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Apostila 4 02 4 Coberturas Abordar o tema coberturas para feridas é sempre desafiador. Diariamente são lançados produtos novos para a comercialização e é muito provável que ao publicar esse material, as informações sobre a variedade de coberturas disponíveis já estaria ultrapassado. Portanto, esse módulo não tem a pretensão de falar sobre todas as coberturas disponíveis, mas sim sobre aquelas comumente encontradas nas Unidades Básicas de Saúde do SUS, de acordo com a nossa experiência. Outro ponto polêmico das coberturas para feridas, são as evidências científicas. Avaliar a efetividade de um produto na cicatrização de uma lesão é extremamente complexo, pois como já vimos anteriormente, esse processo é afetado por fatores intrínsecos e extrínsecos. Podemos ter ótimos resultados com uma cobertura “x” utilizada em uma determinada pessoa e não encontrar os mesmos resultados em outra, com ferida de características semelhantes. Por consequência dessa complexidade, encontramos poucos estudos que se propõem a avaliar produtos e os que o fazem, acabam por utilizar metodologias pouco robustas e com muitos vieses. Cabe deixar claro que qualquer associação de coberturas a suas marcas, não traduz a nossa recomendação. Propomos que ao final desse curso, o enfermeiro esteja apto a uma excelente avaliação da ferida, associada ao raciocínio clínico individualizado podendo experimentar os produtos disponíveis de forma crítica aos seus resultados. Combinaremos a partir daqui utilizar a palavra curativo para o procedimento e cobertura para o material a ser utilizado no leito da ferida. Curativo é o tratamento clínico mais frequentemente utilizado para auxiliar a reparação tecidual e consiste na limpeza e aplicação de uma cobertura sobre a ferida para sua proteção, absorção e drenagem, com o intuito de melhorar as condições do leito da ferida e propiciar a cicatrização (SMANIOTTO et al, 2012). As coberturas podem ser utilizadas nas diferentes etapas de tratamento das feridas, a saber: higienização, desbridamento, controle bacteriano, controle do exsudato, estímulo à granulação e proteção da reepitelização (SMANIOTTO et al, 2012). 03 4 É importante pensar que o curativo ideal às vezes vem da combinação de mais de uma cobertura para conseguir promover a cicatrização da ferida considerando todas as características importantes, como: • absorção de exsudado, mas mantendo ambiente úmido; • proteção quanto à danos mecânicos; • evitar contaminação por agentes infecciosos; • eliminar tecidos desvitalizados; • não causar maceração do tecido; • reduzir o edema; • reduzir a dor; • reduzir as trocas de curativo, maior permanência. Para a escolha da cobertura ideal é imprescindível o diagnóstico preciso da fase da cicatrização, permitindo assim a correta tomada de decisão sobre o tratamento (COLENCI E ABBADE, 2018). Vamos retomar, os fatores que devem ser considerados: • Ferida e pele adjacente: etiologia, tamanho, profundidade, localização ana- tômica, volume de exsudato, risco ou presença de colonização/infecção, condições da pele adjacente, tais como presença de maceração perilesão e eczema de contato. • A pessoa: condições nutricionais, doenças de base, necessidade de controle da dor e preferências pessoais. • A cobertura: indicação, contraindicação, vantagens e desvantagens, durabi- lidade, adaptação, facilidade de uso, custo e acesso ao material. Devido aos fatores relacionados a ferida e a pessoa serem dinâmicos, ao longo do cuidado uma mesma pessoa poderá se beneficiar de diferentes coberturas. Para seguir a linha de raciocínio trilhada até aqui, as coberturas serão apresentadas agrupadas pelo tipo de tecido avaliado no leito da lesão. 04 4 Nem sempre a ferida irá apresentar somente um tipo de tecido, nesses casos deve-se avaliar a proporção da presença de cada um e optar pela cobertura adequada. O uso de uma cobertura deve ser suspenso sempre que a pessoa apresentar qualquer sinal de hipersensibilidade. Sugerimos que as orientações do fabricante do produto sejam levadas em consideração. Tecido de granulação Na presença de tecido de granulação, é prudente optar por uma cobertura que seja atraumática e propicie o gerenciamento da umidade no leito da ferida (BARANOSKY E AYELLO, 2016; COLENCI E ABBADE, 2018; ARMSTRONG E MEYR, 2019). GRANULAÇÃO UMIDIFICANTE COBERTURA NÃO ADERENTE HIDROPOLÍMEROS GAZES IMPREGNADAS AGE/TCM TELA DE SILICONE 05 4 Quadro 2 - Tipos de coberturas e suas indicações no tecido de granulação Categoria Cobertura Benefícios Frequência de troca Considerações Não aderente Tela de silicone Tela de poliamida ou poliuretano revestido de silicone. Minimiza o trauma e dor durante as trocas de curativos. Permite visualização direta da ferida. Promove o equilíbrio da umidade da lesão, pois permite que o exsudato seja absorvido pelo curativo secundário. Adapta-se aos contornos do corpo. Deve ser estabelecida de acordo com a produção de exsudato e saturação da cobertura secundária (gaze/apósito). Requer curativo secundário (gaze e/ou apósito). Também atua como selante na região perilesional, nivelando as margens e evitando maceração. Pode ser associada com outras coberturas como AGE e hidrogéis. Pode não ser útil em feridas cavitárias. Hidropolímeros Espuma composta por polímeros sintéticos de poliuretano, com ou sem silicone. Reduz o trauma na troca do curativo. Mantém o meio úmido. Promove isolamento térmico, favorecendo o microclima. Absorve grande quantidade de exsudato. Deve ser estabelecida de acordo com a produção de exsudato e saturação da cobertura. Em sua maioria podem permanecer por até 7 dias. Podem ter formulações associadas com antimicrobianos ou antiinflamatórios. Podem ser ou não recortáveis. Pode não ser útil em feridas cavitárias Gazes impregnadas Com emulsão à base de petrolato, parafina ou ácidos graxos essenciais. Reduz a aderência ao leito da ferida. Promove o equilíbrio da umidade da lesão, pois permite que o exsudato seja absorvido pelo curativo secundário. Se apresentar aderência ao leito da ferida ou de acordo com a saturação do curativo secundário. Atentar para a possibilidade de irritação e/ou hipergranulação. Umidificante Ácido Graxo Essencial (AGE) Óleo vegetal composto por ácido linoleico, ácido caprílico, ácido cáprico, vitamina A, E e lecitina de soja. Mantém o meio úmido. Promove angiogênese, acelerando o processo de granulação tecidual. A cada 24 horas. Observar saturação do curativo secundário. Não utilizar em feridas neoplásicas. Pode ser associado a outras coberturas. O uso prolongado pode causar hipergranulação da ferida. Fonte: Adaptado de BARANOSKY; AYELLO, 2016; COLENCI; ABBADE, 2018; ARMSTRONG; MEYR, 2019. 06 4 Tecido de necrose Sempre que houver tecido desvitalizado, faz parte do gerenciamento priorizar a remoção através de desbridamento (BARANOSKY E AYELLO, 2016; COLENCI E ABBADE, 2018; ARMSTRONG E MEYR, 2019). São coberturas que proporcionam essa ação: NECROSE COAGULAÇÃO LIQUEFAÇÃO GASE IMPREGNADA COM CLORETO DE SÓDIO COLAGENASE HIDROFIBRAS GEL HIDROATIVO PAPAÍNA ALGINATOS 07 4 Quadro 3 - Tipos de coberturas e suas indicações no tecido de necrose Categoria Cobertura Benefícios Frequência de troca Considerações Absorvente Alginato de cálcio Apresentação em placa ou fita. Pode estar asso- ciado ao sódio e/ ou à prata (Ag). Absorve exsudato em moderada a alta quantidade, equilibrando o meio úmido. Auxilia no desbri- damento autolíti- co da necrose de liquefação. Promove hemos- tasia em lesões sangrantes. Ótima opção para o preenchimentode feridas cavitá- rias. Feridas infecta- das: a cada 24 horas. Feridas Limpas com sangramento: a cada 48 horas ou quando saturado. Em outras situa- ções considerar aderência no leito da ferida, satura- ção da cobertura e da cobertura secundária. Não utilizar em fe- ridas sem produ- ção de exsudato. Orienta-se não deixar que a fibra de alginato ultra- passe as bordas da lesão. Havendo aumento do intervalo de trocas, devido à diminuição do exsudato, avaliar necessi- dade de manter a cobertura devido ao risco de resse- camento do leito da ferida. Hidrofibras Carboximetilcelu- lose sódica. Apresentação em placa ou fita. Pode estar associado à prata (Ag). Absorve exsudato em moderada a alta quantidade, equilibrando o meio úmido. Auxilia no desbri- damento autolíti- co da necrose de liquefação. Ótima opção para o preenchimento de feridas cavitá- rias. Geralmente po- dem permanecer por até 7 dias ou conforme satura- ção da fibra. Não utilizar em fe- ridas sem produ- ção de exsudato. Manter borda de no mínimo 1 cm em todos os lados. Pode ser recor- tado. Não deve ser associado com outros produtos. Quando associada a antimicrobianos pode ser uma opção em feridas criticamente infectadas. 08 4 Desbridante Hidrogéis Gel amorfo trans- parente, hidroa- tivo. Mantém o meio úmido. Promove o desbridamento autolítico em feridas secas ou pouco exsudati- vas, principalmen- te na necrose de coagulação. A cada 24 horas. Não utilizar em fe- ridas com produ- ção de exsudato moderado a alto. Requer cobertura secundária (gaze e/ou apósito). Gaze impregnada com cloreto de sódio 20% Promove desbri- damento autolíti- co por hiperosmo- laridade. Pode ser útil em feridas com odor, cavitárias, infec- tadas, exsudativas e com necrose de liquefação. A cada 48 horas. Trocar a cober- tura secundária sempre que necessário. Pode ser útil na hipergranulação. No tecido de granulação, pode causar ardência. Colagenase Enzima seletiva derivada da bac- téria Clostridium histolyticum. Mantém o meio úmido. Promove o desbridamento enzimático suave da necrose de liquefação. A cada 24 horas. Considerada um método efetivo e seletivo (porém lento) por agir no colágeno presente no tecido necróti- co sem prejudicar o tecido de granu- lação. Pode não ser útil em feridas com necrose seca. Papaína Provém do látex do mamoeiro Carica papaya. Disponível apenas por meio de mani- pulação. Mantém o meio úmido. Por consenso, é utilizada no desbridamen- to enzimático manipulada nas concentrações: 4-6% - necrose de liquefação 8-10% - necrose de coagulação. A cada 24 horas. A concentração de papaína a 2% pode ser útil no tecido de granu- lação. Manusear e acon- dicionar conforme recomendação do fabricante. Há relatos de ardência e dor local - observar a concentração do produto e o tecido presente na lesão. Fonte: Adaptado de BARANOSKY; AYELLO, 2016; COLENCI; ABBADE, 2018; ARMSTRONG; MEYR, 2019. 09 4 Sulfadiazina de prata Por estar disponível na maioria dos serviços de saúde, esse antibiótico tópico é amplamente utilizado, muitas vezes de forma indiscriminada. Esse produto não promove desbridamento autolítico, nem equilíbrio da umidade, possui pouca quantidade de prata no seu formato ionizado e grande absorção sistêmica, quando comparado com novas coberturas a base de prata. Ainda, para que a ação da prata seja eficiente, é necessário que a aplicação seja feita duas vezes ao dia, pois seu período de ação é de aproximadamente 12 horas. Essa rotina, além de impraticável na maioria dos casos, vai contra outras recomendações de perturbar minimamente o leito da ferida (LANDIS et al., 2018; STORM-VERSLOOT et al., 2010) Portanto, considerando a falta de evidências científicas sobre seus possíveis benefícios, recomendamos fortemente contra o uso da sulfadiazina de prata em feridas crônicas (STORM-VERSLOOT et al., 2010). Em queimaduras, a avaliação deve ser criteriosa para a necessidade de uma cobertura específica, por exemplo, queimaduras de primeiro e segundo graus, podem ser manejadas com a hidratação local e evitando o trauma das trocas de cobertura, quando indicada a oclusão (LANDIS et al., 2018; TENENHAUS E RENNEKAMPFF, 2019) Queimaduras de maior profundidade e/ou extensão, geralmente tem seu atendimento incial realizado no serviço hospitalar. De qualquer forma, já existem coberturas impregnadas com prata ou outros ativos (mencionadas no Quadro 3) que possibilitam intervalos maiores de troca, diminuindo o risco de contaminação, trauma e proporcionando alívio da dor do usuário, tornando-se inclusive mais custo- efetivas. Aqueles casos que, após o atendimento hospitalar, buscam a continuidade do cuidado na UBS, devem ser manejados conforme o momento da ferida (LANDIS et al., 2018; ARMSTRONG E MEYR, 2019). Bota de Unna A bota de Unna é um tipo de bandagem inelástica comumente encontrada na rede básica, de baixo custo e com a possibilidade de ser um produto manipulado em farmácias do ramo. É indicada, principalmente, para feridas de etiologia venosa, pois apresenta como benefício o controle do edema, facilitando o retorno venoso. Não deve ser utilizada em pacientes que apresentam celulite, trombose venosa profunda, insuficiência arterial e em caso de infecção (BORGES, 2011; BARANOSKY E AYELLO, 2016). 10 4 Sua aplicação é realizada em espiral e deve ser iniciada na base dos dedos do pé, continuar perna acima, incluindo calcanhar, e finalizar na tuberosidade tibial (abaixo do joelho). Como o formato da perna varia muito, a sua aplicação deve ser frouxa e leve, permitindo que as dobras da bandagem preencham os espaços e acompanhem o contorno de cada perna. A maior compressão deve ser aplicada no tornozelo e na parte mais distal da perna, diminuindo de modo gradual até sua finalização. Orienta- se a utilização de uma cobertura não aderente sobre a ferida antes de aplicar a bota, a fim de evitar trauma à ferida, quando for removida (BORGES, 2011; BARANOSKY E AYELLO, 2016). Após a aplicação da bota, uma bandagem de crepe ou atadura elástica deve ser aplicada por cima. A bota de Unna é úmida e seca gradualmente em torno de 12 horas. A mesma se desintegra em água, portanto deve ser protegido no momento do banho. Pode permanecer durante 3 a 14 dias, sendo a média de tempo de 7 dias ou quando houver excesso de exsudato (BORGES, 2011; BARANOSKY E AYELLO, 2016). Feridas criticamente colonizadas ou infectadas Todas as feridas são colonizadas por microrganismos. No entanto, nem todas as feridas estão infectadas. A prevenção e gestão de colonização crítica e biofilme são objetivo primário no tratamento, sendo imprescindível o investimento na limpeza adequada do leito da ferida e remoção de tecidos inviáveis por meio de desbridamento. Não há evidências científicas para apoiar a antibioticoterapia profilática em feridas crônicas, tal medida também não tem evidência de melhorar a cicatrização, apenas propicia o surgimento de microorganismos resistentes (LANDIS et al., 2018; BARANOSKY E AYELLO, 2016). A realização de swabs de rotina, sem sinais/sintomas de infecção, não está indicada devido à possibilidade de a bactéria identificada na cultura estar apenas colonizando ou contaminando a ferida. Sabe-se de que nas primeiras 4 semanas as feridas são colonizadas por germes da flora comensal da pele: Corynebacteria sp, Staphylococcus epidermidis, Streptococcus viridans, Enterococcus, Staphylococcus aureus e Streptococcus pyogenes. Após 4 semanas pode haver presença de: Proteus spp, Escherichia coli, Klebisiella spp, Pseudomonas spp. As feridas quando infectadas podem se apresentar de maneira variável, geralmente com sinais locais de comprometimento dos tecidos moles, como calor, eritema, edema, secreção purulenta e presença de odor fétido. A gravidade da infecção pode ser avaliada conforme os seguintes critérios: 11 4 • Infecçãoleve: presença de duas ou mais manifestações de infecção, porém com área de celulite/eritema perilesional menor ou igual a 2 cm e a infecção é limitada à pele ou ao tecido subcutâneo. Não existem outras manifestações de complicação local ou sintomas sistêmicos. • Infecção moderada: infecção que apresenta ao menos uma das seguintes características: celulite/eritema maior do que 2 cm, presença de linfangite, acometimento de fáscia superficial, abscesso em tecido profundo, envolvimento de tendão e musculatura. • Infecção grave: paciente com sintomas sistêmicos ou instabilidade hemodinâmica (como febre, calafrio, taquicardia, hipotensão, confusão, vômitos, leucocitose, acidose, hiperglicemia grave). • No caso de feridas infectadas, a escolha do antibiótico irá de depender de vários fatores, tais como: • Etiologia da ferida (pé diabético, úlcera venosa, lesão por pressão) • Gravidade da infecção (leve, moderada ou severa) • Uso prévio de antibióticos • Resultado de culturas (quando disponível) Úlcera venosa Infecção leve Não Sim Presença de secreção purulenta ou fatores de risco para MRSA* Cefalaxina Tratamento de úlceras infectadas Sulfametoxazol/Trimetroprim Infecção moderada Infecção grave Terapia EV: Piperaciclina + Tazobactam *Fatores de risco para MRSA - Hospitalização ou cirurgia recente - Paciente institucionalizado - Infecção pelo HIV - Infecção prévia por MRSA - Uso prévio de antibiótico - Uso de drogas injetáveis 12 4 O fenômeno da presença de biofilme, reconhecida como uma das principais causas de lentificação da cicatrização de feridas crônicas, vem sendo amplamente discutido. O biofilme é caracterizado pelo aglomerado de bactérias que se acumulam e se organizam rapidamente em superfícies dentro de uma membrana, multiplicando- se e formando uma camada não destruída por antibioticoterapia sistêmica (LANDIS et al., 2018; BARANOSKY E AYELLO, 2016. Coberturas associadas a componentes como a prata (Ag), a polihexanida (PHMB), cloreto de dialquil carbamoil (DACC), entre outras disponíveis no mercado, se propõem a auxiliar no combate e na prevenção da formação dessas infecções críticas. Consideramos que podem ser aliadas nos tratamentos, porém ainda não tem sua eficácia bem estabelecida e costumam ter um custo elevado (LANDIS et al., 2018). Úlcera de pressão Infecção leve Amoxicilina/clavulanato Infecção moderada Infecção grave (sintomas sistêmicos ou envolvimento da fáscia ou músculo) Terapia EV: Vancomicina + Piperacilina/Tazobactan *Fatores de risco para MRSA - Hospitalização ou cirurgia recente - Paciente institucionalizado - Infecção pelo HIV - Infecção prévia por MRSA - Uso prévio de antibiótico - Uso de drogas injetáveis Pé diabético Infecção leve Não Sim Presença de secreção purulenta ou fatores de risco para MRSA* Cefalaxina OU Amoxicilina/Clavulanato Cefalaxina+ Sulfametoxazol/Trimetroprim Infecção moderada Infecção grave Terapia EV: Meropenem, Ampi/Sulbacatam OU Metronidazol + Cefepime (+/- Vancomicina) *Fatores de risco para MRSA - Hospitalização ou cirurgia recente - Paciente institucionalizado - Infecção pelo HIV - Infecção prévia por MRSA - Uso prévio de antibiótico - Uso de drogas injetáveis 13 4 Referências ALGUIRE, P. C.; MATHES, B. M. Medical management of lower extremity chronic venous disease. 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Disponível em: https://www.uptodate.com/contents/infectious-complications-of- pressure-induced-skin-and-soft-tissue-injury. WEINTROB, A. C.; SEXTON, D. J. Clinical Manifestations, Diagnosis, and Management of Diabetic Infections of the Lower Extremities. Waltham (MA): UpToDate, 24 ago. 2020. Disponível em: https://www.uptodate.com/contents/clinical-manifestations- diagnosis-and-management-of-diabetic-infections-of-the-lower-extremities. 15 4 Coordenação Geral Roberto Nunes Umpierre Marcelo Rodrigues Gonçalves Gerência do projeto Ana Célia da Silva Siqueira Coordenação Executiva Rodolfo Souza da Silva Responsável Teleducação Ana Paula Borngräber Corrêa Gestão educacional Ylana Elias Rodrigues Coordenação do curso Laura Ferraz dos Santos Conteudistas Camila Alessandra Anastácio Daniela Dal Forno Kinalski Diego Pinheiro dos Santos Edson Fernando Muller Guzzo Fabiane Machado Pavani Fabiane Elizabetha de Moraes Ribeiro Júlia Heinz da Silva Laura Ferraz dos Santos Kelli Wagner Gomes Scheila Mai Thaís Backes Gonçalves Revisores Laura Ferraz dos Santos Kelli Wagner Gomes Projeto Gráfico Lorenzo Costa Kupstaitis Normalização Geise Ribeiro da Silva Diagramação e Ilustração Davi Perin Adorna Lorenzo Costa Kupstaitis Michelle Iashmine Mauhs Pedro Vinícius Santos Lima Divulgação Angélica Dias Pinheiro Camila Hofstetter Camini Carolina Zanette Dill Laíse Andressa de Abreu Jergensen Equipe Responsável A Equipe de coordenação, suporte e acompanhamento do Curso é formada por integrantes do Núcleo de Telessaúde do Rio Grande do Sul (TelessaúdeRS-UFRGS). 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