Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Principais Afecções Cirurgicas em Pequenos Animais OSTEOCONDRITE DISSECANTE DA CABEÇA DO ÚMERO Manifestação de uma síndrome geralmente denominada osteocondrose; Formação de flap de cartilagem, que pode se despregar da superfície articular; Pode ocorrer em outras articulações; Cães jovens de raças grandes ou gigantes; Normalmente é bilateral; Fisiopatologia Inicia com falha na ossificação endocondral da epífise proximal que é responsável pela formação epifisária dos ossos longos. E considerada multifatorial envolvendo interação entre manejo, genética, e nutrição de cães em crescimento. Fatores de risco Idade Raça Porte Rápido crescimento Excesso de nutrientes (cálcio) Diagnóstico Sinais clínicos História clínica Achados de exame clínico Achados radiográficos Diagnóstico diferencial Displasia de cotovelo; panosteite Osteodistrofias Tratamento clínico Antiinflamatórios não esteroidais; Restrição de exercícios por no mínimo 6 semanas; Tratamento cirúrgico Artrotomia exploratória; Remoção do flap de cartilagem; Curetagem da lesão em osso subcontral (região desvitalizada) Todos os flaps soltos devem ser removidos; Pós -operatório Animal normalmente liberado após 2 dias Limitar atividade por 1 mês Prognóstico bom. Displasia de cotovelo Conjunto de alterações Influencia genética (poligênica) Desenvolvimento de origem hereditária, com influência ambiental Rotweilers, Bernese mountain dogs Considerações importantes Grupo de doenças: Fragmantação processo coronóide Incongruência Radio-ulnar Doenças do compartimento medial OCD na borda troclear do côndilo medial Má união do processo anconeal Ossificação imcompletado côndilo Umeral Posicionamento adequado para radiografias é essencial para o diagnóstico; A avaliação deve sempre ser bilateral; Remoção cirúrgica de fragmentos ósseos e de cartilagem usualmente resultam em melhora do quadro; porém não altera evolução da degeneração. Perda de mobilidade da articulação é evidência de doença degenerativa, em raças grandes, geralmente caracteriza displasia; Fragmentação do processo coronóidemedial Separação do processo coronóidemedial da ulna Várias teorias para o seu desenvolvimento 1.Resultado de Osteocondrose. 2.Crescimento assíncrono entre rádio e ulna. (maior desenvolv. Ulna em relação ao rádio) 3.Incongruência entre a cabeça radial e a incisura radial. 4.Resultado de anormalidades vasculares. –necrose. 5.Tensão da inserção do bíceps braquial na ulna proximal 6.Após trauma de baixo grau (síndrome do deslocamento inferior) Diagnóstico Sinais clínicos Raças grandes (Labrador, Rottweiler, Bernesemountain dog, Newfoundland, Golden retriever, Pastor, ChowChow) Animais imaturos Apresentação dos sintomas pode ocorrer somente aos 2 anos. Achados ao exame físico Claudicação evidente; Diminuição da amplitude de flexão; Crepitação; Efusão articular; Exame radiográfico A partir dos 12 meses –lesões mais evidentes Esclerose do aspecto distal da incisura troclear (perda do padrão fino trabeculare aumento da opacidade) Achatamento do Proc. Coronóidetambém pode ocorrer Sinais de doença articular degenerativa Pós -operatório Bandagem por 1 semana Restrição de espaço por 1 mês Retorno gradual as atividades Prognóstico Doença degenerativa progride AINES Não união do processo ancôneo Considerções gerais Etiologia semelhante a da OCD; Mais recentemente: Incongruencia articular como principal fator desencadeante. Sinais clínicos Raças grandes e gigantes Apresentação entre 6 e 12 meses Animais idosos Histórico Claudicação após exercício uni ou bilateral Exame clínico Alterações na deambulação Alterações à movimentação Alterações à palpação Exame radiográfico Lateral com articulação flexionada. Cranio –caudal com flexão de 30o com rotação medial Tratamento clínico Repouso e AINES Animais idosos com DAD Controle do peso Tratamento cirúrgico Tratamento padrão quando DAD não está avançada Animais jovens –osteotomia da ulna Pós -operatório Bandagem por 1 semana Restrição de atividades por 4 semanas Exame radiográfico após 6 semanas Prognóstico DAD progride Bom para animais tratados com remoção até 1 ano de idade Displasia Coxo -Femural Desenvolvimento anormal da articulação; subluxaçãoou luxação da cabeça femuralem animais jovens e doença degenerativa media a grave em animais idosos. Considerações gerais Atraso no desenvolvimento e maturação das estruturas articulares em relação a taxa de crescimento esquelético INSTABILIDADE ARTICULAR Progressão da doença: DADdevido a deformação da arquitetura acetabulare cabeça femoral Má-formação: origem genética, poligênico e quantitativo; Múltiplos fatores podem influenciar ou modificar a manifestação genética: dietas com alto teor de energia, proteína, cálcio e fósforo; fatores hormonais nos quais estão envolvidos o estrógeno e a relaxina deficiência de vitamina C, entre outros fatores Esta deformidade geralmente ocorre bilateralmente e não acomete cães com peso abaixo de 11 a 12 kg, quando adultos, embora existam relatos dessa patologia em gatos e cães “toys” Sinais clínicos Os sinais clínicos variam de acordo com a idade do animal, podendo aparecer tanto em cães jovens com idade entre 4 a 12 meses quanto em animais acima de 15 meses de idade com afecção crônica. Dificuldade ao se levantar Claudicação dos membros posteriores Relutância a exercícios físicos Atrofia muscular dos membros posteriores Dor local da articulação coxofemoral Diagnóstico Teste de Ortolani reposicionamento da articulação após subluxaçãoforçada Linha Morgan linha radiopaca observada na região de inserção da cápsula articular no colo femoral Estresse que articulação afetada recebe, muitas vezes sem a presença de sinais clínicos Ângulo de Norberg É realizado através do índice de Norberg determinação dos centros das cabeças femorais Linha originada da união destes 2 pontos 2alinha sai do centro da cabeça femural e tangencia o bordo acetabular crânio lateral ipsilateral, formando o referido ângulo. Avaliação radiográfica posição ventro-dorsal com os membros posteriores estendidos e rotacionados internamente de modo que a patela fique sobreposta medianamente em relação ao plano sagital do fêmur. Nenhum indicativo para DCF (HD -): Cabeça do fêmur e acetábulo congruentes e ângulo de Norberg igual ou maior que 105o. Acetábulo crânio-lateral nítido e arredondado, acompanhando o contorno da cabeça do fêmur. O espaço articular apresenta-se fechado e regular. Articulações próximas do normal DCF (HD +/-): Cabeça do fêmur e acetábulo discretamente incongruentes, ângulo de Norberg igual ou maior que 105oou ângulo menor que 105o, porém com cabeça do fêmur e acetábulo congruentes. Displasia discreta ou leve (HD +): Cabeça do fêmur e acetábulo incongruentes, ângulo de Norberg entre 100oe 105o, manifestação de sinais osteoartríticos. Displasia moderada (HD ++): Incongruência nítida entre cabeça do fêmur e acetábulo, com subluxação, ângulo de Norberg entre 90oe 100oe sinais osteoartríticos. Displasia severa (HD +++): Alterações osteoartríticas bem evidentes, ângulo de Norberg menor que 90osubluxação ou luxação, achatamento da cabeça do fêmur, colo largo e curto, formação de osteófitos e acetábulo raso e achatado. Tratamento clínico Depende de: Idade e grau de disconforto do paciente Achados físicos e radiográficos Expectativa e finanças do dono Antiinflamatórios AINES cox II seletivos Carprofen Etodolac Meloxican Condroprotetores Polissulfato de Glicosaminoglicano Ácido Hialuronico Sais de Glucosamida e Sais de Condroitina Tratamento cirúrgico Tratamento cirúrgico é muito utilizado em animais com displasia Coxo-femoral moderada a severa Luxação Causas Traumas Congênita Sinais Clínicos Claudicação Dor Graus de luxação Grau 1: A patela raramente luxa-se no movimento articular normal. Sem alterações visíveis no eixo femoral. Sem alterações significativas no sulco intertroclear Crista da tíbia normal ou próximado normal (0 a 30°) Grau 2: Deformidades angulares presentes (30°a 60°) e de torção do fêmur. A patela luxa ao movimento articular. Pode haver arrasamento do sulco intertroclear. Grau 3: A patela permanece luxada a maior parte do tempo, mas pode ser reduzida manualmente com o joelho em extensão, porém a movimentação normal resulta em reluxação. Desvio angular (60°a 90°) e do eixo femoral presentes; Arrasamento do sulco evidente Grau 4 A patela fica luxada permanentemente. O sulco troclear é raso ou ausente. Crista da tíbia rotacionadaseveramente (90°) Tratamento Depende do Grau da luxação
Compartilhar