-
terminado. 
Exemplos:
�� ferimento e/ou morte de seres vivos;
�� avaria de bens;
�� prejuízo na capacidade produtiva;
�� interrupção da atividade econômica.
São fatores de risco:
�� a periculosidade;
�� a vulnerabilidade;
�� a exposição ao perigo.
Se qualquer um desses fatores aumenta-
rem, o risco aumenta.
A CETESB (2013), por meio da Norma P4.261, 
define risco como sendo a medida de danos à 
vida humana, resultante da combinação entre 
a frequência de ocorrência e a magnitude das 
perdas ou danos (consequências).
A adequada composição desses fatores 
possibilita estimar o risco de um empreendimen-
to, sendo o estudo de análise de risco a ferramen-
ta utilizada para esse fim.
Consultando a apostila do curso sobre Es-
tudo de Análise de Riscos e Programa de Geren-
ciamento de Riscos do IBAMA, encontramos a 
seguinte definição: o Risco de uma determinada 
atividade pode ser entendido como o potencial 
de ocorrência de consequências indesejadas de-
correntes da realização da atividade.
Dois aspectos importantes dessa definição: 
1. O potencial de ocorrência expressa o 
elemento de incerteza inerente ao con-
ceito de risco. A sua expressão quanti-
tativa pode ser feita com o conceito de 
probabilidade de ocorrência ou analo-
gamente com a frequência esperada 
de ocorrência. 
2. As consequências indesejadas caracte-
rizam o fato de que o conceito de risco 
está intimamente ligado a algum tipo 
de dano, seja para a saúde, para a vida, 
para o meio ambiente ou para as finan-
ças individuais ou sociais. 
Quantitativamente, o risco tem sido ex-
presso como algum tipo de combinação (uma 
função matemática) entre a frequência espe-
rada de ocorrência do evento indesejado e a 
magnitude das suas consequências. 
Observe que as três definições apresenta-
das são idênticas e podem ser resumidas generi-
camente como:
RISCO = COMBINAÇÃO DE FREQUÊNCIA E 
CONSEQUÊNCIA
O IBAMA destaca, ainda nesse estudo, dois 
conceitos importantes em análise de risco, que 
são os conceitos de risco e perigo. Embora ainda 
haja alguma confusão entre os dois, existe atual-
mente um consenso bastante grande sobre as 
definições desses dois termos. 
Como destacado desde a introdução desta 
apostila, observe que são termos distintos.
Avaliação de Riscos Ambientais
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
17
AtençãoAtenção
PERIGO ≠ RISCO
PERIGO
Característica de uma atividade ou substância que expressa a sua condição de causar algum tipo de dano a 
pessoas, a instalações ou ao meio ambiente. 
Situação ou condição que tem potencial de acarretar consequências indesejáveis. É a propriedade intrínseca de 
uma substância perigosa ou de uma situação física de poder provocar danos à saúde humana e/ou ao ambiente 
RISCO
Medida da capacidade que um perigo tem de se transformar em um acidente. 
Está relacionado com a chance de ocorrerem falhas que “libertem” o perigo e da magnitude dos danos gerados.
Contextualização de uma situação de perigo, ou seja, a possibilidade da materialização do perigo ou de um 
evento indesejado ocorrer.
Assim, temos que:
PERIGO = “Fonte de Riscos”
Analisando as definições apresentadas, va-
mos definir o conceito de Risco de modo mais 
formal. 
Assim, Risco será definido como o produ-
to da probabilidade de ocorrência de um de-
terminado evento pela magnitude das conse-
quências.
R = P x C (Probabilidade x Magnitude da 
Consequência)
Efetuando uma análise matemática da 
equação representada, concluímos que a única 
forma de se ter risco zero consiste na completa 
eliminação do perigo (o resultado de uma mul-
tiplicação só é igual a zero se um dos fatores for 
zero), o que na maioria das vezes é impossível e 
este é o motivo de efetuarmos o Gerenciamento 
de Riscos.
Mas, por outro lado, esses riscos podem e 
devem ser minimizados, tornando-os tão baixos 
quanto seja necessário, adotando para isso algu-
mas salvaguardas. Mas alguns fatores devem ser 
levados em consideração, como os custos que es-
sas alterações podem implicar.
Para isso, foram adotados alguns critérios 
de aceitabilidade de riscos (seja qualitativo ou 
quantitativo). Caso contrário, não haveria como 
se tomardecisões relativas a investimentos em 
medidas para se aumentar a segurança de uma 
instalação.
2.2 Outros Conceitos Básicos
Com base no Manual de Análise de Riscos 
(nº 01/2001) da FEPAM e no Manual de Orienta-
ção para a Elaboração de Estudos de Análise de 
Riscos da CETESB – Norma P4.261, 2003 –, iremos 
apresentar algumas definições para os termos 
específicos e técnicos que serão utilizados no de-
senvolvimento do Estudo de Análise de Risco.
À frente de cada terno, temos a fonte uti-
lizada. Alguns termos estão relacionados duas 
vezes, apresentando os conceitos utilizados pela 
CETESB e pela FEPAM.
Antonio Fernando Silveira Alves
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
18
Acidente (CETESB)
Evento específico não planejado e indesejável, 
ou uma sequência de eventos que geram conse-
quências indesejáveis.
Acidente (FEPAM)
Acontecimento não desejado que possa vir a re-
sultar em danos físicos, lesões, doença, morte, 
agressões ao meio ambiente, prejuízos na produ-
ção etc.
ALARA (FEPAM)
Do inglês As Low as Reasonably Achievable (tão 
baixo quanto razoavelmente atingível), significa 
que os riscos devem ser reduzidos sempre que o 
custo das medidas necessárias para redução for 
razoável quando comparado com os benefícios 
obtidos em termos de redução de riscos. Às vezes 
também mencionado na forma ALARP – As Low 
as Reasonably Possible (tão baixo quanto razoavel-
mente possível).
Análise (FEPAM)
Procedimento técnico baseado em uma determi-
nada metodologia, cujos resultados podem vir a 
ser comparados com padrões estabelecidos.
Análise de riscos (CETESB)
Estudo quantitativo de riscos numa instalação in-
dustrial, baseado em técnicas de identificação de 
perigos, estimativa de frequências e consequên-
cias, análise de vulnerabilidade e na estimativa do 
risco.
Análise de risco (FEPAM)
Constitui-se em um conjunto de métodos e téc-
nicas aplicados a uma atividade proposta ou exis-
tente. Identifica e avalia qualitativa e quantitati-
vamente os riscos que essa atividade representa 
para a população vizinha, ao meio ambiente e à 
própria empresa. Os principais resultados de uma 
análise de riscos são a identificação de cenários 
de acidentes, suas frequências esperadas de ocor-
rência e a magnitude das possíveis consequên-
cias.
Análise de vulnerabilidade (CETESB)
Estudo realizado por intermédio de modelos ma-
temáticos para a previsão dos impactos dano-
sos às pessoas, instalações e ao meio ambiente, 
baseado em limites de tolerância estabelecidos 
através do parâmetro Probit para os efeitos de so-
brepressão advinda de explosões, radiações tér-
micas decorrentes de incêndios e efeitos tóxicos 
advindos da exposição a uma alta concentração 
de substâncias químicas por um curto período de 
tempo.
Área vulnerável (FEPAM)
Área no entorno da atividade, onde ambiente, 
população e trabalhadores encontram-se expos-
tos aos efeitos de acidentes. A abrangência dessa 
área é determinada pela Análise de Vulnerabili-
dade.
Auditoria (CETESB)
Atividade pela qual se pode verificar, periodica-
mente, a conformidade dos procedimentos de 
operação, manutenção, segurança e treinamen-
to, a fim de se identificar perigos, condições ou 
procedimentos inseguros, para verificar se a ins-
talação atende aos códigos e práticas normais de 
operação e segurança; realizada normalmente 
através da utilização de checklists, podendo ser 
feita de forma programada ou não.
Auditoria (FEPAM)
Conjunto de procedimentos que visam a avaliar 
a conformidade da atividade com os regulamen-
tos, padrões, condições e restrições estabelecidos 
pela autoridade ambiental.
Avaliação de riscos (CETESB)
Processo pelo qual os resultados da análise de 
riscos são utilizados para a tomada de decisão, 
através de critérios comparativos de riscos, para 
definição da estratégia de gerenciamento dos ris-
Avaliação de Riscos Ambientais
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
19
cos e aprovação do licenciamento ambiental de 
um empreendimento.
Antes de prosseguir com a leitura das defi-
nições que estamos apresentando, volte e releia 
atentamente as definições apresentadas para os 
termos Análise de Riscos e Avaliação de Riscos.
Neste momento, fica clara a diferenciação 
entre as expressões Análise de Risco e Avaliação 
de Risco, que chamamos a atenção no início do 
Capítulo 1. 
Segundo a definição da CETESB, a Avaliação 
de Risco é um processo que será aplicado após a 
Análise de Riscos e que será utilizado para definir 
as estratégias que serão implementadas para o 
Gerenciamento de Riscos. Já a Análise de Riscos 
é basicamente o processo pelo qual aplicamos as 
técnicas de Identificação dos Perigos (assunto do 
próximo capítulo), obtendo, assim, dados quanti-
tativos e qualitativos e que servirão de base para 
efetuarmos a Avaliação de Riscos.
O Estudo de Análise de Riscos compreende, 
ainda, outras etapas, que serão discutidas nos ca-
pítulos posteriores desta apostila. 
BLEVE (CETESB)
Do original inglês Boiling Liquid Expanding Vapor 
Explosion. Fenômeno decorrente da explosão ca-
tastrófica de um reservatório, quando um líquido 
nele contido atinge uma temperatura bem acima 
da sua temperatura de ebulição à pressão atmos-
férica com projeção de fragmentos e de expansão 
adiabática.
Bola de fogo (fireball) (CETESB)
Fenômeno que se verifica quando o volume de 
vapor inflamável, inicialmente comprimido num 
recipiente, escapa repentinamente para a atmos-
fera e, devido à despressurização, forma um volu-
me esférico de gás, cuja superfície externa quei-
ma, enquanto a massa inteira eleva-se por efeito 
da redução da densidade provocada pelo supera-
quecimento.
Categorias de risco (FEPAM)
Hierarquia de risco estabelecida com base na po-
tencialidade dos danos causados por acidentes, 
visando à priorização das ações de controle e fis-
calização.
Concentração letal 50 (CL50) (CETESB)
Concentração calculada e estatisticamente obti-
da de uma substância no ar que ingressa no orga-
nismo por inalação e que, em condições bem de-
terminadas, é capaz de causar a morte de 50% de 
um grupo de organismos de uma determinada 
espécie. É normalmente expressa em ppm (partes 
por milhão), devendo também ser mencionado o 
tempo de duração da exposição do organismo à 
substância.
Confiabilidade (FEPAM)
Probabilidade de que um equipamento ou siste-
ma opere com sucesso por um período de tempo 
especificado e sob condições de operação defini-
das.
Curva F-N (CETESB)
Curva referente ao risco social determinada pela 
plotagem das frequências acumuladas de aciden-
tes com as respectivas consequências expressas 
em número de fatalidades.
Curva de iso-risco (CETESB)
Curva referente ao risco individual determinada 
pela intersecção de pontos com os mesmos valo-
res de risco de uma mesma instalação industrial. 
Também conhecida como “contorno de risco”.
Dano (CETESB)
Efeito adverso à integridade física de um organis-
mo.
Diagrama de instrumentação e tubulações (P 
& ID) (CETESB)
Representação esquemática de todas as tubula-
ções, vasos, válvulas, filtros, bombas, compres-
Antonio Fernando Silveira Alves
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
20
sores etc. do processo. Os P & IDs mostram todas 
as linhas de processo, linhas de utilidades e suas 
dimensões, além de indicar também o tamanho e 
a especificação das tubulações e válvulas, incluin-
do toda a instrumentação da instalação.
Dispersão atmosférica (CETESB)
Mistura de um gás ou vapor com o ar. Essa mistu-
ra é o resultado da troca de energia turbulenta, a 
qual é função da velocidade do vento e do perfil 
da temperatura ambiente.
Distância à população fixa (dp) (CETESB)
Distância, em linha reta, da fonte de vazamento à 
pessoa mais próxima situada fora dos limites da 
instalação em estudo.
Distância segura (ds) (CETESB)
Distância determinada pelo efeito físico decor-
rente do cenário acidental considerado, onde a 
probabilidade de fatalidade é de até 1% das pes-
soas expostas.
Dose letal 50 (DL50) (CETESB)
Quantidade calculada e estatisticamenteobtida 
de uma substância administrada por qualquer 
via, exceto a pulmonar, e que, em condições bem 
determinadas, é capaz de causar a morte de 50% 
de um grupo de organismos de determinada es-
pécie.
Duto (CETESB)
Qualquer tubulação, incluindo seus equipamen-
tos e acessórios, destinada ao transporte de pe-
tróleo, derivados ou de outras substâncias quími-
cas, situada fora dos limites de áreas industriais.
Efeito dominó (CETESB)
Evento decorrente da sucessão de outros eventos 
parciais indesejáveis, cuja magnitude global é o 
somatório dos eventos individuais.
Empreendimento (CETESB)
Conjunto de ações, procedimentos, técnicas e 
benfeitorias que permitem a construção de uma 
instalação.
Erro humano (CETESB)
Ações indesejáveis ou omissões decorrentes de 
problemas de sequenciamento, tempo (timing), 
conhecimento, interfaces e/ou procedimentos, 
que resultam em desvios de parâmetros estabe-
lecidos ou normais e que colocam pessoas, equi-
pamentos e sistemas em risco.
Estabilidade atmosférica (CETESB)
Medida do grau de turbulência da atmosfera, nor-
malmente definida em termos de gradiente ver-
tical de temperatura. A atmosfera é classificada, 
segundo Pasquill, em seis categorias de estabili-
dade, de A a F, sendo A a mais instável, F a mais 
estável e D a neutra. A classificação é realizada 
a partir da velocidade do vento, radiação solar e 
percentagem de cobertura de nuvem; a condição 
neutra corresponde a um gradiente vertical de 
temperatura da ordem de 1 ºC para cada 100 m 
de altitude.
Estimativa de consequências (CETESB)
Estimativa do comportamento de uma substân-
cia química quando de sua liberação acidental no 
meio ambiente.
Estudo de Impacto Ambiental (EIA) (CETESB)
Processo de realização de estudos preditivos so-
bre um empreendimento, analisando e avaliando 
os resultados. O EIA é composto de duas partes: 
uma fase de previsão, em que se procura prever 
os efeitos de impactos esperados antes que ocor-
ra o empreendimento e outra em que se procura 
medir, interpretar e minimizar os efeitos ambien-
tais durante a construção e após a finalização do 
empreendimento. O EIA conduz a uma estimativa 
do impacto ambiental.
Avaliação de Riscos Ambientais
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
21
Explosão (CETESB)
Processo onde ocorre uma rápida e violenta libe-
ração de energia, associado a uma expansão de 
gases acarretando o aumento da pressão acima 
da pressão atmosférica.
Explosão de vapor confinado (CVE) (CETESB)
A explosão de vapor confinado (CVE – Confined 
Vapour Explosion) é o fenômeno causado pela 
combustão de uma mistura inflamável num am-
biente fechado, com aumento na temperatura e 
na pressão internas, gerando uma explosão. Esse 
tipo de explosão pode ocorrer com gases, vapo-
res e pós. Nesse caso, grande parte da energia 
manifesta-se na forma de ondas de choque e qua-
se nada na forma de energia térmica.
Explosão de nuvem de vapor não confinado 
(UVCE) (CETESB)
A explosão de nuvem de vapor não confinado 
(UVCE – Unconfined Vapour Cloud Explosion) é a 
rápida combustão de uma nuvem de vapor infla-
mável ao ar livre, seguida de uma grande perda 
de conteúdo, gerada a partir de uma fonte de ig-
nição. Nesse caso, somente uma parte da energia 
total irá se desenvolver sobre a forma de ondas 
de pressão e a maior parte na forma de radiação 
térmica.
Fator de Distância (FD) (FEPAM)
 
onde “distância (m)” é a menor distância, em me-
tros, entre o ponto de liberação do fator de perigo 
e o ponto de interesse onde estão localizados os 
recursos vulneráveis.
Fator de Perigo (FP) (FEPAM)
 
MLA e MR ver adiante.
Consideram-se situações graves aquelas 
onde se possa observar:
a) Concentração no ar de substância tó-
xica capaz de causar morte em 1% das 
pessoas expostas durante um tempo de 
30 minutos; 
b) Fluxo de radiação térmica capaz de cau-
sar morte em 1% das pessoas expostas 
durante um tempo de 60 segundos; 
c) Explosão gerando combinação de so-
brepressão e impulso capaz de causar 
morte em 1% das pessoas expostas.
Flashfire (CETESB)
Incêndio de uma nuvem de vapor em que a mas-
sa envolvida não é suficiente para atingir o estado 
de explosão. É um fogo extremamente rápido em 
que todas as pessoas que se encontram dentro da 
nuvem recebem queimaduras letais.
Fluxograma de processo (CETESB)
Representação esquemática do fluxo seguido 
no manuseio ou na transformação de matérias-
-primas em produtos intermediários e acabados. 
É constituída de equipamentos de caldeiraria 
(tanques, torres, vasos, reatores etc.); máquinas 
(bombas, compressores etc.); e tubulações, vál-
vulas e instrumentos principais, onde devem ser 
apresentados dados de pressão, temperatura, 
vazões, balanços de massa e de energia e demais 
variáveis de processo.
Frequência (CETESB)
Número de ocorrências de um evento por unida-
de de tempo.
Gerenciamento de riscos (CETESB)
Processo de controle de riscos compreendendo a 
formulação e a implantação de medidas e proce-
dimentos técnicos e administrativos que têm por 
objetivo prevenir, reduzir e controlar os riscos, 
bem como manter uma instalação operando den-
tro de padrões de segurança considerados tolerá-
veis ao longo de sua vida útil.
Antonio Fernando Silveira Alves
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
22
IDLH (FEPAM)
Do inglês Immediately Dangerous to Life and 
Health (imediatamente perigoso para vida e saú-
de), representa a máxima concentração de subs-
tância no ar, à qual pode se expor uma pessoa por 
30 minutos sem danos irreversíveis. Valores de 
concentrações (IDLH) para substâncias são esta-
belecidos pelo National Institute for Occupational 
Safety and Health (NIOSH).
Incêndio (CETESB)
Tipo de reação química na qual os vapores de 
uma substância inflamável combinam-se com o 
oxigênio do ar atmosférico e uma fonte de igni-
ção, causando liberação de calor.
Incêndio de poça (pool fire) (CETESB)
Incêndio que ocorre numa poça de produto, a 
partir de um furo ou rompimento de um tanque, 
esfera, tubulação etc.; em que o produto estoca-
do é lançado ao solo, formando uma poça que se 
incendeia, sob determinadas condições.
Instalação (CETESB)
Conjunto de equipamentos e sistemas que per-
mitem o processamento, armazenamento e/ou 
transporte de insumos, matérias-primas ou pro-
dutos. Para fins deste manual, o termo é definido 
como a materialização de um determinado em-
preendimento.
Jato de fogo (jet fire) (CETESB)
Fenômeno que ocorre quando um gás inflamável 
escoa à alta velocidade e encontra uma fonte de 
ignição próxima ao ponto de vazamento.
LC50 (FEPAM)
Concentração da substância, no ar, para a qual 
50% dos mamíferos mais sensíveis morrem em 
testes de inalação, para um tempo de exposição 
menor ou igual a 8 horas.
*Obs.: Definição semelhante à concentração letal 50 
(CL50), utilizada pela CETESB.
LD50 (FEPAM)
Dose de substância para a qual 50% dos mamífe-
ros mais sensíveis morrem em testes de absorção 
cutânea ou por ingestão oral.
*Obs.: Definição semelhante à dose letal 50 (DL50), 
utilizada pela CETESB.
LCLO (FEPAM)
A mais baixa concentração da substância, no ar, 
para a qual foi observada morte entre os mamífe-
ros mais sensíveis, em testes de inalação.
LDLO (FEPAM)
A mais baixa dose da substância, para a qual foi 
observada morte entre os mamíferos mais sensí-
veis, em testes de absorção ou por ingestão oral.
Licença Prévia (LP) (FEPAM)
Concedida na fase preliminar do planejamento 
do empreendimento ou atividade, aprovando 
sua localização e concepção, atestando a viabili-
dade ambiental e estabelecendo os requisitos bá-
sicos a serem atendidos nas fases de localização, 
implantação e operação.
Licença de Implantação (LI) (FEPAM)
Autoriza a instalação do empreendimento ou ati-
vidade de acordo com as especificações constan-
tes dos planos, programas e projetos aprovados, 
incluindo as medidas de controle ambiental e de-
mais condicionantes, da qual constituem motivo 
determinante.
Licença de Operação (LO) (FEPAM)
Autoriza a operação da atividade ou empreendi-mento, após a verificação do efetivo cumprimen-
to do que consta das licenças anteriores, com as 
medidas de controle ambiental e condicionantes 
determinados para a operação.
Avaliação de Riscos Ambientais
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
23
Licenciamento ambiental (CETESB)
Procedimento administrativo pelo qual o órgão 
ambiental competente licencia a localização, ins-
talação, modificação, ampliação e a operação de 
empreendimentos ou atividades utilizadoras dos 
recursos ambientais, consideradas efetivas ou 
potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob 
qualquer forma, possam causar a degradação 
ambiental, considerando as disposições legais e 
as normas técnicas aplicáveis ao caso.
Limite Inferior de Inflamabilidade (LII) (CETESB)
Mínima concentração de gás que, misturada ao ar 
atmosférico, é capaz de provocar a combustão do 
produto, a partir do contato com uma fonte de ig-
nição. Concentrações de gás abaixo do LII não são 
combustíveis, pois, nessa condição, tem-se exces-
so de oxigênio e pequena quantidade do produto 
para a queima. Essa condição é denominada “mis-
tura pobre”.
Limite Superior de Inflamabilidade (LSI) 
(CETESB)
Máxima concentração de gás que, misturada ao 
ar atmosférico, é capaz de provocar a combus-
tão do produto, a partir de uma fonte de ignição. 
Concentrações de gás acima do LSI não são com-
bustíveis, pois, nessa condição, tem-se excesso de 
produto e pequena quantidade de oxigênio para 
que a combustão ocorra. Essa condição é deno-
minada “mistura rica”.
Massa Liberada Acidentalmente (MLA) 
(FEPAM)
É a maior quantidade de material perigoso capaz 
de participar de uma liberação acidental de subs-
tância perigosa devido a vazamento ou ruptura 
de tubulações, componentes em linhas, bombas, 
vasos, tanques etc., ou por erro de operação ou 
de reação descontrolada ou de explosão confi-
nada ou não, nas instalações em licenciamento. 
Na ausência de informações mais precisas, a MLA 
deve ser considerada como igual a 20% da massa 
de material estocado ou em processo. Havendo 
sistemas de segurança automáticos ou procedi-
mentos que justifiquem o uso de um tempo de 
vazamento menor do que o necessário para vazar 
menos do que 20% da massa do material consi-
derado, a MLA poderá ser estimada com base 
nesse tempo, desde que devidamente justificado.
Massa de Referência (MR) (FEPAM)
É definida para cada uma das substâncias perigo-
sas conforme apresentado no Apêndice 1 desse 
manual. Essa massa pode ser entendida como a 
menor quantidade da substância capaz de causar 
danos a uma certa distância do ponto de libera-
ção.
Consideram-se situações graves aquelas onde se 
possa observar:
a) Concentração no ar de substância tó-
xica capaz de causar morte em 1% das 
pessoas expostas durante um tempo de 
30 minutos;
b) Fluxo de radiação térmica capaz de cau-
sar morte em 1% das pessoas expostas 
durante um tempo de 60 segundos;
c) Explosão gerando combinação de so-
brepressão e impulso capaz de causar 
morte em 1% das pessoas expostas.
Perigo (CETESB)
Uma ou mais condições, físicas ou químicas, com 
potencial para causar danos às pessoas, à proprie-
dade, ao meio ambiente ou à combinação destes.
Planta (CETESB)
Conjunto de unidades de processo e/ou armaze-
namento com finalidade comum.
Plano de Ação de Emergência (PAE) (CETESB)
Documento que define as responsabilidades, 
diretrizes e informações, visando à adoção de 
procedimentos técnicos e administrativos, estru-
turados de forma a propiciar respostas rápidas e 
eficientes em situações emergenciais.
Antonio Fernando Silveira Alves
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
24
Ponto de ebulição (CETESB)
Temperatura na qual a pressão interna de um lí-
quido iguala-se à pressão atmosférica ou à pres-
são à qual está submetido.
Ponto de fulgor (CETESB)
Menor temperatura na qual uma substância libe-
ra vapores em quantidades suficientes para que 
a mistura de vapor e ar, logo acima de sua super-
fície, propague uma chama, a partir do contato 
com uma fonte de ignição.
População fixa (CETESB)
Pessoa ou agrupamento de pessoas em residên-
cias ou estabelecimentos industriais ou comer-
ciais, presentes no entorno de um empreendi-
mento. Vias com grande circulação de veículos, 
como rodovias, grandes avenidas e ruas movi-
mentadas, devem ser consideradas como “popu-
lação fixa”.
Pressão de vapor (CETESB)
Pressão exercida pelos vapores acima do nível de 
um líquido. Representa a tendência de uma subs-
tância gerar vapores. É normalmente expressa em 
mmHg a uma dada temperatura
Probabilidade (CETESB)
Chance de um evento específico ocorrer ou de 
uma condição especial existir. A probabilidade é 
expressa numericamente na forma de fração ou 
de percentagem.
Probit (CETESB)
Parâmetro que serve para relacionar a intensi-
dade de fenômenos como radiação térmica, so-
brepressão e concentração tóxica com os danos 
que podem causar às estruturas ou pessoas. O 
Probit (unidade de probabilidade) é uma variável 
randômica com média 5 e variância 1. O valor do 
Probit é relacionado a uma determinada porcen-
tagem por meio de curvas ou tabelas.
Programa de Gerenciamento de Riscos  (PGR) 
(CETESB)
Documento que define a política e diretrizes de 
um sistema de gestão, com vistas à prevenção de 
acidentes em instalações ou atividades potencial-
mente perigosas.
Relatório Ambiental Preliminar (RAP) (CETESB)
Documento de caráter preliminar a ser apresen-
tado no processo de licenciamento ambiental no 
estado de São Paulo. Tem como função instru-
mentalizar a decisão de exigência ou dispensa de 
EIA/RIMA para a obtenção da Licença Prévia.
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) 
(CETESB)
Documento que tem por objetivo refletir as con-
clusões de um Estudo de Impacto Ambiental (EIA). 
Suas informações técnicas devem ser expressas 
em linguagem acessível ao público, ilustradas por 
mapas com escalas adequadas, quadros, gráficos 
e outras técnicas de comunicação visual, de modo 
que se possam entender claramente as possíveis 
consequências ambientais e suas alternativas, 
comparando as vantagens e desvantagens de 
cada uma delas.
Risco (CETESB)
Medida de danos à vida humana, resultante da 
combinação entre a frequência de ocorrência e a 
magnitude das perdas ou danos (consequências).
Risco individual (CETESB)
Risco para uma pessoa presente na vizinhança 
de um perigo, considerando a natureza da injúria 
que pode ocorrer e o período de tempo em que o 
dano pode acontecer.
Risco individual (FEPAM)
Risco individual é a frequência anual esperada de 
morte devido a acidentes com origem em uma 
instalação para uma pessoa situada em um deter-
minado ponto nas proximidades da mesma.
Avaliação de Riscos Ambientais
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
25
Risco social (FEPAM)
Risco social associado a uma instalação ou ativi-
dade é o número de mortes esperadas por ano 
em decorrência de acidentes com origem na ins-
talação/atividade, usualmente expresso em mor-
tes/ano.
Risco social (CETESB)
Risco para um determinado número ou agrupa-
mento de pessoas expostas aos danos de um ou 
mais acidentes.
Rugosidade (CETESB)
Medida da altura média dos obstáculos que cau-
sam turbulência na atmosfera, devido à ação do 
vento, influenciando na dispersão de uma nuvem 
de gás ou vapor.
Sistema (CETESB)
Arranjo ordenado de componentes que estão 
inter-relacionados e que atuam e interatuam com 
outros sistemas, para cumprir uma tarefa ou fun-
ção num determinado ambiente.
Substância (CETESB)
Espécie da matéria que tem composição definida.
Substâncias tóxicas (FEPAM)
São consideradas substâncias de ação tóxica, isto 
é, com risco grave para a saúde, após exposição, 
as substâncias que tenham um dos itens abaixo:
�� LC50 # 2000 mg/m3, para um tempo de 
exposição # 4 horas, (LC50 = concen-
tração da substância, no ar, para a qual 
50% dos mamíferos mais sensíveis mor-
rem em testes de inalação);
�� LD50 – Cutânea # 400 mg/kg de massa 
corpórea (LD50 – Cutânea = dose para a 
qual 50% dos mamíferos mais sensíveismorrem em testes de absorção cutâ-
nea);
�� LD50 – Oral # 200 mg/kg de massa cor-
pórea (LD50 – Oral = dose para a qual 
50% dos mamíferos mais sensíveis mor-
rem em testes de absorção por via oral).
No caso de não serem disponíveis os dados de 
LC50 ou LD50, para determinada substância, de-
vem ser utilizados os LCLO ou LDLO correspon-
dentes, que têm o significado de serem a mais 
baixa concentração ou a mais baixa dose para a 
qual foi observado qualquer caso de morte do 
mamífero mais sensível.
Substâncias combustíveis e inflamáveis 
(FEPAM)
Substâncias combustíveis são aquelas que po-
dem reagir exotermicamente e de modo autos-
sustentado com um agente oxidante, usualmen-
te o oxigênio do ar, com emissão de luz e calor. 
São classificadas como substâncias inflamáveis as 
substâncias combustíveis cujo ponto de fulgor é 
inferior a 55 ºC.
Substâncias explosivas (FEPAM)
Substâncias explosivas são aquelas capazes de 
causar uma súbita liberação de gases e calor, ge-
rando rápido aumento de pressão, quando sub-
metidas a choque, pressão ou alta temperatura.
Substância perigosa (FEPAM)
Substância que se enquadre em qualquer uma 
das definições de substância tóxica e/ou combus-
tível e inflamável e/ou explosiva.
Unidade (CETESB)
Conjunto de equipamentos com finalidade de 
armazenar (unidade de armazenamento) ou de 
provocar uma transformação física e/ou química 
nas substâncias envolvidas (unidade de proces-
so).
Antonio Fernando Silveira Alves
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
26
Uma das formas de classificar os riscos é 
considerar situações potenciais de perdas e da-
nos ao homem e ao meio ambiente, dividindo-os 
em algumas classes e subclasses e tendo como 
ponto de partida os Riscos Ambientais (CERRI; 
AMARAL, 1998).
2.3 Tipos de Risco
Os Riscos Ambientais podem ser classifica-
dos como Riscos Naturais e Riscos Antrópicos, e 
estes são subdivididos em Riscos Tecnológicos e 
Riscos Sociais.
Outras subdivisões para a classificação dos 
riscos seguirão adiante.
Figura 2 – Pré-classificação dos riscos ambientais – parte I.
Riscos antrópicos
�� Riscos Sociais: podem ser causados 
pela sociedade ou riscos com conse-
quências para a sociedade humana, 
como assaltos, guerras etc.
�� Riscos Tecnológicos: são aqueles cuja 
origem está diretamente ligada à ação 
humana. Podem ser causados por va-
zamentos de produtos tóxicos ou infla-
máveis, radioativos, quedas de aviões, 
colisão de automóveis etc.
Esses riscos são causados por diferentes 
ações antrópicas, como:
�� utilização ou liberação de substâncias 
químicas,
�� radiações ionizantes;
�� organismos geneticamente modifica-
dos.
As atividades de risco são chamadas de 
perigosas, e incluem as atividades capazes de 
causar dano ambiental, como muitas atividades 
industriais, o transporte e o armazenamento de 
produtos químicos, o lançamento de poluentes e 
a manipulação genética, entre outros.
Essas atividades podem acarretar danos 
materiais aos ecossistemas e à saúde do homem.
Avaliação de Riscos Ambientais
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
27
Segundo Sevá Filho (1988), a abordagem 
desse tipo de risco deve levar em conta três fa-
tores indissociáveis: o processo de produção (re-
cursos, técnicas, equipamentos, maquinário); o 
processo de trabalho (relações entre direções em-
presariais e estatais e assalariados); e a condição 
humana (existência individual e coletiva, ambien-
te). Onde for encontrado pelo menos um desses 
fatores, haverá o risco tecnológico ou a probabili-
dade de um problema causado por tal risco.
Figura 3 – Fatores impactantes no risco antrópico.
 Fonte: Sevá Filho (1988).
Saiba maisSaiba mais
Saiba maisSaiba mais
Os EUA são referência mundial quando se quer pesquisar algo sobre EAR. Eles desenvolveram uma complexa estru-
tura para tratar desse tema. Por meio de seu órgão principal, US Environmental Protection Agency, o EPA, desenvol-
veram metodologias para a avaliação, gerenciamento e redução dos riscos, que são aplicadas em diversas áreas e 
não somente na área industrial.
No site desse órgão, você pode encontrar manuais, metodologias e instruções sobre o EAR.
Mas não desanime no meio dessa leitura, caso não domine a língua inglesa. Faça uma simples busca no Google pelo 
termo US Environmental Protection Agency e clique no link “traduzir esta página”. A tradução fica muito bem feita 
para o português, o que nos possibilita acessar a todas as informações. O tradutor efetua, inclusive, a tradução de 
alguns guias e manuais. Não deixe de acessar esse site e aprender um pouco mais sobre esse tema tão rico.
O endereço do site é: www.epa.gov
Prosseguindo com o processo de classifica-
ção dos riscos, temos que os Riscos Tecnológicos 
são subdivididos em dois tipos de risco:
�� Agudos: são decorrentes do mau fun-
cionamento de um sistema tecnoló-
gico, como, por exemplo, acidentes 
industriais ampliados, vazamento de 
petróleo de um duto ou navio.
�� Crônicos: são decorrentes da exposição 
da população a agentes físicos, como 
ruído, e/ou a agentes químicos, como 
substâncias presentes em águas sub-
terrâneas utilizadas para abastecimen-
to doméstico, e à liberação contínua de 
pequenas quantidades de poluentes.
Riscos naturais
Na caracterização de situações de risco na-
tural, deve-se sempre levar em conta a ação do 
homem como deflagrador ou acelerador dos pro-
cessos naturais. A intensidade e frequência dos 
Antonio Fernando Silveira Alves
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
28
fenômenos podem ser aumentadas devido às 
ações antrópicas.
Por sua vez, os Riscos Naturais também são 
subdivididos em dois grupos: Riscos Físicos e Ris-
cos Biológicos.
Figura 4 – Pré-classificação dos riscos ambientais – parte II.
Os Riscos Biológicos são divididos em ris-
cos associados à fauna e riscos associados à flora. 
Os riscos associados à fauna estão relacionados 
à atuação de agentes vivos, como organismos 
patogênicos. Como exemplos, podemos citar a 
dengue, febre amarela, picadas de animais, doen-
ças provocadas por vírus e bactérias, pragas (roe-
dores, gafanhotos etc.) e epidemias de gripe. Os 
riscos associados à flora estão relacionados a 
doenças provocadas por fungos, pragas (ervas 
daninhas), ervas tóxicas e venenosas etc.
Já os Riscos Físicos são associados aos pro-
cessos do meio físico, sendo divididos em 3 gru-
pos: riscos atmosféricos (ar), geológicos (solo e 
rocha) e hidrológicos (água).
Figura 5 – Classificação dos riscos físicos.
Avaliação de Riscos Ambientais
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
29
�� Atmosféricos: como as situações de 
risco sempre estão associadas a proces-
sos, temos que os riscos atmosféricos 
são oriundos de processos e fenôme-
nos meteorológicos e climáticos. Po-
dem ser de temporalidade curta, como 
os furacões, tornados, trombas de água, 
tempestades, granizo e raios, ou de 
temporalidade longa, como as secas.
�� Hidrológicos: são os riscos oriundos de 
processos e fenômenos hidrológicos, 
como as chuvas intensas e inundações, 
enchentes e alagamentos.
�� Geológicos: os riscos geológicos são 
associados aos processos geológicos, 
podendo ser subdivididos em dois gru-
pos, relacionados predominantemente 
à geodinâmica interna ou externa. Po-
demos citar como exemplos de riscos 
endógenos os sismos e atividades vul-
cânicas, tsunamis (associados à geodi-
nâmica interna), e como exemplos de 
riscos exógenos os escorregamentos, 
erosões e assoreamentos, subsidência 
e colapsos, solos expansivos, entre ou-
tros (associados à geodinâmica exter-
na).
�� Siderais: são os riscos que têm origem 
fora do planeta, como uma queda de 
meteoritos.
AtençãoAtenção
Subsidência: processo caracterizado pelo afun-
damento da superfície de um terreno em rala-
ção às áreas circunvizinhas. É o processo oposto 
ao levantamento tectônico, que resulta numa 
elevação da superfície. A subsidência pode ser 
devida a fenômenos geológicos, tais como dis-
solução, erosão, compactação do material de 
superfície, falhas verticais, terremotose vulca-
nismos. Normalmente o fenômeno acontece 
de forma gradual e mais raramente de forma 
brusca e repentina.
A seguir temos um esquema com a classifi-
cação final dos riscos ambientais.
Antonio Fernando Silveira Alves
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
30
 Figura 6 – Classificação final dos riscos ambientais.
Fonte: Amaral e Silva (1996 apud EDERSOL, 2007).
Avaliação de Riscos Ambientais
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
31
Caro(a) aluno(a), neste capítulo apresentamos importantes conceitos e definições, que serão muito 
úteis em nossa disciplina. Voltamos a destacar, que neste momento deve estar muito claro para você, as 
diferenças entre Perigo, Risco e Dano. Também é importante reconhecer a diferença entre Identificação 
de Perigos, Análise de Riscos e Avaliação de Riscos.
Além da definição de uma série de outros conceitos, verificamos também como os riscos são clas-
sificados.
2.4 Resumo do Capítulo
2.5 Atividades Propostas
1. Escreva com suas palavras a definição de Perigo. Após responder a esta pergunta, procure a 
definição dada neste capítulo e verifique se você compreendeu o conceito e definiu correta-
mente.
2. Escreva com suas palavras a definição de Risco. Após responder a esta pergunta, procure a defi-
nição dada neste capítulo e verifique se você compreendeu o conceito e definiu corretamente.
3. Escreva com suas palavras a definição de Dano. Após responder a esta pergunta, procure a defi-
nição dada neste capítulo e verifique se você compreendeu o conceito e definiu corretamente.
4. Escreva com suas palavras a definição de Análise de Risco. Após responder a esta pergunta, 
procure a definição dada neste capítulo e verifique se você compreendeu o conceito e definiu 
corretamente.
5. Escreva com suas palavras a definição de Avaliação de Risco. Após responder a esta pergunta, 
procure a definição dada neste capítulo e verifique se você compreendeu o conceito e definiu 
corretamente.
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
33
Caro(a) aluno(a), neste capítulo vamos apre-
sentar algumas técnicas de Identificação de Peri-
gos. Entre as mais utilizadas, destacamos a Análise 
Preliminar de Perigos (APP) ou Análise Preliminar 
de Riscos (APR) e o HazOp – Estudo de Perigos e 
Operabilidade (em inglês, Hazard and Operability 
Study).
Iremos apresentar, no total, 10 técnicas. 
Existem, ainda, outras técnicas além das apresen-
tadas aqui. Vamos nos ater às mais comuns e utili-
zadas na área ambiental.
Já vimos nos capítulos anteriores que os 
grandes acidentes de origem tecnológica envol-
vendo substâncias químicas, ocorridos nas déca-
das de 1970 e 1980, motivaram os órgãos gover-
namentais a promover diversos programas para o 
gerenciamento de riscos impostos por atividades 
industriais.
TÉCNICAS DE IDENTIFICAÇÃO DE 
PERIGOS 3
AtençãoAtenção
Não confunda Identificação de Perigos com 
Análise de Riscos e Avaliação de Riscos. 
Entre as técnicas que iremos estudar, as mais 
utilizadas são: 
APP – Análise Preliminar de Perigos. 
HazOp – Estudo de Perigos e Operabilidade 
(Hazard and Operability Study).
Assim, as técnicas para a identificação de 
perigos e estimativa dos efeitos no homem e no 
meio ambiente, decorrentes de incêndios, explo-
sões e liberações de substâncias tóxicas, já am-
plamente utilizadas nas áreas aeronáutica, mili-
tar e espacial, foram gradativamente adaptadas 
e aperfeiçoadas e passaram a ser incorporadas 
como “ferramentas” para o gerenciamento de ris-
cos em atividades industriais, em particular nas 
indústrias química e petroquímica.
3.1 Relação das Técnicas de Identificação de Perigos
Caro(a) aluno(a), existem diversas técnicas 
que podem ser utilizadas para a identificação de 
perigos num empreendimento. Entre as diversas 
técnicas utilizadas para a identificação de perigos, 
as mais comumente utilizadas, e aqui apresenta-
das, são:
1. Análise Preliminar de Perigos (APP);
2. Estudo de perigos e operabilidade (Ha-
zOp – Hazard and Operability Study);
3. Lista de verificação (checklist);
4. Análise “E se...?” (What if...?);
5. Análise de Modos de Falhas e Efeitos 
(AMFE);
6. Análise histórica de acidentes;
7. Inspeção de segurança;
8. Análise de causas e consequências.
9. Análise de Árvore de Falhas (AAF);
10. Análise de Árvore de Eventos (AAE).
Não existe a melhor técnica. Dependendo 
da necessidade e da complexidade do empreen-
dimento, pode ser necessária a combinação de 
duas ou mais técnicas no processo. O que se deve 
Antonio Fernando Silveira Alves
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
34
fazer é combinar aquelas que resultem melhor 
avaliação, tanto qualitativa, quanto quantitativa 
dos riscos, ou seja, das ameaças de perdas even-
tuais.
Nos próximos tópicos, você poderá apren-
der os fundamentos e metodologias dessas técni-
cas e como utilizá-las.
3.2 Análise Preliminar de Perigos (APP) – Preliminary Hazard Analysis (PHA)
A Análise Preliminar de Riscos (APP), tam-
bém denominada Análise Preliminar de Riscos 
(APR), é uma técnica que foi desenvolvida espe-
cificamente para aplicação nas etapas de plane-
jamento de projetos, visando a uma identificação 
precoce de situações indesejadas, o que possibili-
ta a adequação do projeto antes que recursos de 
grande monta tenham sido comprometidos.
Trata-se, portanto, de uma técnica de po-
tencial emprego em EIA, pois não exige o deta-
lhamento da instalação industrial a ser analisada.
Essa técnica está descrita como a técnica a 
ser utilizada nos manuais da CETESB e da FEPAM.
Preparam-se planilhas nas quais, para cada 
perigo identificado, são levantadas suas possíveis 
causas, efeitos potenciais e medidas básicas de 
controle aplicáveis (preventivas ou corretivas).
Além da identificação, os perigos são tam-
bém avaliados com relação à frequência e grau de 
severidade de suas consequências.
A análise preliminar de perigos pode ser 
uma etapa inicial, seguida de outras ferramentas 
de análise.
Segundo o Manual de Orientação para a Ela-
boração de Estudos de Análise de Riscos (Norma 
P4.261) da CETESB, a APP é uma técnica que teve 
origem no programa de segurança militar do De-
partamento de Defesa dos EUA. Trata-se de uma 
técnica estruturada que tem por objetivo identi-
ficar os perigos presentes numa instalação, que 
podem ser ocasionados por eventos indesejáveis.
Essa técnica pode ser utilizada em insta-
lações na fase inicial de desenvolvimento, nas 
etapas de projeto ou mesmo em unidades já em 
operação, permitindo, nesse caso, a realização de 
uma revisão dos aspectos de segurança existen-
tes.
A APP deve focalizar todos os eventos pe-
rigosos cujas falhas tenham origem na instala-
ção em análise, contemplando tanto as falhas 
intrínsecas de equipamentos, de instrumentos e 
de materiais, quanto os erros humanos. Também 
deve examinar maneiras pelas quais a energia ou 
material do processo pode ser liberado de forma 
descontrolada.
Na APP devem ser identificados os perigos, 
as causas e os efeitos (consequências) sobre pes-
soas e meio ambiente e as categorias de severida-
de correspondentes, bem como as observações e 
recomendações pertinentes aos perigos identifi-
cados, devendo os resultados ser apresentados 
em planilha padronizada. Assim, concluímos que 
a APP é uma avaliação qualitativa dos riscos. É 
precursora de outras análises.
A elaboração da APP compreende as eta-
pas:
�� definição dos objetivos e do escopo da 
análise;
�� definição das fronteiras do processo 
(instalação);
�� coleta de informações sobre a região, a 
instalação e os perigos envolvidos;
�� subdivisão do processo (instalação) em 
módulos;
�� realização da APP com o preenchimen-
to da planilha com os dados levantados;
�� elaboração das estatísticas dos cenários 
identificados por categorias de risco, 
utilizando as tabelas de frequência e se-
veridade;
�� análise dos resultados.
Avaliação de Riscos Ambientais
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
35
Para o desenvolvimento da APP, necessita-
remos ter o conhecimento das informações

Outros materiais