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Prévia do material em texto

1
Metodologia de Pesquisa
PROF. Messias YazegY PeRiM
MetOdOlOgia de Pesquisa CientíFiCa e 
eduCaCiOnal
CaChOeiRO de itaPeMiRiM 
2009
2
licenciatura em informática
governo Federal
Ministro de educação
Fernando Haddad
ifes – instituto Federal do espírito santo
Reitor
Denio Rebello Arantes
Pró-Reitora de ensino
Cristiane Tenan Schlittler dos Santos
diretora do Cead – Centro de educação a distância
Yvina Pavan Baldo
Coordenadoras da uaB – universidade aberta do Brasil 
Yvina Pavan Baldo
Maria das Graças Zamborlini
Curso de licenciatura em informática
Coordenação de Curso
Giovany Frossard Teixeira
designer instrucional
Jonathan Toczek Souza
Professor especialista/autor
Messias Yazegy Perim
Catalogação da fonte: Rogéria Gomes Belchior - CRB 12/417
P441m Perim, Messias Yazegy. 
 Metodologia de pesquisa científica e educacional. / Messias Yazegy Perim. – Vitória:
 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo, 2009
62 p. : il.
 1. Metodologia científica. 2. Pesquisa científica - Métodos e Técnicas. I.Título.
 CDD 001.42
diReitOs ReseRVadOs
ifes – instituto Federal do espírito santo
Av. Vitória – Jucutuquara – Vitória – ES - CEP - (27) 3331.2139
Créditos de autoria da editoração
Capa: Juliana Cristina da Silva
Projeto gráfico: Juliana Cristina e Nelson Torres
Iconografia: Nelson Torres
Editoração eletrônica: Duo Translation
Revisão de texto: 
Zenas Vieira Romano
COPYRIGHT – É proibida a reprodução, mesmo que parcial, por qualquer meio, sem autorização escrita dos 
autores e do detentor dos direitos autorais.
3
Metodologia de Pesquisa
Olá, Aluno(a)!
É um prazer tê-lo conosco. 
O Ifes oferece a você, em parceria com as Prefeituras e com o Gover-
no Federal, o Curso de Licenciatura em Informática, na modalidade à 
distância. Apesar de este curso ser ofertado à distância, esperamos que 
haja proximidade entre nós, pois, hoje, graças aos recursos da tecnologia 
da informação (e-mails, chat, videoconferênca, etc.), podemos manter 
uma comunicação efetiva.
É importante que você conheça toda a equipe envolvida neste curso: coor-
denadores, professores especialistas, tutores à distância e tutores presenciais. 
Assim, quando precisar de algum tipo de ajuda, saberá a quem recorrer.
Na EaD - Educação a Distância - você é o grande responsável pelo sucesso 
da aprendizagem. Por isso é necessário que se organize para os estudos e 
para a realização de todas as atividades, nos prazos estabelecidos, confor-
me orientação dos Professores Especialistas e Tutores.
Fique atento às orientações de estudo que se encontram no Manual do Aluno!
A EaD, pela sua característica de amplitude e pelo uso de tecnologias modernas, 
representa uma nova forma de aprender, respeitando, sempre, o seu tempo.
Desejamos a você sucesso e dedicação!
Equipe do Ifes 
4
licenciatura em informática
Fala do Professor
Conceitos importantes. Fique atento!
Atividades que devem ser elaboradas por você, 
após a leitura dos textos.
Indicação de leituras complemtares, referentes 
ao conteúdo estudado.
Destaque de algo importante, referente ao 
conteúdo apresentado. Atenção!
Reflexão/questionamento sobre algo impor-
tante referente ao conteúdo apresentado.
Espaço reservado para as anotações que você 
julgar necessárias.
iCOnOgRaFia
Veja, abaixo, alguns símbolos utilizados neste material para guiá-lo em seus estudos
5
Metodologia de Pesquisa
MetOdOlOgia de Pesquisa
Cap. 1 - COnCeitOs de MetOdOlOgia da Pesquisa 9
1.1 a pesquisa científica 9
1.2 Os tipos de ciência 11
1.3 definindo metodologia e técnica de pesquisa 14
1.4 Os tipos de pesquisa científica trabalhos científicos 18
1.5 Os pesquisadores e os tipos de trabalhos científicos 21
Cap. 2 - MÉtOdOs e estRatÉgias de estudO 25
2.1 introdução 25
2.2 sistematização da leitura 26
2.3 a resenha 27
2.4 a técnica de fichamento de texto 28
2.5 Mapas conceituais ou mapas de conceitos 28
2.6 exemplo da aplicação das técnicas de sistematização 31
Cap. 3 - a elaBORaÇÃO de uM tRaBalhO CientíFiCO 37
3.1 introdução 37
3.2 definição do tema de pesquisa 38
3.2.1 definindo o problema de pesquisa 38
3.2.2 definição dos objetivos da pesquisa 40
3.2.4 alguns instrumentos para coleta de dados 42
3.3 O planejamento da pesquisa 44
3.3.1 O cronograma de atividades da pesquisa 44
3.4 a execução da pesquisa 44
3.4.1 a revisão da literatura 44
3.4.2 Coleta, tabulação e análise dos dados 45
Cap. 4 - RedaÇÃO de uM tRaBalhO CientíFiCO 47
4.1 introdução: 47
4.2.Partes constituintes do escopo de um trabalho científico: 48
4.2.1 introdução 48
4.2.1.1 a justificativa 48
4.2.1.2 Objetivos: 49
4.2.2 desenvolvimento do trabalho 49
4.2.2.2 Materiais e métodos 50
6
licenciatura em informática
4.2.2.3 Resultados e discussões 51
4.2.3 Conclusões 51
Cap. 5 - FORMataÇÃO dO tRaBalhO CientíFiCO 55
5.1 estrutura do trabalho 55
5.2 O uso da citação e o sistema de chamada 57
ReFeRÊnCias BiBliOgRÁFiCas 61
7
Metodologia de Pesquisa
aPResentaÇÃO
Prezado Aluno(a),
Meu nome é Messias Yazegy Perim, e nesse semestre, lecionarei para vocês 
a disciplina de Metodologia de Pesquisa Científica e Educacional. 
Sou professor em efetivo exercício no IFES Campus Cachoeiro de Itapemi-
rim desde 02/09/2009. Sou Bacharel e Licenciado em Ciências Biológicas 
Pela UFV, Especialista em Biotecnologia: fundamentos técnicos, aplica-
ções e perspectivas pela UFLA e mestrando em Biotecnologia pela UFES. 
Atualmente, leciono no IFES Campus Cachoeiro de Itapemirim, a discipli-
na de Biologia dos Cursos Técnicos de Informática e de Eletromecânica In-
tegrados ao Ensino Médio. Tenho também experiência de quase três anos 
no Ensino Superior pelo IESES ministrando disciplinas para os cursos de 
Medicina Veterinária e Biomedicina.
Nesta disciplina você aprenderá os conceitos de método, metodologia e 
técnica de pesquisa. Conhecerá, também, as diversas formas pelas quais se 
constroem o conhecimento e os diferentes tipos de ciências humanas. 
Você aprenderá, identificará e diferenciará as diferentes formas de estrutura-
ção, planejamento, execução, redação e formatação de um projeto de pesquisa 
científica; quer seja uma pesquisa de campo ou uma revisão bibliográfica. 
Nessa disciplina você também conhecerá formas de sistematização dos es-
tudos que permitirão a organização, compilação e sistematização de da-
dos obtidos de referências bibliográficas e de dados de campo.
A disciplina Metodologia de Pesquisa Científica e Educacional é de extre-
ma importância, pois norteia grande parte do eixo pedagógico de discipli-
nas pertinentes ao caráter formativo de professores e pesquisadores do na 
área de Informática. Todos os trabalhos acadêmicos, artigos, resumos de 
congresso, trabalhos em geral e o TCC se estruturarão a partir dela.
Para se alcançar o sucesso em Metodologia de Pesquisa, é necessário estu-
dar bastante o material realizando leitura dinâmica e interpretativa, além 
de realizar as atividades no ambiente Moodle e as atividades previstas no 
texto, em prazo hábil. 
Desse modo, bons estudos, desenvolvimento de trabalho e mãos a obra!
Prof. Messias Yazegy Perim.
8
licenciatura em informática
9
Metodologia de Pesquisa
Olá Pessoal, 
Neste primeiro capítulo, teremos uma sólida introdução acerca 
dos conceitos de Metodologia da Pesquisa. A espinha dorsal deste 
capítulo é a compreensão dos conceitos básicos de metodologia de 
pesquisa, bem como a conexão dessa disciplina com as demais dis-
ciplinas do curso de Licenciatura em Informática. É necessário que 
esses passos iniciais lancem uma base consistente para a construção 
dos conhecimentos, a fim de que nos próximos capítulos se possam 
retomar alguns pontos e aprofundá-los adequadamente.
Ao concluir este capítulo, você deverá ser capaz de: 
Caracterizar a pesquisa científica;•	
Definir metodologia da pesquisa;•	 
Identificar e diferenciar os tipos de ciência e os tipos de pesquisa •	
 científica; 
Identificar e aplicar as qualidadesde um pesquisador. •	
1.1 a Pesquisa Científica 
Sempre que pensamos em pesquisa científica, vem ao nosso intelecto 
cenas como: experimentos de engenharia genética, construção de aero-
modelos espaciais, experiências em frascos borbulhantes (típicas de la-
boratórios de química), desenvolvimento de softwares complexos pelas 
grandes empresas. No entanto, a pesquisa científica é algo mais simples 
do que a maioria das pessoas possa pensar. Sempre que nos deparamos 
com situações indagativas, pertinentes ao nosso cotidiano, para as quais 
não temos uma resposta imediata ou aparente solução, estamos diante 
de um potencial problema de pesquisa. Logo, um problema de pesquisa 
é algo presente no cotidiano (quer seja acadêmico, pessoal, profissional 
ou qualquer outro) que precisa ser investigado para que possa ser solu-
cionado ou explicado.
COnCeitOs de MetOdOlOgia 
da Pesquisa 
10
licenciatura em informática
Dessa forma, é necessário conceituarmos o que é pesquisa. Esse 
termo pode ter muitas e pretensiosas definições, de acordo com 
as diretrizes básicas das diferentes ciências que o utilizam. Porém, 
em sua gênese mais primitiva, a pesquisa significa a busca respos-
tas para as questões propostas. Por essa razão, o termo pesquisa é 
conceituado por Ferrão (2005, p.73), sob uma perspectiva técni-
co-prática como “[...] o conjunto de procedimentos sistematiza-
dos, baseados em raciocínio lógico, na busca de soluções para os 
problemas de diversas áreas, utilizando metodologia científica.”
Esse aspecto prático de utilização raciocínio lógico e metodologia cien-
tífica, bem como o objetivo de fornecer respostas a problemas cotidia-
nos são comuns não somente a Ferrão, mas a muitos outros autores 
como Gil, (2002), Kerlinger (1973), Minayo (1993) e Rapchan (2007). 
Porém, sob o ponto de vista filosófico, não se pode deixar de mencionar 
que a pesquisa é uma busca permanente e inesgotável de respostas a um 
problema, pois as ciências estão em constante construção e aquisição de 
conhecimentos (MINAYO,1993).
De uma forma bem simples e prática, pesquisar é executar um con-
junto ações organizadas, de modo a investigar e solucionar um pro-
blema proposto. 
Diante do exposto acima, percebemos que o ato de pesquisar é intrínse-
co ao cotidiano do ser humano, pois somos naturalmente indagativos, 
curiosos, acerca dos fenômenos e contextos que nos envolvem. Logo, a 
pesquisa também permeia as ciências, uma vez que elas são produtos 
das concepções e atividades humanas acerca de determinados campos 
do conhecimento, quer sejam naturais, exatos ou sociais. 
A curiosidade humana sobre os seus problemas, bem como a sua ten-
dência em modificar radicalmente o meio em que vive, em favor de seus 
interesses, move e direciona o fazer científico ao longo do processo histó-
rico. De um modo geral, as ciências procuram respostas e soluções para 
as indagações, o que provoca modificações na sociedade. Logo, para que 
se tenha a estruturação constante de uma ciência, é preciso de que haja 
a pesquisa científica, que é conceituada como “[...]o desenvolvimento 
efetivo, de uma investigação bem planejada, feita e redigida seguindo as 
normas metodológicas provenientes da ciência” (FERRÃO, 2005). 
Capítulo 1
11
Metodologia de Pesquisa
Em razão do caráter dinâmico-dialético da ciência, ou seja, sua reconstru-
ção a partir de novos dados obtidos, interpretados e geradores de novos 
conhecimentos, é necessário que a pesquisa científica tenha um caráter in-
vestigativo científico. Em outras palavras, ela não deve ser feita de qualquer 
modo; deve, sim, ser delimitada por métodos igualmente científicos. 
1.2 Os tipos de Ciência
Define-se o conhecimento como uma relação que se estabelece 
entre a pessoa e o objeto a ser conhecido; ou seja, no processo 
de conhecimento, a pessoa de uma certa maneira se apropria do 
objeto que vai ser conhecido. Através do conhecimento, o homem 
entra nas diversas áreas, tomando posse, identificando sua natu-
reza, significado, função, origem, finalidade, subordinação, enfim, 
de sua estrutura fundamental com todas as implicações dele resul-
tantes (CERVO e BERVIAN, 19960 e FERRÃO, 2005).
Há diferentes tipos de conhecimento. Segundo Gil (2002), Ruiz (2002) e 
Ferrão (2005), podemos classificar conhecimento como: 
a) Conhecimento Científico: É o resultado da investigação sis-
tematizada da realidade, embasada na experimentação realizada 
dentro de metodologia científica. Nessa modalidade de conheci-
mento, predomina a análise dos fatos com o objetivo de desco-
brir suas causas e consequentemente concluir quais as leis natu-
rais que os governam. O conhecimento científico é geral, uma vez 
que provém de todas as áreas do conhecimento. Também é certo 
e sistemático, porque advém de explicações comprovadas cienti-
ficamente e é ordenado por metodologia científica. Além de ser 
falível, explicável e cumulativo; uma vez que pode ser alterado 
por novos conhecimentos científicos; por ser inferido através de 
teorias, estatísticas e afirmações probabilísticas; e por que a ele 
se acrescentam novas informações obtidas por experimentações. 
Finalmente, ele é preditivo, pois permite a predizer a descoberta 
de novos conhecimentos; é útil, pois soluciona problemas do coti-
diano e é exato, pois é obtido por meio de metodologia científica.
Conceitos de Metodologia da Pesquisa
12
licenciatura em informática
b) Conhecimento popular, cotidiano, vulgar ou empírico: é o 
conhecimento adquirido na vida cotidiana. Tem natureza prática 
e é baseado apenas na experiência vivida ou transmitida por al-
guém. É resultado da reprodução de experiências aleatórias, sem 
observação metodológica nem verificação sistemática. Essa mo-
dalidade de conhecimento caracteriza-se por ser valorativo, refle-
xivo, assistemático, verificável, falível e inexato.
c) Conhecimento Filosófico: Relaciona-se com a capacidade 
do ser humano de reflexão, estudo e interpretação, por meio do 
raciocínio lógico, para explicar a percepção que ele tem do uni-
verso que o envolve. Essa modalidade de conhecimento é espe-
culativa, uma vez que as conclusões obtidas por meio dela não 
necessitam de provas materiais da realidade, embora os proble-
mas de pesquisa filosófica sejam tratados por meio da discussão 
racional cuidadosa e sistemática. 
d) Conhecimento Religioso ou Teológico: É obtido da fé huma-
na na existência de uma ou de múltiplas divindades, por meio de 
verdades, não verificadas cientificamente, as quais são transmi-
tidas por tradições acumuladas ao longo das gerações, ou então, 
baseadas nos relatos de escritos sagrados. Apresenta geralmente 
respostas para os problemas que o ser humano não consegue res-
ponder com as demais modalidades de conhecimento. 
Dessa maneira, as diferentes formas de conhecimento científico são or-
ganizadas de modo a compor as diferentes ciências
A etimologia da palavra ciência nos remonta a ‘scientia’, verná-
culo latino,cujo significado é a aquisição de conhecimento (FER-
RÃO, 2005). Logo, a ciência é caracterizada pelo conhecimento 
racional, sistematizado, exato, verificável, falível, certo e real, e 
pela investigação rigorosa e controlada, baseadas em metodolo-
gias que proporcionam obtenção de conclusões científicas, cujo 
desenvolvimento gerará teorias que serão aplicadas em termos 
práticos (FERRÃO, 2005 e RUIZ, 2002). 
Tempos atrás, a ciência era compreendida como o resultado da demons-
tração de experimentos controlados, só sendo aceitável o que fosse re-
Capítulo 1
13
Metodologia de Pesquisa
produtível, demonstrável e provado. Hoje em dia, é consenso que as 
ciências não são produtos acabados e finalizados em si; mas sim uma 
procura constante e dinâmica de soluções e explicações (FERRÃO, 2005 
e TRUJILLO, 1974). 
Assim como os conhecimentos são classificados, as ciências também são 
classificadas segundo Bunge (1980), Ferrão (2005) e Oliveira (2000) em:
a) Ciências Puras (básicas ou formais): Como exemplos, temos: 
a filosofia, a sociologia e a matemática. Essamodalidade de ciên-
cia busca a construção de teoremas que serão utilizados poste-
riormente nas ciências aplicadas. As ciências puras se preocupam 
com os enunciados que consistem na relação entre os símbolos 
lógicos. Trabalham com a lógica, para demonstrar rigorosamente 
seus teoremas, sem a necessidade de experimentação; baseiam-se 
na dedução. Os seus resultados, alcançados através das ciências 
formais, podem ser demonstrados ou submetidos a provas.
b) Ciências Aplicadas (ou Factuais): Como exemplo, temos: as 
ciências naturais (ciências físicas – geologia, astronomia, enge-
nharia, etc; ciências químicas – química e bioquímica; e as ciên-
cias biológicas – medicina, agricultura, veterinária, etc) e as ci-
ências sociais (sociologia, psicologia, antropologia, comunicação, 
administração, economia, etc). Essa modalidade de ciência busca 
a aplicação de teorias às necessidades humanas. São ciências que 
necessitam de experimentação; os enunciados postulados por elas 
devem ser verificados experimentalmente. 
Atividade nº 1
Selecione dois trabalhos de pesquisa acadêmica feitos por você no 
período passado e classifique-os quanto ao tipo de conhecimento 
e quanto ao tipo de ciência a que pertencem.
Conceitos de Metodologia da Pesquisa
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licenciatura em informática
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1.3 definindo Metodologia e técnica de Pesquisa 
Etimologicamente, método é uma palavra originada do grego me-
thodos (meta + hodós) que significa caminho para se chegar a algum 
fim. O método é o caminho, o roteiro mais seguro, eficiente, econô-
mico, rápido e adequado para a efetuação de um projeto e conse-
quentemente a obtenção de seus objetivos. Assim há métodos para 
fazer ler, resumir, resenhar, etc (FERRÃO, 2005). Logo para se fa-
zer ciência, é necessário o método científico que Castro (1992) e Gil 
(2002) afirmam possuir as seguintes etapas: formulação do problema, 
coleta de dados relevantes, definição das hipóteses, experimentação, 
aceitação ou rejeição da hipótese, obtenção do novo conhecimento, 
publicação no meio científico para a socialização do conhecimento. 
A última etapa, contudo, nem sempre é realizada.
Capítulo 1
15
Metodologia de Pesquisa
Há um pouco de confusão entre os termos método e técnica de pesqui-
sa, logo estão abaixo os conceitos.. 
a) Método: é o conjunto de processos mentais utilizados pelo cien-
tista que lhe proporcionarão o alcance dos objetivos propostos. O 
termo método é referente à abordagem, o referencial de como será 
abordado o fenômeno analisado. É o conjunto dos princípios e 
dos procedimentos aplicados pela mente para construir, de modo 
ordenado e seguro, saberes válidos. 
b) Técnica de pesquisa: É a parte do material, é a parte prática de fazer, 
ensinar, descobrir, inventar e produzir. É o procedimento que se em-
prega para o recolhimento dos dados de pesquisa ou para a sua análise. 
Há técnicas específicas para a coleta dos dados e sua interpretação.
O método científico serve para pesquisas em qualquer ciência factual, 
mas os procedimentos utilizados devem ser compatíveis com o obje-
to de estudo. Na prática , os métodos que possuem os alicerces lógicos 
mais utilizados na pesquisa científica são: a) dedutivo, b) indutivo, c) 
hipotético-dedutivo, d) dialético e e) fenomenológico. 
Para melhor entendimento, passemos às definições de Ferrão 
(2005) e de Gil (2002) para os métodos de investigação científica: 
a) Dedutivo: Nesse método parte-se de premissas gerais, por 
meio de raciocínio descendente, obtendo-se conclusões acer-
ca de casos particulares. Nele é pressuposto que unicamente a 
razão leva ao conhecimento verdadeiro. Faz uso do silogismo, 
da construção lógica para, a partir de duas premissas, retirar 
em decorrência delas uma terceira, denominada conclusão.
b) Indutivo: Baseia-se na experimentação, obtida em ca-
sos particulares para, através de raciocínio ascendente, se 
concluírem casos gerais. Dessa forma, considera que o co-
nhecimento é fundamentado na experiência de cada caso 
particular, não levando em conta princípios pré-estabele-
cidos, e pode, portanto, ser contradito. 
c) Hipotético-Dedutivo: É um dos mais utilizados nas ci-
ências factuais, em razão da necessidade extrema de expe-
rimentação para a comprovação dos dados. Geralmente, 
quando se fala em método científico nos diversos níveis, é 
Conceitos de Metodologia da Pesquisa
16
licenciatura em informática
a esse método que se refere. Na tentativa de se explicar um fenô-
meno observado, aventa-se uma hipótese, a qual será testada sob 
condições experimentais controladas. Após o teste, essa hipótese 
será confirmada ou refutada. Caso seja refutada, uma nova hipó-
tese deverá sofrer o mesmo processo descrito anteriormente, até 
que se chegue a uma hipótese aceita.
d) Dialético: É empregado na pesquisa das ciências formais como 
a filosofia, em especial na pesquisa qualitativa. Adota como pilar 
o raciocínio dialético proposto por Hegel. Nesse raciocínio, um 
novo conhecimento, denominado síntese, surge do confronto en-
tre uma forma de pensamento corrente, o senso comum, denomi-
nada tese, a qual é confrontada por uma nova forma de pensamen-
to contrária, denominada antítese. Desse modo, a síntese não é a 
negação da tese e uma supremacia da antítese, mas sim um novo 
conhecimento no qual estarão presentes elementos tanto da tese 
quanto da antítese, bem como novos conhecimentos resultantes 
da interação entre ambas. É um método de interpretação dinâmi-
ca e totalizante da realidade, não considera as ciências como co-
nhecimentos acabados. Nesse método, o contexto sócio-histórico 
é fundamental para a compreensão de um determinado fato.
e) Fenomenológico: É mais usado nas pesquisas qualitativa 
e descritiva. Nesse tipo de método, predomina a descrição da 
experiência ou do objeto como eles são. É muito utilizado em 
reportagens e artigos de jornais.
Caros alunos: os métodos e técnicas científicas são muito importantes, 
uma vez que organizam os procedimentos a serem realizados durante 
uma pesquisa científica. Porém, eles têm sido cada vez menos utiliza-
dos ou mesmo individualizados nos escopos dos trabalhos acadêmicos. 
Isso se dá, em razão de o caráter dinâmico da ciência não permitir que 
se faça compartimentos estanques nos quais se possam aprisionar as 
formas de interpretação dos dados, quer sejam eles bibliográficos, docu-
mentais ou experimentais. Além de em alguns casos as técnicas de pes-
quisa poderem ser intrinsecamente ligadas aos métodos de pesquisa.
Uma opção bastante comum é tentar empregar nas pesquisas vários méto-
dos e não um específico. Dessa forma, aumentam as possibilidades de aná-
lises e de obtenção de respostas para os problemas propostos na pesquisa. 
Capítulo 1
17Metodologia de Pesquisa
Atividade nº 2
Faça um levantamento sobre os métodos de pesquisa científica, 
ou então, as diferentes combinações entre eles que são mais co-
muns na área de informática.
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Conceitos de Metodologia da Pesquisa
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licenciatura em informática
1.4 Os tipos de Pesquisa Científica trabalhos 
Científicos
Há vários modos de se classificar as pesquisas científicas. Vamos 
apresentar, a seguir, alguns critérios que podem ser tomados como 
base para realização dessa classificação, segundo explicitado por 
Ferrão (2005) e por Gil (2002). 
Dessa forma podemos classificar a pesquisa quanto a diferentes critérios 
não mutuamente excludentes, mas sim complementares, sendo eles: a) 
quanto à natureza; b) quanto à forma de abordagem do problema; c) 
quanto aos seus objetivos; e, d) quanto aos procedimentos técnicos. 
Quanto à natureza da pesquisa, pode ser básica e aplicada. Já quanto à 
forma de abordagem do problema, pode ser quantitativa ou qualitativa. 
Quanto a seus objetivos, as pesquisas podem ser: exploratória, descri-
tiva ou explicativa. Sob a ótica do prisma dos procedimentos técnicos, 
a pesquisa pode ser: bibliográfica, documental, experimental, levanta-
mento, estudo de caso, expost-facto e pesquisa-participante. 
Segue abaixo as classificações da pesquisa científica conforme exposto acima.
a) Quanto à sua natureza, a pesquisa pode ser classificada como 
básica ou aplicada. 
a.1) Pesquisa Básica: produz conhecimentos novos que geram 
bancos de dados, para posterior aplicação; ou, então, princípios 
e leis base somente para o avanço da ciência em si, ou seja, 
não há a finalidade de uma aplicação prática imediata. Está 
intimamente relacionada ao meio acadêmico.
a.2) Pesquisa Aplicada: produz conhecimentos com aplicações práticas 
voltadas à solução de problemas específicos. Esse tipo de pesquisa 
está especialmente relacionado ao desenvolvimento tecnológico e aos 
interesses econômicos, comerciais e sociais vigentes.
b) A forma de abordagem do problema de pesquisa pode ser 
quantitativa ou qualitativa. 
b.1) Pesquisa Quantitativa: Nessa modalidade de pesquisa, os 
dados são decodificados em números. Os problemas de pesquisa 
são solucionados por métodos mensuráveis. É necessário o uso 
de recursos e de técnicas estatísticas (percentagem, média, 
mediana, moda, desvio-padrão, etc.). 
Capítulo 1
19
Metodologia de Pesquisa
b.2) Pesquisa Qualitativa: Nessa forma de pesquisa, os dados 
são interpretados de uma forma descritiva. Não há comumente 
o uso de métodos e técnicas estatísticas. A análise dos dados 
deve ser interpretada indutivamente. 
c) Quanto aos seus objetivos, a pesquisa pode ser: exploratória, 
descritiva ou explicativa. 
c.1) Pesquisa Exploratória: É geralmente o primeiro passo 
do trabalho científico.Caracteriza-se pela busca da maior 
familiaridade com o problema, com o objetivo de torná-lo 
explícito ou de construir hipóteses. Esse tipo de pesquisa 
assume, geralmente, as formas de Pesquisas Bibliográficas 
e Estudos de Caso. 
c.2) Pesquisa Descritiva: Promove estudo, análise, registro e 
interpretação dos fatos do mundo físico sem a interferência 
do pesquisador. Seu objetivo é a descrição das características 
de determinada população ou de determinado fenômeno ou, 
ainda, o estabelecimento de relações entre variáveis. Envolve o 
uso de técnicas padronizadas de coleta de dados: questionário 
e observação sistemática. Assume, em geral, a forma de 
levantamento de dados. 
c.3) Pesquisa Explicativa: Esse tipo de pesquisa é mais complexo 
pois registra, analisa, interpreta os fatos e identifica as suas 
causas. A maioria das pesquisas explicativas são experimentais, 
em que se manipulam e se controlam as variáveis.
d) Sob a ótica do prisma dos procedimentos técnicos, a pesquisa pode 
ser: bibliográfica, documental, experimental, levantamento, estudo 
de caso, expost-facto, pesquisa-ação e pesquisa-participante. 
d.1) Pesquisa Bibliográfica: Também denominada de revisão 
de literatura, é feita a partir de material científico publicado 
previamente por outros pesquisadores, nos diversos meios de 
circulação científica (livros, artigos de periódicos e congressos, 
dissertações de mestrado e teses de doutorado). Essa forma 
de pesquisa é realizada como um fim em si mesma, ou como 
parte da pesquisa descritiva ou experimental. Nos dois casos, 
ela busca conhecer e analisar as contribuições culturais ou 
científicas existentes sobre um determinado assunto, tema ou 
problema. Esse tipo de pesquisa também percorre todos os 
passos formais do trabalho científico.
d.2) Pesquisa Documental: É a pesquisa elaborada a partir de 
dados documentais que não foram interpretados analítica ou 
estatisticamente, tais como: relatórios de empresas, documentos 
históricos, arquivos e acervos de dados de hospitais e/ou 
repartições públicas, dentre outros. 
Conceitos de Metodologia da Pesquisa
20
licenciatura em informática
d.3) Pesquisa Experimental: É a modalidade de pesquisa que 
é feita a partir das variáveis que seriam capazes de influenciar 
um determinado objeto de estudo. Destina-se à obtenção, por 
experimentação, de novos sistemas, produtos ou processos 
(Circuitos, Software, Hardware, etc.), por meio de metodologia 
sistematizada e controlada. 
d.4) Pesquisa-Levantamento: Ocorre quando a pesquisa 
envolve a realização direta de questionamentos às pessoas 
cujo comportamento se deseja conhecer. Normalmente é feita 
por meio de algum tipo de questionário, enquete ou pesquisa 
de mercado. Exemplo: pesquisa sobre a usabilidade de um 
software, aplicada a um grupo de usuários, e pesquisas de 
mercado em geral. 
d.5) Estudo de caso: Também denominada de pesquisa descritiva, 
refere-se ao estudo detalhado de um ou de poucos objetos, de 
forma que se permita o seu amplo e detalhado conhecimento. 
Como exemplo, têm-se os estudos de casos feitos em consultórios 
médicos, ou os estudos de impactos ambientais exigidos para a 
implantação de uma determinada obra.
d.6) Pesquisa Expost-Facto: Ocorre quando o “experimento” 
se realiza depois dos fatos. 
d.7) Pesquisa Participante: É comum nas ciências sociais, na qual 
o pesquisador se comporta como objeto, além de ser analista 
e realizador da pesquisa. Desenvolve-se a partir da interação 
entre pesquisadores e membrosdas situações investigadas. 
Atividade nº 3
Pesquise nos sites de diferentes Instituições de Pesquisa (Univer-
sidades, diversos institutos, em especial na área de informática) e 
classifique três pesquisas disponibilizadas on-line quanto à natu-
reza, à forma de abordagem do problema, aos seus objetivos e aos 
procedimentos técnicos empregados, quando possível.
Segue abaixo alguns sites recomendados:
http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp-responde/perguntas-
mais-comuns/pesquisas-teses
http://www.periodicos.capes.gov.br/portugues/index.jsp
http://www.scielo.org/php/index.php
http://www.sciencedirect.com/
Capítulo 1
21
Metodologia de Pesquisa
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1.5 Os Pesquisadores e os tipos de trabalhos 
Científicos
Nesse tópico, desenvolveremos a explicação da estrutura do ensino su-
perior, bem como falaremos da forma de produção dos trabalhos que se 
fazem para a conclusão de cada um desses cursos. Nesse âmbito,existem 
vários tipos de trabalhos científicos: artigos, resumos, resenhas, trabalhos 
de conclusão de curso (TCC), monografias de pós-graduação lato-sensu, 
as dissertações de mestrado e as teses de doutorado (stricto-sensu). 
Nesse nível, é muito comum que haja confusão entre os termos 
pós-graduação lato sensu, mestrado, doutorado, (stricto sensu), 
bem como nos termos monografia, TCC, teses e dissertações. Va-
mos ver o que significa cada um desses termos a seguir. 
Conceitos de Metodologia da Pesquisa
22
licenciatura em informática
Os termos TCC e monografia são, muitas vezes, usados como tendo o 
mesmo significado. Em uma visão um pouco mais prática e menos téc-
nica, o TCC é a denominação dada aos trabalhos (experimentais ou não) 
feitos por alunos concludentes da graduação. A monografia é um trabalho 
realizado por estudantes concludentes de pós graduação lato sensu, na 
forma de especialização. Nos cursos de mestrado e doutorado (pós-gra-
duação stricto sensu), a dissertação e a tese são elaboradas por alunos de 
mestrado e doutorado, respectivamente; em caráter experimental. 
As graduações são a primeira etapa da educação superior. Pos-
suem o período mínimo de 3 anos e o máximo de seis anos em pe-
ríodo regular. Para a maioria das licenciaturas (período mínimo 
de três anos) há a exigência mínima de um trabalho de conclusão 
de curso que em alguns casos é denominado de monografia. Já 
para a maioria dos bacharelados, é necessário ao menos um rela-
tório final de estágio, não necessariamente denominado TCC ou 
monografia. Para algumas formas de bacharelado como no curso 
de Direito são exigidas monografias de conclusão de curso.
Denominamos de pós-graduação os cursos que visam a comple-
mentar, aperfeiçoar e especializar os profissionais que já têm, ou 
estão concluindo, o curso de graduação. Os cursos de pós-gradu-
ação podem ser de dois tipos: a) lato sensu e b) stricto sensu. 
a) Lato sensu: jargão latino cujo significado é “em sentido am-
plo”. No contexto acadêmico, refere-se ao nível de pós-gradua-
ção que pode se dar como um curso de aperfeiçoamento com 
carga horária mínima de 180h; ou então, como especialização 
com carga horária mínima de 360h, que titula o estudante 
como especialista em determinado campo do conhecimento, 
para a qual é necessária a confecção de uma monografia.
b) Stricto sensu: jargão latino cujo significado é “em sentido 
estreito”. Refere-se à etapa de pós-graduação constituída pelos 
cursos de mestrado e doutorado, para os quais devem ser apre-
sentados em suas respectivas conclusões dissertações ou teses. 
Os cursos de mestrado em geral preparam o profissional para 
exercer a docência em nível superior, enquanto o doutorado 
objetiva a formação de chefes de grupos de pesquisa. 
Capítulo 1
23
Metodologia de Pesquisa
O formato de apresentação de trabalhos é estabelecido pelas Normas 
Brasileiras (NBR) 14724, da Associação Brasileira de Normas Técnicas 
(ABNT), que apresenta a definição de cada um deles: 
a) Monografia: Na monografia o pesquisador aborda um só as-
sunto, ou seja, escreve a respeito de um assunto único, delimitado 
pelo pesquisador. A monografia pode assumir caráter experimen-
tal, ou então um caráter de revisão bibliográfica. 
b) Dissertação: Estudo no qual o pesquisador reúne, analisa e in-
terpreta informações a respeito de um fenômeno, mostrando do-
mínio de conhecimento sobre o que já foi dito acerca do assunto. 
É apresentada como a conclusão de um curso de mestrado. Nela, o 
pesquisador geralmente dá um pequeno acréscimo ao conhecimen-
to científico, preparando-se para a elaboração de um doutorado.
c) Tese: trabalho científico cuja principal característica é a ori-
ginalidade na investigação. Nesse trabalho, não é preconizado o 
aprendizado de novas técnicas, ou metodologia científica usada; 
mas sim os novos dados originados dessa investigação. Em razão 
desse fato, as teses são uma real contribuição para o conhecimen-
to da ciência, em relação ao fenômeno estudado.
d) Artigo científico: produção científica inédita, que desenvolve 
um tema específico. Algumas vezes, um artigo elabora uma reflexão 
sobre textos e sobre os resultados de pesquisas recentes numa certa 
área de conhecimento, são os denominados artigos de revisão. São 
publicados nos diversos periódicos de circulação científica.
Para se vir a ser um bom pesquisador é necessário que se tenha algu-
mas qualidades. Para Ferrão (2005) e Gil (2002), um bom cientista 
precisa, além do domínio do conhecimento do assunto, ter curiosida-
de, criatividade, integridade intelectual (moralidade, imparcialidade 
e não acomodação) e sensibilidade social (não de priorização de pro-
jetos). São também necessários a humildade, disciplina na execução 
dos projetos, a perseverança, a paciência e a confiança na experiência, 
além de ser capaz de atrair recursos financeiros para o projeto me-
diante a instituições de fomento.
Conceitos de Metodologia da Pesquisa
24
licenciatura em informática
Sugestões de Leitura 
Apresentamos abaixo algumas sugestões de leitura que comple-
tam o conteúdo abordado neste capítulo. Veja no capítulo 5, em 
Bibliografia, os detalhes das referências. 
Ferrão (2005), capítulos 1, 2, 3, 5. No qual são descritos todos os tópicos 
listados aqui.
Gil (2002) capítulo 1. Nesse capítulo o autor descreve, de forma introdu-
tória, o que é pesquisa e como realizá-Ia. 
Atividade 4. 
Pesquise em sites de Instituições de Pesquisa como os de Uni-
versidades, um artigo científico, uma tese, uma dissertação e 
uma monografia na área de informática.
Segue abaixo alguns sites recomendados:
http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp-responde/
perguntas-mais-comuns/pesquisas-e-teses
http://www.periodicos.capes.gov.br/portugues/index.jsp
http://www.scielo.org/php/index.php
http://www.sciencedirect.com/
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Capítulo 1
25
Metodologia de Pesquisa
Prezado aluno,
O pesquisador, além de saber pesquisar, deve estabelecer formas de 
organizar as ideias que compõem seu estudo. As principais formas 
de sistematizar as ideias dos pesquisadores a partir dos textos estu-
dados e dos dados produzidos são a realização das quatro técnicas 
de organização de dados de leitura, sendo elas: a sistematização de 
leitura, as resenhas, os fichamentos e os mapas conceituais.
Ao final deste capítulo, você deverá ser capaz de:
Identificar as diferentes formas de sistematização de ideias: •	
mapas conceituais, resenhas, fichamentos e sistematização de 
leitura.
Diferenciar os mapas conceituais das resenhas, dos fichamentos •	
e das sistematizações de leitura.
Confeccionar essas formas de sistematização de ideias a partir •	
dos textos propostos.
Escolher a melhor forma de sistematização de ideias face aos •	
diferentes tipos de textos que surgirão
2.1 introdução 
Para que o nosso processo de estudo e pesquisa prossiga de forma efe-
tiva, não basta apenas que obtenhamos informações, mas também que 
as organizemos de forma que os dados produzidos por elas possam ser 
compilados em conhecimentos efetivos para a realização do escopo da 
pesquisa. Para tanto, é necessário que as leituras iniciais sejam siste-
matizadas, ou seja, organizadas para que o agente da pesquisa consiga 
realizar o desenvolvimento do trabalho. As técnicas utilizadas para o 
alcance desses objetivos são a sistematização de leitura, as resenhas, os 
fichamentos e os mapas conceituais.
MÉtOdOs e estRatÉgias de 
estudO 
26
licenciatura em informática
2.2 sistematização da leitura 
A compreensão dos textos é essencial para que o pesquisador 
consiga efetivar a sua pesquisa. De acordo com Severino (2000), 
é necessário que se façam as dimensões de análise a seguir: 
a) Delimitação da unidade de leitura: é a escolha, o estabelecimento 
de limites pelo leitor, da unidade de estudo a ser analisada. Em geral, é 
representada por um tópico, um capítulo ou unidade de livro, ou então 
um artigo ou resumo científico a ser analisado. 
b) Análise Textual: representa a forma como o texto se organiza – se é 
um reportagem ou capítulo de livro, a paragrafação do texto, o gênero 
em que é escrito, as divisões em subitens. 
c) Análise Temática: tem como objetivo a compreensão da mensagem 
do autor. Nela, procura-se estabelecer de que se trata o texto, qual men-
sagem principal deixada pelo autor.
d) Análise Interpretativa: refere-se a interpretação da mensagem pas-
sada pelo autor, a sua contextualização em um sentido amplo, o qual 
muitas vezes é prático e aplicado para a pesquisa intentada.
e) Problematização: é a parte que desperta a curiosidade do leitor, e 
levanta questões de ordem prática a cerca do tema pessoal. Geralmente, 
é expressa com perguntas que estabelecem correlação prática com o co-
tidiano do pesquisador e também do leitor.
f) Síntese pessoal: é um reflexão dialética, na qual o leitor/pesquisador 
elabora um pequeno texto sintético, ou seja, fruto do processo de cons-
trução de seu conhecimento, texto esse que não se distancia do original, 
porém a ele acrescenta opiniões pessoais.
A leitura sistematizada permite ao leitor uma maior compreensão, orga-
nização e capacidade de síntese. Segue abaixo um esquema de sistema-
tização de leitura sobre o assunto que acabamos de ver:
Capítulo 2
27
Metodologia de Pesquisa
Unidade de leitura Tópico: sistematização da leitura, capítulo 
métodos e estratégias de
Análise textual Técnica chamada sistematização da leitura. O 
texto está organizado em seis itens e um 
exemplo. Cada item representa uma etapa da 
sistematização.
Análise temática O texto trata da sistematização da leitura. 
Análise interpretativa O autor infere que o estudo de textos, por 
meio da sistematização de leitura, traz algum 
benefício ao leitor.
Problematização - A técnica será muito usada pelos alunos? - 
Ela funcionaria bem para textos extensos?
Síntese pessoal O autor apresenta uma técnica de sistematiza-
ção da leitura, como forma de estudo de tex-
tos. Nessa técnica, ele indica, de forma breve, 
seis etapas: acima descritas, síntese pessoal. 
Finalmente, o autor apresenta um exemplo 
muito esc1arecedor sobre o uso da técnica.
2.3 a Resenha 
Segundo Ferrão (2005), resenhar significa a realização de um re-
sumo crítico e abrangente, a partir de um ou mais textos, ou en-
tão de fatos. Além dos comentários feitos pelo autor, a resenha 
permite a realização de comparações, bem como a inferência da 
relevância da obra. 
Resenhar, portanto, não é somente a realização de um resumo sobre um 
texto, mas também o estabelecimento de críticas a esse texto. O resenha-
dor (escritor e autor da resenha) é, portanto um crítico do trabalho de 
um texto realizado por outro autor.
Para se iniciar uma resenha, é necessário que se faça a leitura do texto 
selecionado e, logo após, um resumo claro e conciso sobre o tema ou 
situação abordado pelo autor, para que os futuros leitores entendam o 
texto ou fato a que a resenha se refere. Após a realização da descrição dos 
fatos, ou após o resumo do texto, ou então durante o desenvolvimento 
do texto o resenhador emite o seu parecer sobre o texto ou situação, pre-
ferencialmente em terceira pessoa, conforme a norma culta padrão.
Métodos e estratégias de estudo
28
licenciatura em informática
2.4 a técnica de Fichamento de texto 
O fichamento de um texto é uma forma de organização do conhecimen-
to que guarda semelhanças com a leitura sistematizada; porém, ele não 
é uma forma de sistematização que priorize a criticidade do texto. Com 
ele, apenas se priorizam as principais informações e objetivos a que o 
texto se propõe.
Ao ser realizado um fichamento, devemos explicitar a identificação do 
conteúdo de um material, sem que no entanto seja necessária a revisão 
de todo esse material. 
Uma estrutura típica para o fichamento é explicitada abaixo: 
a) Título: nome do texto que será fichado. 
b) Referência bibliográfica: fonte do texto que será fichado. 
c) Resumo: breve descrição do texto que está sendo fichado. 
d) Citações: lista com as transcrições significativas da obra. 
Segue abaixo o exemplo de fichamento de uma reportagem:
 Figura 1 - Exemplo de Fichamento , modificado de Rapchan (2007). 
2.5 Mapas Conceituais ou Mapas de Conceitos
Os primeiros mapas conceituais foram propostos por Novak e colabora-
dores, no início da década de 70, embasados nas teorias construtivistas 
de Piaget e Ausubel, como uma forma de hierarquização, organização e 
conexão de conhecimentos. O mapa conceitual na verdade constitui-se 
Capítulo 2
Petrobras: ERP de US$ 240 milhões estreia em outubro
Cesar, Ricardo. Notícia: "Petrobrás: ERP de US$ 240 milhões estreia
em outubro". Computer World. Outubro de 2004.
O texto trata da implantação do ERP na Petrobrás este ano. É um
texto jornalístico e aparentemente pouco preciso.
"A iniciativa do SAP da Petrobrás, começou a ser desenhada no
final dos anos 90." "Ao longo desse período, a estatal investiu
US$ 240 milhões·”
"A implementação propriamente começou em maio de 2000".
"terá 22 mil usuários em todo o território nacional. “
"784 pessoas trabalhando no projeto.”
"A estatal acredita que o sistema trará ganhos em redução de
estoque, logística e outros”·Título
Referências
Resumo
Citações
29
Metodologia de Pesquisa
de uma série de palavras chaves (nós) destacadas em retângulos, sobre 
um determinado texto ou assunto e essas palavras chaves são unidas 
umas às outras por meio de setas que contêm pequenas frases ou conec-
tivos. A leitura das sentenças formadas pelo caminho das setas possui 
sentido e significados pertinentes ao tema.
A figura abaixo representa um exemplo simples de mapa conceitual, por 
dizer respeito a um único conceito.
Figura 2 – exemplo de mapa conceitual simplificado por Gava (2003).
O mapa conceitual é uma forma de se sistematizar informações 
vias palavras chaves, unidas via conectivos pertinentes conforme 
a figura abaixo. Os mapas conceituais são bons instrumentos para 
resumir-se a ideia principal de um texto, não substituindo-o efeti-
vamente. Os mapas conceituais podem ser simples como na figura 
acima ou complexos como na figura abaixo quando apresentarem 
interconexões entre diversos conceitos.
Abelhas
Nó do Mapa
Expressa um comportamento
Conceito representado
pelo nó
Link que conecta dois nós no
mapa
Flores
visitam
Métodos e estratégias de estudo
30
licenciatura em informática
Figura 3 – Mapa conceitual complexo proposto por Amabis e Martho (2003).
A seguir, são descritos os passos para a construção de um mapa conceitual, 
na verdade uma simplificação dos passos propostos por Moreira (1997): 
Identifique os 6 a 10 conceitos mais importantes para estruturação •	
desse tópico do conhecimento estudado; eles serão os seus nós que 
deverão ser conectados pelas várias setas. 
Ponha os conceitos em ordem, do princípio mais geral para o mais •	
específico, lembre-se de evitarem-se assimetrias, o que dificul-
tará posteriormente o estabelecimento de ligações por meio dos 
conectivos. 
Procure estabelecer interconexões em vários conceitos por meio das 1. 
setas, estipulando várias conexões entre os possíveis conceitos de 
forma que nenhum dos conceitos (nós) fique isolado. 
É muito comum, quando se elabora um mapa conceitual manualmente, 2. 
a reconstrução do mesmo após o primeiro rascunho ser feito. Isso se deve 
ao fato de que um mapa conceitual se estabelece via de regra sobre os as-
suntos em desequilíbrio cognitivo, a ele sendo agregados mais conceitos 
estruturais. 
Capítulo 2
FILO CNIDARIA
reúne os
CNIDÁRIOS
DIBLÁSTICOS
SCYPHOZOA
são distribuídos
nas classes
HYDROZOAANTHOZOA
são
seus principais
tecidos são
EPIDERME GASTRODERME
tem células
chamadas unem-se
pela
CNIDOBLASTOS
MESOGLÉIAconcentram-se nos
reveste a
TENTÁCULOS
BOCA
situam-se
geralmente
ao redor da
contém
abre-se para
o exterior
através da
CAVIDADE
GASTROVASCULAR
DIGESTÃO
EXTRACELULAR
CÉLULAS
MIOEPITELIAIS
estão presentes
no revestimento da
é onde
ocorre a
é seguida pelaocorre no
interior das
DIGESTÃO
INTRACELULAR
NEMATÓCISTOS
SUBSTÂNCIAS
URTICANTES
liberam
exemplos
são
exemplos
são
HIDRAS
OBÉLIAS ALTERNÂNCIADE GERAÇÕES
apresentam exemplos
são as
grandes
constituem a
geração
dominante em
constituem a
geração
dominante emtem apenas
a fase de
ÁGUAS-
VIVAS
ANÊMONAS
CORAIS
alguns
formam
RECIFES
CORALÍNEOS
REPRODUÇÃO
ASSEXUADA
podem
ter origina
PÓLIPOS MEDUSAS
BROTAMENTO
COLÔNIAS
ocorre por
pode originar
REPRODUÇÃO
SEXUADA
têm
pode
levar a
DESENVOLVIMENTO
DIRETO
DESENVOLVIMENTO
INDIRETO PLÂNULA
tem a larva
chamadaocorre empoucas espécies de
é o processo
em que se
alternam
mapa de conceitos
FILO CNIDARIA
31
Metodologia de Pesquisa
2.6 exemplo da aplicação das técnicas de 
sistematização 
Segue abaixo um texto elucidativo sobre o uso de software livre; ao qual, foi 
aplicado as quatro técnicas de sistematização de dados tratadas no capítulo. 
Uso de software livre cresce, mas desafios ainda são grandes
O uso de softwares de código aberto em processos de negócios tem 
crescido cada vez em todo o mundo. Atualmente, 85% das em-
presas já usam softwares livres e a tendência é que os 15% restan-
tes passem a utilizá-los nos próximos 12 meses, segundo pesquisa 
do Gartner. E a aplicação em que vêm sendo mais utilizados é a de 
serviço ao cliente (customer service), seguida de perto pela de in-
tegração empresarial, finanças e administração, e negócio e análi-
se. Vendas e marketing, e soluções de ERP e CRM também são áre-
as nas quais os programas de código abertos também têm crescido. 
 
O Gartner observa, no entanto, que, ao contrário da idéia corrente no 
mercado, o uso software livre implica, sim, em custos, e por isso as em-
presas devem elaborar uma política de avaliação e de governança para 
a utilização desses programas. Segundo a consultoria, 69% das empre-
sas que utilizam software de código aberto não têm qualquer política 
formal de avaliação e catalogação da utilização desses aplicativos, o que 
abre um enorme potencial para violações de propriedade intelectual. 
 
“Só porque é livre, não significa que não tenha custo. As empresas 
devem ter uma política de avaliação, decidindo quais as áreas que 
utilizarão softwares de código aberto e identificando o risco de vio-
lação de propriedade intelectual. Depois da elaboração e entrada 
em vigor dessa política, deve haver um processo de governança para 
aplicá-la”, declarou Laurie Wurster, diretor de pesquisa do Gartner. 
 
As três principais razões para a utilização de programa de código aber-
to, segundo constatou a consultoria, são o menor de custo total de pro-
priedade, redução dos custos de desenvolvimento e o fato de o software 
livre ser mais fácil de ser implementado em novos projetos de TI. Além 
disso, as empresas também apontaram que implementam programas de 
código aberto como defesa contra o investimento em único fornecedor. 
 
A governança, ou a falta dela, foi citada pelas empresas como o princi-
pal desafio para a utilização de softwares de código aberto, seguido 
Métodos e estratégias de estudo
32
licenciatura em informática
pelas condições conflitantes de disponibilidade em razão das mui-
tas formas e tipos de licença. 
Fonte: 
http://www.tiinside.com.br/News.aspx?ID=103996&C=265 
acesso em 17 de novembro de 2009.
Segue abaixo a sistematização de leitura Uso de software livre cresce, 
mas desafios ainda são grandes
Unidade de leitura Tópico : texto “Uso de software livre cres-
ce, mas desafios ainda são grandes” 
Análise textual É uma reportagem de site da internet. É 
um texto técnico, pouco explicativo. Está 
estruturado em cinco parágrafos. 
Análise temática O texto refere-se aos desafios no uso cres-
cente de software livre 
Análise Interpretativa O autor refere-se as dificuldades do uso de 
software livres: tais como a sua não gratui-
dade, propriedade intelectual, e os custos 
gerados pelas empresas que o utilizam. O 
autor, também, aponta quatro justificativas 
para o uso de softwares livres nas empre-
sas, sendo elas: menor de custo total de 
propriedade, redução dos custos de desen-
volvimento ; o fato de o software livre ser 
mais fácil de ser implementado em novos 
projetos de TI; além de serem defesa con-
tra o investimento em único fornecedor
Problematização -Quais fatores preponderarão, os aspectos 
positivos ou negativos?
-Como convencer uma empresa a comprar 
o software proprietário, em vez de um sof-
tware livre?
Síntese Pessoal O autor aponta os principais desafios no 
uso de software livre, sem, no entanto dei-
xar de justificar o seu uso crescente nas 
empresas. É um texto técnico, de pouca 
profundidade.
Resenha do texto: Uso de software livre cresce, mas desafios ainda são grandes 
Fonte: <http://www.tiinside.com.br/News.aspx?ID=103996&C=265> acesso em 17 
de novembro de 2009.
Capítulo 2
33
Metodologia de Pesquisa
O texto refere-se ao uso crescente de softwares livres pelas emprezas 
das mais diversas áreas, uma vez que as 85% das emprezas tem usado 
esses softwares de mercado e os 15% com certeza o utilizarão. Isso se dá 
porque essa prática facilita e reduz os custos de operação de software 
nas empresas. 
O autor ainda se refere ao fato de que o usodo software livre não ser gra-
tuito uma vez que também gera custos, uma vez que ele também possui 
propriedade intelectual envolvida, logo as empresas devem atentar para 
os problemas avaliação de governança para a aplicabilidade dos softwa-
res. Dessa forma, as principais desvantagens dessa prática são: sua não 
gratuidade, propriedade intelectual, e os custos gerados pelas empresas 
que o utilizam.
Já as principais vantagens do uso de software de mercado aberto seriam: 
menor de custo total de propriedade, redução dos custos de desenvolvi-
mento ; o fato de o software livre ser mais fácil de ser implementado em 
novos projetos de TI; além de serem defesa contra o investimento em 
único fornecedor.
Desse modo pode-se notar que as vantagens superam em muito as des-
vantagens uma vez que tornam potencialmente mais econômico e viável 
o processo de operacionalização empresarial.
Fichamento do texto: Uso de software livre cresce, mas desafios ainda são 
grandes 
Título Uso de software livre cresce, mas desafios ainda são 
grandes des
Referência <http://www.tiinside.com.br/News.aspx?ID=103996&C=265> 
acesso em 17 de novembro de 2009.
Resumo O texto refere-se ao uso crescente de softwares livres pelas 
emprezas Isso se dá porque essa prática facilita e reduz os 
custos de operação de software nas empresas. As vanta-
gens dessa prática são:menor de custo total de proprieda-
de, redução dos custos de desenvolvimento ; o fato de o 
software livre ser mais fácil de ser implementado em no-
vos projetos de TI; além de serem defesa contra o inves-
timento em único fornecedor. As desvantagens são a não 
gratuidade, a propriedade intelectual e os custos gerados 
pela operacionalização.
Métodos e estratégias de estudo
34
licenciatura em informática
Citações -“85% das empresas já usam softwares livres e a tendência é que 
os 15% restantes passem a utilizá-los nos próximos 12 meses”.
- “que o uso do software livre não ser gratuito uma vez 
que também gera custos, uma vez que ele também possui 
propriedade intelectual envolvida.”
-“ As três principais razões para a utilização de programa 
de código aberto, segundo constatou a consultoria, são o 
menor de custo total de propriedade, redução dos custos 
de desenvolvimento e o fato de o software livre ser mais 
fácil de ser implementado em novos projetos de TI”.
Figura 4-Mapa conceitual sobre o texto: Uso de software livre cresce, mas desafios 
ainda são grandes:
Atividade nº 5:
No último capítulo, você foi estimulado a realizar um levantamen-
to sobre algum trabalho de pesquisa realizado por você. Nessa ati-
vidades vamos continuar a utilizar este material para a aplicação 
das técnicas de organização de leitura aprendidas nesse capítulo. 
Nesse caso ELABORE : uma sistematização de leitura, uma re-
senha, um fichamento e um mapa conceitual sobre os trabalhos 
estes trabalhos desenvolvidos por você
Capítulo 2
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Capítulo 2
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Metodologia de Pesquisa
Olá pessoal!
Agora aprenderemos que o trabalho científico, seja ele um artigo, 
um resumo científico, uma pesquisa bibliográfica, uma monografia, 
um TCC, uma dissertação ou uma tese, requer esforço, paciência e 
organização do pesquisador. Passemos, então, a ver como deve ser 
elaborado um trabalho científico.
Logo, ao final desse capítulo você deverá ser capaz de:
Planejar as fases do procedimento de pesquisa: definição do •	
tema, planejamento propriamente dito, execução e redação do 
texto de pesquisa.
Diferenciar tema, problema e objetivos de pesquisa.•	
Identificar os diferentes métodos de coleta de dados, tabulação •	
e análise de dados.
3.1 introdução 
Nós podemos conceituar o termo pesquisa como a elaboração de co-
nhecimento original (mas não necessariamente inédito, como nas pes-
quisas bibliográficas), de acordo com certas exigências científicas. Dessa 
forma, existem as pesquisas bibliográficas e as de coleta de campo. As 
pesquisas bibliográficas referem-se a compilação de dados pré-existen-
tes sobre um determinado assunto. Enquanto as “de campo” referem-se 
não somente ao levantamento bibliográfico dos dados mas a preencher 
lacunas do conhecimento com dados coletados, gerados e interpretados 
pelo pesquisador.
Para que uma pesquisa seja considerada científica, é preciso que sejam 
seguidos os critérios de coerência, consistência, originalidade e objeti-
vidade. Segundo Goldemberg (2001), é importante que uma pesquisa 
científica preencha os seguintes requisitos: a) existência de uma per-
gunta que se deseja responder; b) elaboração de um conjunto de passos 
que permitam chegar à resposta para a pergunta; c) indicação do grau 
de confiabilidade da resposta obtida. 
a elaBORaÇÃO de uM tRaBalhO 
CientíFiCO
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licenciatura em informática
O planejamento de uma pesquisa será constituído das seguintes fases: 
a) Definição do Tema de Pesquisa: escolha do tema, definição e 
delimitação do problema de pesquisa, seus objetivos, suas justifi-
cativas e procedimentos metodológicos adotados. 
b) Planejamento da Pesquisa: construção de um projeto ou de 
um plano de pesquisa com indicação, inclusive, do cronograma 
de trabalho. 
c) Execução da Pesquisa: execução da pesquisa propriamente 
dita, com revisão da literatura, coleta dos dados, tabulação e aná-
lise dos resultados. 
d) Redação do Texto Científico: organização das ideias, de forma 
sistematizada, visando à elaboração de um texto científico que ser-
virá para divulgar o relatório de pesquisa. Esse texto pode ser um 
artigo cientifico, uma monografia, uma dissertação ou uma tese. 
Nesta semana, realizaremos a análise dos três primeiros tópicos do pla-
nejamento da pesquisa. 
3.2 definição do tema de Pesquisa 
O tema da pesquisa nadamais é que a delimitação do assunto a ser 
estudado pelo pesquisador. Escolher o tema nada mais é do que 
definir qual parte de um determinado assunto, fato ou fenômeno 
um pesquisador pretende abordar, explicar em sua pesquisa. Se-
gundo Ferrão (2005) o questionamento que gera escolha do tema 
para uma determinada pesquisa surge da curiosidade do pesqui-
sador, face à necessidade e à relevância de explicar fenômenos e 
fatos cotidianos, bem como ao levantamento prévio dos conheci-
mentos sobre um dado assunto.
3.2.1 definindo o Problema de Pesquisa 
Problemas de pesquisa são os questionamentos que nos levam a infe-
rir a relevância e a importância do tema de uma determinada pesqui-
sa. Dessa forma, os problemas nos levam aos temas sobre os quais as 
nossas pesquisas (TCC, dissertações, trabalhos, etc.), vão ser realiza-
dos. A identificação de um problema é o que leva à inquietação que 
gera a pesquisa. Em consequência disso, são formuladas as hipóteses, 
ou seja, as soluções possíveis para o problema identificado. 
Capítulo 3
39
Metodologia de Pesquisa
Em uma pesquisa bibliográfica, os problemas são normalmente solucio-
nados por compilação de dados em conhecimentos científico durante a 
execução das leituras e interpretações dos textos para a realização da pes-
quisa. Já nas pesquisas de campo os problemas são solucionados graças a 
dados experimentais, obtidos, gerados e interpretados. pelo pesquisador.
Quando se escolhe um problema de pesquisa é necessário que o pes-
quisador se faça os seguintes questionamentos, conforme preconizado 
por Gil (2002):1) O problema é original? 2) O problema é relevante? 3) 
Tenho possibilidades reais para executar tal pesquisa? 4) Há recursos 
financeiros que viabilizarão a execução do projeto? 5) Terei tempo sufi-
ciente para pesquisar tal questão? Sem essas perguntas adequadamente 
respondidas, sobretudo nas pesquisas de campo, poderá haver a invia-
bilidade do projeto.
Podemos encontrar na literatura da área de metodologia científica mui-
tas recomendações sobre a formulação do problema de pesquisa. Para 
Ferrão (2005) e Gil (2002), essas recomendações não devem ser muito 
rígidas. Dessa forma, o problema deve ser formulado como uma per-
gunta que ao ser respondida deve abordar um tema preciso e restrito, 
para que a amplitude dele não inviabilize sua execução. 
É muito comum a imprecisão entre os termos assunto, tema e 
problemas de pesquisas. Assunto, na verdade, é o conjunto mais 
amplo que abarca tanto o tema quanto o problema de pesquisa. 
Já o tema da pesquisa é uma porção delimitada do assunto que se 
quer abordar. E finalmente o(s) problema(s) de pesquisa é(são) 
a(s) pergunta(s) que instiga(m) o pesquisador a escolher o deter-
minado tema de pesquisa.
Por exemplo, quando se faz um estudo sobre o uso de Softwares Livres 
X Softwares Proprietários nas escolas da rede pública de ensino, o as-
sunto dessa pesquisa é o uso de Softwares. Já o tema da pesquisa é o uso 
de software livres contraposto ao de softwares proprietários em escolas 
públicas. Enquanto os problemas de pesquisa são: quais as potenciais 
vantagens que o uso de software livre trazem para as escolas públicas, 
em relação ao uso de softwares proprietários? Como estudantes, profes-
sores e demais profissionais da escola reagem ao uso de softwares livres 
em vez de softwares proprietários? (RAPCHAN, 2007). 
Assim, os problemas são os fatos geradores da pesquisa e delimitadores 
do tema a ser trabalhado nela; o assunto é o contexto maior no qual se 
insere o tema a ser pesquisado
a elaboração de um trabalho Científico
40
licenciatura em informática
3.2.2 definição dos Objetivos da Pesquisa 
Após a definição dos problemas de pesquisa, que são normalmen-
te formulados na forma de questionamentos, ou seja, de pergun-
tas, traçam-se a partir deles os objetivos, que são os problemas 
formulados na forma de proposições investigativas.
Tomando como base o nosso exemplo anterior, ter-se-iam como objeti-
vos a partir dos problemas propostos as seguintes proposições: Conhe-
cer e mensurar as vantagens e desvantagens do uso de Softwares livres 
em vez de Softwares proprietários, na rede pública, Conhecer e analisar a 
reação de professores, alunos e demais profissionais ao uso de Softwares 
livres em vez de Softwares proprietários. 
Os objetivos ainda podem ser gerais ou específicos. O objetivo geral 
deriva do problema principal que originou a pesquisa; normalmente é 
principiado por verbos como conhecer, estimar, saber. Já os objetivos 
específicos dizem o que o pesquisador terá que fazer para alcançar o ob-
jetivo principal ou geral da pesquisa São geralmente derivados do objeto 
principal e são precedidos pelos verbos calcular pesquisar, identificar, 
analizar, realizar. 
Conforme citado por Rapchan (2007):
“Problema: Qual o impacto nas contas públicas se for adotado sof-
tware livre em escolas públicas de um determinado município. 
Objetivo geral: Estimar o impacto nas contas públicas do uso de 
software livre em escolas públicas de um determinado município. 
Objetivos específicos: 
Levantar os custos de •	 software proprietário usado em escolas 
públicas. 
Calcular os custos de migração do •	 software proprietário para o sof-
tware livre. 
Analisar os custos indiretos dessa migração. •	
Realizar uma prova de conceito, executando uma migração piloto.” •	
o objetivo geral esclarece o que se pretende alcançar com a investigação. 
A justificativa da pesquisa, bem como aspectos mais detalhados da ela-
boração dos objetivos, serão discutidos na próxima semana.
Capítulo 3
41
Metodologia de Pesquisa
Atividade nº 6:
Nos dois últimos capítulos você estimulado a utilizar dois traba-
lhos acadêmicos de pesquisa desenvolvidos por você em perío-
dos anteriores. Nesta atividade, você deverá utilizar os mesmos 
trabalhos com a finalidade de DEFINIR o tema, o problema e os 
objetivos dessas pesquisas científicas.
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a elaboração de um trabalho Científico
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3.2.3 definição do Procedimento Metodológico da 
Pesquisa 
A realização da pesquisa científica pressupõe a criação do projeto de 
pesquisa, que deve ser elaborado de acordo com os critérios definidos 
anteriormente para a elaboração dos objetivos e problemasdos traba-
lhos. Há duas formas de pesquisa científica quanto à abordagem da co-
leta dos dados: a pesquisa bibliográfica e a pesquisa de campo. 
A primeira, sendo também denominada simplesmente pesquisa de revi-
são, ou revisão bibliográfica, ou revisão de literatura, preconiza a produ-
ção de um ensaio teórico (texto, documento). O pesquisador estudará 
diversas fontes acerca do assunto da pesquisa e, com base nesse estudo, 
fará uma síntese do pensamento dos autores consultados. A pesquisa bi-
bliográfica utiliza, exclusivamente, informações, conceitos e dados que 
já foram coletados por outros pesquisadores e encontram-se disponíveis 
em livros, teses, dissertações e artigos científicos (RAPCHAN, 2007). 
Já a pesquisa de dados com coleta de campo possui outra abordagem, 
na qual o pesquisador produzirá, coletará e interpretará os dados ne-
cessários de que precisa via experimentação científica (FERRÃO, 2005 
e RAPCHAN, 2007). De um modo geral, a pesquisa de coleta de campo 
possui a sua revisão de literatura que na verdade é o seu marco teórico, 
e não uma pesquisa bibliográfica, conforme descrito acima (FERRÃO 
2005 e RAPCHAN, 2007).
A escolha de uma das formas de pesquisa depende basicamente, entre 
outros fatores, da natureza do objeto de estudo e do tempo disponível 
para a pesquisa. É importante lembrar que o TCC para a licenciatura 
em Informática poderá ser feito de forma de Coleta de campo ou então, 
como revisão bibliográfica.
Algumas pesquisas usam mais de um método ou técnica de coleta de da-
dos. Por exemplo, em uma pesquisa, podemos usar documentos, fazer 
observação e coletar informações diretamente com os principais atores 
envolvidos no problema. No entanto, o pesquisador pode também optar 
por um único método para explorar um problema menos pesquisado 
(RAPCHAN, 2007). 
3.2.4 alguns instrumentos para Coleta de dados 
Agora, pressupondo-se uma pesquisa de coleta de campo uma vez que 
para uma pesquisa de revisão bibliográfica isso não seria necessário, 
temos algumas ferramentas que permitem ao pesquisador, quantificar, 
tabular e organizar os dados obtidos.
Capítulo 3
43
Metodologia de Pesquisa
Via de regra, analisamos dados obtidos de uma população a qual não foi 
completamente recenseada, mas nela os dados são colhidos de forma 
amostral, ou seja, por parcelas das populações de um determinado local, 
que expressam significativamente o perfil de dados que se pode coletar 
para toda a população. A definição do instrumento de coleta de dados 
dependerá do universo a ser investigado e dos objetivos que se pretende 
alcançar com a pesquisa. 
Os instrumentos que se utiliza para a coleta de dados em uma 
pesquisa de campo são: observação, entrevista, questionário e for-
mulário. Segundo Rapchan (2007), esses instrumentos se caracte-
rizam por serem:
a) Observação: Quando se utilizam os sentidos na obten-
ção de dados sobre determinados aspectos da realidade. A 
observação pode ser: não-sistemática, quando não tem pla-
nejamento e controle previamente elaborados; sistemática, 
quando tem planejamento, realiza-se em condições contro-
ladas para responder aos propósitos preestabelecidos; não-
participante, quando o pesquisador presencia o fato mas não 
participa dele; individual, quando é realizada por um pesqui-
sador; em equipe, quando é feita por um grupo de pessoas; 
b) Entrevista: Quando se obtém de um entrevistado infor-
mações sobre determinado assunto ou problema. A entre-
vista pode ser: padronizada ou estruturada, quando conta 
com roteiro previamente estabelecido; ou despadronizada 
ou não-estruturada, quando não há um roteiro padronizado 
de questões. 
c) Questionário: É um conjunto ordenado de perguntas, que 
serão respondidos pela pessoa voluntária. As perguntas de-
vem ser claras de forma a facilitar a compreensão e o acesso 
à informação por parte do voluntário. As perguntas podem 
ser abertas, quando admitem respostas textuais, ou fechadas, 
quando apresentam duas ou mais séries de respostas possí-
veis padronizadas. 
d) Formulário: É bem semelhante ao questionário, porém 
nesse caso o grupo de respostas é feito por meio de um entre-
vistador, que anota no formulário as informações obtidas pre-
sencialmente do informante. É uma coleção de questões feitas 
por um entrevistador face a face com uma pessoa (o infor-
mante); nesse caso, a anotação das respostas cabe ao primeiro. 
a elaboração de um trabalho Científico
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licenciatura em informática
É necessário lembrar que uma mesma pesquisa científica pode ter 
mais de um instrumento de estudo.
3.3 O Planejamento da Pesquisa 
Durante o planejamento de pesquisa, o pesquisador estabelece a rotina, 
o prazo e também a forma como cada etapa do processo será realizado, 
sendo o mais importante o cronograma de pesquisa.
3.3.1 O Cronograma de atividades da Pesquisa 
Após a realização dos passos sequenciais acima descritos, sendo eles: 
delimitação do tema, problema e objetivos da pesquisa, e metodologia 
utilizada para que se chegue ao fim caso, faz-se necessário um crono-
grama de atividades, no qual se estimará a realização do escopo do 
trabalho. É importante que o pesquisador tenha a estimativa de um 
cronograma de atividades a seguir, uma vez que sem ele o prazo para 
que a pesquisa se realize pode ser perdido, o que pode comprometer a 
credibilidade do pesquisador. 
3.4 a execução da Pesquisa 
É a fase na qual a pesquisa é construída efetivamente; é nesse ínterim que 
surge o escopo da pesquisa, que será detalhado na semana que vem.
Ela constitui-se da revisão de literatura, coleta, tabulação e análise de 
dados, os quais culminarão no texto científico redigido descrito na pró-
xima semana.
3.4.1 a Revisão da literatura 
É o levantamento de toda a bibliografia disponível sobre o tema a 
ser abordado, a construção do referencial teórico acerca do tema 
a ser estudado na pesquisa.
Capítulo 3
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Metodologia de Pesquisa
Ela é quem guiará a formulação final dos ensaios obtidos pela sín-
tese dos pensamentos científicos nas pesquisas bibliográficas. E, 
também, servirá de base para a discussão dos dados obtidos, bem 
como para a elaboração das conclusões nas pesquisas com coleta 
de campo.
3.4.2 Coleta, tabulação e análise dos dados 
É uma etapa presente apenas na pesquisa de campo. Nesse nível do 
processo é que se realiza a pesquisa de campo propriamente dita 
(RAPCHAN, 2007). 
Após a realização coleta dos dados na pesquisa de campo pelos meios 
supracitados (questionário, entrevista, formulário e, ou observação), 
deve-se tabular os dados. Dessa maneira eles serão afixados em gráficos, 
em tabelas ou em equações, obtidos pelos diversos métodos estatísticos 
de estudo que nos permitem analisar qualitativa e quantitativamente os 
dados obtidos (FERRÃO, 2005 e RAPCHAN,2007).
Finalmente, após a tabulação, deve-se analisar os dados. Nessa parte, 
os gráficos, tabelas ou equações geradas ganham significado, quando 
contrapõem-se aos dados obtidos pelo pesquisador durante a revisão de 
literatura e fundamentam as discussões acerca dos resultados obtidos, 
com o consequente embasamento das conclusões geradas.
Atividade nº 7:
Completando as atividades deste capítulo, você deverá DEFINIR 
os procedimentos metodológicos utilizados para o alcance dos 
objetivos das pesquisas, bem como os instrumentos para coleta, 
tabulação e análise de dados quando possível, usando os mesmos 
trabalhos desenvolvidos na atividade nº 6.
a elaboração de um trabalho Científico
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