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frequência e ritmo respiratórios

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Isabela Vieira Mion
RITMO E FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIOS
PADRÕES/RITMOS RESPIRATÓRIOS
➔ ritmo respiratório: Normalmente a inspiração dura quase o mesmo tempo que a expiração, sucedendo-se
os dois movimentos com a mesma amplitude, intercalados por leve pausa. Quando uma dessas
características se modifica, surgem os ritmos respiratórios anormais
1. Respiração de Cheyne-Stokes: causas mais frequentes
são insuficiência cardíaca, hipertensão intracraniana,
acidentes vasculares cerebrais e traumatismos
cranioencefálicos. Tal ritmo caracteriza-se por uma fase de
apneia seguida de incursões inspiratórias cada vez mais
profundas (hiperpneia) até atingir um máximo, para depois vir
decrescendo até nova pausa. Isto ocorre devido a variações da
tensão de O2 e C02 no sangue. Assim, o excesso de C02
durante o período de apneia obriga os centros respiratórios
bulbares a enviarem estímulos mais intensos que resultam em
aumento da amplitude dos movimentos respiratórios; com isto
haverá maior eliminação de C02, e sua concentração no
sangue cai. Consequentemente, não havendo estímulos
exagerados dos centros respiratórios, diminui a amplitude dos
movimentos respiratórios e assim sucessivamente. Nesse ritmo
respiratório, a percepção "auditiva”' do fenômeno é maior que a
"visual": a respiração de Cheyne-Stokes é "ouvida" melhor do
que é vista
- crianças e idosos podem normalmente evidenciar esse
padrão durante o sono
2. respiração de Biot ou atáxica: causas desse ritmo são
as mesmas da respiração de Cheyne-Stokes. No ritmo de Biot,
a respiração apresenta-se com duas fases. A primeira, de
apneia, seguida de movimentos inspiratórios e expiratórios
anárquicos quanto ao ritmo e à amplitude (irregularidade
imprevisível). As incursões respiratórias podem ser superficiais
ou profundas, e cessam por curtos períodos. Quase sempre este tipo de respiração indica grave
comprometimento cerebral
3. respiração rápida e superficial (taquipneia): tem várias causas, inclusive doença pulmonar restritiva,
dor torácica pleurítica e elevação do diafragma
4. respiração rápida e profunda (hiperpneia, hiperventilação): tem várias causas, incluindo exercícios,
ansiedade e acidose metabólica. No paciente comatoso deve-se pensar em infarto, hipóxia ou
hipoglicemia, que comprometem o mesencéfalo ou a ponte
5. respiração de Kussmaul: A acidose, principalmente a diabética, é a sua causa principal. Ela
compõe-se de quatro fases: (1) inspirações ruidosas, gradativamente mais amplas, alternadas com
inspirações rápidas e de pequena amplitude; (2) apneia em inspiração; (3) expirações ruidosas
gradativamente mais profundas alternadas com inspirações rápidas e de pequena amplitude; (4)
apneia em expiração
- é uma respiração profunda secundária à acidose
6. respiração suspirosa: Na respiração suspirosa, o paciente executa uma série de movimentos
inspiratórios de amplitude crescente seguidos de expiração breve e rápida. Outras vezes, os
movimentos respiratórios normais são interrompidos por "suspiros" isolados ou agrupados. Traduz
tensão emocional e ansiedade. Alerta para a possibilidade da síndrome da hiperventilação - uma
causa comum de dispneia e tonteiras
FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA
- altera de acordo com a idade
● Bebês 30 a 60 por minuto
● Lactentes até 44 por minuto
● Início da infância 20 a 40 por minuto
● Final da infância 15 a 25 por minuto
● 15 anos valores adultos
● Adultos de 14 a 20 incursões por minuto
● Adultos com mais de 65 anos 12 a 28 por minuto
● Idosos com mais de 80 anos 10 a 30 por minuto
● Adultos em exercício físico moderado 35 a 45 por minuto
● Atletas 60 a 70 por minuto
- pode ser alterada também por conta da altitude, anestesia, exercício físico, edemas cerebrais…
Referências
GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. 12. ed.- Rio de Janeiro: Elsevier Ed., 2011.
SILVERTHORN, Dee U.; Fisiologia Humana – Uma abordagem integrada. -5 ed.- Porto Alegre: Artmed,
2010.
PORTO, C.; PORTO, A. Porto & Porto: Semiologia Médica. 7ª edição. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan,
2014

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