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Alterações fisiológicas da gestação

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GGiinneeccoollooggiiaa ee 
 
 As adaptações na anatomia, fisiologia e 
no metabolismo materno são 
fundamentais para que ocorra uma 
gravidez normal. 
 
 
 
 Se modifica já no primeiro trimestre. 
 Sua capacidade volumétrica aumenta 
cerca de 500 a 1000 vezes ao final da 
gravidez. 
 No inicio da gravidez a parede uterina 
fica mais espessa e depois vai afinando 
chegando a 1,5 cm no final. 
 Esse aumento uterino é maior no fundo 
do útero e onde a placenta se 
 
desenvolve e promove uma discreta 
rotação do órgão para direita 
Mudanças: 
a. Não gravídico: intrapélvico com 
formato piriforme 
b. 12 semanas: ganha cavidade 
abdominal e está acima da sínfise 
púbica. 
c. 18 e 20 semanas: globoso 
d. Após 20 semanas: ovóide e palpado 
próximo a cicatriz umbilical 
e. A termo: tangencia o apêndice 
xifóide 
 Tem-se hiperplasia (aumento do nº de 
células) e hipertrofia das glândulas 
cervicais (localizadas no colo ou cérvix 
uterino). 
 O epitélio colunar se torna friável e 
sangrante a qualquer trauma devido a 
vascularização que provoca edema e 
torna o colo mais amolecido. 
 Essa alteração tem o nome de ectopia 
fisiológica da gestação (ferida 
fisiológica). 
 O muco fica espesso e viscoso e não 
cristaliza quando desidratado por conta 
do aumento da progesterona e 
diminuição de sódio. 
 O canal cervical é obstruído por tampão 
mucoso, que é expelido nos dias que 
antecedem o parto em decorrência do 
afinamento e encurtamento observado 
no colo. 
 Tem aumento na vascularização e 
hipertrofia muscular. 
 Localização vai ser alterada por conta do 
útero que cresce, ficando em direção a 
cavidade abdominal. 
 A progesterona diminui sua motilidade 
 Não se tem mais maturação de novos 
folículos. 
 Corpo lúteo mantém-se por conta do 
hCG que vai ser produzido pelo 
sinciciotrofoblasto. 
 Esse corpo lúteo irá produzir 
progesterona nas primeiras 6 ou 7 
semanas de gravidez. 
 Aumenta comprimento e largura. 
 As fibras de colágeno estarão mais 
separadas. 
 Secreção pode estar aumentada, por 
conta da maior vascularização e da 
maior atividade glandular. 
 Essa secreção terá aspecto leitoso por 
conta das células epiteliais que serão 
descamadas 
 pH vaginal estará mais acido pela ação 
dos lactobacilos sobre o glicogênio 
acumulado na parede da vagina. 
 Com a evolução da gravidez são 
observadas células de camadas 
intermediária (naviculares) com núcleos 
sem citoplasma 
 Pode ter cor violácea. 
 Tem hipertrofia dos pequenos e grandes 
lábios e do meato uretral. 
 Tegumento perineal adquire intensa 
coloração 
 Com 5 a 6 semanas: mamas aumentam 
de volume e tornam-se dolorosas e 
túrgidas, causando mastalgia (dor nas 
mamas). 
o Esse aumento é por hiperplasia dos 
elementos glandulares com 
proliferação dos canais galactóforos e 
ramificações dos ductos mamários. 
 Observa-se surgimento de veias logo 
abaixo da pele (sinal de Haller) e o 
aumento da pigmentação dos mamilos. 
 
 Segundo trimestre: ocorre expansão dos 
alvéolos a partir da arvore ductal. 
Hiperpigmentação da aruéola primária, 
aparecimento da aréola secundária 
(sinal de Hunter) e a hipertrofia das 
glândulas sebáceas periareolares 
(tubérculos de Montgomery). 
 Após os primeiros meses observa 
formação do colostro (primeiro leite). 
 Com crescimento exagerado da mama 
surgem estrias por conta do estiramento 
das fibras de colágeno e da 
hiperdistensão da pele. 
 Cresce no primeiro trimestre e se 
acentua no segundo, atigindo valores 
máximos em torno de 30 a 34 semanas. 
 Provavelmente é pela ação da 
aldosterona e outros hormônios, 
causando hipervolemia e diminuição da 
viscosidade sanguínea. 
 A hipervolemia está relacionada com a 
necessidade de suprimento sanguíneo 
nos órgãos genitais, principalmente no 
território uterino, em que a 
vascularização está aumentada na 
gestação. 
 Devido a demanda materno fetal de O2, 
a concentração de hemácias aumenta, 
tendo aumento na produção de 
eritropoietina que justifica reticulocitose 
discreta após 20 semanas. 
 Esse aumento de hemácias não 
acompanha aumento do volume 
plasmático, havendo quadro de anemia 
fisiológica da gestação. 
 Nos últimos meses, volume plasmático 
aumenta mais lentamente e a queda de 
hematócrito é menos significativa 
(principalmente com a suplementação 
de ferro). 
OBS: É recomendado então suplementação 
de 30 a 60 mg de ferro por dia durante 2º e 
3º trimestre e durante toda lactação ou por 
2 a 4 meses nas não lactantes. 
Obs: esse volume sanguíneo aumentado é 
importante durante o parto para não ter 
queda significativa na concentração de 
hemoglobina. 
 Observa-se leucocitose, especialmente 
no segundo e terceiro trimestres. 
 Após 38 semanas quantidade de 
leucócitos decresce. 
 Aceitável: entre 8 a 12 mil por mm3. 
 Tem-se diminuição da função 
quimiotáxica e de aderência dos 
leucócitos após segundo trimestre, 
aumentando suscetibilidade a processos 
infecciosos e a uma relativa supressão 
da imunidade humoral e celular. 
 Assim, pode ocorrer melhora em casos 
de doenças autoimunes. 
 Contagem encontra relativamente 
inalterada. 
 Pode ocorrer quadro de 
trombocitopenia (redução de 
plaquetas), sendo recomendável excluir 
outras causas. 
 Tem-se aumento acentuado de alguns 
fatores de coagulação, de fibrinogênio e 
em geral dos agentes pró-coagulantes. 
 A placenta provavelmente é responsável 
por inibir fibrinólise (destruição de 
coágulo de fibrina). 
 Essas alterações junto com aumento do 
volume sanguíneo são importantes para 
diminuir risco de hemorragia na 
dequitação placentária. No entanto, tem 
riscos de coagulação intravascular, que 
pode causar tromboembolia por 
exemplo. 
 Síndrome hipercinética (muito 
movimento) caracteriza SC da grávida. 
 FC aumenta em 10 a 15 bpm. 
 Diafragma se eleva deslocando coração 
para esquerda e para cima, movendo 
seu ápice lateralmente (aumenta no RX). 
 Pode haver discreto derrame 
pericárdico, aumentando mais ainda a 
área do coração e dificultando avaliar 
cardiomegalia no RX. 
 Pode haver sopros sistólicos, 
extrassístoles e desdobramento de 
bulhas. 
 Em geral, ECG não altera. 
 DC aumenta após 10 ou 12 semanas, 
devido aumento do volume sanguíneo e 
FC. 
 Entre 20 e 24 semanas alcança seu 
Maximo, mantendo-se relativamente 
constante até o termo. 
 No final da gravidez, DC é maior com a 
paciente em decúbito lateral. Já em 
decúbito dorsal, devido ao tamanho do 
útero pode ter compressão da cava 
inferior que dificulta retorno venoso. 
 Durante trabalho de parto e no 
puerpério, com a redução do volume 
uterino, tem se aumento do retorno 
venoso, aumentando DC. 
 
 Diminui principalmente no inicio, por 
conta da circulação uteroplacentária (de 
baixa resistência) e da ação de 
progesterona, prostaglandinas, 
estrogênio e oxido nítrico na parede dos 
vasos. 
 Mínima resistência ocorre na 20º 
semana 
 PA: DC x RVP 
 Decresce principalmente no 1º e 2º 
trimestre, principalmente a diastólica. 
 Sistólica diminui menos porque a queda 
da RVP é compensada pelo aumento da 
DC. 
 No trabalho de parto tem aumento de 
15 a 25 mmHg na PAD. 
 
 Útero comprime as veias pélvicas e a 
cava inferior, dificultando retorno 
venoso e aumentando a pressão venosa 
nos membros inferiores. 
 Com isso surgem edemas, varicosidades 
vulvares e hemorróidas principalmente 
na gestação mais avançada. 
 O útero aumentado de tamanho 
comprime a veia cava inferior quando a 
grávida fica em decúbito dorsal, assim o 
retorno venoso se dificulta e provoca 
queda da pressão sistólica. 
 Após 4 ou 5 minutos nessa posição, 
ocorre bradicardia (reflexo vagal), 
podendo haver lipotimias (desmaio) 
OBS: Receptores de baixa pressão: 
Localizados nas veias. Detectam variações 
do volume sanguíneo. Como diminuiu esse 
volume vai diminuirfreqüência cardíaca, 
diminuindo debito cardíaco para que a 
perfusão no rim diminua e elimine menos 
água e Na+. 
 Esses acontecimentos caracterizam a 
síndrome da hipotensão supina, 
corrigida quando a gestante se posiciona 
em decúbito lateral esquerdo, liberando 
o fluxo. 
 Resistência vascular pulmonar: reduz de 
34% 
 Pressão capilar da artéria pulmonar: 
diminui 28% 
Gengivite gravídica (edema e sangramento 
da gengiva) é consequência da saturação 
gestacional por estrogênio, progesterona e 
hCG sobre o tecido conectivo, acentuando 
no 2º trimestre. 
Ptialismo (produção excessiva se saliva) tem 
como causa hipertonia vagal, fatores 
psíquicos e estímulos do 2º e 3º ramos do V 
 Crescimento uterino desloca estômago, 
provocando leve dextrorrotação. 
 Aumento de progesterona e a 
diminuição da motilina (substância que 
estimula musculatura lisa) retardam 
esvaziamento gástrico. 
 Associado à redução do tônus do 
esfíncter esofagiano inferior e a 
diminuição da amplitude das ondas 
peristálticas do esôfago facilitam pirose 
(queimação retroesternal ) e refluxo 
gastroesofágico. 
 Hérnia de hiato pode ser encontrada 
 Progesterona provoca hipotonia da 
musculatura lisa do TGI e junto com a 
compressão das estruturas abdominais 
pelo útero retarda transito intestinal. 
 Maior absorção de líquidos leva ao 
ressecamento das fezes e a constipação. 
 Hemorróidas são comuns por conta da 
constipação, da vasodilatação periférica 
e do aumento da pressão das veias 
retais por compressão da circulação de 
retorno. 
 Relações anatômicas mudam e o 
apêndice pode ser encontrado no flanco 
direito. 
 Fosfatase alcalina de rigem placentária 
está aumentada. 
 Altos níveis de estrogênio podem inibir 
transporte intraductal de ácidos biliares 
surgindo colestase intra-hepática (a 
“estagnação de bile” no fígado, não indo 
para duodeno) e prurido cutâneo. 
 Tem esvaziamento lento por hipotonia 
muscular(por conta da ação da 
progesterona), provocando estase biliar 
e favorecendo formação de cálculos de 
colesterol, já que o estrpgênio e a 
progesterona saturam a bile com 
colesterol e diminuem a síntese de 
ácidos biliares 
 Sofre hiperplasia das células β das 
ilhotas, provavelmente por conta do 
bloqueio periférico da insulina pelos 
hormônios gravídicos (ex: estrogênio e 
hormônio lactogênio placentário). 
 Assim a insulina aumentará facilitando 
as necessidades fetais de carboidratos 
 Ocorrem principalmente no 1º trimestre 
 Hiperêmese gravídica: forma grave de 
náuseas 
 Ocorre provavelmente por conta do 
estrogênio, progesterona e hCG 
 Pode ocorrer aumento do volume e 
tamanho devido a hipertrofia e aumento 
do fluxo plasmático renal. 
 Tem-se aumento da vascularização e 
diminuição da resistência vascular, com 
isso aumenta fluxo e filtração. 
 Pode aparecer glicosúria e proteinúria, 
hipercalciúria, perda de nutrientes, 
diminuição nas concentrações de uréia e 
de creatina. 
 Hipotenia uretral (ação da progesterona 
– relaxa musculatura lisa) + compressão 
ou obstrução pelo crescimento uterino e 
pela congestão do plexo venoso 
ovariano = hidrofenose ( excesso de 
líquido em um rim devido ao acúmulo de 
urina) e dilatação dos ureteres. 
 Altera posição indo para frente em 
direção a cavidade abdominal, com isso 
diminui sua capacidade residual 
provocando polaciúria 
 Mucosa mostra-se espessada e com 
aspecto tortuoso em virtude dos vasos 
sanguíneos congestos. 
 
 O ganho ponderal é atribuído ao útero e 
ao seu conteúdo, ao crescimento das 
mamas, do volume sanguíneo e do 
líquido extravascular e às alterações 
metabólicas responsáveis pelo 
incremento da água celular e pela 
deposição de proteínas e gorduras nos 
tecidos maternos para formar suas 
reservas. 
 
 Retenção de água é uma alteração 
fisiológica por conta da queda da 
osmolaridade plasmática. 
 Comum observar edema de membros 
inferiores favorecido pelo aumento da 
pressão venosa e pela redução da 
pressão coloidosmótica interticial. 
 As necessidades protéicas aumentam 
para atender às demandas do feto, 
útero, placenta, etc. 
 Aumenta proteínas totais, mas suas 
concentrações plasmáticas estão 
diminuídas por conta da hemodiluição. 
 Gestante necessita de 25% de proteína 
do total dos nutrientes ingeridos. 
 Gravidez é um estado diabetogênico 
 Tem-se resistência à insulina, leve 
hiperinsulinemia, hipoglicemia de jejum 
e hiperglicemia pós-prandial. 
 Inicialmente estrogênio e progesterona 
estimulam secreção de insulina 
melhorando utilização periférica de 
glicose 
 Na segunda metade da gestação 
crescem hormônios contrainsulinares, 
como o hPL e o cortisol, que promovem 
aumento de ác graxos livres ao 
incentivarem lipólise e poupam glicose. 
 Concentrações de lipoproteínas, 
apolipoproteínas e de lipídeos 
aumentam. 
 LDL: maior concentração – 36 semanas 
(ação da progesterona e estradiol sobre 
fígado) 
 HDL: máximo – 25 semanas, diminui até 
32 e mantém constante até termo. 
Sódio 
 Ocorre reteção de sódio por conta d 
crescimento do feto, do aumento do 
líquido amniótico e da expansão do 
líquido extracelular. 
 A excreção pode aumentar por conta do 
aumento da filtração glomerular, em 
que se tem vasodilatação das arteríolas 
por ação da progesterona. 
 Outras substâncias como aldosterona, 
sistema renina angiotensina, 
corticosteróides e estrogênios agem 
diminuindo excreção de sódio. 
Cálcio e magnésio 
 Cálcio e magnésio diminuem na 
gestação pois sua absorção intestinal 
dobra devido a grande necessidade fetal 
de cálcio, além de que sua excreção 
renal também aumenta. 
Ferro 
 Necessidades de ferro aumentam por 
contra do incremento da massa de 
hemácias. 
 
Iodo 
 Níveis plasmáticos diminuem por conta 
do aumento da filtração renal e por 
maior demanda fetal, que compete com 
a mãe pelo iodo disponível. 
 Para absorver mais iodo, a tireóide da 
plasma depura 2 vezes o volume normal 
de sangue. 
 Diminuem todas vitaminas (exceto a E e 
K) por conta das exigências da gravidez. 
1. Vitamina A: carência pode causar 
anomalias congênitas 
2. B9: carência pode levar a distúrbios no 
crescimento fetal e produzir 
malformações estruturais. 
3. Vit C: avitaminose determina 
abortamento ou morte fetal. 
4. Vit D: importante para metabolismo do 
cálcio e fósforo e para fixação desses 
elementos no arcabouço ósseo. 
 Vitamina E e K (formação de trombina e 
coagulação) aumentam na gravidez por 
conta da mobilização de reservas 
maternas e pela síntese placentário ou 
fetal. 
 Ocorre alcalose respiratória por 
hiperventilação, diminuindo pressão 
parcial de gás carbônico. 
 O rim então aumenta excreção de 
bicarbonato para compensar, 
diminuindo de 26 para 22, o que 
provoca pequena queda no pH. 
 Devido a alcalose (pH alto), a curva de 
dissociação do oxigênio desloca para 
esquerda, aumentando afinidade da 
hemoglobina pelo O2, já que sua 
demanda nos tecidos será menor, então 
será mais dificil de se desprender da 
hemoglobina. 
 Nessa situação, a excreção de CO2 e seu 
transporte do feto para mãe será 
facilitado, mas a liberação de O2 da mãe 
para o feto será dificultada. 
 No inicio tem hiperventilação e alcalose. 
No período expulsivos tem episódios 
temporários de apneia que aumentam a 
pCO2, levando à acidose metabólica. 
 A progesterona aumenta as secreções e 
edema nos teciduos na via aérea 
superior, podendo causar congestão 
nasal. 
 Também aumenta FR e volume corrente, 
resultando em alcalose respiratória. 
 Estrogênio causa alterações na mucosa 
nasal, como congestão capilar, 
hiperplasia e hipertrofia das suas 
glândulas e estimulam reatividade dos 
brônquios. 
 Corticoisteroides levam maior labilidade 
ao calibre brônquico. 
 Útero aumenta pressão abdominal e os 
músculos da respiração tem trabalho 
mais intenso. 
 Devidoo levantamento do diafragma 
pode ter restrição respiratória causando 
dispnéia. 
 Tem-se redução do volume de reserva 
expiratório e do volume residual, 
traduzindo perda da capacidade residual 
funcional. 
 Deslocamento lateral da caixa torácica e 
deslocamento para baixo dos arcos 
costais elevam capacidade respiratória 
contrabalanceando diminuição da 
capacidade residual funcional, 
mantendo estável a capacidade 
pulmonar total. 
 Capacidade vital mostra-se 
discretamente aumentada. 
 Adenohipófise aumenta em 2 a 3 vezes 
seu tamanho, principalmente por conta 
da hiperplasia das células produtoras de 
prolactina. 
 LH, FSH e GH se mostram muito baixos. 
 Após o parto, prolactina diminui e passa 
ser liberada conforme estimulo de 
sucção mamilar na amamentação. 
Prolactina na gestação: 
a. Estimula síntese de DNA e a 
multiplicação das células glandulares 
e alveolares da mama 
b. Aumenta o numero de receptores de 
estrogênios e de prolactina nas 
células epiteliais da mama 
c. Participa ativamente da 
galactopoiese e incentiva a produção 
de caseína, lactoalbumina, lactose e 
lipídeos. 
 Tem moderado aumento de tamanho, 
com hiperplasia do tecido glandular e 
aumento na vascularização, por conta da 
diminuição da concentração plasmática 
de iodo e à maior captação de iodeto 
para equilibrar depuração renal elevada. 
 Estrogênio vai aumentar níveis de TBG 
(globulina de ligação de tireoxina sérica), 
pois inibe sua degradação, vai ter menos 
hormônio da tireóide livre. 
 No primeiro trimestre o hCG que é 
semelhante ao TSH vai estimular 
liberação de T3 e T4, estes por 
retroalimentação negativa vai agir sobre 
a hipófise para diminuir os níveis de TSH 
entre 8 e 14 semanas. 
 Níveis normais: abaixo de 3 e 3,5 (2º e 3º 
trimestre). 
 Discreta diminuição do paratormônio no 
primeiro trimestre seguida por aumento 
nos demais, mas dentro da normalidade. 
 Calcitonina: aumenta provavelmente 
devido produção placentária, 
tireoideana e mamária. 
Cortisol 
 Produção de cortisol não aumenta e sua 
depuração renal diminui, tendo 
incremento desse hormônio 
 ACTH inicialmente diminui e depois 
aumenta 
Aldosterona 
 Aumenta a partir de 16 semanas, 
estimulado pela redução da resistência 
vascular periférica e da PA. 
Desoxicorticosterona 
 Aumenta e sua maior fonte é a 
conversão da progesterona em sítios 
não suprarrenais, como rim, pelve e 
vasos sanguíneos. 
 
 Tem relaxamento dos ligamentos e 
frouxidão das articulações 
(principalmente pélvicas e na sínfise 
púbica – abre em até 12 mm). 
 Estrogênios aumentam vascularização e 
hidratação do tecido dos ligamentos 
articulares. 
 Progesterona e relaxina diminuem tônus 
da musculatura responsável por essas 
articulações 
 Por conta do peso adicional o equilíbrio 
desloca o centro de gravidade para 
frente. 
 Tem-se acentuada lordose lombar e joga 
o tórax para trás para o centro de 
gravidade do corpo. 
 Tem ampliação na base de sustentação 
(afasta os pés). 
 Os passos são curtos e lentos. 
 Essas características são da marcha 
anserina 
 Assim tem modificação na anatomia da 
coluna vertebral que pode gerar 
espasmos dos músculos intervertebrais 
e diminuição dos espaços entre as 
vértebras, possibilitando compressões 
radiculares que causa dor lombar 
 Nervo ulnar e mediano podem sofrer 
pequenas trações, por conta de 
deslocamento na cintura escapular, 
gerando dormência nos membros 
superiores. 
 Ação progestagênica causa 
hipersecreção das glândulas sebáceas, 
fazendo com que a pele fique mais 
oleosa e facilitando queda capilar e 
surgimento de acne. 
 Estrogênio e progesterona leva a 
hipertrofia do lobo intermediário 
hipófise, resultando na liberação de α-
melanotropina, que estimula 
melanócitos. 
 Pode ter aumento de alterações com 
exposição ao sol 
 É uma pigmentação de cor preto-
acastanhada na linha média do abdome 
resultante da estimulação dos 
melanócitos. 
 
 É uma mancha acastanhada na face por 
conta da estimulação dos melanócitos. 
 Não é exclusivo da gestação 
 
 Ocorre devido estiramento das fibras 
colágenas, condicionadas à dimiuição da 
hidratação e ao estirament da pele. 
 Na gestação são avermelhadas 
geralmente e após parto brancas. 
 Linhas de tonalidade prata podem 
representar cicatrizes de estrias de 
gestações anteriores 
 Conseqüências da vasodilatação pelo 
perfil hormonal da gestação 
 Aranhas vasculares ou telangiectasia ou 
angioma 
 Essas alterações vasculares surgem em 
toda superfície palmar como uma 
vermelhidão difusa. 
 Diminutos vasos que se ramificam de um 
corpo central. 
 Aparecem como pequenas elevações na 
pele, principalmente na face, no 
pescoço, na parte superior do tórax e 
nos braços 
Quando a atonia dos vasos se associa ao 
aumento da pressão intravascular 
decorrente da compressão da circulação de 
retorno, surgem as varicosidades em 
membros inferiores e região perineal. 
 A acuidade visual pode estar 
comprometida por edema ou 
opacificação pigmentar da córnea 
durante gestação 
 A pressão ocular pode estar diminuída 
por aumento de reabsorção de humor 
aquaso. 
 Epistaxe é comum ( sangramento 
proveniente da mucosa nasal) por conta 
do aumento da vascularização e 
espressamento da mucosa nasal. 
 A rinite vasomotora e obstrução nasal 
que pode ser acompanhada de hiposmia 
ou anosmia também é comum. 
 
 
 
REFERÊNCIA: 
Rotinas em obstetrícia. Fernando Freitas e 
colaboradores. 7º edição

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